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Hidroxicloroquina não impede infecção por covid-19, indica estudo

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Um estudo publicado nesta quarta-feira, 30, na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) indica que a hidroxicloroquina não é capaz de impedir infecções pelo novo coronavírus.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram uma pesquisa randomizada, duplo-cega (quando nem o médico nem os voluntários sabem qual medicamento está sendo administrada) e com grupo de controle (quando alguns participantes recebem o tratamento com placebos e não com a droga a ser estudada) em dois hospitais com 132 profissionais da área de saúde.

Os profissionais que tomaram a medicação receberam uma pílula de 600 miligramas diariamente por oito semanas. Segundo os pesquisadores, não houve uma diferença forte na taxa de infecção dos grupos de placebo ou do que recebeu a hidroxicloroquina, enquanto efeitos adversos eram mais comuns para os voluntários que estavam tomando a medicação.

No final do estudo, que teve de ser pausado antes de chegar ao número desejável pelos cientistas de 200 voluntários, 8 pacientes haviam contraído a covid-19 — mas a boa notícia é que nenhum deles precisou ser hospitalizado e foi recuperado até o final do processo de pesquisa, que acabou em julho (embora sem ter relação com a hidroxicloroquina).

Embora a medicação não tenha causado maiores prejuízos para a saúde dos voluntários, o estudo mostra, mais uma vez, que o uso dela pode não alterar as probabilidades e riscos de alguém contrair ou não o vírus — ou tem capacidade de alterar um futuro quadro da doença.

Recentemente, o maior estudo brasileiro feito sobre a medicação mostrou que nem o uso dela sozinha, nem combinada com a azitromicina teve algum benefício em relação ao tratamento padrão para os casos do vírus. Segundo os pesquisadores, a hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade do vírus e, em 15 dias, o número de óbitos para quem tomou a medicação foi parecido com o dos outros tratamentos.

Também em julho, os cientistas da Universidade de Oxford afirmaram que a medicação não tem benefícios contra o vírus e que também é responsável pelo agravamento da doença e pela morte de alguns pacientes.

Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a hidroxicloroquina da lista de medicamentos recomendados para o tratamento da covid-19 e o uso dela é desencorajado pela comunidade científica mundial, exatamente pela quantidade de estudos que mostram como o remédio pode ser prejudicial para a saúde dos infectados.

Nenhum medicamento ou vacina contra a covid-19 foi aprovado até o momento para uso regular, de modo que todos os tratamentos são considerados experimentais.

Fonte: Portal EXAME

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