Pesquisadores da Universidade de Colúmbia (Estados Unidos) descobriram que a gripe pode aumentar o risco de AVC e ruptura das artérias do pescoço. As informações serão apresentadas na próxima durante o congresso International Stroke Conference da American Stroke Association em Honolulu (Havaí).
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Para chegar a essa conclusão, os cientistas dividiram o experimento em duas partes e usaram informações de banco de dados de pacientes de Nova York para examinar se os sintomas semelhantes aos da gripe estavam ligados ao AVC e dissecção da artéria cervical (DAC). Nesta última, a condição ocorre quando há uma ruptura não traumática de uma ou mais camadas internas em umas das artérias do pescoço responsáveis pela irrigação sanguínea do cérebro.
No primeiro estudo, a equipe analisou dados de 31 mil pessoas que sofreram AVC isquêmico em 2014. Ao estudar os dados, os profissionais descobriram que ter sintomas semelhantes aos da gripe aumentou a probabilidade de ter um AVC em cerca de 40% até 15 dias depois.
Na segunda parte do experimento, os cientistas analisaram informações de 3.800 pessoas que tiveram DAC entre 2006 e 2014. A equipe descobriu os pacientes tinham cerca de 50% a 60% mais chances de ter uma doença semelhante à gripe um mês antes da dissecção da artéria cervical ser diagnosticada.
De acordo com os pesquisadores, o risco pode estar relacionado à inflamação no corpo pela gripe, mas que mais estudos precisam ser feitos para investigar essa relação. Além disso, os autores reforçaram a importância de uma vacina contra a gripe.
“Eu acho que as pessoas devem considerar (obter) uma vacina contra a gripe”, disse Philip Gorelick em uma entrevista à American Stroke Association.
Gorelick ressalta ainda que alguns estudos descobriram uma ligação entre obter uma vacina contra a gripe e reduzir o risco de derrame.
Fonte: Repórter MT