O mercado europeu virou seu olhar para a healthtech brasileira EpHealth. A startup, que começou prestando serviço para o SUS, migrou para o mercado farmacêutico e agora dá seus primeiros passos rumo a internacionalização. As informações são do Pipeline.
A empresa, que foi fundada em Santa Catarina, passará por dois programas de aceleração no Velho Mundo, mais precisamente no Reino Unido e na Suíça.
Na Terra do Rei, o programa de aceleração tem muito a ver com as origens da healthtech brasileira. A companhia foi selecionada para o Global Entrepreneur Programme (GEP), que atrai soluções inovadoras para o NHS, o sistema de saúde pública bretão.
Já na Súiça, a EpHealth atuará diretamente com a indústria farmacêutica, sendo a primeira companhia do Brasil a participar do DayOne Health 4.0. “São oportunidades complementares que trazem um novo patamar para nós”, comenta Pedro Pereira, fundador e CEO da startup.
Healthtech brasileira surgiu após monitoramento de agentes do SUS
Depois de trabalhar monitorando os agentes do SUS em uma cidade no interior de São Paulo, Pereira chegou a uma conclusão. “Esse profissional precisava muito mais de ajuda do que de controle”, conta o executivo.
Foi nesse nicho que o empreendedor resolveu investir, ainda em 2015. O programa atua congregando informações sobre os pacientes, acompanhando seu estado de saúde e também gerando um mapa demográfico da população.
A solução começou a chamar a atenção da indústria farmacêutica, o que motivou a separação em duas frentes diferentes.
O Instituto EpHealth, a vertente pública, conta com 45 mil profissionais cadastrados e seis milhões de pacientes, estando presente em quatro mil municípios.
Já o EpScience, braço privado, atua junto a farmacêuticas fazendo estudos por encomenda.
Com ambas as atuações, a healthtech brasileira já acumula uma receita anual de R$ 6 milhões. Valor esse que ainda não contabiliza alguns projetos em andamento. Para 2024, a expectativa é um avanço de 50%.
Previsão de até £ 2 milhões em aportes
Apesar de não estar exatamente acostumada à captação de aportes, tendo realizado apenas uma rodada no total de R$ 1,5 milhão, a healthtech brasileira espera levantar um bom valor em investimentos não dilutivos no Reino Unido.
De acordo com a companhia, a expectativa é garantir entre £ 1 milhão e £ 2 milhões (R$ 6,1 milhões a R$ 12,3 milhões) para investimentos em P&D.