Idosos em áreas marginalizadas serão os primeiros a receber a vacina contra a Covid-19 no México depois que os profissionais de saúde que lutam na linha de frente contra a doença forem imunizados. A informação foi anunciada nesta terça-feira (5) pelo presidente Andrés Manuel López Obrador, que divulgou novos detalhes sobre o plano de vacinação em massa no país.
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Em dezembro, o México — país de proporções continentais como o Brasil, e com características semelhantes — se tornou a primeira nação da América Latina a aplicar a vacina contra a Covid-19, graças a um acordo com a farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira alemã BioNtech para a compra de 34,4 milhões de doses. Até o momento, o país já imunizou 43.960 profissionais de saúde, de acordo com dados oficiais.
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Nesta terça-feira, López Obrador explicou que seu governo continuará a dedicar o imunizante da Pfizer/BioNtech aos trabalhadores de saúde que combatem a Covid-19, grupo formado por cerca de 750 mil pessoas, e planeja começar a distribuir parte das 35 milhões de doses acordadas com a chinesa CanSino Biologics entre idosos que vivem em áreas remotas.
A vacina da CanSino, que ainda aguarda a autorização do órgão regulador de saúde local, requer apenas uma dose, em comparação com as duas da Pfizer/BioNtech, e não requer baixas temperaturas em seu armazenamento.
— Com esta vacina, poderíamos começar a vacinação nas comunidades mais remotas do país, com os idosos — disse o presidente em sua entrevista coletiva diária.
Segundo o plano de vacinação, o imunizante da CanSino seria inicialmente inoculado em pessoas com mais de 60 anos de idade em 10 mil centros comunitários que atendem cidades pequenas e remotas. Então, seguiriam para populações de tamanho médio e, eventualmente, grandes cidades.
— Vamos começar por baixo, onde vivem os mais marginalizados — comentou o presidente sobre o plano nacional de vacinação lançado em dezembro, que não inclui crianças nem jovens menores de 16 anos.
O México, quarto país com mais mortes ligadas ao coronavírus, com quase 128 mil óbitos cumulados, pretende vacinar seus 127 milhões de habitantes com esses acordos, além dos assinados com Oxford/AstraZeneca e com a Covax, aliança promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a Secretaria de Fazenda mexicana, o país firmou convênios na faixa de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,8 bilhões) com laboratórios para comprar até 200 milhões de doses que assegurariam a imunização gratuita de 116 milhões de pessoas até o fim deste ano.
México autoriza uso emergencial de vacina de Oxford
O México autorizou nesta terça-feira (5) o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido). A fórmula deve começar a ser aplicada em março no país.
O país latino-americano faz parte de um convênio formado entre uma fundação do magnata mexicano Carlos Slim, a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford para a produção do imunizante na Argentina, com envase em instalações mexicanas. O acordo prevê a aquisição de 77,4 milhões de doses da vacina, além da distribuição sem fins lucrativos pela América Latina, com exceção do Brasil.
Fonte: Yahoo Finanças