Com uma completa reformulação de suas estratégias, o faturamento do Grupo Total com a venda de suplementos cresce, em média, 44% ao ano. O setor iniciou sua reviravolta durante a pandemia, mas precisou se adaptar.
Os primeiros passos para a retomada dos lucros incluíram a criação de um novo planograma para as lojas, uma alteração em seus layouts e alguns ajustes técnicos:
“Estudamos as unidades que detinham maior faturamento e tíquete médio para iniciar nelas a transformação. Implementamos um Espaço Saúde em regiões centrais nas lojas, segmentadas por nichos como +60, nutrição e suplementação esportiva para facilitar o entendimento do consumidor. Adaptamos até a iluminação com uso de lâmpadas led, melhorando a visualização”, explica Paulo Zapata, presidente da Coopertotal, cooperativa de compras do grupo.
“A pandemia lançou nossos olhares para esse mercado, no qual crescemos 24% em 2020 e 34% em 2021. Mas sabíamos que esse incremento poderia se tornar uma estagnação se não adequássemos a operação a um consumidor cada vez mais atento à imunidade e ao bem-estar”, complementa o executivo.
O redirecionamento da estratégia surtiu efeito, evidente nos números do grupo nos anos seguintes. O tíquete médio, indicativo utilizado no varejo para determinação do valor gasto pelos consumidores em uma única compra, subiu de R$ 38,71 para R$ 55,57.
Faturamento do Grupo Total com suplementos chegou a ser negativo
Ainda em 2019, no início do processo de investimento da rede nesse mercado, o setor de suplementos da Grupo Total chegou a trazer prejuízos. O mau desempenho da rede na época ainda provocou uma redução de 8% no estoque de produtos.
Atualmente a Total administra 643 lojas, distribuídas em 323 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 200 desses PDVs já contam com espaços exclusivos para a comercialização de suplementos e nutracêuticos.