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Governo Bolsonaro pagou R$ 77,5 milhões a mais por lote de máscaras, diz site

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O Ministério da Saúde pagou 77,5 milhões de reais a mais por um lote de máscaras KN95 em abril de 2020. O sobrepreço é observado ao comparar a aquisição do governo federal com uma compra feita por uma empresa privada na mesma época, do mesmo importador e do mesmo fornecedor. A informação é do UOL.

Pelo lote de 40 milhões de máscaras comprado da 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, o governo Bolsonaro pagou 1,65 dólar ou 8,65 reais na cotação da época. A negociação ocorreu em abril de 2020, mesmo mês em que a 356 Distribuidora vendeu um lote com 200 mil máscaras a uma empresa privada a 1,28 dólar cada, ou 6,71 reais na conversão.

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No total, o governo desembolsou 66 milhões de dólares pelo lote. Se tivesse comprado ao mesmo valor negociado pela 365 com a iniciativa privada, teria economizado 14,8 milhões de dólares, ou 77,5 milhões de reais na cotação da época.

O governo federal ainda arcou com o custo do transporte das máscaras até o Brasil, o que custou mais 17,9 milhões de dólares.

A compra das máscaras KN95 faz parte do maior contrato de insumos hospitalares assinado no Brasil no âmbito do combate à pandemia, que incluiu também máscaras mais simples. O custo total da negociação ultrapassou os 695 milhões de reais.

A negociação já é alvo do Ministério Público Federal (MPF), mas por outro motivo. O inquérito apura se elas teriam a qualidade e eficácia adequadas para uso hospitalar, já que foram distribuídas pelo governo aos profissionais de saúde.

Na embalagem, as KN95 compradas pelo governo traziam a expressão ‘non medical’ e sua aquisição e eficácia foram contestadas pela Anvisa, conforme mostrou reportagem do jornal Folha de S. Paulo em março deste ano.

A 365 é representante das fornecedoras de máscaras chinesas no Brasil. A empresa pertence ao empresário Freddy Rabbat, que não explicou porque não ofertou o menor preço ao governo. Os advogados do empresário disseram que o valor pago pelo governo ‘está abaixo da média de mercado na época da aquisição’.

O governo federal não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Carta Capital Online

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