Mikael Dolsten, líder científico e presidente mundial de pesquisa, desenvolvimento e medicina da Pfizer, projeta a vacina contra a Covid-19 até o mês de outubro. O executivo falou sobre os planos ambiciosos da empresa para controlar a pandemia do novo coronavírus em entrevista à revista Veja.
Em estratégia única, ambiciosa e inovadora, a Pfizer já iniciou a fase de testes em humanos de não apenas uma, mas de quatro opções de vacina, na expectativa de escolher a mais segura e eficaz. Todas foram desenvolvidas em parceria com a BioNTech, empresa alemã de biotecnologia, e usa a inovadora técnica de mRNA, ou RNA mensageiro.
A empresa está entre os cinco projetos selecionados pelo programa Operation Warp Speed do governo dos EUA para receber bilhões de dólares em financiamento e apoio federal antes mesmo de haver provas de que as vacinas funcionam.
Além da vacina, a Pfizer também está dedicada em encontrar tratamentos eficazes contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e não poupa esforços nem investimentos nesta empreitada.
Linha de produção
A previsão é gastar até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) ainda este ano para desenvolver e fabricar uma potencial vacina. Mesmo antes de saber se uma de suas opções de vacina irá funcionar, a empresa já começou a preparar a linha de produção.
Apenas nas fábricas e na compra de matéria-prima, o investimento foi de US$ 250 milhões. Além disso, a empresa garantiu que o retorno do investimento não desempenhará um papel em seus esforços contra a Covid-19.
Dolsten também anunciou que a meta da companhia é ter uma cobertura inicial para adultos de 18 a 85 anos e em seguida, procurar oportunidades para imunizar crianças e adolescentes.
Já em relação aos remédios, o executivo afirmou que os testes com antivirais, que atuam diretamente no vírus, provavelmente começarão em agosto.
O foco inicial será tratar aqueles que estão no hospital e em seguida um segundo composto será usado para tratar aqueles que ainda não estão no hospital, mas que têm febre em casa, correm o risco de piorar e precisar de cuidados hospitalares.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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