Anvisa pede que Fiocruz prove semelhança da vacina de Oxford importada da Índia com a do Reino Unido

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer que a Fiocruz apresente documentos atestando que a vacina de Oxford contra a Covid-19, que deve ser importada do Serum Institute, da Índia, é a mesma usada no Reino Unido. O instituto obteve aval para importar 2 milhões de doses. “É necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, diz a Anvisa, segundo a Folha. Representantes das duas instituições se reuniram nesta segunda-feira (4). Um dia antes, a Índia decidiu não permitir a exportação das doses que produzirá da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford pelos próximos meses. A afirmação é do CEO do Instituto Serum da Índia, Adar Poonawalla, responsável pela produção da vacina.

Fonte: Elite FM 

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‘Temos 10,8 milhões de doses de vacina e não temos um cronograma’, cobram governadores

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A falta de data para vacinação gerou nova cobrança por parte dos governadores dos estados. Nesta terça-feira, os gestores estaduais se reuniram por videoconferência com o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, e voltaram a cobrar um cronograma, mas não obtiveram data.

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O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, criticou a falta de definição por parte do governo.

— Nós temos hoje 10,8 milhões de doses de vacina no Brasil. Há perspectiva de chegar mais outras, cerca de 12 milhões de doses, nos próximos dias, e não temos um cronograma, não temos ainda aquilo que é necessário, como é que vai se dá todo esse processo de vacinação — disse ele, que também é representante do Fórum de Governadores.

Além de Dias, participaram da reunião o governador de Goiás, Ronaldo Caiado; o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; o do Pará, Helder Barbalho; e o do Amapá, Waldez Góes.

O secretário Medeiros se comprometeu a falar com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o cronograma. Os governadores não foram informados sobre as conclusões da reunião do ministro com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, para discutir aspectos relacionados à vacinação.

A expectativa é que na próxima semana haja nova reunião dos governadores com membros do Ministério da Saúde, a Anvisa e as empresas produtoras de vacina, além de outros atores envolvidos na estratégia de vacinação. Os governadores também convidaram as presidências da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal para o evento por videoconferência.

— Se é a vacina quem vai nos tirar desse risco, inclusive da presença do coronavírus com mutação no Brasil, que vai salvar vidas, por que não colocamos como total prioridade sentar à mesa? Tomar uma decisão a partir de um cronograma, que é claro, possa seguir a ciência, obrigatoriamente. Mas com agilidade de uma situação de calamidade — afirmou.

Fonte: Yahoo Finanças

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Registro da vacina virá com promessa de compra

Só tem lógica você registrar um produto qualquer se houver perspectiva de vender. Não é fácil fazer o registro de um produto, não se faz esse processo em uma única dedada. Para reunir uma documentação complexa, grande, é necessário pagar uma taxa e se ter personalidade jurídica no país. Se não houver, não se pode vender nada, em país nenhum. Além disso, há a responsabilidade técnica. Se cometer algum tipo de crime sanitário, o responsável técnico vai responder por esse crime. Então, é necessário ter uma empresa, o responsável-técnico no Brasil, pagar taxas e ter toda a documentação arrumada na língua do país. Logo, ninguém vai pedir registro para ter o registro. Vai pedir o registro se tiver promessa de compra.

Veja também: Colômbia aprova vacina da Pfizer contra Covid-19

Quais o motivo para que ainda não haja nenhum pedido de uso emergencial ou de registro solicitado à Anvisa?

No caso das duas vacinas com prospecção no Brasil, a CoronaVac e a de Oxford, a demora ocorre devido a pequenos “poréns”, como ajustes nas documentações. São absolutamente resolvíveis. Não vejo nenhum problema nas documentações da Fiocruz e do Butantan que já não tenha sido falado. Teve o problema dos resultados da fase três da Sinovac, na Turquia, e o problema da AstaZeneca com a questão da meia dosagem. Mas tudo isso é explicável. Essas duas vacinas vão entrar com pedido de registro e as outras poderão fazê-lo, se houver compra.

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Por que as demais vacinas que realizaram estudo no Brasil não têm a mesma força?

O governo não colocou o pedido formal. No momento em que o governo agir, a Pfizer entra com o pedido. A Janssen é a mesma coisa. Não se falou na compra das vacinas da Janssen. Não havendo compra, não vão fazer. Por outro lado, nenhuma das duas vai conseguir fazer uma oferta de venda para o Brasil em uma quantidade que seja satisfatória e que faça diferença para uma população de 210 milhões de pessoas. Então, acho mais complicado haver o registro dessas vacinas aqui. Mas toda e qualquer vacina, para ser comercializada no Brasil, pela rede pública ou privada, precisa ser registrada. Agora, há a prospecção por parte da Covaxin, com diálogo com as clínicas privadas. Pode ser que venha a Sputnik V por ter a União Química, que quer produzi-la no Brasil.

É suficiente ter só duas vacinas?

Se o governo federal acertar a estrutura e distribuir a vacina da Fiocruz e a do Butantan, teremos o suficiente, de forma que a Sputnik V pode não ter auto-sustentabilidade. Se tivéssemos uma candidata que pudesse oferecer um grande volume de doses para o primeiro semestre, talvez fosse comprada. Mas, reforço, teria que ser em quantidade considerável neste início.

Houve atraso do governo federal em garantir essas doses para o primeiro momento?

Total, o governo federal chegou atrasado. Nós temos essas duas vacinas, a de Oxford e a CoronaVac, por causa da Fiocruz e do Butantan. O Ministério da Saúde não moveu uma palha. Essa é uma questão que tem que ser repercutida. Chega a ser criminosa a forma como o Ministério da Saúde e o governo federal trataram a questão da vacinação. Temos que cobrar da pasta sobre a forma como se comportou até agora; abandonou a população brasileira. Se não fosse a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan, por vontade própria terem ido atrás de vacina, não teríamos nenhuma. Estaríamos dependentes de migalhas de doses.

Quando escutamos o presidente Jair Bolsonaro dizer que a vacina não é confiável, isso leva ao desinteresse de outras farmacêuticas em fechar acordo, e da própria população em se vacinar?

Com certeza. Quando se tem um líder falando isso para população, que vai virar jacaré, não dá para entender. Mesmo assim, não vejo nada que vá dificultar mais o registro pela Fiocruz e pelo Butantan. Ainda mais levando em consideração a possibilidade de submeter continuamente a documentação, sendo essa uma grande vantagem de ir apresentando à medida que se produz. As duas entidades já apresentaram quase toda documentação, faltando complementar a da fase três. Então, é muito mais tranquilo para a Anvisa.

Fonte: Correio Braziliense

Colômbia aprova vacina da Pfizer contra Covid-19

A Colômbia concedeu nesta terça-feira autorização emergencial para a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Pfizer, anunciou o presidente Iván Duque em seu programa de TV.

Veja também: Moderna prevê produzir 600 milhões de vacinas contra Covid-19 em 2021

Duque anunciou em dezembro a aquisição de 10 milhões de vacinas da Pfizer, além de 10 milhões da AstraZeneca e nove milhões da Johnson & Johnson, por meio de acordos bilaterais, além do acesso a 20 milhões de doses através da iniciativa Covax.

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Segundo o cronograma oficial, o governo planeja iniciar o processo de imunização em fevereiro, começando por funcionários da área de saúde, idosos e pessoas com comorbidades.

O Ministério da Saúde colombiano registrou hoje o maior número de infecções pela Covid-19 em um dia desde o começo da pandemia: 16.835. O novo coronavírus já deixou quase 45 mil mortos e mais de 1,7 milhão de infectados na quarta maior economia da América Latina.

Fonte: MSN 

Queda na doação de sangue devido à pandemia preocupa hemocentros

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Preocupados com os níveis dos estoques de sangue e de hemoderivados, hemocentros de diferentes regiões do Brasil estão tentando sensibilizar a população para a importância da doação de sangue.

A habitual preocupação com os estoques, principalmente durante o período de festas de fim de ano e férias de verão, este ano foi potencializada pelas mudanças comportamentais impostas pela pandemia da covid-19, que afastou muitos doadores ao longo do ano passado.

O Ministério da Saúde ainda não tem os números consolidados, mas estima que, em 2020, o medo da doença que, no Brasil, matou 197,7 mil pessoas até essa terça-feira (5), pode ter causado uma diminuição da ordem de 15% a 20% no total de doações de sangue em comparação a 2019.

No Rio de Janeiro, mesmo com todos os esforços e campanhas para atrair novos voluntários, o HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti) contabilizou uma queda de 4,4% no número de bolsas de sangue coletadas: foram cerca de 78.400 unidades, em 2020, contra aproximadamente 82 mil bolsas, em 2019.

Segundo o Ministério da Saúde, não houve registros de desabastecimento ao longo de 2020. Fato que, segundo representantes de hemocentros consultados pela Agência Brasil, pode ter ocorrido devido à adoção de medidas preventivas, como a suspensão temporária de cirurgias eletivas. Mesmo assim, houve situações em que o ministério precisou acionar o plano nacional de contingência e transferir milhares de bolsas de sangue de unidades da Federação em situação mais folgada para outras onde o nível dos estoques era considerado crítico.

“O principal risco deste cenário seria um possível desabastecimento de sangue e o consequente comprometimento da assistência”, informou o ministério em nota enviada à Agência Brasil. O desabastecimento colocaria em risco a vida de pessoas que precisam receber transfusão de sangue ao serem submetidas a tratamentos, cirurgias e procedimentos médicos complexos, ou que tratam os efeitos de anemias crônicas, complicações da dengue, da febre amarela ou de câncer.

Na nota que enviou à reportagem, o ministério também garantiu que está acompanhando a situação nos maiores hemocentros estaduais para, se necessário, adotar as medidas que minimizem “o impacto de eventuais desabastecimentos de sangue”.

“Através das ações e providências já tomadas pelo ministério, junto com as ações locais realizadas pelos estados, como a mobilização e sensibilização de doadores e estratégias para a redução do consumo de sangue, a situação tem se mantido estável”, garantiu a pasta – que afirma ter investido, em 2020, R$ 1,680 milhão em projetos de ampliação, reforma e qualificação da rede de sangue e hemoderivados, além da compra de medicamentos e equipamentos. Em 2019, foram investidos R$ 1,548 milhão.

Amazonas

Após coletar, em 2020, 4,6% menos bolsas de sangue do que em 2019 (foram 51.800 doações contra 54.300), a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) começou o ano com metade do volume que considera ideal em termos de estoque.

A maior preocupação é com o volume armazenado de sangue do tipo O+, que representa cerca de 70% da demanda estadual, e com todos os de fator RH negativo, menos comuns entre a população brasileira e, portanto, mais difíceis de obter.

“A pandemia afastou significativamente as pessoas [dos postos de coleta], principalmente em meados de março, abril e maio [de 2020], quando o estoque caiu cerca de 40%”, informou a Hemoam à Agência Brasil. “Para dar conta de toda demanda diária, precisamos do comparecimento de 200 a 250 doadores por dia. Ultimamente esse número está na média de 100 doadores”, acrescentou o órgão em uma mensagem divulgada pelas redes sociais.

Responsável por distribuir sangue para 27 unidades de saúde públicas e privadas de Manaus e para 42 outras cidades amazonenses, a fundação tem mais de 500 mil voluntários cadastrados; mas apenas 150 mil dessas pessoas doam sangue regularmente.

Ceará

Devido às restrições de segurança, como o distanciamento social, a maioria dos hemocentros do país adotou medidas como o agendamento prévio de doações, além de reforçarem os cuidados com a higiene dos postos de coleta de sangue. Ainda assim, o impacto da pandemia se fez sentir.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), por exemplo, recebeu, em 2020, 92.524 doações de sangue, enquanto, em 2019, foram coletadas 101.066 bolsas de sangue. O Hemoce garante que o menor número de doadores em função da pandemia não chegou a comprometer o atendimento das cerca de 480 unidades de saúde cearenses, e que chegou até mesmo a fornecer bolsas de sangue para outros estados, como Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe.

Embora, atualmente, os estoques se encontrem dentro do que o centro classifica como “margem de segurança” para atendimento, o Hemoce segue usando as redes sociais para incentivar as doações.

Distrito Federal

No Distrito Federal, os níveis dos estoques da Fundação Hemocentro de Brasília de dois dos oito tipos sanguíneos mais comuns são considerados críticos. “O ano de 2021 começou com os estoques de O positivo e O negativo em níveis baixos”, informou o órgão responsável por garantir o fornecimento de sangue e seus componentes para a rede de saúde pública local. A quantidade de sangue tipo B- disponível nessa segunda-feira (4) também era considerada baixa.

Segundo a fundação, entre janeiro e dezembro de 2020, os postos de coleta receberam pouco mais de 47,5 mil doações de sangue. Menos que as 51 mil doações registradas no mesmo período de 2019. Já transfusões foram realizadas 72 mil no ano passado, contra 76 mil em 2019.

A fundação afirma ter “estoques estratégicos” para abastecer toda a rede pública e os hospitais conveniados do Distrito Federal por até sete dias, dependendo do hemocomponente (hemácia, plasma ou plaqueta) em caso de falta de doadores.

São Paulo

Vinculada ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e responsável por abastecer a mais de 100 instituições de saúde da rede pública paulista, a Fundação Pró-Sangue coletou, em 2020, 108.707 bolsas de sangue. O resultado é não só inferior ao registrado em 2019, quando foram coletadas 114.050 bolsas, como mantém a tendência de queda dos últimos cinco anos.

Ano Coleta de bolsas de sangue (Fundação Pró-Sangue)

2015 131.068

2016 124.063

2017 123.851

2018 118.997

2019 114.050

2020 108.707

A preocupação da fundação é que, geralmente, em janeiro, o número de doações caem ainda mais, podendo chegar a um resultado 30% inferior à média mensal por conta das férias de verão. Neste início de 2021, os níveis dos estoques de sangue do tipo B- e O- já estão em situação crítica, enquanto os dos tipos O+ e A- colocaram a fundação em alerta.

“Os tipos O- e O+ estão sempre críticos”, acrescentou a Pró-Sangue, em nota em que explica que o sangue do tipo O+ é o mais demandado, por ser o mais comum entre a população brasileira e compatível com todos os outros tipos positivos. Já o O-, além de menos comum, é muito usado em atendimentos médicos emergenciais por ser compatível com outros tipos sanguíneos, independente de serem positivos ou negativos.

Segurança

O Ministério da Saúde garante que os hemocentros de todo o país estão preparados para receber os doadores com segurança, sem aglomerações, e em conformidade com as recomendações das autoridades sanitárias. A maioria, senão a totalidade dos postos de coleta, está funcionando com atendimento pré-agendado, de maneira que vale a pena o interessado consultar, na internet, a página ou as redes sociais do hemocentro do estado em que reside.

Para doar, o candidato tem que ter entre 16 e 69 anos de idade – menores de 18 anos precisam do consentimento formal dos responsáveis. O voluntário deve pesar mais que 50 kg e apresentar-se munido de documento oficial com foto. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.

Cada voluntário pode doar sangue até quatro vezes ao ano, no caso de homens, e três vezes caso se trate de uma mulher, com intervalos mínimos de, respectivamente, dois e três meses. Para checar outras restrições, recomendações e informações, acesse a página do Ministério da Saúde.

Fonte: IstoÉ

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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/03/09/mitos-e-verdades-sobre-doacao-de-sangue/

O Brasil larga atrasado na corrida da vacinação

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Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a grande esperança que permeia a mente do cidadão global é a vacina. A vacinação em massa da população proporcionará o controle efetivo da pandemia.

O desenvolvimento da vacina em tempo recorde é produto do empenho e esforço conjunto de vários grupos de pesquisadores e instituições especializadas. A vacina reforça a relevância da ciência e tecnologia para superarmos a mais grave crise sanitária dos últimos cem anos.

O ano de 2020 finalizou com mais de 6,5 milhões de doses administradas em cinquenta países. O Brasil não consta na lista das nações que iniciaram a vacinação. O Ministério da Saúde sinalizou que no melhor cenário as primeiras doses serão administradas até o dia 20 de janeiro de 2021. No pior cenário a vacinação começará depois de 10 de fevereiro.

Insta salientar que nesse primeiro momento a vacinação estará focada em grupos compostos por profissionais de saúde e pessoas na terceira idade. Na sequência, outros grupos deverão ser gradativamente priorizados. Além disso, a maioria das vacinas contra a Covid-19 necessitam de duas doses. É uma corrida contra o tempo para que o Brasil alcance uma massa de imunizados na população que favoreça o controle efetivo da pandemia. Isso demandará um tempo considerável, não acontecerá de forma imediata em poucos meses.

O governo federal deveria ter se antecipado e estruturado um robusto plano de vacinação, detalhando e resolvendo possíveis gargalos burocráticos, de insumos e logística, para colocar o país em uma posição de destaque. A adoção de múltiplas plataformas de vacina é uma estratégia que está sendo seguida por países desenvolvidos. A situação é crítica e não permite ao governo federal abrir mão de opções que estão sendo aprovadas pelas agências de saúde de países que estão dando exemplo na corrida da vacinação.

O processo de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não está se mostrando compatível com a emergência e gravidade da situação. O Brasil inicia 2021 com mais de 7,7 milhões de infectados e cerca de 195 mil mortes pela Covid-19.

A letargia brasileira na vacinação contra a Covid-19 resultará em um maior número de infectados, mais mortes e no prolongamento dos impactos negativos da pandemia na economia. Cada dia que passa sem o início da vacinação os desdobramentos da pandemia se intensificam no território nacional, afetando a vida de milhões de brasileiros.

Por conta das incertezas e dificuldades do governo federal em organizar e colocar de pé um plano nacional de vacinação, governos subnacionais estão buscando alternativas para garantir a administração das primeiras doses com segurança e a maior brevidade possível. O Espírito Santo é um exemplo disso.

No final de dezembro, o governador Renato Casagrande sancionou a lei que autoriza o Estado a adquirir doses de vacina sem registro da Anvisa. Para isso acontecer, o imunizante necessita de registro em autoridade sanitária estrangeira, bem como precisa ter autorização de distribuição na respectiva nação. A Lei Complementar nº 960/2020, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Erick Musso, também flexibiliza a aquisição de medicamentos, equipamentos e insumos para o controle da Covid-19 no território capixaba.

Diferente do governo federal, o Espírito Santo demonstra responsabilidade, equilíbrio, articulação e mobilização de esforços para salvar vidas. A superação da pandemia depende da vacinação em massa da população. Não podemos perder tempo com questões ideológicas e discussões sem embasamento científico.

Fonte: Gazeta Online ES

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Itamaraty garante chegada da vacina

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) garantiu, ontem, que não há proibição do governo indiano para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) importe 2 milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19 desenvolvida entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. As dúvidas sobre a vinda do produto para o Brasil surgiram depois de Adar Poonawalla, CEO do Instituto Serum, da Índia, onde as doses estão sendo fabricadas, afirmar que o governo local impediria exportações de vacinas contra a covid-19.

Cada dose custará ao governo brasileiro US$ 5,25, a um custo total de aproximadamente R$ 55,2 milhões pelo lote. Tanto o Itamaraty quanto a Fiocruz asseguraram que as vacinas devem chegar ainda este mês no Brasil.

Ainda não há, entretanto, um pedido de uso emergencial de qualquer dos fármacos já disponíveis no mercado internacional para fazer parte do Plano Nacional de Imunização. A Fiocruz disse, ontem, que aguarda o recebimento de informações da AstraZeneca e do Instituto Serum sobre a produção e o controle de qualidade da vacina para submeter o pedido de autorização de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a fundação, “a expectativa é de que o pedido seja realizado ainda esta semana”.

Enquanto isso, outros países iniciaram a vacinação, incluindo Argentina e Chile. Ontem, o Brasil alcançou a marca de 197.732 mortes e 7.810.400 casos confirmados de covid-19, que voltaram a crescer depois das festividades de fim de ano.

Má interpretação

O temor de que a Índia poderia impedir a exportação das vacinas encomendadas pelo Brasil começou quando o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, deu a entender que o governo daquele país não permitiria a remessa do fármaco. O mal-estar, porém, começou a ser desfeito depois que ele publicou uma mensagem no Twitter afirmando que “as exportações de vacinas são permitidas para todos os países e um comunicado conjunto esclarecendo quaisquer mal-entendidos com relação à Bharat Biotech será feito”. Pouco depois, uma nota de esclarecimento dizia que o Serum e o Bharat (laboratório indiano que produz outra vacina contra a covid-19) têm a intenção de “desenvolver, fabricar e fornecer as vacinas covid-19 para a Índia e globalmente”.

Os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e a Fiocruz garantiram que as negociações com o Serum “encontram-se em estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro”. Ontem, técnicos da fundação e da AstraZeneca reuniram-se com a cúpula da Anvisa para discutir o pedido de uso emergencial da vacina a ser trazida da Índia. No encontro, foi detalhado quais documentos precisam ser apresentados no momento da submissão.

Na última segunda-feira, o secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco, reuniu-se com o embaixador da Índia em Brasília para tratar da importação. Segundo o Itamaraty e o Ministério, a embaixada em Nova Délhi “está em contato com autoridades indianas para reforçar a importância do início da vacinação no Brasil”. A declaração de Poonawalla, levou a Fiocruz a alertar os ministérios para que buscassem uma solução diplomática para o caso.

Pacote completo custará mais de R$ 59 milhões

A vacina Oxford-AstraZeneca a ser importada da Índia sairá mais cara que a produzida pela Fundação Oswaldo Cruz. O valor da dose será US$ 5,25, ou cerca de R$ 27,61, com a cotação do dólar de ontem (R$ 5,26). O lote completo de 2 milhões (que inclui operação, armazenagem, transporte etc.) sairia por volta de R$ 59,4 milhões. O imunizante desenvolvido pela universidade inglesa a ser produzido pela instituição brasileira de pesquisa custa entre US$ 3 e US$ 4, conforme anunciado pela própria Fiocruz. No caso da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, o valor da dose é de US$ 10,30.

Fonte: Correio Braziliense 

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Estoque excedente de injeções será confiscado

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O Ministério da Saúde resolveu, ontem, confiscar os estoques excedentes de agulhas e seringas de fabricantes brasileiros para serem usadas na vacinação contra a covid-19. Sob a justificativa de uma “requisição administrativa”, a decisão da pasta dá-se depois do fracasso no pregão, aberto no fim do ano passado, para obter 331 milhões de unidades do material para injetar os medicamentos, mas conseguiu apenas 7,9 milhões. A intenção é garantir os produtos para o início da imunização, que ainda não tem data para começar.

A decisão será imposta aos fabricantes representados pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). Segundo o ministério, o confisco se dá “enquanto não se conclui o processo licitatório normal, que será realizado o mais breve possível”. “Essa requisição visa a atender às necessidades mais prementes para iniciar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a covid-19”, informou o ministério.

Na busca de garantir as injeções, o governo federal restringiu a exportação de seringas e agulhas, conforme portaria publicada no dia 31 de dezembro de 2020 pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério da Economia. Agora, a exportação de unidades exige uma “licença especial de exportação de produtos para o combate à covid-19”.

Em relação à importação, está em estudo a intenção de zerar o imposto incidente sobre agulhas e seringas. Mas o Ministério da Economia ainda não decidiu. (ST)

Fonte: Correio Braziliense

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UFRN disponibiliza ultrafreezers para acomodação de vacinas

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Como parte das ações de enfrentamento à pandemia da covid-19, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) colocou ultrafreezers à disposição da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN). Dessa forma, os equipamentos da instituição de ensino poderão ser utilizados para auxiliar a logística do Plano de Vacinação Contra a Covid-19.

A UFRN realizou um levantamento sobre a disponibilidade dos equipamentos que são utilizados nos laboratórios da instituição para a realização de pesquisas científicas – conservação de material genético armazenados a baixíssimas temperaturas, por exemplo. Nessa perspectiva, como parte das ações que vêm sendo desenvolvidas pela UFRN no enfrentamento à pandemia, a Universidade disponibilizará o uso de sete ultrafreezers localizados nos campi de Natal e Caicó.

Ainda conforme foi informado à Sesap, a UFRN se coloca à disposição para planejar o compartilhamento dos equipamentos, que estão na Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM), no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Centro de Biociências (CB) e no Centro de Tecnologia (CT).

Ações

A UFRN vem desenvolvendo diversas ações no enfrentamento à pandemia da covid-19, como a doação de álcool 70% e de equipamentos de proteção individual (EPIs); realização de testes da covid-19 e de teleatendimento para esclarecer dúvidas sobre a doença; assistência a pacientes com covid-19 nos hospitais universitários; produção de materiais informativos sobre o tema, como cursos, cartilhas, notas técnicas, vídeos, aplicativos ou guias; pesquisas científicas relacionadas ao novo coronavírus sobre medicamentos, modelos de disseminação, monitoramento dos casos, impacto na economia, desafios pedagógicos, entre outros temas; além de diversas parcerias para apoiar órgãos públicos e privados.

Fonte: Tribuna do Norte

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Calor pode melhorar efeito da quimioterapia

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Aquecer as células cancerosas e, ao mesmo tempo, direcioná-las com quimioterapia é uma forma altamente eficaz de matá-las, de acordo com pesquisa liderada por pesquisadores da Universidade College London, na Inglaterra. O estudo, publicado no Journal of Materials Chemistry B, afirma que, enquanto se administra o medicamento, transportar um quimioterápico em minúsculas partículas magnéticas capazes de levar calor ao tumor traz um resultado 34% mais eficaz do que pelos métodos tradicionais.

“Nosso estudo mostra o enorme potencial de combinar quimioterapia com tratamento térmico por meio de nanopartículas magnéticas. Embora essa combinação esteja aprovada para o tratamento de glioblastomas (câncer no cérebro) de crescimento rápido, nossos resultados sugerem que ela tem potencial para ser usada como uma ampla terapia anticâncer”, diz o autor principal do estudo, Nguyen T. K. Thanh. “Essa terapia também tem potencial para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia, garantindo que ela seja mais direcionada às células cancerosas do que ao tecido saudável. Isso precisa ser explorado em outros testes pré-clínicos.”

No estudo, os pesquisadores combinaram as nanopartículas magnéticas com uma droga de quimioterapia comumente usada, a doxorrubicina, e compararam os efeitos desse composto, em vários cenários, em células de câncer de mama humano, células de glioblastoma e de câncer de próstata. No cenário de maior sucesso, eles descobriram que, juntos, o calor e a doxorrubicina mataram 98% das estruturas doentes do cérebro após 48 horas, enquanto o remédio, sem calor, destruiu 73%. No caso do tumor de mama, 89% do tecido canceroso foi eliminado pela combinação com a nanopartícula em 48 horas, sendo que somente o medicamento teve eficácia de 77%.

As células cancerosas são mais suscetíveis ao calor do que as saudáveis — elas sofrem uma morte lenta (apoptose) quando a temperatura atinge 42ºC, enquanto as não doentes são capazes de suportar até 45ºC. Os pesquisadores descobriram que o aquecimento do tumor em apenas alguns graus, a 40ºC, aumentou a eficácia da quimioterapia, o que significa que o tratamento poderia ser eficaz com doses mais baixas de nanopartículas.

Impressão artística de nanopartículas magnéticas levando medicamento para matar células cancerosas

Revestimento

Eles constataram também que a combinação de terapias foi mais eficaz quando as nanopartículas foram absorvidas, ou internalizadas, pelas células cancerosas, mas descobriram que a quimioterapia também foi aprimorada quando as nanopartículas liberaram calor enquanto permaneciam fora das células doentes (o que seria uma forma mais fácil de tratamento). No entanto, os efeitos em temperaturas mais baixas só ocorreram quando as nanopartículas de óxido de ferro foram internalizadas ou firmemente depositadas na superfície das células cancerosas.

As nanopartículas são internalizadas em pequenas bolsas nas células chamadas lisossomas, que têm um pH mais baixo do que o resto do meio celular. Elas têm um revestimento de polímero que evita que o medicamento quimioterápico vaze para o tecido saudável. Esse escudo é sensível ao calor e ao pH e projetado para liberar a droga quando a temperatura sobe.

Essa liberação intracelular do quimioterápico foi particularmente eficaz para as células do câncer de próstata em camundongos, que apresentaram efeito superior e sinérgico de morte celular, principalmente quando a temperatura atingiu 42°C. “Como o calor pode ser gerado por meio do campo magnético alternado, a liberação da droga pode ser altamente localizada nas células cancerosas, reduzindo potencialmente os efeitos colaterais”, destaca um dos coautores, Olivier Sandre, da Universidade de Bordeaux, na França.

Fonte: Correio Braziliense

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