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HNSC monitora casos de bactéria super-resistente

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Após murmúrios de que o Hospital Nossa Senhora da Conceição em Tubarão tinha casos graves de infecção por uma bactéria multirresistente, a assessoria de comunicação do hospital enviou nesta segunda-feira (27) uma nota oficial a imprensa.

Comunicado

‘A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu no dia 01 de setembro um comunicado de risco para todas as instituições de saúde do país sobre a informação de registro de casos de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM. A solicitação pedia o reforço e a vigilância em todos os serviços de saúde a estes agentes.

No Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, foram enviadas amostras ao LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública de casos monitorados de bactérias multirresistentes que apresentavam este perfil, sendo que nove pacientes confirmaram infecção por esta bactéria. Destes, três vieram a óbito e seis tiveram alta hospitalar.

Há 10 dias a própria Vigilância Sanitária do Estado esteve fazendo uma fiscalização no HNSC em relação ao caso.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) informa que são enviadas amostras ao LACEN-SC semanalmente para controle e vigilância de bactérias multirresistentes, garantindo a segurança aos pacientes que estão internados no HNSC.

Atualmente não há casos confirmados de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM na instituição, mas existem pacientes em vigilância e aguardando confirmação laboratorial’.

Os casos prováveis estão sendo monitorados dentro do hospital.

As superbactérias são bactérias que adquirem resistência a diversos antibióticos devido ao uso incorreto desses medicamentos, sendo também conhecidas como bactérias multirresistentes. O uso incorreto ou frequente de antibióticos pode favorecer o surgimento de mutações e mecanismos de resistência e adaptação dessas bactérias contra os antibióticos, tornando o tratamento difícil.

As superbactérias são mais frequentes em ambiente hospitalar, principalmente centros cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido ao sistema imunológico mais enfraquecido dos pacientes. Além do uso indiscriminado de antibióticos e sistema imunológico do paciente, o aparecimento de superbactérias também está relacionado com os procedimentos realizados dentro do hospital e hábitos de higienização das mãos, por exemplo.

Superbactérias: o que são, quais são e como é o tratamento

Principais superbactérias

As bactérias multirresistentes são encontradas com mais frequência em hospitais, principalmente em UTIs e centros cirúrgicos. Essa multirresistência acontece principalmente devido ao uso errado dos antibióticos, seja interrompendo o tratamento recomendado pelo médico ou usando quando não é indicado, dando origem às superbactérias, sendo as principais:

Staphylococcus aureus, que é resistente à Meticilina, sendo denominada MRSA. Saiba mais sobre o Staphylococcus aureus e como é feito o diagnóstico;

Klebsiella pneumoniae, também conhecida como Klebsiella produtora de carbapenemase, ou KPC, que são bactérias que conseguem produzir uma enzima capaz de inibir a atividade de alguns antibióticos. Veja como identificar e tratar a infecção por KPC;

Acinetobacter baumannii, que pode ser encontrada na água, solo e ambiente hospitalar, sendo algumas cepas resistentes aos aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e beta-lactâmicos;

Pseudomonas aeruginosa, que é considerado um microrganismo oportunista causando infecção principalmente nas UTIs em pacientes como o sistema imunológico comprometido;

Enterococcus faecium, que normalmente causa infecções do trato urinário e intestinal em pessoas que estão internadas;

Proteus sp., que está relacionada principalmente com infecções urinárias nas UTIs e que vêm adquirindo resistência a diversos antibióticos;

Neisseria gonorrhoeae, que é a bactéria responsável pela gonorreia e algumas cepas já foram identificadas como multirresistente, apresentando maior resistência à Azitromicina, e, por isso, a doença causada por essas cepas é conhecida como supergonorreia.

Além dessas, há outras bactérias que estão começando a desenvolver mecanismos de resistência contra antibióticos que normalmente são utilizados no tratamento das suas infecções, como por exemplo a Salmonella sp., Shigella sp., Haemophilus influenzae e Campylobacter spp. Dessa forma, o tratamento torna-se mais complicado, já que há dificuldade para combater esses microrganismos, e a doença mais grave.

Fonte: Hora Hiper

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/unifarma-chega-a-1-mil-pdvs-licenciados-no-nordeste/

 

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