Nos últimos meses, a economia brasileira seguia em ritmo de recuperação, ainda que no primeiro trimestre alguns indicadores tenham apresentado movimentos contraditórios. A paralisação dos caminhoneiros e a consequente crise de desabastecimento trouxeram dúvidas para os consumidores, empresários e investidores em relação à manutenção desse cenário positivo.

No caso do varejo na cidade de São Paulo, o reflexo sobre o nível de mercadorias estocadas nas lojas foi grande, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Na percepção captada pelo Índice de Estoques (IE), houve queda de 5,9% de maio para junho. Descontando esse período de greve, a queda ainda se apresenta na comparação com junho do ano passado: 1,3%. O indicador é calculado mensalmente pela entidade.

Em junho, 53,3% dos empresários consideraram seus estoques adequados, quedas de 3,4 pontos porcentuais, em relação a maio, e de 0,9, no comparativo com junho de 2017. A proporção de empresários que declarou ter excesso de mercadorias nas lojas registrou alta de 2,4 pontos percentuais, ao passar de 30% em maio para 32,4% em junho.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o desabastecimento decorrente da paralisação dos caminhoneiros teve dois efeitos diversos sobre o nível de estoques do comércio varejista: a falta de produtos em alguns setores mais vulneráveis e aumento no receio do consumidor em relação à aquisição de bens

Fonte: Portal no Varejo