A farmacêutica japonesa Eisai e a americana Biogen anunciaram neste sábado, dia 7, a aprovação acelerada da FDA para o Leqembi (lecanemab-irmb), medicamento indicado para a doença de Alzheimer.
Sob forma de injeção para uso intravenoso, o anticorpo monoclonal deve ser iniciado em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou estágio leve de demência da doença.
O Leqembi ataca os depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide. Embora a causa da doença de Alzheimer continue sendo pouco conhecida, os pacientes apresentam placas amiloides no cérebro, que se formam ao redor dos neurônios e os destroem, provocando a perda de memória característica da doença.
A autorização da FDA se baseia nos resultados de testes clínicos que mostraram que o medicamento ajudou a reduzir as placas amiloides. A agência também menciona os resultados de testes clínicos mais amplos, publicados recentemente na revista científica New England Journal of Medicine, cujos artigos foram co-escritos por cientistas da principal empresa que fabrica o medicamento.
Esses estudos, que envolveram cerca de 1.800 pessoas acompanhadas por 18 meses, revelaram uma redução de 27% no declínio cognitivo em pacientes tratados com o lecanemab. Mas os testes clínicos também mostraram efeitos colaterais graves: alguns dos pacientes sofreram hemorragias cerebrais. Além disso, uma pessoa morreu.
Segundo medicamento aprovado para doença de Alzheimer
Este é o segundo tratamento para a doença de Alzheimer aprovado recentemente pela FDA, depois do Aduhelm, cujo lançamento, em 2021, não obteve o êxito esperado.
A Eisai, que liderou o desenvolvimento e teste do medicamento, fechou uma parceria com a Biogen, fabricante do Aduhelm, para sua comercialização e marketing, e as empresas dividirão os lucros igualmente.