Depois da vacina, a crise das seringas

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Enquanto mais de 40 países iniciaram a imunização contra a covid-19, o governo brasileiro, agora, corre para tentar garantir seringas e agulhas para o processo de vacinação. O Ministério da Saúde fez uma requisição administrativa para garantir 30 milhões de unidades com os três fabricantes brasileiros, ainda neste mês, mas o presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais, ontem, para dizer que a pasta suspendeu a compra “até que os preços voltem à normalidade”.

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Paralisadas as negociações, Bolsonaro passou para estados e municípios a responsabilidade de arcar com seus próprios estoques o começo da campanha de imunização, uma vez que, segundo ele, “a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande”. O ministério havia informado que, nas próximas duas semanas, haveria um novo pregão, depois que o realizado no fim do ano passado fracassou –– a pasta solicitara 331 milhões de unidades, mas teve oferta para apenas 7,9 milhões. Os fabricantes informaram que não houve interessados porque o preço que o governo pretende pagar pelas injeções está muito abaixo do mercado. Além disso, alegaram que a quantidade de unidades solicitadas também seria acima da disponibilidade.

Desde o início do segundo semestre, fabricantes alertam que o governo precisaria acelerar as negociações para aquisição de seringas e agulhas, sob o risco de o país não consegui-las. A requisição administrativa, feita no fim do ano passado, é um mecanismo previsto na Constituição que permite ao Poder Executivo utilizar bens privados “no caso de iminente perigo público” e depois pagar pelo serviço. Na prática, com a requisição, a União passa na frente de todos as outras solicitações. O ministério disse que isso ocorrerá “enquanto não se conclui o processo licitatório normal, que será realizado o mais breve possível”.

Além disso, o governo federal restringiu a exportação de seringas e agulhas, conforme portaria publicada em 31 de dezembro de 2020 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério da Economia.

O ministério não comentou as declarações do presidente. O Correio questionou se haverá o próximo pregão e a requisição administrativa, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno. Após o anúncio do presidente, o superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, afirmou ao Correio que quem decide o preço a ser pago por seringas e agulhas é o próprio governo federal, em pregão.

Novos preços

Depois do fracasso do leilão do fim do ano, e após a requisição administrativa, o governo realizou uma reunião, na última segunda-feira, com representantes das três fornecedoras do Brasil e a Abimo. No encontro, estava o secretário-executivo da Saúde, Élcio Franco. Segundo Fraccaro, na ocasião, o governo informou ter entendido que, frente à falta de interesse das empresas, o preço de referência do edital não era aquele que as empresas esperavam, e que estava analisando os preços para serem reconsiderados no próximo edital.

Na reunião, o ministério solicitou que os fabricantes deem prioridade aos pedidos do governo federal, inclusive repassando, se necessário, encomendas feitas por outros clientes públicos estaduais, como os governos estaduais. Ficou acertado que as empresas fornecerão 30 milhões de seringas e agulhas (10 milhões de cada) até o final de janeiro. Fraccaro garante que não faltarão seringas e agulhas neste momento inicial de vacinação.

“Os próximos processos de licitação serão em volumes compatíveis com o número de vacinas que também teremos disponíveis. Seria ilógico comprar 400 milhões de seringas para deixar na prateleira, que são seringas que vão ser necessárias para o processo de vacinação de 100% da população”, disse Fraccaro.

Imposto zerado

Mas, horas depois que Bolsonaro mandou parar o processo de compra de injeções, o governo zerou os impostos sobre importação de seringas e agulhas. A ação deixará mais barato comprar as unidades no exterior, pois, hoje, incide um imposto de 16% sobre o produto. O pedido foi feito pelo Ministério da Saúde ao da Economia, e a decisão foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), que se reuniu na última terça-feira. Cinco produtos, entre seringas e agulhas, passam a integrar, agora, a lista de reduções tarifárias temporárias com o objetivo de facilitar o combate à pandemia.

Com a definição de zerar o imposto, a lista de produtos com tarifa zero no âmbito da crise sanitária passa a ter 303 produtos. Na reunião, o comitê também decidiu suspender o direito antidumping vigente contra as importações brasileiras de seringas descartáveis vindas da China. Em ambos os casos, as mudanças valem até junho deste ano. O direito antidumping refere-se à aplicação de imposto sobre importações quando há alguma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC). A medida visa evitar que produtos nacionais sejam prejudicados por compras realizadas a preços abaixo do mercado nacional. Na prática, o governo permite a prática em relação aos produtos chineses.

Fonte: Correio Braziliense

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Cientistas apontam perigo em ampliação do tempo entre doses de vacina contra Covid-19

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A falta de vacinas suficientes contra a pandemia de Covid-19 pode levar a medidas que especialistas classificam como apostas potencialmente perigosas e ainda sem sólida base científica. Causa polêmica a possibilidade já discutida em alguns países, inclusive no Brasil, de se ampliar o intervalo entre as doses de vacinas, de se aplicar uma só dose ou duas meias doses.

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O Reino Unido, às voltas com a disseminação de uma nova linhagem do coronavírus, em tese mais contagiosa, foi um passo além. Autoridades britânicas consideram a possibilidade de permitir que uma mesma pessoa tome doses de imunizantes diferentes, caso o usado na primeira dose não esteja disponível.

Mas nada disso foi investigado nos testes clínicos que levaram à aprovação em tempo recorde das vacinas contra a pandemia já disponíveis no mundo, alertam cientistas. “O Reino Unido pode se tornar um imenso laboratório de um perigoso experimento em massa”, advertiu o site médico americano Stat.

No Brasil, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, discute-se a possibilidade de adiar a aplicação da segunda dose da CoronaVac, imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo. A estratégia, de acordo com especialistas, serviria justamente para aumentar o número de pessoas vacinadas na primeira fase e ganhar tempo frente ao controle da pandemia.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou por e-mail que “o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19 prevê que os cidadãos recebam doses do mesmo imunizante e este acompanhamento será feito por meio do aplicativo Conecte-SUS” E que “é importante ressaltar que, conforme já divulgado, o plano é dinâmico e será adaptado — se necessário — à medida em que tivermos vacinas aprovadas e incorporadas ao SUS, de forma a atender a população brasileira com eficiência, segurança e celeridade. A imunização levará em conta as especificidades técnicas de cada vacina, sempre de acordo com as bulas e respeitando as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

A microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e colunista do GLOBO não se diz surpresa com a discussão destas ‘adaptações’ no Brasil, mas alerta que, no caso da CoronaVac, não há como opinar se é possível ou não fazer o espaçamento pois não se tem ainda os dados da eficácia da vacina ainda (depois de dois adiamentos, o Butantan deve anunciá-los nesta quinta-feira, dia 7)

— A CoronaVac tem um espaçamento curto, de 15 dias. As outras vacinas tiveram um espaçamento mais longo, o que permitiu uma observação (da resposta imunológica), ainda que parcial na Pfizer e na Moderna, entre uma dose e outra, que sugere que a primeira já seria protetora. No caso da CoronaVac, sem os dados e com a janela menor provavelmernte não daria tempo para avaliar se a primeira dose já deu alguma proteção — diz.

O imunologista Orlando Ferreira, um dos coordenadores do Laboratório de Virologia Molecular (LVM) da UFRJ, diz que falta não apenas vacina para todos, mas planejamento estratégico. Frente à enorme demanda e à escassez de vacinas, Ferreira considera inevitável, no entanto, que medidas assim sejam tomadas. Ele lembra que os dados disponíveis são poucos e se referem à chamada dosagem cheia.

— Decidir mudar a estratégia é uma aposta arriscada. Vacinação é um processo muito complexo, todos esses imunizantes são novos, não se pode arriscar. Porém, com a corrida desenfreada por vacinas, poderemos ver medidas movidas por desespero ou mera política — afirma ele.

Ferreira observa que não se sabe realmente quanto tempo dura a proteção oferecida pelas vacinas. Na verdade, não se conhece sequer a duração da imunidade adquirida com a infecção natural. Ele diz que há alguns dados que sugerem ser possível postergar a segunda dose ou dar apenas uma, mas tudo ainda é muito preliminar.

— Essas vacinas são resultado de um esforço fantástico, trazem novas tecnologias. A vacinação, quando em massa, vai combater a pandemia, mas é preciso fazer tudo com cautela — frisa.

O virologista Paul Bieniasz, da Universidade Rockefeller, nos EUA, levantou ainda uma outra possibilidade. Ele alerta que dar a milhões de pessoas proteção incompleta, além de não protegê-las, poderia levar ao aparecimento de linhagens do coronavírus resistente às vacinas.

Pasternak diz que de fato tudo o que não foi testado em um ensaio clínico é uma aposta, sem dados concretos para embasamento científico.

— Todas as vacinas apresentadas contra a Covid-19, com exceção da Janssen, foram projetadas com um regime de duas doses com um espaçamento entre elas para garantir a maior resposta imune possível nesse intervalo. Muitas vezes sabemos que não faz diferença espaçar. O que não pode é diminuir, porque precisamos de uma janela mínima entre a primeira dose e a segunda para que o reforço faça efeito — diz Pasternak.

Ela pondera, no entanto, que apostas são necessárias em emergências:

— Não há como não fazê-las. Tínhamos planos, mas talvez eles tenham que ser alterados no meio do caminho, é inevitável. A ciência embasa nossas condutas, mas o gestor precisa agir e fazer intervenções e muitas vezes terá que fazer apostas levando em conta probabilidades, e não certezas. É uma decisão difícil, com o número de casos subindo e uma variante do vírus potencialmente mais infecciosa se tornando prevalente.

Febre amarela

A falta de vacinas suficientes já levou anteriormente a mudanças na dosagem contra outras doenças. É o caso da alteração do imunizante contra a febre amarela. Eram recomendadas duas doses, mas, em 2017, com a falta de vacinas para fazer frente à epidemia de febre amarela silvestre no país, o governo brasileiro determinou a aplicação de uma dose. Depois, reduziu para meia dose, que seria repetida em um intervalo menor.

No entanto, a vacina da febre amarela, desenvolvida na década de 1930 do século passado, é uma velha conhecida da ciência. Ferreira lembra que a decisão suscita discussão até hoje. E que as vacinas contra a pandemia do coronavírus são, em sua maioria, desenvolvidas a partir de novas tecnologias. Mais: elas combatem um novo vírus e uma nova doença.

Diferentemente do imunizante contra a febre amarela, testado por muitos anos e reavaliado, todas as vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas em menos de um ano, testadas em um período de seis meses e aprovadas em poucas semanas. Prazos extraordinários para fazer frente à urgência da pandemia.

Outra possibilidade, a combinação de doses de imunizantes diferentes é vista com mais ressalvas ainda. Ferreira diz que poderia ser ainda plausível, em caso de extrema necessidade, cogitar o emprego de doses de fabricantes diferentes, mas apenas com a mesma tecnologia.

Caso, por exemplo, das vacinas da AstraZeneca/Oxford, Jansen e Gamaleya, todas com adenovírus como transportador da proteína S do Sars-CoV-2. Ou ainda das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas de mRNA.

— Misturar plataformas seria muito perigoso. Não há qualquer dado de teste que dê base para isso — diz ele.

Pasternak lembra que combinar vacinas diferentes não é algo sem precedentes, mas não em imunizantes ainda não consagrados. Países da África, pontua, trabalham com uma combinação de vacinas contra a polio. Mas são vacinas que conhecemos há 60 anos, sabe-se o que esperar delas, o que não é o caso agora.

— Com as vacinas contra a Covid-19 baseadas na mesma proteína, a spike, é muito provável que dê certo tomar uma dose da Pfizer e depois um reforço da de Oxford. Pode até ser melhor, mas simplesmente não foi testado. Mas um aspecto que pode complicar muito é a mistura afetar a vigilância dos efeitos colaterais, importante para vacinas em uso emergencial. Espaçar doses me parece ser uma aposta melhor do que misturar as vacinas — diz.

A imunologista Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora da equipe que sequenciou primeiro o genoma do coronavírus no Brasil, observa que é possível pensar em combinar imunizantes, mas que isso precisa ser testado antes de usado em massa.

— Poderia ser iniciado um novo estudo para ver se há proteção, se a segurança se mantém. Não é difícil testar, mas é preciso fazer isso (antes) — diz Sabino.

Fonte: Yahoo Finanças

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União Europeia aprova uso de vacina da Moderna

A Agência Europeia de Medicamentos aprovou a vacina da farmacêutica americana Moderna, desenvolvida em associação com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA.  A expectativa é que a aprovação destrave parte dos gargalos que estão atrasando a vacinação em massa no continente europeu, iniciada no final de dezembro. Até agora, a UE só havia aprovado o imunizante produzido pela americana Pfizer em associação com a alemã BioNTech, em 21 dezembro.

Embora o imunizante da Moderna também precise de ultracongelamento, ele se conserva em temperatura de -40ºC, menos gelada que os -70º C exigidos pelo da Pfizer. Também se mantém estável em refrigeradores comuns por até 30 dias (contra apenas 5 dias no caso da Pfizer), o que torna menos complexa as operações de armazenamento e transporte.

Há dúvidas, porém, sobre a capacidade de fornecimento da fabricante. No início de dezembro, a empresa previu a entrega de entre 15 milhões e 25 milhões de doses no primeiro trimestre para todo o resto do mundo fora dos EUA, bem abaixo dos 160 milhões de doses contratadas pela UE. Em comunicado posterior, a empresa afirmou que poderia fornecer de 500 milhões a 600 milhões de vacinas em todo o mundo até o final de 2021, sem especificar para que clientes seriam enviadas.

O primeiro-ministro português, António Costa, que neste semestre ocupa a presidência rotativa da União Europeia, afirmou que será preciso todo este ano para vacinar os 450 milhões de residentes do bloco. “Nem se produzem 450 milhões de vacinas num só dia, nem se administram 450 milhões de vacinas num só dia. Por isso este vai ser um processo que vai durar todo o ano de 2021”, disse ele.

Segundo Costa, que citou a imunização como prioridade de seu termo, a maior parte das vacinas será aplicada entre o segundo e o terceiro semestre. “É preciso saber gerir a ansiedade.” A Comissão Europeia (Poder Executivo da UE) ainda tem que assinar a recomendação da EMA, o que deve acontecer ainda nesta quarta.

A vacina da Moderna demonstrou ser segura e ter eficácia de 94% em maiores de 18 anos, e já vem sendo usada pelos Estados Unidos desde dezembro. É a mais cara entre as opções disponíveis, segundo dados do governo belga, publicados por engano. Cada ampola da Moderna custou à UE US$ 18 (cerca de R$ 96), contra 12 euros (R$ 79) no caso da Pfizer e 1,78 euro (R$ 12) no caso da Oxford.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Pazuello garante 354 milhões de doses de vacina em 2021 para o Brasil

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira, 6, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que o Brasil tem asseguradas, para este ano, 354 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Do total, 254 milhões serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a AstraZenica, e 100 milhões pelo Butantan, em parceria com a empresa Sinovac.

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O ministro informou que o ministério está em processo de negociação com os laboratórios Gamaleya, da Rússia, Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos, e Barat Biotech, da Índia. Pazuello disse ainda que em breve o Brasil será exportador de vacinas.

Segundo Pazuello, estão disponíveis atualmente cerca de 60 milhões de seringas e agulhas. “Ou seja, um número suficiente para iniciar a vacinação da população ainda neste mês de janeiro”, disse o ministro. “Temos, também, a garantia da Organização Panamericana de Saúde [Opas] de que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitadas à Abimo [Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos], a associação dos produtores de seringas”.

O ministro anunciou também a edição de uma medida provisória que trata de ações excepcionais para aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística. Pazuello destacou que o Brasil está preparado logisticamente para a operação de vacinação. “Hoje, o Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse.

Sobre a vacina da Pfizer, o ministro destacou os esforços para resolver as “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, como a isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais.

Medida Provisória

Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida provisória citada por Pazuello prevê que o Ministério da Saúde será o responsável por coordenar a execução do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19. A norma também prevê a contratação de vacinas e de insumos, antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o treinamento de profissionais para imunizar a população. “Asseguro que todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”, destacou ao reafirmar que a vacina será gratuita e não obrigatória.

ABI pede impeachment de Pazuello

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) formalizou nesta quarta-feira, 6, um pedido de impeachment do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, junto à Câmara dos Deputados.

No documento de dez páginas, assinado pelo presidente da associação, Paulo Jeronimo de Sousa, a entidade argumenta que o general cometeu crimes de responsabilidade e improbidade administrativa na condução da pandemia de covid-19 ao descumprir recomendações das autoridades sanitárias e, em ultima instância, agir contra o direito à Saúde. Por isso, defende a ABI, Pazuello deve ser retirado do cargo.

“O ministro Eduardo Pazuello dá repetidas demonstrações de incompetência, ineficiência e incapacidade para desempenhar as tarefas de seu cargo”, diz o pedido.

A ABI afirma que o ministro desrespeitou as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial, a importância do isolamento social e contra o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus, como a hidroxicloroquina, a cloroquina, a ivermectina e a azitromicina

A associação também criticou a ausência de um cronograma para iniciar a imunização contra a doença e a suspensão da compra de seringas, anunciada mais cedo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – a medida rendeu ao governo uma ação popular pedindo que o Ministério da Saúde seja obrigado a adquirir os insumos para iniciar a vacinação da população.

O pedido de impeachment lembrou ainda a demora na elaboração de um plano de medidas de contenção ao contágio e a mortandade pelo novo coronavírus entre a população indígena, como determinou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Na avaliação da ABI, o ministro precisa ser responsabilizado pela ‘negligência’ em cumprir suas obrigações. Em comunicado à imprensa, a ABI ainda argumenta que a postura de Bolsonaro, que minimiza a gravidade da pandemia, não pode servir como escudo a Pazuello. “Ainda que seu superior hierárquico, o presidente da República, inegavelmente tenha enorme responsabilidade nos desmandos, o ministro não pode escudar-se nesse fato para se abster de tomar as providências básicas que a função requer”, diz a associação.

“É inaceitável a justificativa apresentada por Pazuello para não cumprir obrigações básicas. Ao declarar que “um manda, o outro obedece”, o ministro lava as mãos e abdica de suas obrigações”, acrescenta em referência à declaração dada em outubro pelo ministro após ter sido desautorizado pelo presidente e orientado a cancelar o protocolo de intenções para a compra da Coronavac. A vacina é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, do governador paulista João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro. Para a ABI, o episódio deixou clara a imposição de obstáculos ‘por motivos ideológicos’ para a compra do imunizante.

O pedido de impeachment foi encaminhado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), a quem cabe admitir ou não o processo. Não há prazo definido para a apreciação e eventual envio a uma Comissão Especial.

Antes de ser empossado como ministro, em meados de setembro do ano passado, Pazuello passou mais de cem dias na condição de interino após a saída de Nelson Teich, que ficou menos de um mês à frente da pasta, e da demissão de Luiz Henrique Mandetta. Ambos deixaram o governo por divergências com o Planalto. Desde a sua efetivação, o general tem agido alinhado às diretrizes da Presidência.

Fonte: O Povo Online

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Brasil deve deixar de arrecadar R$ 457 bilhões com renúncias fiscais em 2021

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Brasil – O governo federal deve conceder R$ 456,6 bilhões em benefícios tributários em 2021. É o que mostra estudo da Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), obtido pelo Poder360.

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A cifra estimada equivale a 5,9% do Produto Interno Bruto brasileiro. Supera em 48% a expectativa do governo. Inclui isenção de lucros (R$ 58,9 bilhões), não implantação do imposto sobre as grandes fortunas (R$ 58 bilhões) e Refis (R$ 22 bilhões).

Do total, R$ 315,4 bilhões são considerados como um privilégio pela Unafisco. A cifra é 1,5% menor do que em 2020, impulsionado pela retração econômica. A associação considera 54 itens como privilégios. Os 10 maiores são 78% do valor total previsto para 2021.

R$ 141 bilhões justificados

A Unafisco avalia que algumas isenções trazem benefícios sociais ou econômicos. Parte da renúncia do Simples Nacional, da cesta básica e das despesas médicas estão na lista.

No caso do Simples Nacional, foi considerado como justo os gastos relativos às empresas com receita inferior a R$ 1,2 milhão. Já a desoneração da cesta básica e dos medicamentos não se configura como privilégio tributário naquela parcela de contribuintes do Bolsa Família.

Difícil cortar

O presidente da Unafisco, Mauro Silva, disse que as propostas de reforma tributária debatidas no Congresso (a criação da CBS, a PEC 110 e a PEC 45), se aprovadas, dificilmente mudarão as isenções. Para ele, é necessário traçar um caminho para a redução dos privilégios.

Silva cita que muitas pessoas se sentem injustiçadas por ter que pagar impostos e não ter nenhum benefício em troca. “Um problema que causa esse tipo de situação é a moral tributária. O contribuinte paga, olha para todos esses benefícios e fala: ‘Eu tô pagando de otário’. A própria arrecadação espontânea cai por causa disso”, afirma.

Normalmente, o Congresso concede benefícios com o objetivo de movimentar determinado setor econômico. Por exemplo, redução de algum imposto com o argumento de as empresas poderem contratar mais funcionários. É o caso da desoneração da folha de salários, que expirava no fim do ano passado, mas o Congresso adiou por mais 1 ano. Houve muita pressão: 17 setores econômicos batalharam para manter o benefício, como empresas de mídia, transportadoras e construtoras. O custo aos cofres públicos em 2021: R$ 9,8 bilhões.

A equipe econômica do ministro Paulo Guedes (Economia) já prometeu enviar ao Legislativo ao longo dos últimos anos um plano para reduzir as renúncias fiscais. A intenção seria melhorar o perfil das contas públicas, que vêm registrando deficits primários (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) desde 2014. Nada andou. Para este ano, o governo estima rombo nas contas públicas de R$ 247,1 bilhões.

O presidente Jair Bolsonaro tem reclamado das dificuldades enfrentadas. Afirmou na 3ª feira (5.jan) que o Brasil está quebrado e que ele não consegue fazer nada. “Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos”, declarou.

O presidente da Unafisco diz que basta o presidente acabar com uma parcela dos privilégios tributários que concede às grandes corporações, para ter os recursos necessários e cumprir compromisso de campanha. “Tem que escapar disso. Se reduzisse 30%, já seriam R$ 90 bilhões por ano. Não resolve a crise econômica, mas ajuda bastante”.

Para acompanhar os gastos com os benefícios tributários, a Unafisco lançou um site chamado Privilegiômetro. A página será atualizada neste mês com as projeções para 2021.

Fonte: Poder 360

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Estado alerta para necessidade de se manter medidas de biossegurança

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Enquanto a vacina não chega, a população mato-grossense deve manter o distanciamento social visto que o protocolo de biossegurança ainda é a única medida eficaz de prevenção e controle da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O alerta foi feito, ontem (06), pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

Veja também: Quais são os riscos e efeitos colaterais da vacina contra covid-19?

Conforme divulgado nesta última quarta-feira (06) pelo DIÁRIO, devido as aglomerações registradas durante as comemorações de Natal e de fim de ano a tendência é de aumento dos casos da doença. Para desacelerar esse contágio, as autoridades públicas de saúde recomendam que as pessoas reforcem as medidas de biossegurança e distanciamento.

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“Temos observado um aumento gradual no número de casos e, por isso, não se deve abandonar as práticas de higiene. Continuamos vivendo um cenário de pandemia e o coronavírus não tirou férias. Fazemos o alerta para as pessoas que têm condições de ficar em casa que fiquem em casa, porque o distanciamento social ainda é a melhor forma de prevenção que existe em nosso país”, alerta a secretária adjunta Executiva da Ses-MT, Danielle Carmona.

Por meio da assessoria de imprensa, a secretária reforçou ainda que, caso a pessoa apresente sintomas, como febre, dor de cabeça, dor de garganta, tosse ou diarreia, após o contato com um grupo de pessoas durante as festas de fim de ano, a recomendação é o isolamento social e a busca pelo auxílio de um serviço de saúde. Nestes casos, será necessário realizar exames e seguir as recomendações do profissional médico.

O apelo também é feito pelo secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde, Juliano Melo. “Devemos insistir em lavar as mãos com água e sabão ou passar álcool em gel 70%, usar máscara o tempo todo e, sobretudo, manter o distanciamento social. No Brasil, essa ainda é a única forma eficaz de prevenção à Covid-19”, enfatizou.

Caso seja confirmado o diagnóstico de coronavírus, é fundamental avisar as pessoas com as quais teve contato nos últimos cinco dias para que elas também procurem uma unidade de saúde e possivelmente façam o isolamento.

Ainda, por meio da assessoria, a Ses-MT destaca que o primeiro atendimento para os sintomas leves da doença na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) é realizado na atenção básica, em unidades de pronto atendimento (UPAs), Programa Saúde da Família (PSF) e policlínicas.

Com o objetivo de auxiliar a atenção básica, que é uma atribuição das gestões municipais, o Estado colocou em funcionamento o Centro de Triagem da Covid-19, na Arena Pantanal, em Cuiabá. A medida visa à detecção e o tratamento precoces do coronavírus como forma de evitar o agravamento da doença em pessoas que inicialmente apresentam sintomas leves da síndrome respiratória.

No local, são ofertadas consultas, testes e exames. Mediante recomendação médica, o paciente também tem medicamentos à sua disposição. O atendimento no Centro de Triagem ocorre de segunda a sexta-feira, com a distribuição de 500 senhas virtuais por meio deste link (http://triagem.mt.gov.br), e 400 senhas presenciais que são entregues das 6h às 6h45.

Para os casos graves, na rede estadual de saúde, algumas das referências no atendimento de casos graves de coronavírus, estão o Hospital Estadual Santa Casa, na Capital, e o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. Dos 21 hospitais que ofertam 403 leitos de UTIs, 11 estão com ocupação de leitos acima dos 50%. Isso significa dizer que há 206 vagas disponíveis para adultos. Mas, na unidade regional de Sorriso (320 quilômetros de Cuiabá) a taxa atinge 100%. Na Santa Casa, na Capital, a 85%.

No geral, a ocupação das UTIs públicas está em 51,12% e em 25% para enfermarias. Até a tarde da terça-feira (05), Mato Grosso contabilizava 183.673 casos confirmados e 4.596 óbitos em decorrência do coronavírus. Do total, 5.237, em isolamento domiciliar e 173.069 recuperados. Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (41.520), Rondonópolis (12.961), Várzea Grande (12.719), Sinop (9.844), Sorriso (8.167), Tangará da Serra (7.864), Lucas do Rio Verde (7.606), Primavera do Leste (5.815), Cáceres (4.146) e Nova Mutum (3.834).

Fonte: Diário de Cuiabá 

Quais são os riscos e efeitos colaterais da vacina contra covid-19?

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Velocidade com que imunizantes foram desenvolvidos leva muitos a questionarem se as reações adversas realmente foram medidas. Até agora, resultados são bastante positivos.Centenas de milhões de pessoas no mundo esperam a vacina contra a covid-19. Muitas, porém, com um sentimento ambivalente: embora queiram se proteger contra a infecção, também temem possíveis efeitos colaterais. A principal dúvida é se um imunizante desenvolvido tão rapidamente realmente seria seguro. Outra questão, associada à primeira, é se possíveis efeitos colaterais a longo prazo foram devidamente investigados pelas farmacêuticas. Reações normais de vacinação É normal ter certas reações após uma vacinação: vermelhidão, inchaço ou dor ao redor do local da injeção. Fadiga, febre, dor de cabeça e dores nos membros também não são incomuns nos primeiros três dias após a vacinação. Estas reações normais são geralmente suaves e diminuem após alguns dias. Mostram, na verdade, que a vacina é eficaz, pois estimula o sistema imunológico, e o organismo produz anticorpos contra uma infecção “simulada” pela vacinação. Essas reações, típicas de vacinação, foram relatadas após a aplicação dos imunizantes da BioNTech-Pfizer, Moderna, AstraZeneca (Oxford) e Sputnik V. Todas estas estão em uso em várias partes do mundo. Reações graves: raridade Além das reações típicas da vacinação, houve também casos individuais de efeitos colaterais às vezes graves após a vacinação. Entre eles estão choques alérgicos, que foram relatados em detalhes pelos desenvolvedores. Mas ainda se trata de casos isolados. De modo geral, as vacinas aprovadas são seguras de acordo com a agência de medicamentos EMA, da União Europeia, a FDA, do governo americano, e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Caso contrário, não teriam aprovado as vacinas. Algumas das novas vacinas – as chamadas vacinas de RNA – são fundamentalmente diferentes das vacinas conhecidas: elas não contêm carga de vírus, mas apenas uma instrução de construção para um componente do patógeno covid-19. Outras são as chamadas vacinas vetoriais, que utilizam adenovírus inofensivos (como vírus frios que afetam apenas os chimpanzés) como transportadores para introduzir a proteína de superfície do Sars-CoV-2, e assim desencadear a resposta imunológica. As principais vacinas em uso Durante a fase de aprovação da vacina da Biontech-Pfizer (Alemanhe e EUA) não ocorreram efeitos colaterais graves com a substância ativa BNT162b2. As reações típicas da vacinação, como fadiga e dor de cabeça, eram menos frequentes e fracas em pacientes mais velhos. Desde que esta vacina de RNA está em uso, alguns poucos pacientes entre centenas de milhares mostraram forte reação alérgica imediatamente após a injeção. Um paciente nos EUA e dois britânicos chegaram a sofrer o chamado choque anafilático, associado à vermelhidão da pele e à falta de ar. Como estes indivíduos não tinham nenhuma doença anterior nem alergias conhecidas, as autoridades britânicas advertiram pessoas alérgicas contra a vacinação. A vacina mRNA-1273, da empresa americana Moderna, é uma vacina muito semelhante à da BioNTech/Pfizer. Durante os ensaios clínicos, a vacina foi bem tolerada, de acordo com o fabricante e as autoridades responsáveis pelos testes. As reações habituais de vacinação foram apenas leves ou moderadas e de curta duração. Entretanto, de acordo com um relatório provisório de um painel de monitoramento independente, a fadiga ocorreu em até 9,7% dos vacinados. Com a vacina da Moderna, houve também uma reação alérgica em poucos e paralisia do nervo facial em um número muito pequeno de vacinados. Entretanto, ainda não está claro se estas reações estão realmente relacionadas à vacinação. É possível que os efeitos colaterais não tenham sido desencadeados pelo imunizante, mas por nanopartículas lipídicas que servem de portadoras para o RNA e são então decompostas pelo corpo. Na empresa britânico-sueca AstraZeneca, que desenvolveu sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, um incidente durante testes clínicos em setembro causou agitação: um paciente sofreu inflamação da medula espinhal após a vacinação. O processo foi interrompido brevemente até que um painel independente de especialistas determinou que a inflamação não estava relacionada à vacinação. Com a vacina da AstraZeneca, também ocorreram apenas as típicas reações de vacinação, como dor no local da injeção, dor muscular e dor de cabeça, além de fadiga. As reações de vacinação foram menos frequentes e mais suaves em indivíduos mais velhos. Já em agosto de 2020, a vacina vetorial Gam-Ccovid-Vac (Sputnik V) foi aprovada na Rússia, mas sem esperar pelos ensaios da fase 3, feitos com dezenas de milhares de pessoas. A Sputnik V utiliza dois adenovírus modificados de forma diferente (rAd26-S e rAd5-S). Houve reservas consideráveis em todo o mundo sobre a vacina desenvolvida pelo centro de pesquisa Gamaleya, de Moscou, pois no estudo de vacina apresentado houve dados suspeitos, que poderiam indicar manipulação. Entretanto, a Sputnik V já está sendo usada em muitos países, não apenas na Rússia, mas também em Belarus, Emirados Árabes Unidos (EAU), Índia e Argentina. Em 2 de janeiro de 2021, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, disse aos jornalistas que mais de 1,5 milhão de doses foram entregues às regiões russas e um total de mais de 800 mil pessoas foram vacinadas. De acordo com o Ministério da Saúde russo, houve apenas as reações habituais de vacinação, como dores de cabeça ou febre. Na Argentina, reações típicas de vacinação ocorreram em 317 de um total de 32.013 pessoas vacinadas, segundo o governo. Não há relatos de efeitos colaterais graves após uma vacinação Sputnik V. No entanto, as reservas aparentemente também são grandes na Rússia. De acordo coma a agência de notícias Reuters, 52% de 3.040 médicos e outros profissionais de saúde russos entrevistados declararam em pesquisas que não queriam ser vacinados com a Sputnik 5 devido à insuficiência de dados. Vale o risco? É uma questão que cada um deve decidir por si mesmo. É uma avaliação individual dos benefícios e riscos. É mais importante proteger a mim e aos outros através da vacinação e retornar a uma vida mais normal? Ou os riscos dessas ainda novas tecnologias de vacinas são grandes demais para mim? Todos os riscos e efeitos colaterais registrados até agora são apenas recortes dos últimos meses – isso deve ser destacado apesar de toda a euforia sobre o rápido desenvolvimento da vacina. Ainda não se sabe nada sobre os possíveis efeitos a longo prazo das vacinas individuais. Somente os estudos de longo prazo que acompanham as vacinações em todo o mundo e que continuarão após a aprovação proporcionarão clareza. Até o momento, falta informação sobre efeitos colaterais raros, possivelmente graves, por exemplo no caso de doenças raras pré-existentes ou em certos grupos de risco, como os que sofrem de alergia. Tais efeitos colaterais só se tornam aparentes após muitas pessoas terem sido vacinadas e após um período de observação mais longo. “Há, portanto, um risco residual”, diz Christian Bogdan, diretor do Instituto de Microbiologia Clínica, Imunologia e Higiene do Hospital Universitário de Erlangen, na Alemanha. “O quão alto ele é, terá que ser examinado nos próximos meses e anos”. Pesar os benefícios e riscos Em princípio, a decisão é sempre baseada em uma avaliação de risco-benefício, afirma Bogdan, que também é membro da Comissão Permanente de Vacinação (STIKO) no Instituto Robert Koch (RKI), referência na Alemanha. Em entrevista à imprensa alemã, ele deu um exemplo de cálculo: se uma pessoa idosa morre de uma infecção por coronavírus com uma probabilidade de 20%, e ao mesmo tempo o risco de obter um grave efeito colateral da vacinação é de 1 para 50 mil ou até menos, vale a pena correr o risco. Bogdan diz, porém, que não vacinaria crianças, porque o risco de morte infantil por covid-19 é próximo de zero. De acordo com ele, mulheres grávidas ou amamentando também não devem ser vacinadas como medida de precaução com base nos dados atuais. Uma recomendação dos Centros de Controle de Doenças (CDC), dos EUA, entretanto, não exclui a vacinação de mães grávidas ou lactantes com vacinas de RNA após exame e consulta médica. Autor: Alexander Freund

Fonte: O Povo Online

Quem tem medo de agulhas? Reino Unido desenvolve vacina adesiva contra COVID-19

Para conter a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), cientistas buscaram, desde os primeiros casos diagnosticados, novas soluções contra o agente infeccioso. Agora, pesquisadores do País de Gales, no Reino Unido, desenvolvem um formato inédito de vacinas contra a COVID-19, a partir de um adesivo inteligente. Isso porque o dispositivo descartável administra o imunizante, mas também monitora a resposta imunológica do corpo do paciente.

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Desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Swansea University, um protótipo do adesivo inteligente deve ser concluído em março deste ano e pode chegar ao mercado em três anos, o que pode parecer tempo demais para a pandemia da COVID-19. No entanto, a tecnologia poderá ser facilmente adaptada para outras doenças infecciosas.

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“O objetivo principal deste projeto é criar um protótipo de dispositivo de aplicação de vacina inteligente que possa não apenas entregar a vacina contra a COVID-19, de forma transdérmica, mas também monitorar biomarcadores no compartimento da pele, de forma minimamente invasiva, oferecendo informações em tempo real sobre a eficácia da vacinação”, afirma Dr. Sanjiv Sharma, principal pesquisador da iniciativa e professor da Swansea University.

Como funciona a vacina adesiva?

Buscando imunizar contra a COVID-19, o adesivo inteligente é dotado de microagulhas, feitas de policarbonato ou silício. Para dimensionar essas estruturas, as pontas de cada uma das agulhas são medidas micrômetros, ou seja, milionésimos de um metro. Dessa forma, fornecem os medicamentos (ou a vacina) de uma maneira minimamente invasiva. Um exemplo de adesivo transdérmico é o de nicotina, que ajuda as pessoas a pararem de fumar por fornecer a substância ao usuário.

Após ser aplicado e liberar as primeiras partes da fórmula, o dispositivo deve permanecer fixado por até 24 horas na pele. Dessa forma, o adesivo medirá a resposta inflamatória do paciente à vacinação, enquanto monitora biomarcadores na pele. “O novo método mudaria a forma como os testes de eficácia da vacina são realizados, de uma avaliação estatística para uma medição científica da resposta inflamatória do paciente à vacinação”, explica Sharma sobre as possibilidades do método.

Isso porque, hoje, os pesquisadores que avaliam as vacinas precisam coletar os dados a partir de exames ou relatos dos próprios pacientes. Já o novo dispositivo coletará algumas dessas informações de forma autônoma e, para isso, os responsáveis precisarão apenas escanear o adesivo. Entre os dados coletados, estão as imunoglobulinas, um tipo de anticorpo ligado ao sistema imunológico e fundamental para a defesa contra um agente invasor.

“O que esperamos em resposta à autoadministração deste adesivo de vacina é ver a produção de imunoglobulinas, que o dispositivo será capaz de detectar”, afirma Sharma. “Medir a eficácia da vacina é extremamente importante, pois indica os efeitos protetores da vacinação em um indivíduo através do nível de redução do risco de infecção em uma pessoa vacinada em relação a um indivíduo suscetível não vacinado. Esta medida da eficácia da vacinação abordará uma necessidade clínica não atendida e fornecerá uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de vacinas”, completa o pesquisador.

Vacina para quem tem medo de agulhas?

Outra vantagem do adesivo é o fato dele ser uma alternativa eficaz para aqueles usuários que têm medo agulhas. “Eles não penetram tão profundamente na pele e não estimulam os receptores de dor, então são menos dolorosos do que uma agulha hipodérmica”, explica Olivia Howells, também pesquisadora da Swansea University.

Além disso, Howells comenta que os adesivos são uma alternativa mais barata quando comparados às agulhas hipodérmicas. Dessa forma, a inciativa poderá ser uma alternativa para países “que não têm grandes recursos para o lançamento da vacina”. Entretanto, ainda há um longo percurso para a tecnologia se tornar viável, e o próximo passo, depois do protótipo, serão os testes clínicos em humanos.

Fonte: Canaltech

Muriaé tem recorde de infecções por Covid-19 após acúmulo de testes A Notícia Online

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O boletim desta quarta-feira (7) registrou o recorde de novos casos confirmados de covid-19 em Muriaé desde o início da pandemia. Foram 176 novas infecções confirmadas através de exames e testes rápidos. É importante ressaltar, no entanto, que o índice se deve em grande parte ao acúmulo de resultados enviados por laboratórios particulares e farmácias da cidade.

Com isso, o número de pacientes ativos entre muriaeenses mais que dobrou nas últimas 24 horas. São também 176 nesta quarta, 92 a mais do que havia ontem. Há também outras 35 pessoas que moram em outras cidades, mas foram ou ainda estão sendo atendidas em instituições de Muriaé.

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Os hospitais da cidade estão com 60 pessoas internadas com suspeita ou confirmação de covid-19. Deste total, 33 estão estão em leitos comuns e 27 em UTIS. Respiradores em utilização totalizam 11 no momento. Já a ocupação de UTIs públicas destinadas para tratamento de covid é de 72% – ou seja, seis dos 21 leitos de terapia intensiva credenciados ao SUS estão disponíveis.

Óbitos – A covid-19 também foi confirmada como causa da morte de quatro pacientes que estavam internados em hospitais de Muriaé. Dois deles eram moradores locais: um homem de 77 anos, que tinha hipertensão, e outro de 79 anos, que também sofria de pressão alta, além de insuficiência renal e diabetes.

Orientações sobre testagem – No dia 22 de dezembro de 2020, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais emitiu nota com orientações sobre a realização de testes para diagnóstico da covid-19 na rede pública do SUS. Desde então, as testagens do tipo RT-PCR devem ser feitas entre o terceiro e sétimo dias após início dos sintomas, com prioridade de coleta para os seguintes grupos:

– Casos graves hospitalizados
– Óbitos suspeitos
– Profissionais da saúde
– Profissionais de segurança pública
– Idosos com idade igual ou superior a 60 anos
– Pacientes com condições clínicas de risco
– Populações ou grupos sociais de alta vunerabilidade (indígenas, quilombolas, ciganos, circenses e pessoas em situação de rua)
– Indivíduos privados de liberdade
– Residentes em instituições de longa permanência
– Amostragem representativa de surtos em locais fechados (asilos, hospitais, etc), após avaliação e definição pelo CIEVS.
– Gestantes

Ainda conforme orientação do Estado, os testes rápidos do tipo IgG/IgM só podem ser utilizados a partir de 14 dias do início dos sintomas.

Os números de hoje (05/01/2021) foram retirados do sistema às 6h. Veja os dados completos:

MORADORES DE MURIAÉ
Total de confirmações: 5.505 (em relação ao boletim anterior: +176)
Pacientes ativos: 176 (em relação ao boletim anterior: +92)
Pacientes curados: 5.218 (em relação ao boletim anterior: +82)
Óbitos: 111 em relação ao boletim anterior: +02)
Em investigação (com exame): 116
Em monitoramento (sem exame): 34
Negativos: 7.057

MORADORES DE OUTRAS CIDADES ATENDIDOS EM MURIAÉ (estes números entram nas estatísticas das cidades de origem de cada paciente; a divulgação ocorre apenas a título de informação e transparência)
Total de confirmações: 517 (em relação ao boletim anterior: +15)
Pacientes ativos: 35 (em relação ao boletim anterior: +13)
Pacientes curados: 399 (em relação ao boletim anterior: sem alteração)
Óbitos: 83 (em relação ao boletim anterior: +02)
Em investigação (com exame): 19
Em monitoramento (sem exame): 05
Negativos: 774

Fonte: A Notícia Online

Doria detalha vacina e critica prefeitos que furam a quarentena

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Em reunião virtual ontem com os 645 prefeitos paulistas que tomaram posse, o governador João Doria (PSDB) criticou e ameaçou punir os comandantes das cidades que não seguem as restrições impostas pela quarentena.

Doria falou que São Paulo já vive a segunda onda da covid-19, que o ano de 2021 “será muito mais difícil do que imaginamos” e que não é “cabível” que alguns municípios tenham deixado de respeitar as recomendações da saúde.

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Tirando a região de Presidente Prudente, todo estado está na fase 3-amarela da quarentena. Para conter o avanço da doença, no Natal e Ano-Novo, o governo determinou o retorno para a fase 1-vermelha, com o fechamento de todas as atividades não essenciais, mas parte das cidades descumpriu.

“Alguns poucos prefeitos não agiram como deveriam, menos de 20, mas esperamos que essas exceções não mais aconteçam, sob qualquer alegação. Não há alegação maior que a vida”, afirmou Doria.

Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que os municípios que descumprem o Plano São Paulo sofrerão consequências. “Nós não vamos deixar de atender na área da saúde, mas nas outras áreas fundamentais, quem vai ser priorizado é quem seguir os preceitos com responsabilidade e clareza. Aqueles que forem irresponsáveis irão para o fim da fila dos atendimentos”, disse Vinholi, sem especificar quais os serviços.

O governo também detalhou a campanha de vacinação aos prefeitos, com início previsto para o dia 25. A dose que deverá ser usada é a chinesa CoronaVac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. A expectativa é de que o governo divulgue hoje os resultados sobre a eficácia e apresente os dados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em busca da autorização para uso.

Fonte: Jornal Metro News