Lula é campeão de financiamentos para farmacêuticas

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Foto: Freepik

Na disputa bilionária pelos maiores financiamentos para farmacêuticas, o governo Lula é o que mais vem contribuindo para irrigar recursos na indústria nacional. A atual gestão petista é a que registra a maior média anual de créditos concedidos ao setor por meio do BNDES.

Os dados foram coletados junto ao banco com exclusividade para o Panorama Farmacêutico, analisando financiamentos no período de 2004 a 2024 para grandes laboratórios de capital nacional. No período, até junho deste ano, foram computados 129 financiamentos para 59 empresas, que somaram R$ 6,28 bilhões.

No terceiro mandato de Lula, as farmacêuticas já obtiveram R$ 1,20 bilhão junto ao banco. O montante já é igual ao de todo o período entre 2004 e 2010, que compreendeu os dois primeiros mandatos do atual presidente. Considerando 2023 e 2024, a média anual de recursos liberados chega a R$ 598,7 milhões, bem acima dos R$ 473,2 milhões registrados no governo de Michel Temer (MDB) e dos R$ 360,6 milhões na gestão de Dilma Rousseff (PT).

O governo de Jair Bolsonaro (PL) somente destinou uma média anual de R$ 283 milhões para as farmacêuticas, mesmo tendo sido o presidente em 2020 – ano de deflagração da pandemia e que teve o recorde de R$ 925 milhões em créditos liberados.

Financiamentos para a indústria farmacêutica por governo
(média anual de financiamentos concedidos em milhões de R$ – 2004 a 2024)

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Fonte: BNDES

Financiamentos para as farmacêuticas em valores absolutos

Em valores absolutos, a liderança em financiamentos para farmacêuticas pertence ao governo Dilma, com R$ 1,80 bilhão. Juntos, os governos petistas responderam por 67% dos valores financiados.

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Fonte: BNDES

Quando analisado o fluxo de aprovações do terceiro mandato de Lula, o ano de 2023 foi mais “conservador”, com a liberação de R$ 418,8 milhões. Deste valor, 95% teve como destino a Biolab. O laboratório pleiteou ao BNDES o acesso a R$ 398,6 milhões para implantação da nova planta em Pouso Alegre (MG).

Mas foi em 2024 que o apetite aumentou. Em apenas um semestre, o banco aprovou R$ 778,7 milhões em financiamentos para farmacêuticas. A maior fatia coube à Hypera Pharma, que buscou R$ 500 milhões para acelerar seu plano de inovação.

Já a Althaia bateu duas vezes à porta do BNDES. Em janeiro, a companhia obteve R$ 69,9 milhões para viabilizar a construção de um centro de pesquisa e uma fábrica-piloto na cidade de Atibaia, na Região Metropolitana de São Paulo. Em maio, com foco nos mesmos projetos, o valor solicitado foi de R$ 141,5 milhões.

Também neste ano, recorreram à instituição a Hypofarma, para modernização do complexo industrial de Ribeirão das Neves (MG); e a Fiotec, fundação de apoio tecnológico à Fiocruz, que busca desenvolver uma vacina com uso de RNA mensageiro.

O que explica os financiamentos para as farmacêuticas

Fontes ouvidas pela redação do Panorama Farmacêutico avaliam que as concessões de financiamentos para as farmacêuticas na atual gestão repetem o enredo dos dois primeiros mandatos. O objetivo é colocar em prática uma política de Estado que ajude a potencializar a produção nacional de medicamentos e o parque industrial do país.

A nova política industrial lançada neste ano segue os moldes de projetos de incentivo como o Profarma (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica), instituído em 2004. A Farmácia Popular, que nasceu em 2004, também foi usada para fomentar o setor.

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