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Laboratório procura paciente com artrose para teste de novo medicamento

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Um novo medicamento para artrose será testado a partir de 2019 em pacientes voluntários no Brasil. Diferente dos demais medicamentos encontrados no mercado atualmente, que agem como se “revestissem” ou diminuíssem o atrito entre as cartilagens, o novo fármaco apresenta uma molécula que inibe a enzima que degrada a cartilagem.

“É uma nova esperança para reduzir o avanço da degradação da cartilagem, dar mais qualidade de vida ao paciente e, talvez, evitar uma prótese no futuro”, aposta o médico reumatologista Sebastião Radominski, professor no curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná e diretor do Centro de Estudos em Terapias Inovadoras (CETI), o responsável pela coordenação das pesquisas em Curitiba. Há outros grupos de pesquisa com o mesmo medicamento em outras universidades do Brasil. Os estudos são conduzidos pelo laboratório francês Servier.

Pacientes com artrose podem se voluntariar para participar no estudo se cumprirem os seguintes requisitos: ter 40 anos ou mais, ter diagnóstico de artrose moderada a grave no joelho e não apresentar doenças crônicas como diabetes e hipertensão ou alterações das funções renal ou cardíaca. A triagem é feita no CETI e a previsão é de que os testes comecem em janeiro de 2019, durando um ano. Radominski pretende fechar um grupo de 40 pessoas antes de janeiro.

A participação no estudo é totalmente custeada pelo grupo de pesquisa, inclusive o deslocamento até o consultório médico (é preciso morar em um raio de, no máximo, 100 km de Curitiba).

Como funciona

A triagem começa com uma consulta com o reumatologista, que verifica junto do paciente se ele atende aos critérios e explica o protocolo da pesquisa, apresenta os efeitos colaterais e demais procedimentos. Caso o paciente se encaixe nos critérios, ele assina um termo de compromisso e é feito um raio-x e um exame de sangue. O resultado sai em aproximadamente dez dias.

Caso os exames apontem para ausência de doenças como hepatite, HIV, diabetes, entre outros, o tratamento começa. O acompanhamento é feito em um primeiro momento a cada 15 dias e depois, mensalmente. A ideia é ver como está a cartilagem após seis meses e em um ano com o medicamento que inibe a ação da enzima.

O paciente leva para casa uma caderneta em que anota sintomas e necessidade de tomar outros remédios enquanto faz parte do grupo estudado, pois é comum o consumo de anti-inflamatórios e analgésicos pelos pacientes. “Também vamos ver se durante o tratamento com o novo medicamento haverá uma redução no uso de outros medicamentos para apaziguar dor, como o paracetamol. Isso teria um impacto significativo na economia dos gastos em remédio do paciente”, exemplifica Radominski.

Fonte: Gazeta do Povo

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