Em 2023, o faturamento do mercado farmacêutico brasileiro chegou à casa dos R$ 142 bilhões. É o que aponta o 7º Anuário Estatístico do setor, desenvolvido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). As informações são da Veja e do portal oficial do governo federal.
Em comparação com 2022, o segmento apresentou um avanço de 8,53%. O que também aumentou foi o número de embalagens comercializadas, com leve alta de 1,03%, totalizando 5,77 bilhões. Mais de 14,1 mil apresentações foram comercializadas no período.
Para organizar o conteúdo, a CMED levou em conta dados consolidados até setembro de 2024, extraídos dos relatórios de comercialização encaminhados pelas empresas. Também foram utilizadas informações disponíveis no Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed).
De acordo com o anuário, 223 companhias atuam no país. Esses players são responsáveis por 6.955 marcas, 1.913 princípios ativos e 509 classes terapêuticas diferentes atendidas.
Faturamento do mercado farmacêutico é puxado por genéricos e similares
Duas categorias representam os principais motores do mercado farmacêutico nacional, segundo extrato da pesquisa referente à classificação dos medicamentos por tipo de registro sanitário. Dos 6.955 produtos elencados, 2.557 são genéricos e 2.229, similares.
Medicamentos por tipo de registro sanitário
Os genéricos também lideram quando o assunto são as apresentações (4.665). Por sua vez, os similares somam mais empresas dedicadas à sua produção (136). Correndo por fora estão os novos medicamentos, que lideram em princípios ativos (961) e subclasses terapêuticas (337).
Distribuidores lideram as vendas
O anuário mostra os distribuidores como o principal canal de vendas para os medicamentos. O segmento, por exemplo, concentra 63% das transações desses produtos. Esse canal centraliza R$ 89,9 bilhões de faturamento, confortavelmente à frente das farmácias e drogarias privadas (R$ 21,8 bilhões) e o governo (R$ 20,6 bilhões).
Faturamento por canal de distribuição (em bilhões de reais)
Pembrolizumabe é o princípio ativo com maior faturamento, cloreto de sódio o mais vendido
O pembrolizumabe, usado no tratamento de melanoma e câncer de pulmão de células não pequenas, foi o princípio ativo de maior faturamento no período. Por outro lado, o terceiro com maior faturamento, o cloreto sódio, é o mais vendido (entre 250 milhões e 500 milhões de unidades comercializadas).