Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Farmácias se mobilizam por nova revisão da RDC 44

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Farmácias se mobilizam por nova revisão da RDC 44
Janaína Lopes Domingos (Anvisa), Marcelo Polacow (CRF-SP), Maurício Matos (A Nossa Drogaria), Francisco Rodrigues (Abrafarma), Cristiana Araujo (Drogaria Araujo), Luis Jr. (Drogarias Globo) e Albery Dias (Farmácias Pague Menos)

O grande varejo farmacêutico encabeça o movimento em defesa de uma nova e ampla revisão da RDC 44, que regulamenta a aplicação de serviços clínicos nesses estabelecimentos. O tema foi alvo de um debate com participações das principais redes de farmácias brasileiras e conselhos da categoria, promovido no primeiro dia do Abrafarma Future Trends.

O evento teve início na terça-feira, 12 de setembro, e se estende até esta quarta-feira, dia 13. Uma das reivindicações é eliminar a burocrática exigência da Anvisa, que impõe a disponibilização de salas separadas para a realização de serviços farmacêuticos, vacinação e testes rápidos.

O pedido partiu do presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow. “Redes com excelente estrutura para programas de assistência farmacêutica vêm convivendo com fiscalizações constantes das vigilâncias sanitárias locais em função desse requisito, comprometendo a ampliação do atendimento”, argumenta.

A sessão paralela contou com a participação de Janaina Lopes Domingos, gerente de Regulamentação e Controle Sanitário em Serviços de Saúde da Anvisa; Mauricio Matos, coordenador farmacêutico da A Nossa Drogaria; Cristiana Araujo, diretora de gestão de risco corporativo da Drogaria Araujo; Luis Jr., presidente do CRF-PI e coordenador farmacêutico da Drogaria Globo; e Albery Dias, diretor de serviços de saúde das Farmácias Pague Menos. A mediação ficou por conta de Francisco Celso Rodrigues, diretor executivo de comitês da Abrafarma.

Outra mudança defendida pelo setor é a normatização da presença de consultórios multiprofissionais agregados às farmácias, onde o farmacêutico poderia debater um problema de saúde via teleinterconsulta.

“É extremamente importante que haja uma decisão de cima, diretamente da Anvisa, para organizar essas questões e evitar interpretações divergentes das vigilâncias sanitárias de acordo com a localidade”, acredita Polacow.

A mesma opinião é compartilhada por Cristiana Araujo. “Algumas vigilâncias chegam a proibir exames simples como o teste de bioimpedância, o que restringe o trabalho do farmacêutico na prevenção e tratamento da obesidade”, explica.

Setor quer RDC 44 com inclusão do SUS e planos de saúde

Para os participantes do painel, a RDC 44 deveria reforçar o papel do farmacêutico além da mera venda de medicamentos e da tarefa de decifrar a letra do médico nas prescrições. Esse profissional pode ser o grande coordenador da saúde pública e privada no Brasil, colaborando inclusive para otimizar o financiamento dos serviços farmacêuticos por parte do SUS e dos planos de saúde.

Uma das sugestões seria um subsídio do programa Farmácia Popular na cobertura de exames de glicemia e de aferição de pressão arterial para aumentar a adesão ao tratamento. As farmácias também poderiam fazer o processo de triagem do paciente subsidiada pelos planos de saúde a fim de evitar internações desnecessárias que oneram as operadoras. A gerente da Anvisa antecipou que o Ministério da Saúde abriu diálogo com a agência e com a ANS para analisar o impacto dessas questões.

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress