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TI desafia gestão de estoque e expõe fosso entre farmácias

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TI desafia gestão de estoque e expõe fosso entre farmácias

A imagem acima seria a ideal para qualquer centro de distribuição, mas expõe um fosso na gestão de estoque do varejo farmacêutico. Para metade dos assinantes que participaram da última enquete do Panorama Farmacêutico, essa tarefa torna-se ainda mais desafiadora principalmente em razão da carência de tecnologia, em especial nos PDVs de menor porte.

Para 38%, as limitações digitais são os fatores que mais limitam a administração do estoque, enquanto 22% entendem que a catalogação de itens é o principal obstáculo. Especialistas entendem que ambos os problemas estão associados à tecnologia e ganharam evidência em meio a um cenário de falta de medicamentos e pressões de alta sobre a cadeia de suprimentos.

TI aprimora gestão de estoque nas grandes redes…

As grandes redes, em particular, vêm conseguindo adaptar sua estrutura tecnológica à maior demanda imposta pelo comércio digital e pelos serviços de saúde. Segundo estudo da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), em parceria com a KPMG, as perdas decorrentes de furtos, roubos, desvios, avarias e má gestão de estoque no mercado farmacêutico caíram de 1,28% para 0,89% sobre o faturamento total em dois anos. O percentual é inferior à média geral do varejo – 1,21%, considerando 11 segmentos estratégicos.

Porém, um sinal amarelo para o setor é o índice de ruptura, que teve queda em 2020, mas agora voltou a subir. “A demanda por produtos relacionados à Covid-19 durante a pandemia, o advento de categorias como as de suplementos vitamínicos e a digitalização das vendas exigiram mais dinamismo das farmácias e um maior apuro no controle do mix”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

Ao mesmo tempo, a necessidade de fortalecer o uso de ferramentas de comércio eletrônico estimulou o varejo farma a apostar em novas tecnologias como o RFID, para controle de vencimento dos produtos. Outras inovações que começam a se tornar realidade são as ferramentas de data analytics e o uso de câmeras com inteligência artificial para capturar inconsistências nos layouts dos PDVs. Porém, esses investimentos ainda são vistos como inacessíveis pelo pequeno e médio varejo.

… mas nas independentes, a carência digital é regra

Enquanto isso, a tecnologia parece ser uma visita indesejada nas farmácias independentes, conforme pesquisa do Instituto Axxus, que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. O levantamento envolveu 420 proprietários de farmácias de pequeno porte nos 26 estados e no Distrito Federal.

Em 99% das lojas, os descontos são definidos e concedidos aos clientes pelos atendentes ou por um superior. Em apenas 1% dos casos, eles são parametrizados pelo sistema. As captações de pedidos se dão prioritariamente por telefone (96%). Um alento é que o WhatsApp foi mencionado por 91% dos entrevistados.

A pesquisa também constatou que 86% das farmácias independentes ainda registram manualmente os produtos esgotados. Além disso, em 95% dos PDVs, o sistema não está conectado com as distribuidoras. Já 97% dos gestores afirmaram que o módulo financeiro não está integrado ao ERP. “A falta de integração eletrônica resulta em uma gestão de estoque meramente intuitiva, o inviabiliza qualquer análise mais profunda sobre o mix e a necessidade de reposições”, critica Rodnei Domingues,  responsável pelo estudo.

Nova enquete

A enquete que está no ar propõe um panorama sobre o mercado de trabalho no varejo farmacêutico. Na sua empresa, como se deu a movimentação nesse quesito? Mais empregos, mais cortes ou estagnação?

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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