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Fiz o autoteste de Covid e deu positivo; o que devo fazer com o resultado?

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Desde o final de janeiro de 2022, o autoteste de Covid está liberado para a venda no Brasil. O autoteste é uma forma de diagnosticar o coronavírus em caso de suspeita de infecção. Basta a pessoa ir até a farmácia e comprar.

Mas se pessoa fez o autoteste de Covid e deu positivo, o que ela deve fazer com o resultado?

Caso o resultado dê positivo, o paciente precisa procurar um serviço de saúde para realizar o exame de confirmação do diagnóstico, notificação e orientações quanto à doença, orienta o Ministério da Saúde.

Ou seja, o autoteste não substitui os testes de laboratório e não define diagnóstico. “O autoteste é uma estratégia complementar à política de testagem e não substitui os testes, uma vez que podem ocorrer erros na execução ou interpretação do exame”, diz o ministério.

‘O caráter do autoteste é orientativo e o mesmo serve como triagem para orientar o usuário sobre o risco de transmissão do vírus e as medidas que podem ser adotadas’, complementa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela aprovação dos autotestes.

Em janeiro, antes da aprovação, a Anvisa exigiu uma política pública com regras para a notificação dos resultados, que o ministério não apresentou. A aprovação do autoteste saiu apenas no fim do mês e o Ministério da Saúde manteve a posição de não exigir o cadastro de cada caso positivo e incluí-lo na contabilidade do avanço da pandemia.

“Quanto ao registro dos resultados dos autotestes, fica facultado ao fabricante e/ou importador disponibilizar aos usuários sistema para registro dos resultados, contudo, sem configurar uma ação obrigatória”, reforçou o ministério em nota ao g1.

Registro de resultado não é obrigatório

O registro do resultado positivo ou negativo do autoteste não é obrigatório. Segundo o Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 (PNE-Teste) do Ministério da Saúde, fica “facultado ao fabricante e/ou importador disponibilizar aos usuários sistema para registro dos resultados, contudo, sem configurar uma ação obrigatória”.

Segundo a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), há um site de notificações de autotestes comprados em farmácia onde o consumidor pode informar o resultado do teste à empresa. No entanto, os dados não são repassados para as estatísticas oficiais do governo.

‘Os autotestes foram produzidos com o mote de auxiliar no controle da doença. Isto é, se o cidadão apresenta sintomas, é salutar ir até a farmácia e comprar um kit de autoteste para aferir o resultado. Se der negativo, e os sintomas persistirem, a pessoa deve fazer novamente depois de alguns dias. Se der positivo, obrigatoriamente o usuário deve realizar um teste rápido em farmácias ou um PCR-RT em laboratórios para a confirmação dos resultados. Nestes locais, todos os resultados são notificados. Assim há controle por parte das autoridades’, alertou Carlos Eduardo Gouvêa, presidente executivo da CBDL.

Falta de notificação x planejamento

Apesar de ser uma boa ferramenta de triagem, nem sempre a pessoa que tiver que o resultado positivo no autoteste vai até o serviço de saúde confirmar o diagnóstico, como orienta o Ministério da Saúde. Com essa falta de informação (e notificação) perdemos a capacidade de planejamento, alerta a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

“O problema maior [da falta de notificação] é que a gente perde a capacidade de planejamento, sem saber exatamente quantas pessoas estão com a doença. Em um cenário em que ainda estamos com uma cobertura pequena em criança, baixa cobertura de dose de reforço, essa falta de dados preocupa”, diz a epidemiologista.

Segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa, mais de 82% da população vacinável do país estão imunizadas contra a Covid-19. A dose de reforço foi aplicada em cerca de 56%. O total de crianças de 5 a 11 anos que tomaram uma dose é de quase 60%. Quando falamos em duas doses, o número cai para 30%.

“A falta de dados também dificulta entendermos a relação da doença com os sintomas da Covid longa. Pessoas chegarão com sequelas e não saberemos exatamente quando foi a doença. Portanto, perdemos na nossa capacidade de entender a doença e traçar estratégias para um melhor enfrentamento da Covid-19”, completa Maciel.

Quando o autoteste não deve ser utilizado?

O autoteste não gera um laudo. Por isso, ele não deve ser utilizado como comprovante em viagens, por exemplo. Veja as situações elencadas pelo Ministério da Saúde:

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/especialistas-identificam-autotestes-de-covid-19-como-causa-de-subnotificacao/

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