Indústria farmacêutica chinesa pode faturar R$ 1,25 tri em 2023

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Indústria farmacêutica chinesa pode faturar R$ 1,25 tri em 2023
Foto: Canva

1,8 trilhão de yuan ou, convertendo para reais, R$ 1,25 trilhão. Esse é o faturamento estimado para a indústria farmacêutica chinesa neste ano de 2023. O montante demonstra um avanço considerável na comparação com 2022. As informações são da Exame.

No ano passado, as fabricantes de medicamentos da China registraram 359,6 bilhões de yuans (R$ 228,05 bilhões) de faturamento. Ou seja, em um ano, o mercado local avançou mais de cinco vezes.

Grande parte desse resultado positivo está associada aos medicamentos genéricos, carros-chefes do setor. Em 2020, esses remédios representavam 54% do mercado local, segundo a Daxue Consulting. E esse movimento só aumentou após a pandemia da Covid-19.

Carro-chefe da indústria farmacêutica chinesa passa por reforma

Apesar de ser o principal produto da indústria farmacêutica chinesa, os medicamentos genéricos vivem um momento delicado na região. Isso porque o governo apertou o cerco contra remédios que não atingem os patamares estabelecidos de segurança e eficácia.

Com isso, o crescimento da categoria no futuro deve ser menos intenso. Nos últimos quatro anos, o avanço médio foi de 0,45% e, em 2021, os genéricos movimentaram US$ 134,4 bilhões (R$ 667,48 bilhões) no país.

Mas, se esses fármacos perdem protagonismo, outros surgem para tomar seu “lugar ao sol”.

Inovação na virada de chave

Enquanto fecha o cerco aos medicamentos genéricos de baixa qualidade, a indústria farmacêutica chinesa também passa por uma guinada em direção a medicamentos inovadores e imunizantes.

Para fomentar o desenvolvimento desses fármacos mais complexos, o governo vem apoiando a cooperação internacional e fortalecendo a proteção da propriedade intelectual, além de ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

O país é o que detém mais patentes de medicamentos inovadores nos últimos três anos – 1,5 milhão, mais de duas vezes o montante dos Estados Unidos, que soma 597 mil.

Quando voltamos o olhar para as vacinas, a China já é uma protagonista no setor, principalmente quando falamos sobre o pós-Covid-19. Aliás, a pandemia levou o país a se tornar um dos principais desenvolvedores de imunizantes para a infecção. Outras doenças que estão na alça de mira da indústria chinesa são o câncer, a gripe, HIV e malária.

Varejo também merece destaque

Outro ponto de destaque sobre o mercado chinês diz respeito ao varejo farmacêutico. Por lá farmácias 100% digitais impulsionam o setor. É o caso da 111, que construiu a maior plataforma digital de saúde do país. Integra todas as pontas da cadeia, começando pela cobertura de 280 mil PDVs em todo o país por meio da 1 Drugstore. Em algumas cidades, a rede cobre mais de 63% das farmácias da China.

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