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Função de eletrocardiograma do Apple Watch preocupa cardiologistas

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Eletrocardiograma – O novo relógio inteligente da Apple, apresentado na quarta-feira (12), disponibilizará uma função que permitirá aos usuários monitorar sua frequência cardíaca, sendo capaz de verificar arritmias. Médicos, porém, não demonstram entusiasmo, questionando a necessidade desta função.

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Na apresentação, realizada na sede da empresa, em Cupertino, Califórnia, os executivos afirmaram que o Apple Watch Series 4 possui sensores capazes de realizar eletrocardiogramas, exame que mede o ritmo das batidas do coração. A Apple afirma que os usuários poderão ter os resultados em até 30 segundos e compartilhar com médicos. A função deve estar disponível aos usuários até o fim do ano.

Além do eletrocardiograma, o relógio vai monitorar periodicamente a frequência cardíaca das pessoas e alertará se ela estiver excessivamente alta ou baixa. Outro aplicativo será capaz de verificar se o usuário caiu e não consegue se levantar. As duas funções também serão disponibilizadas até o final do ano.

Cardiologistas consideram que a função de eletrocardiograma pode ser útil, por coletar frequentemente informações sobre os usuários. Mas eles também demonstraram sérias preocupações sobre a possibilidade de o relógio diagnosticar incorretamente uma fibrilação atrial, tipo de arritmia, algo que pode ser difícil de diagnosticar e que geralmente acomete pessoas mais velhas.

Os médicos alertam que o relógio pode produzir visitas desnecessárias a pronto-socorros e consultórios, com muitos usuários interpretando incorretamente os dados. Eles também citam que o aparelho pode provocar diagnósticos errados por médicos, o chamado falso positivo.

“O que nós estaríamos discutindo se a Apple inventasse algo com que as mulheres pudessem fazer mamografias em casa? Todos pensariam que é algo bom?”, disse o doutor David Brown, cardiologista e professor da faculdade de medicina da Washington University, localizada no Estado de Missouri.

O relógio, segundo o médico, será utilizado por uma gama de pacientes que são saudáveis e não correm riscos de sofrerem com uma fibrilação atrial. “Não existem muitas pessoas de 25 anos que possuem fibrilação atrial não diagnosticada andando por aí, e eles serão as pessoas que vão usar Apple Watches, em sua maioria”, diz Brown.

Outra questão levantada é que as pessoas possuem diferentes ritmos cardíacos. Muitas pessoas possuem batidas irregulares e que são “totalmente benignas”, disse John Mandrola, cardiologista especializado no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas.

O FDA, departamento que controla a aprovação de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, aprovou a função de eletrocardiograma do Apple Watch. Segundo um porta-voz da agência, a Apple submeteu um estudo feito com 588 pessoas que verificou que a função identificou corretamente a fibrilação atrial em 98,3% dos casos.

Fonte: Valor Online

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