Vacinação com a Johnson & Johnson deve ser retomada nos EUA em breve, diz Fauci

0

A aplicação da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson, interrompida nos Estados Unidos, deve ser retomada em breve, talvez com algumas “restrições”, disse o consultor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, neste domingo(18), embora a decisão deva ser divulgada até sexta-feira.

“Acho que não iremos além da sexta-feira com a extensão dessa pausa”, disse o Dr. Fauci na ABC, referindo-se ao grupo de especialistas que deve se reunir em breve para avaliar a possível relação entre o imunizante e a formação de coágulos de sangue.

“Acho que (a vacinação) será retomada, talvez com restrições. Não tenho certeza de quais serão, se serão vinculadas à idade ou ao sexo, ou se será simplesmente acompanhada de um aviso”, acrescentou.

Washington suspendeu na terça-feira o uso da vacina criada pelo laboratório americano para investigar os seis casos de mulheres – uma delas morreu – que desenvolveram graves coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas após receberem a injeção.

Os membros do grupo de especialistas, reunidos pela primeira vez na quarta-feira a pedido do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência de saúde pública do país, disseram que precisariam de mais tempo antes de decidir sobre uma possível restrição da vacina.

Destacando que não queria “antecipar” as decisões deste grupo, o Dr. Fauci lembrou que os casos graves de coágulos sanguíneos foram “extremamente raros” e que a pausa na administração da vacina foi decidida para “examinar a situação e certificar-se de que temos todas as informações possíveis”.

Fonte: Portal Revista Isto É Dinheiro

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/19/hypera-pharma-compra-participacao-na-consulta-remedios/

Após pedido de fiscalização do MP, Vigilância Sanitária autua e interdita uma sala de testagem e uma farmácia em Santa Maria

Fiscais identificaram aglomeração na Farmácia e ausência de tempo hábil para higienização adequada do ambiente

Após novo pedido de fiscalização do Ministério Público do Rio Grande do Sul para fins de acompanhamento de recomendação exarada no início da pandemia quanto à adequação de estabelecimentos farmacêuticos aos cuidados sanitários de enfrentamento da Pandemia, em especial, observância à vedação de aglomerações, a Vigilância Sanitária de Santa Maria autuou e interditou uma farmácia e uma sala de testagem de outro estabelecimento por descumprimento de exigências regulamentares.

A determinação para os locais farmacêuticos, que estão na linha de frente no combate à pandemia de coronavírus, é ter responsabilidade crucial para a proteção à saúde da população. Apesar disso, os fiscais identificaram elementos de prova de aglomeração na Farmácia, ausência de tempo hábil para higienização adequada do ambiente pré e pós-atendimento ao cliente e descumprimento de normas técnicas referentes aos procedimentos para testagem de Covid-19.

A recomendação foi feita pela promotora de Justiça Giani Pohlmann Saad, que solicitou essa nova rodada de fiscalização em março deste ano para a proteção da comunidade e não contágio da doença.

Na peça, a promotora ressalta que “toda a atenção na fiscalização das atividades quanto ao cumprimento das regras sanitárias de enfrentamento à Pandemia Covid-19 são muito importantes, inclusive pelo caráter pedagógico e preventivo que promovem”.

Fonte: Portal CAMAGUÃ

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/19/hypera-pharma-compra-participacao-na-consulta-remedios/

Atraso do novo rol dos planos preocupa especialistas

0

Depositphotos 77534566 s 2019

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o novo rol de procedimentos de cobertura obrigatória dos planos de saúde com um número recorde. Ao todo, foram incluídas 61 novas tecnologias, sendo 46 relativas a medicamentos especiais. Mas apesar da ampliação do acesso, especialistas veem com apreensão a burocracia do órgão e seus impactos diretos para a adesão de pacientes ao tratamento.

O rol passou a contemplar 24 medicamentos orais contra diversos tipos de câncer, entre eles o de mama, renal, mieloma e melanoma. Conta ainda cm 21 remédios para doenças como asma, esclerose múltipla e psoríase. No entanto, sob a alegação da pandemia, a ANS demorou três anos e dois meses para oficializar as novas incorporações. Nesta segunda-feira, dia 19, inclusive, termina o prazo para participar da Consulta Pública nº 84, que propõe reduzir de 24 para 18 meses a frequência de atualização.

“Devemos reconhecer as dificuldades impostas pela pandemia, a análise criteriosa que o processo e a maior transparência nas discussões sobre esse rol. Mas é fato que o atraso representa um prejuízo frente à rápida evolução tecnológica nos setores farmacêutico e de saúde”, avalia Dr. João Paulo Reis Neto, diretor-presidente da Capesesp – Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde.

O dirigente também entende que o maior intervalo do rol traz impactos financeiros para as operadoras. “À primeira vista, o acréscimo de um volume expressivo de drogas e tecnologias pode ser benéfico. Mas no momento em que a lista de atualizações se acumula, pode aumentar os gaps entre as operadoras e acarretar muitas diferenças nas coberturas, pois algumas empresas já ofereciam procedimentos além do rol obrigatório e outras tendem a ficar defasadas”, observa. Outro fator preocupante é o risco de aumento da judicialização, pois há tecnologias disponibilizadas há muito tempo no país, mas que não constavam do rol.

Mais esperança x transparência nos critérios

A atualização traz mais esperança para quem depende de tratamentos para doenças crônicas e de alta complexidade, na visão de Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia – ONG voltada para qualidade de vida de pacientes com câncer e seus familiares. Ela lembra, porém, que muitos tratamentos ficaram de fora. “Defendemos o tempo máximo de seis meses, prazo que a própria Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) vem estabelecimento para a análise de seus dossiês”, argumenta. Holtz defende ainda uma transparência ainda maior, em especial quanto aos critérios de inclusão ou não das terapias.

A indústria farmacêutica também vislumbra oportunidades de melhoria nos debates sobre o rol dos planos de saúde. “Obviamente estamos falando de uma ANS jovem, cujos processos vêm registrando grande evolução desde 2006. Mas é fundamental repensar os prazos para impedir lacunas no atendimento, possibilitar a priorização de novas tecnologias, garantir mais previsibilidade ao setor e incrementar o leque de alternativas para os médicos prescreverem”, pontua Valéria Clemente, diretora de Acesso, Value Strategy & Pricing da MSD no Brasil.

A executiva defende ainda uma maior mobilização setorial em torno do tema. “Somos todos agentes do sistema”, conclui.

Hypera Pharma compra participação na Consulta Remédios

Hypera Pharma compra participação na Consulta RemédiosEm mais um passo para buscar a liderança na indústria farmacêutica nacional, a Hypera Pharma anunciou a compra de participação minoritária na Consulta Remédios, com aquisição de 22,5% do capital social. O acordo foi oficializado em comunicado enviado pela companhia ao mercado na última sexta-feira, dia 16.

A transação prevê a possibilidade de aumento desse percentual. Fundada em Curitiba (PR) no ano 2000, com presença em todas as regiões do país e mais de 3,8 mil farmácias cadastradas, a Consulta Remédios é considerada a principal plataforma de acesso e consulta de informações sobre medicamentos no Brasil. Atrai cerca de 1 milhão de visitantes únicos diariamente, o que credencia o portal como o quinto maior do mundo em audiência.

O negócio representou o segundo investimento do Hypera Ventures, programa de corporate venture capital da indústria farmacêutica que nasceu no fim de 2019. O objetivo é incentivar startups e empresas inovadoras ligadas ao setor de saúde que possuem sinergia com as operações da Hypera Pharma.

A iniciativa contempla um aporte total de até R$ 200 milhões. Os recursos para cada empresa poderão variar de R$ 1 milhão a R$ 20 milhões e são originários do próprio caixa da indústria farmacêutica.

A Hypera Pharma afirmou no comunicado que “esse movimento está alinhado ao objetivo estratégico da companhia de acelerar seus investimentos em tecnologia e plataformas digitais para se aproximar cada vez mais de seus consumidores finais, entendendo seus hábitos de consumo com o objetivo de impulsionar as vendas e promover saúde de qualidade à população brasileira”.

Com R$ 6,2 bilhões de faturamento em 2020, a Hypera Pharma saltou duas posições no ranking da indústria farmacêutica brasileira ao ultrapassar Eurofarma e Sanofi. Agora, o alvo é a EMS. Em três anos, a companhia projeta investimentos de até R$ 350 milhões para chegar ao primeiro lugar.

Repercussão

“Comparativos de preços e informações técnicas baseadas nas bulas originais dos fabricantes representam uma fonte de pesquisa muito valiosa, que contribuem para nortear novas estratégias para fabricação e comercialização de novos medicamentos. E a aquisição representa um primeiro movimento da indústria farmacêutica validando esse modelo de negócio”, avalia Wilton Torres, fundador da Farmaindex

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/11/seis-em-cada-dez-leitores-defendem-lockdown-nacional/

Covid-19: Vacina russa pode vir a ser produzida em Sintra

0

O Presidente da câmara de Cascais fez de intermediário para que viesse para Portugal uma licença de produção da Sputnik V. António Costa não acha má ideia, mas lembra que a vacina ainda não foi aprovada pela EMA, segundo avança o jornal Público.

Veja também: Jornal austríaco diz que AstraZeneca pode ter vacina contra variante da Covid até fim de 2021

Portugal pode vir a produzir a médio prazo a vacina russa Sputnik V, ou pelo menos alguns componentes desta vacina, na zona de Sintra. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, serviu de intermediário entre o Fundo de Investimento Directo Russo, que está a fazer a exploração comercial desta vacina contra a covid-19, e o Governo, chamando para esse triângulo a empresa Hikma, com sede na Terrugem, em Sintra desde o início dos anos 90 e que tem capital jordano.

Siga nosso Instagram

Fundada em 1978, na Jordânia, a Hikmam é um grupo farmacêutico multinacional focado no desenvolvimento, fabrico e comercialização de uma vasta gama de medicamentos genéricos e sob licença. Fábrica está situada na Terrugem, concelho de Sintra

Fonte: TV Sintra

População enfrenta falta de medicamentos nas unidades de saúde e Poupatempo

0

Não bastasse a pandemia que se arrasta há mais de um ano, no ABC a população ainda sofre com a falta de medicamentos de uso contínuo para outras doenças. A escassez vai desde os mais comuns, como ácido acetilsalicílico, até remédios para quem sofre de hipertensão arterial, diabetes e depressão. O problema ocorre nas farmácias das prefeituras e até na de medicamentos de alto custo do governo do Estado.

Exemplo está na falta de insumos para diabéticos. Larissa Gabrielle Gonçalves, de 24 anos, foi diagnosticada em novembro de 2020 e, desde fevereiro, tem dificuldade de obter insulina de ação rápida, conhecida como Asparte, e agulhas para a caneta de aplicação, que possuem prazo de validade. ‘Fui pegar as insulinas em fevereiro e elas venciam em março. Eu uso as canetas de 4 a 5 vezes por dia e são distribuídas somente 31 agulhas por mês’, conta a jovem que retira os insumos no Hospital Estadual Mário Covas.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Larissa também retira outros remédios no posto de saúde do Parque Novo Oratório, em Santo André, e relata que desde o começo do ano não consegue. ‘Vou no posto para retirar outras coisas, como lancetas, fitas, caixa de descarte e glicosímetros mas, sempre que vou até lá, saio de mãos vazias, preciso comprar em farmácias e gastar muito dinheiro’ reclama.

Rosangela Tavares retira os insumos para o filho diabético de 12 anos no Hospital Mário Covas e também notou que, nos últimos meses, as insulinas estão com as datas de validade muito próximas ao dia da retirada dos insumos. ‘Eles têm nos entregado medicamentos que vencem uma semana depois. Este tipo de insumos deve durar por meses e não só uma semana’, reclama.

Quem precisa retirar medicamentos em São Paulo por razões judiciais ou por conta do envio destes remédios e insumos, está preocupado. Uma moradora de Santo André, que preferiu não se identificar, retira insumos na Unidade de Saúde Tenente Pena, em São Paulo, e contou que um sensor para utilizar uma bomba que estabiliza a glicose está em falta. ‘Uso a bomba 24h e não tenho condições de comprar o sensor porque é muito caro e, ultimamente, não tenho conseguido o produto na unidade’, relata.

Falta comunicação

Em Santo André, há dois meses uma moradora (não quis se identificar) não consegue retirar o levotiroxina sódica na unidade de saúde da rua Campos Sales. A informação que recebe é que o medicamento, indicado para tratamento de problemas com a tireoide, está em falta em toda a rede e sem previsão de abastecimento. A munícipe reclama que a recomendação do posto é o paciente retornar outras vezes. Diz que telefonou duas vezes na unidade para tentar saber se o remédio chegou, porém a informação é que a farmácia não tem ramal para atender. ‘É um absurdo ouvir isso, além de ter de comprar o produto e o risco do coronavírus, o posto não utiliza sequer um aplicativo, como Whatsapp, para dar informação e evitar o deslocamento da população’, reclama.

Quase 40% da lista

Das sete cidades, apenas São Bernardo e São Caetano informaram que não registram falta de remédios nas farmácias. A situação mais grave é em Mauá, onde 37,5% da lista de 176 medicamentos fornecidos pelo município está em falta, desde os mais simples, como o ácido acetilsalicílico, até os indicados para controle da pressão arterial.

Em nota, Mauá informa que, em janeiro, a nova gestão se deparou com a falta de atas vigentes de medicamentos e insumos. ‘A administração investe esforços para dar andamento aos processos licitatórios, para abastecer a rede de saúde. Os processos de compras em órgãos públicos são regidos pelas leis 8.666/93 e 10.520/2002, cujos trâmites são burocráticos e lentos. De uma lista com 176 medicamentos faltam 37,50%. Do total, 18,75% são de uso contínuo, como ácido acetilsalicílico 100 mg; amitriptlina, cloridrato 25 mg; fluoxetina, cloridrato 20 mg; furosemida 40 mg; levotiroxina sódica; propanolol, cloridrato 40 m;, espironolactona 25 mg e hidroclorotiazida 25 mg. A Secretaria de Saúde tem atendimento telefônico, desta forma, sempre que o paciente solicita informações sobre a disponibilidade do item ele é avisado’, diz a nota.

Em Diadema, a falta é de neuroléptico, vitamina D, vitamina B1, antidiabético, diurético simples, antitérmico, antianêmico, antidiabético e diurético simples, sendo os dois últimos de uso contínuo. ‘Notificamos a empresa fornecedora em caso de atraso na entrega, entramos em contato com os fabricantes existentes no mercado para verificar se realmente a informação de falta de insumo procede e orientamos os pacientes a retirar no Programa da Farmácia Popular, aqueles itens cuja retirada no programa é feita de forma gratuita’, sustenta a administração em nota.

Ribeirão Pires também relata a falta de medicamentos de uso contínuo, como xarelto 20ml, para tratamento de trombose, e o leuprolerina, usado por pacientes com endometriose. ‘Vamos notificar os fornecedores que não têm fornecido os medicamentos, para que uma solução seja tomada. Em último caso, se a falta de medicamentos prosseguir, poderá ser realizada a interrupção do contrato e aberto um novo processo licitatório com uma nova empresa, que poderá fornecer e atender a demanda necessária’, diz a Prefeitura.

Santo André e Rio Grande da Serra, não responderam aos questionamentos do RD.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/18/fidelizar-clientes-e-a-prioridade-do-varejo-farmaceutico-no-ano/

Estado

As farmácias de alto custo do governo do Estado, que no ABC funcionam no Mário Covas e Poupatempo de São Bernardo, fornecem mais de 200 tipos de medicamentos. A reportagem indagou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a lista de medicamentos faltantes, mas o órgão não informou. Apenas respondeu sobre os medicamentos Asparte e Basaglar, tipos de insulina usados para pacientes com diabetes. ‘Os medicamentos Asparte e Basaglar fazem parte da lista de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde, responsável pelo planejamento, compra e compartilhamento com os estados que, por sua vez, apenas redistribui para as farmácias, à medida que os lotes chegam. O Asparte foi enviado pelo órgão com a validade próxima do vencimento. As farmácias estão sendo contatadas para verificar a demanda e a possibilidade de consumo com segurança para os pacientes. O Estado aguarda também a aquisição do Basaglar pelo governo federal, que ainda não foi concluída e, assim, impactou a distribuição e assistência aos pacientes das Farmácias de Medicamentos Especializados’, respondeu.

Fonte: Reporter Diário

Jornal austríaco diz que AstraZeneca pode ter vacina contra variante da Covid até fim de 2021

0

Uma versão da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 – modificada para combater uma variante sul-africana – pode estar pronta no final de 2021, disse uma funcionária da Astrazeneca na Áustria, Sarah Walters, em entrevista publicada neste domingo (18).

Sarah é gerente nacional da AstraZeneca na Áustria e disse ao jornal Kurier que os estudos, até agora, eram ‘pequenos demais para tirar conclusões’. Segundo ela, a ‘AstraZeneca e a Universidade de Oxford iniciaram modificações na vacina para combater a variante sul-africana, e esperamos que a [nova vacina] esteja pronta até o fim do ano, caso seja necessário.’

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

O que sabemos sobre os casos de reinfecção da covid-19

De acordo com Walters, os desafios – principalmente o atraso na entrega das doses do imunizante da AstraZeneca para a União Europeia – acontecem porque a vacina demanda um ‘processo complexo’, juntamente com a demanda extremamente alta do mundo pelas doses de vacina.

Oxford/AstraZeneca: Anvisa pede que casos de coágulos sejam incluídos na bula da vacina

‘Tivemos que trabalhar sem ter estoque de reserva. Como resultado, não podiámos compensar os imprevistos’, disse a gerente. ‘Estamos confiantes de que cumpriremos nosso compromisso de entregar 300 milhões de doses à União Europeia neste ano’, completou.

A entrevista não abordou as investigações em andamento sobre a ligação entre o imunizante da AstraZeneca e os casos de coágulos. A União Europeia já admitiu que pode sim haver uma ligação entre os casos de trombose e a aplicação da vacina. Países como a Dinamarca suspenderam o uso do imunizante, e a Grã-Bretanha só aplica a doses em pessoas acima acima de 30 anos, e a Espanha em pessoas acima dos 60 anos – os casos de trombose são mais presentes em pessoas jovens.

Reguladores de medicamentos britânicos, a União Europeia e a Organização Mundial da Saúde, afirmaram que os benefícios do uso da vacina superam os riscos de coagulação rara.

Fonte: Rádio Metropolitana FM

Bolsonaro: ‘Vou tomar por último, tem muita gente apavorada aguardando a vacina’

0

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 16, que pretende tomar a vacina da covid-19 “por último”. A declaração foi feita a apoiadores que o esperavam em frente ao Palácio da Alvorada. Crítico da vacina – tendo declarado anteriormente que não pretendia receber o imunizante – o presidente justificou a decisão pelo fato de haver “muita gente apavorada” esperando pela vacina.

“O que acontece, tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa”, disse Bolsonaro. Aos simpatizantes, o presidente chegou a se queixar que a imprensa teria criticado a sua decisão de se vacinar por último. “Em vez da imprensa me elogiar, me critica”, citou.

Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados no País, além de novas variantes do vírus.

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/18/fidelizar-clientes-e-a-prioridade-do-varejo-farmaceutico-no-ano/

A resistência do presidente também decorre da sua desconfiança da eficácia dos imunizantes. Além de desestimular medidas para conter o contágio pelo vírus ao longo de toda a pandemia, Bolsonaro também, por diversas vezes, colocou em dúvida a segurança das vacinas, mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso de imunizações no País.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, 12,17% da população já foram vacinados com a primeira dose. O País, contudo, avança em ritmo lento na imunização e acumula desde o início da pandemia mais de 369 mil mortes pelo novo coronavírus.

Com a alta nos casos e mortes registrada desde o mês passado, o presidente e o governo ajustarem o discurso quanto à vacinação. O chefe do Executivo e aliados passaram a defender a imunização para a retomada da economia. Agora, o governo tenta compensar o atraso nas negociações das vacinas e seus insumos. O Ministério da Saúde também não tem atualizado os cronogramas de entregas das vacinas, depois de críticas por recuos nas previsões de doses que chegariam a cada mês ao Brasil.

Ontem, após o apelo de governadores que se reuniram ontem com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a instituição anunciou a antecipação da entrega de doses ao Brasil. Nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que o governo brasileiro deve receber 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em maio, fruto do consórcio Covax Facility.

Segundo a pasta, os imunizantes serão adquiridos via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). O primeiro lote da Covax Facility foi entregue em março com pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul pelo laboratório SK Bioscience.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também informou na quarta-feira, 14, que a farmacêutica Pfizer deve antecipar o envio de cerca de dois milhões de doses ao Brasil no primeiro semestre. A previsão de entrega até junho desta vacina é de 15,5 milhões de doses. No total, o governo contratou 100 milhões de doses da Pfizer após meses de negativas a ofertas da empresa. Bolsonaro alega não ter aceitado as ofertas da empresa no ano passado porque o imunizante ainda não tinha a aprovação da Anvisa.

O atraso na aquisição dos imunizantes pelo governo, bem como a falta de insumos e medicamentos estão na mira da CPI da covid-19 no Senado, criada nesta semana após determinação do Supremo Tribunal Federal. O colegiado deverá investigar as ações e omissões do governo federal durante a crise sanitária e os repasses de recursos a Estados e municípios.

Fonte: RÁDIO CULTURA FM 101,7

Saúde só consegue comprar 17% dos remédios previstos

0

O Ministério da Saúde está com dificuldades para refazer a reserva técnica de remédios do kit intubação, que está praticamente zerada. Esses medicamentos são usados no tratamento de pacientes de covid em estado grave. Nota técnica da pasta do dia 12, obtida com exclusividade pelo Estadão, mostra que o governo tentou comprar doses para seis meses, mas só conseguiu 17% do planejado.

Veja também: O Governo Federal faz acordo para trocar testes para covid que perderem a validade

Ontem, o ministro Marcelo Queiroga disse que deve receber mais lotes em até dez dias. Os remédios garantem que o paciente seja intubado sem sentir dor e sem tentar arrancar o tubo em reação involuntária.

Siga nosso Instagram

O estoque federal de um dos dez remédios do kit acabou, e os de outros nove estão quase no fim. A responsabilidade de comprá-los costuma ser de Estados, municípios e hospitais. No entanto, o próprio documento determina que, com o risco de desabastecimento nacional, o ministério tem o papel de facilitar as compras. A pasta vem recebendo alertas a respeito há mais de um mês.

Analgésicos, sedativos e remédios que controlam o coração e a circulação pulmonar estão entre os itens que acabaram. O maior estoque é do sedativo Cetamina, com previsão de durar 19 dias. O ansiolítico diazepam dá para mais quatro dias: o hemitartarato de norepinefrina, para mais 24 horas.

Segundo a nota, o ministério vinha mantendo a reserva por meio de pregões de compra de 2020. Agora, destaca a ‘considerável baixa no estoque’ e alerta para a dificuldade de compra no País e no exterior. Procurada, a Saúde não informou o volume ideal da reserva, mas o documento fala em montar estoque para seis meses.

Em reunião com a Casa Civil no fim de março, ficou acertado que a Saúde compraria 186 milhões de doses dos medicamentos, o suficiente para 180 dias. Só foram obtidas, porém, 32,48 milhões de unidades (17%).

Sem estoque

As compras seriam feitas por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Braço das Nações Unidas para o continente, a Opas só conseguirá entregar 14% das 100 milhões de doses demandadas. Queiroga citou ontem a entidade como uma das saídas para normalizar o estoque. No último dia 29, o ministro já havia dito que a entrega, via Opas, levaria 15 dias e normalizaria o abastecimento.

Por meio da ata de registro de preços, o País conseguiu 14,9 milhões de doses, 82% do previsto. Já a tentativa de compra pelo pregão ainda não deu resultado. O governo também recebeu, da Vale, doação de 2,8 milhões de doses de cinco medicamentos.

Para fazer a conta de quantas doses são necessárias por dia, o governo leva em consideração o consumo médio mensal verificado na última semana de março, que foi de 34,3 milhões. Mas os dados de abril, ainda não consolidados, já mostram um aumento no consumo desses medicamentos – sinal de que a quantidade necessária pode ser ainda maior.

Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz, disse que a dificuldade enfrentada nessas compras pelo Ministério da Saúde acende um ‘alerta vermelho’ para o risco de desabastecimento no País. ‘A situação está grave porque o ministério não se preparou para a piora da pandemia. A chance de faltar remédios para intubação é grande.’

Uma saída possível, diz ele, é comprar remédios de forma direta, sem necessidade de licitação. O rito habitual exige a licitação, mas Maierovitch explica que, em situações emergenciais, pode ser dispensada.

Em nota, o ministério diz já ter distribuído mais de 8 milhões de medicamentos para intubação aos Estados e municípios. Questionada pelo Estadão sobre o tamanho habitual da reserva técnica e se o País corre risco de desabastecimento, a pasta não respondeu.

Chegada de medicamentos

Em nota, o Ministério da Saúde informou que aguarda para esta quinta-feira a chegada de 2,3 milhões de medicamentos para intubação. Os insumos foram doados por um grupo de empresas formado pela Petrobrás, Vale, Engie, Itaú, Unibanco, Klabin e Raízen. Os medicamentos saíram da China nesta quarta e, assim que chegarem ao Brasil, serão distribuídos imediatamente aos Estados com estoques críticos dos insumos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: CGN

‘Na melhor das hipóteses, podemos concluir a vacinação em novembro’, diz fundador da Anvisa

0

É isso mesmo. A imunização dos grupos elegíveis atualmente contra a Covid-19 pode terminar em novembro no Brasil. Embora haja poucas chances de isso ocorrer, Gonzalo Vecina Neto, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz que a situação pode sim, ser considerada.

Veja também: Covid-19: prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara

O médico sanitarista, que também é professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) conversou com o Olhar Digital sobre a vacinação no país e falou sobre o que se pode esperar nos próximos meses. ‘A perspectiva mais concreta é de que terminemos de vacinar esses grupos em fevereiro de 2022’, afirmou.

Siga nosso Instagram

Vecina lembra que é importante considerar apenas as vacinas que o Brasil já tem à disposição, ou seja, a CoronaVac e a Covishield, fabricadas no país, respectivamente, pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). ‘O que precisa é alinhar com o Butantan e a Fiocruz qual é o esquema de entrega. São eles que devem definir o cronograma’, explicou.

Além disso, tudo está condicionado a imprevistos. ‘Diariamente, há notícias de fatos novos em alguma fábrica, seja um atraso de insumo, seja uma máquina que quebra. Então, eles [Instituto Butantan e Fiocruz] se planejam, e a gente cobra essa promessa deles’.

Se a imunização dos adultos for realmente concluída em novembro, para 2022 ficam faltando as crianças. ‘Estamos falando aí de 50 milhões de pessoas, ou seja, 100 milhões de doses’, calcula Vecina. Segundo ele, até lá, o Instituto Butantan e a Fiocruz já devem estar com suas produções estabilizadas. ‘Então, pode ser que sejam essas as vacinas ministradas em crianças e jovens e, talvez, a Sputnik V’, avalia.

Criada pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, a Sputnik V aguarda autorização da Anvisa para ser utilizada por aqui. Há pouco mais de duas semanas, a União Química, empresa brasileira que é parceira do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e responsável pela fórmula no Brasil, divulgou o primeiro lote do imunizante produzido integralmente no país.

Paralelamente, a Anvisa avalia a liberação da importação direta da vacina, solicitada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC). Formado por Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, o BrC apresentou contrato de intenção de compra de cerca de 30 milhões de doses do imunizante.

Vecina não acredita que essa importação direta chegue a ser concretizada. ‘A Sputnik V somente existirá se for produzida no Brasil. Então, quando a União Química tiver condições de fabricá-la em Brasília, ela poderá ser produzida e posteriormente entregue.’

Para o médico, ainda deve levar cerca de seis meses até que a produção da fórmula russa seja iniciada por aqui. Isso porque a fábrica precisa receber equipamentos adequados e passar por inspeção da Anvisa. ‘Aí, sim, é que entra o processo de transferência de tecnologia do Instituto Gamaleya para a União Química. Não tem milagre: não dá para fazer de um dia para o outro’, disse.

Na corrida das vacinas, mais uma opção foi anunciada recentemente, há pouco menos de três semanas: a Butanvac, do Instituto Butantan. Quando apresentou o imunizante, a entidade divulgou um cronograma ousado, que prevê que a fórmula esteja pronta para distribuição para todo o país já em julho deste ano.

Vecina contesta a possibilidade de a Butanvac passar por todas as etapas de avaliação nesse prazo. ‘Nem sonhando. Se tudo correr maravilhosamente bem, ela estará disponível no fim do ano. E olhe lá: existem muitas coisas para acontecer antes disso’.

O imunizante da instituição será 100% produzido no Brasil, mas sua tecnologia é importada: foi desenvolvida nos EUA por pesquisadores da Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai, em Nova York. O Instituto Butantan tem licença para o uso e a exploração de parte da técnica, que permite obter o vetor viral usado na fórmula da Butanvac.

Vacina da Índia não é recomendável

Na busca pela solução para a crise sanitária, o professor destaca que as vacinas indianas não são uma boa opção para o Brasil. ‘A Covaxin é bom a gente fugir’, ressaltou. ‘Ela não tem aprovação de fase 3 e não é produzida em boas práticas de fabricação. Havia um contrato de compra de 20 milhões de doses desse imunizante, por meio da Precisa Medicamentos, mas não dá para comprar uma vacina que é feita sem esterilização adequada ou sem mensuração da potência’.

A chegada das vacinas da Janssen e da Pfizer ainda parece distante para o especialista. ‘O contrato com a Pfizer tinha uma cláusula de confidencialidade, que foi violada pelo Ministério da Saúde. Portanto, tecnicamente, o acordo pode ser simplesmente rompido’, lembrou. ‘Já o contrato com a Janssen teria sido assinado com o [ex-ministro Eduardo] Pazuello, mas o [atual ministro Marcelo] Queiroga não fala desse assunto. Então, elas não são uma realidade no momento’.

Vale lembrar que os EUA interromperam o uso do imunizante da Janssen na quarta-feira (14) por determinação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA. A decisão foi motivada por relatos de casos raros de trombose (formação de coágulos sanguíneos) associados ao uso dessa fórmula.

Fonte: Plantão News