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Fé na vacina em meio à falta de medicamento

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Enquanto faltam medicamentos para tratar pacientes graves de covid-19 em hospitais, todas as fichas brasileiras foram apostadas no futuro das vacinas que, apesar de promissoras, podem não se tornar uma realidade tão cedo. Ontem, uma nova candidata tailandesa entrou para o rol de tratativas e, com isso, há pelo menos seis iniciativas estudadas no Brasil. A demanda atual, no entanto, é por remédios para tratar vítimas da pandemia que morrem sem conseguir atendimento adequado.

Na comissão mista do Congresso Nacional para tratar a crise, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu a falta dos remédios e informou sobre a abertura de um novo pregão para sanar o problema. “Não vou dizer que não faltou medicamento nesse ou naquele município. Sim, houve faltas. No momento que as faltas chegaram para nós, fizemos o que podia ser feito e o que não podia ser feito para apoiar. Nesse aspecto, não tiro daí a responsabilidade dos estados e municípios. Nunca se negaram a fazer sua parte. Quando chega para nós, é porque já está no limite deles também”, afirmou o general.

Para tentar sanar a falta e melhor distribuir os insumos, o Ministério da Saúde publicou, na quarta-feira, um novo pregão para que governadores e prefeitos detalhem as carências. A ideia é acompanhar de perto a distribuição para buscar o equilíbrio. “Vamos ter uma ação nas empresas para mostrar a linha de prioridade, para que não haja um estado com estoque, enquanto outro estado fica faltando”, explica o interino.

Dos quase R$ 42 bilhões em recursos destinados exclusivamente para o combate ao novo coronavírus, R$ 20 bilhões chegaram, de fato, nas mãos dos estados e municípios, ou seja, menos da metade da verba. Em relação à quantidade de medicamentos distribuídos pelo ministério, Pazuello detalhou uma lista que soma 19,4 milhões de unidades, sendo mais de 5 milhões apenas de comprimidos de cloroquina. Mesmo assim, o ministro afirmou que o governo federal não conseguiu atender a nem 50% das demandas do medicamento sem comprovação científica usado no tratamento contra a covid-19. “Coloco de uma forma bem clara que nós atendemos às demandas, nós não distribuímos sem demanda”, destacou.

Nova aposta

Com um esquema consolidado de imunização nacional, o Brasil aposta nas descobertas científicas para virar a página da crise de saúde provocada pela covid-19. Depois do flerte com a iniciativa russa, entra para o rol de conversas uma fabricante tailandesa. “Recebi uma outra empresa norte-americana, com sede de fabricação na Tailândia, que também trouxe a possibilidade. Mas, também, com prazos um pouco mais dilatados e que vai ficar pronta no terceiro, quarto mês de 2021. Mesmo assim, estamos em negociação, também, para ver se isso cresce, se acelera e se a gente pode participar”, detalhou Pazuello.

Pazuello detalhou, ainda, que o ministério acompanha as tratativas entre o governo de São Paulo e a farmacêutica chinesa Sinovac. No entanto, a vacina britânica de parceria entre a farmacêutica AstraZeneca com o Oxford segue como a principal aposta da pasta. “Vamos fazer a contratação, acredito, até sexta-feira da semana que vem, já com o empenho de recursos. E isso vai no caminho deste segundo semestre (…). Essa é a mais promissora, mas a gente não deixa de estar atento a todas as outras para, rapidamente, também, entrar com outra compra.” (BL e MEC)

Fonte: Correio Braziliense

leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/08/14/falta-insumo-para-caso-grave-de-covid-no-rn-e-em-mais-21-estados/

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