As redes de farmácias na Bolsa de Valores apresentam boas perspectivas de crescimento, mas a inflação surge com força e pressiona a evolução de algumas redes. É o que aponta um relatório da Safra Corretora, com base na análise prévia do desempenho do varejo farmacêutico no segundo trimestre.
De modo geral, os reajustes dos preços de medicamentos a partir de abril, o ritmo de abertura de lojas e a demanda por antigripais e anti-inflamatórios foram determinantes para melhorar as margens. As informações são do Valor Econômico.
Farmácias na Bolsa com maior valorização
O principal destaque mencionado pela corretora é o avanço de 24% no faturamento da Panvel. A rede gaúcha, apesar de aumentar em 10% o número de PDVs, é favorecida pela expressiva participação nas vendas online. A Safra prevê que o Ebitda deve atingir R$ 51 milhões, um aumento de 29% no acumulado do primeiro semestre, com lucratividade em torno de R$ 28 milhões.
A RaiaDrogasil também tem perspectivas otimistas, com crescimento da receita bruta estimado em 19% no acumulado do semestre. A performance da rede tem como principais alavancas a venda de OTC, serviços clínicos como os testes rápidos da Covid-19 e a expansão da capilaridade com novas lojas. A tendência é que o Ebitda atinja R$ 599 milhões, o que representa uma evolução de 21%.
Pressão da inflação atinge farmácias na Bolsa
A inflação combinada com novas lojas exerce uma pressão particular sobre a Pague Menos, que deve registrar a menor expansão de receita entre as farmácias na Bolsa. A desaceleração na procura por testes da Covid-19 é uma das explicações – depois de responder por 3% das vendas no segundo trimestre do ano passado, o share desse serviço ficou mais próximo do zero entre abril e junho de 2022.
A previsão da Safra é de um crescimento tímido de 9% na lucratividade do ano. O Ebtida deve somar R$ 132 milhões, uma alta de apenas 1%.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico