Expansão da Pague Menos prevê 50 novas lojas em 2025

expansão da Pague Menos
Principal meta é cobertura de cidades ainda não contempladas por outras redes – Foto: Divulgação

O plano de expansão da Pague Menos para o ano de 2025 espera garantir a abertura de ao menos 50 novas unidades da varejista, em diferentes regiões do país. As informações são da Exame.

A ideia é focar em cidades que ainda não são atendidas por outras grandes redes, mas apresentam uma crescente demanda por serviços de saúde, e investir em soluções tecnológicas de inteligência artificial, machine learning e gestão de estoque.

“O futuro da farmácia está na combinação do atendimento presencial com o digital. Não vemos isso como uma dicotomia, mas como uma unicanalidade. Nosso objetivo é oferecer aos nossos clientes uma experiência integrada e fluida, seja na loja ou no e-commerce”, explica Jonas Marques, CEO da companhia desde janeiro de 2024.

Bom momento possibilita plano de expansão da Pague Menos

A rede acumula bons resultados desde que o executivo, que também é psicólogo, assumiu o cargo e apostou na criação de um ambiente que prioriza uma cultura de engajamento entre os funcionários.

“A mudança começa com as pessoas. No varejo, não se trata apenas de vender um produto, mas de motivar os colaboradores a atuarem como donos do negócio”, afirma.

A rede registrou um crescimento de 17,5% em sua receita bruta no quarto trimestre do ano passado, além de um acréscimo de 972,3% em seu lucro líquido durante todo 2023, como noticiado pelo Panorama Farmacêutico.

Anvisa avalia restrição da venda de Ozempic em farmácias

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Autarquia busca uso mais responsável desses fármacos – Foto: Canva

A diretoria da Anvisa se reunirá na tarde desta segunda-feira, dia 17, para avaliar uma proposta que pode alterar as regras que regulam a venda de Ozempic, Wegovy, Saxenda e outros medicamentos de tarja vermelha. As informações são do O Globo.

A atual legislação prevê apenas que os farmacêuticos solicitem a apresentação de uma receita, protocolo frequentemente ignorado por profissionais em todo o país. Para se adequarem à nova norma será necessário que as farmácias retenham todas as receitas utilizadas em vendas no estabelecimento.

Objetivo é controlar melhor a venda de Ozempic, Wegov e Saxenda

A principal meta da medida proposta, que já recebeu um voto favorável e aguarda a decisão de outros três diretores, é reforçar o controle sobre a venda dessa categoria de medicamentos, utilizada principalmente no tratamento do diabetes e da obesidade.

Os usuários desses medicamentos devem ficar atentos às deliberações da Anvisa, pois a implementação da nova regra pode impactar diretamente a forma como realizam suas compras nas farmácias.

Farmacêuticas se unem de olho no mercado de emagrecimento

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Farmacêuticas vão comercializar o medicamento juntas na Europa e nos EUA – Foto: Divulgação

As farmacêuticas Roche e Zealand Pharma se uniram em uma tentativa de aumentar a disputa pelo mercado de medicamentos de emagrecimento. As duas companhias investiram R$ 32,74 bilhões no desenvolvimento do pretrelintide, fármaco mais promissor da farmacêutica dinamarquesa.

O movimento foi bem visto pelo mercado e, no dia seguinte ao anúncio, as ações de ambas as partes decolaram. Os papéis da Zealand subiram 48% na bolsa de Copenhague, movimentação que representa a maior alta da história da empresa, enquanto as ações da Roche tiveram o maior incremento intermediário desde julho do ano passado.

“Os termos são o melhor cenário possível para a Zealand, depois que muitos investidores estavam céticos quanto à possibilidade da companhia de biotecnologia conseguir garantir uma divisão de lucros”, explica Lucy Codrington, analista do banco de investimentos Jefferies.

“Trata-se de desenvolver uma marca líder para a década de 2030”, afirma Adam Steensberg, CEO da Zealand. “O negócio atende todas as metas que estabelecemos quando começamos a discutir o que queríamos ter em um parceiro”, adiciona.

Medicamento produzido por Roche e Zealand promete superar concorrentes

O fármaco se destaca por agir de uma forma diferente dos líderes de mercado atualmente. Sua ação imita um hormônio intestinal chamado amilina e, de acordo com o CEO, superando a performance dos concorrentes por até 20%.

Ainda no aguardo das etapas finais de testagem, a futura comercialização do medicamento será feita em parceria pelas empresas na Europa e nos Estados Unidos, e de maneira exclusiva pela Roche no restante do mundo.

 

Estudo valoriza distribuidoras no mercado de especialidades

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Estudo foi apresentado durante o Abradimex Specialty Day / Foto: Ana Claudia Nagao

O mercado de especialidades movimentou R$ 44 bilhões nos últimos 12 meses até agosto de 2024, tendo as distribuidoras como elos estratégicos da cadeia de medicamentos de alta complexidade. A análise integra um estudo inédito encomendado à Deloitte pela ABRADIMEX e que foi apresentado durante o Specialty Day 2025. O evento reuniu cerca de 70 players do setor e foi realizado na semana passada na Amcham, em São Paulo (SP), com a cobertura do Panorama Farmacêutico.

O chamado canal institucional vem conquistando relevância na cadeia farmacêutica, com avanço de 17,9% no volume de negócios em 2024 na comparação com o ano anterior. O segmento, que engloba desde biológicos, biossimilares, imunoterápicos, de referência, similares e também genéricos, tem as operadoras de planos de saúde e governos como principais fontes pagadoras.

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Fonte: IQVIA – Avaliação do Mercado Institucional & Oportunidades para a ABRADIMEX – 2024.

Mercado de especialidades ganha relevância nas principais classes terapêuticas

Atualmente, a ABRADIMEX reúne 15 distribuidoras, focadas no mercado de especialidades e com capilaridade logística para atender 15 mil instituições de saúde. São 243 SKUs que equivalem a aproximadamente 10 milhões de entregas mensais. Essas empresas abastecem 80% dos hospitais privados e 61% das clínicas no Brasil, com market share de 75%. “Esses números ratificam o papel fundamental desses agentes para viabilizar o acesso da população a tratamentos de doenças raras e de alta complexidade”, enfatiza Paulo Maia, presidente executivo da entidade.

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A venda via distribuidor é predominante ou ganha participação de mercado nas principais classes terapêuticas do mercado institucional. “A oncologia lidera o faturamento do mercado (35,67%) e as distribuidoras são fornecedoras da maior parte dos medicamentos (82%)”, destaca Maia. O mesmo acontece com anti-infecciosos/fúngicos e hormônios (74%). As distribuidoras também tiveram ganho de 4,2 pontos percentuais na participação sobre a venda de produtos para terapias de imunologia.

Desafios logísticos

O estudo também avaliou os desafios crescentes de um setor que utiliza tecnologia intensiva e, ao mesmo tempo, é sensível e altamente regulamentado.

O setor atua em um país tropical, diverso, de dimensões continentais e com gargalos de infraestrutura. Essa realidade traz desafios extras como a garantia de integridade das cargas que dependem de um rígido controle de temperatura. “A não observância a esse detalhe pode inutilizar o medicamento e gerar custos milionários às fontes pagadoras”, alerta Maia.

  • Medicamentos termolábeis direcionados para o tratamento oncológico ocupam 34% dos medicamentos que necessitam de transporte qualificado
  • Desses medicamentos biológicos, 98% requerem, por exigência, um transporte qualificado termicamente
  • Em contrapartida, para os medicamentos de referência, similares e genéricos, em média, 71% precisam de refrigeração e 29% de precaução
  • As principais terapias que exigem embalagens qualificadas são oncologia (34%), endocrinologia (19%) e reumatologia (9%)
  • Dos medicamentos termolábeis que necessitam de embalagem qualificada, 59% são biológicos; 25% são de referência; 11% similares e 4% genéricos

Transporte de carga e segurança

Os produtos farmacêuticos, apesar de representarem apenas 2% dos itens roubados no Brasil, apresentam um alto valor agregado, dificuldade de rastreamento e facilidade para revenda.

“Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, observa Maia.

  • Segundo a pesquisa, 52% dos 42 especialistas em gerenciamento de risco no transporte de carga acreditam que ocorrerá um aumento nos furtos para cargas farmacêuticas em 2025
  • O roubo de medicamentos geralmente é fruto de encomenda, não de oportunidade, e está direcionado a produtos específicos de alto custo
  • As regiões Sudeste e Sul lideram os casos de roubo de carga no Brasil, sendo que 85% dos roubos totais ocorrem apenas na região Sudeste.
  • A ocorrência de roubos de carga ocorre majoritariamente durante o transporte em vias urbanas e rodovias, porém as invasões a depósitos e/ou Centros de Distribuição vêm apresentando tendência de aumento

A segurança no transporte vem se tornando um dos maiores custos operacionais para as distribuidoras. Como resultado ocorre:

  • Um custo do frete aumentado de 5% a 10% em zonas de risco de transporte
  • Encarecimento do seguro, com casos de duplicação do custo
  • Alto investimento na adoção de carros blindados, escolta e tecnologia de segurança, como blindagem elétrica do baú e câmera

Aumento nos custos operacionais

Um dos pontos mais sensíveis diz respeito à gestão de acordos comerciais, cada vez mais lastreados por pressões de margens, pelos elevados riscos decorrentes das taxas de inadimplência e pelo aumento de 20%, nos últimos dois anos, na diferença entre os prazos de recebimento e pagamento. Outro impacto para a atividade está relacionado à ampla e necessária reforma fiscal no país, que interfere diretamente no ecossistema de saúde e na cadeia de distribuição.

  • 17% das dívidas e inadimplência pertencem ao setor público, em contrapartida aos 83% associados ao setor privado
  • Hospitais privados e clínicas representam 72% dos atendimentos da ABRADIMEX. Os prazos médios de recebimento das distribuidoras são de 76 dias para hospitais e 79 dias para clínicas, variando entre 67-93 dias para hospitais privados e 74-89 dias para clínicas.
  • Importante ressaltar que o custo e a gestão de estoque se somam a esse cenário de desequilíbrio de prazos
  • O fluxo de caixa dos distribuidores está sob crescente pressão, com o prazo de recebimento se prolongando mais do que o prazo de pagamento
  • Entre 2020 e 2023, o prazo de recebimento das distribuidoras aumentou 21%, enquanto o prazo de pagamento cresceu apenas 11%

“O segmento de especialidades é um mercado complexo à medida em que os produtos ficam mais especializados. É fundamental que se assegure a sustentabilidade do setor para que as distribuidoras consigam melhorar suas margens, a fim de evitar a adoção de planos de contingência por falta de oxigenação de caixa”, ressalta Fatima Pinho, sócia de Life Science & Health Care da Deloitte.

Cimed vende parte do negócio para fundo soberano de Singapura

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GIC entrará como sócio minoritário na farmacêutica / Foto: Divulgação

Em entrevista ao Pipeline do Valor Econômico, João Adibe Marques, CEO da Cimed, anunciou que a farmacêutica vendeu parte do negócio ao fundo soberano de Singapura, o GIC. Apesar de não revelar os valores da transação, o executivo garante que foi a maior em private equity no setor de saúde brasileiro nos últimos dez anos.

A família Marques continuará no controle da farmacêutica, enquanto o fundo assumirá com sócio minoritário, sendo apenas observador no conselho. A transação foi primária, o que significa que o dinheiro será utilizado para o crescimento do laboratório.

O J.P. Morgan atuou como assessor financeiro da transação e a assessoria jurídica ficou com o escritório Spinelli Advogados.

Venda da Cimed tem como objetivo antecipar metas de crescimento 

Diferente de outras ações de M&A realizadas recentemente, a venda de parte da Cimed nada tem que ver com um eventual endividamento. A farmacêutica – que conta com uma alavancagem estável em 1x Ebitda – buscava investidores para acelerar seu crescimento.

“O GIC procurava uma empresa de crescimento no setor de saúde e a gente cresce o dobro do mercado há cinco anos”, comenta Marques. Uma dessas metas de crescimento do laboratório diz respeito a seu faturamento.

Com receita de R$ 3,6 bilhões em 2024, a companhia planeja chegar aos R$ 10 bilhões em quatro anos. Para tal, além de expandir sua capacidade fabril a empresa também está diversificando seu portfólio, com a entrada em novos segmentos, como o de higiene para bebês e de saúde bucal.

Bayer firma acordo com a Megalabs envolvendo nove medicamentos

Megalabs
Fármacos são famosos, como Aspirina Prevent e Xarelto, mas perderam patentes / Foto: Divulgação

As farmacêuticas alemãs Bayer e Megalabs fecharam um acordo que fará com que nove medicamentos das áreas de contracepção e cardiologia mudem de mãos. As informações são do Estadão.

Segundo estimativas da IQVIA, os produtos envolvidos no negócio devem somar mais de R$ 500 milhões de vendas em 2025. A transação é reflexo de uma revisão estratégica realizada pela Bayer, que não conta mais com atividade de fabricação no país.

Sem produzir remédios no Brasil, a farmacêutica tem procurado parceiros para gerir e distribuir suas linhas de produtos. Além disso, a parceria também engloba medicamentos que já perderam patentes e demandam um relacionamento comercial reforçado com o varejo. São eles o Allurene, Angeliq, Aspirina Prevent, Diane 35, Mesigyna, Xarelto, Yasmin, Yaz e Yaz Flex.

“O acordo ilustra o momento da empresa no Brasil e mundo. Ao fazer isso poderemos concentrar esforços e foco em medicamentos de alto custo, que faz parte da nossa especialidade”, argumenta o presidente no Brasil e líder regional na América Latina, Adib Jacob.

Megalabs dobrará receita com novos medicamentos 

A chegada das nove marcas vindas da Bayer significará um grande impulso para o negócio da Megalabs no Brasil. A expectativa é que a receita da farmacêutica dobre com as novidades.

O laboratório, que tinha uma receita na casa dos R$ 400 milhões, pode fechar o ano superando os R$ 900 milhões. Para tal, segundo o gerente geral no Brasil, Marcelo Forti San Andrea, a companhia reforçara seu time de marketing com a contratação de 100 novos profissionais.

Mês movimentado na indústria 

Não só Bayer e Megalabs resolveram fechar negócio quando o assunto são marcas de medicamentos. Na última semana, o Aché anunciou a compra de sete medicamentos de prescrição da Sanofi.

As incorporações focaram no portfólio de Sistema Nervoso Central e trato gastrointestinal. Com a aquisição, a farmacêutica assumiu as marcas Alenthus XR, Dieloft, Eficentus, Moratus, Prazol, Pyloripac, Pyloripac e Retrat.

Farma Trend 2025 estima R$ 40 milhões em novos negócios

 

Participantes lotaram o auditorio de palestras
Participantes lotaram o auditório de palestras | Foto: Divulgação

Márcia Queirós, especial para o Panorama Farmacêutico

Maior evento do associativismo de farmácias em Minas Gerais, o Farma Trend 2025 superou as expectativas com a estimativa de R$ 40 milhões em novos negócios. A feira atraiu, nos dias 12 e 13 de março, mais de 2 mil visitantes ao Expominas, em Belo Horizonte, com a adesão recorde de 1,1 mil CNPJs.

Gestores do varejo farmacêutico desfrutaram de dois dias de imersão em novos conhecimentos e contatos próximos com as gerências regionais da indústria e fornecedores de outros segmentos. O encontro foi aberto com o Fórum de Lideranças, em que expoentes do setor discorreram sobre temas  como tributação, estratégias de vendas e novas tecnologias.

Realizado desde 2019 pelo Grupo Mineiro de Redes, o Farma Trend 2025 reafirmou a ascendência das farmácias associativistas. As integrantes do grupo congregam 3,5 mil lojas, estão presentes em mais de 1 mil cidades e totalizam faturamento anual superior a R$ 7 bilhões.

“Neste ano a audiência cresceu 17%. O Farma Trend é um sonho realizado ao conectar pessoas e informações. Apesar da concorrência, provamos com o grupo que conseguimos ter uma convivência boa”, comemora André Luiz Silva, presidente do grupo e diretor de gestão da Droga Rede, com sede em Divinópolis (MG).

O evento, que na primeira edição uniu cinco redes, contou com a participação de dez nesta edição – Compre Certo, Droga Rede, DSG Farma, Farmelhor, Grupo Farma, Rede Inova Drogarias, MG Farma, Ótima Farma, Uai Farma e Liga Farma.

Farma Trend facilita acesso a melhores preços e prazos

Varejistas consideram o Farma Trend uma oportunidade ímpar para adquirir produtos com melhores condições de preços e prazos. Nos dois dias de programação, para estimular ainda mais as vendas, indústrias e empresas prestadoras de serviços idealizaram promoções-relâmpago e sortearam prêmios como motocicletas, aparelhos de TV, pacote de viagens, cestas de cosméticos e vale compras.

“É muito gratificante participar dessa autêntica integração”, frisou Lucas Kilesse, da JC Produtos Farmacêuticos, ganhador de uma das duas motocicletas sorteadas, que viajou de Ubá, na Zona da Mata, para participar da feira na capital mineira. Laís Brito, da Drogaria Teixeira, de Lavras (MG), foi sorteada com um Iphone, e manifestou satisfação com as oportunidades de negócios e networking. “Pudemos conhecer participantes não só de Minas, mas de estados como Goiás e Bahia”, comentou.

Expositores valorizam engajamento do varejo

Já os expositores não pouparam elogios. Gerente regional de associativismo da EMS, Alfredo Novack, mencionou que 70% do resultado da corporação vem das farmácias de rede. Representante do atacado, Jean Miotto, gerente de vendas do GrupoSC, destacou o nível de engajamento do Grupo Mineiro de Redes. “Este ano, por exemplo, estipulamos a meta de crescer 40% em volume de negócios na comparação com a edição passada”, garantiu.

Além de grandes players do mercado farmacêutico, como EMS, Biolab Genéricos, Eurofarma, Torrent e Prati, indústrias dos setores de cosméticos, perfumaria e suplementos atraíram as atenções no salão de negócios. “A cada ano o Farma Trend nos leva a atingir nossos objetivos comerciais, que são desafiadores”, destacou Nayara Nogueira, vendedora B2B do Grupo Boticário.

O gerente nacional associativista da Nestlé, Paulo Padroeiro, participou pela segunda vez consecutiva da Farma Trend. “O associativismo vem se tornando uma potência no canal farma, profissionalizando cada vez mais o ponto de venda”, elogia. A estreante Danone também aprovou. “O encontro proporciona um ambiente estratégico para negociações e trocas de insights, contribuindo para o crescimento sustentável do setor”, avaliou o gerente de contas Cristiano Nascimento.

Convidados em busca de novas conexões

O Farma Trend contou também com convidados. Um deles foi Carlos Knosel, CEO da Farma Ventures, ecossistema de startups especializadas no mercado farmacêutico – a exemplo da Proffer, focada em precificação inteligente de medicamentos; e da Dinn, que realiza gestão comercial para indústrias e farmácias por meio de um estudo do comportamento. “Aqui está a base que fomenta o setor, o que nos permite realizar conexões efetivas e agregar soluções em prol do desenvolvimento do associativismo”, afirmou.

Palestras

Antes de o salão de negócios ser aberto, na tarde do dia 12 de março, os participantes do Farma Trend assistiram ao Fórum de Negócios. O CEO da Simtax, Jiovanni Coelho, abriu o ciclo de palestras falando sobre os reflexos da reforma tributária, cujo processo de transição começa em 2026 e se estende até 2033.

Para o especialista, apesar de a reforma prever a extinção de impostos como IPI, PIS, Cofins e ICMS, o país se mantém como “campeão de impostos”, uma vez que a nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) resultam em uma tributação de 28% sobre Imposto de Valor Agregado (IVA).

“Neste momento, o dono de farmácia deve entender com detalhes como está a situação atual dele, é o dever de casa ler e estudar sobre o tema. Entender a lucratividade, como funcionam os impostos, garante o devido preparo para as mudanças”, orienta. Ele alerta que, caso não haja entendimento da reforma e planejamento, há riscos de prejuízos que podem levar até ao fechamento de farmácias.

A diretora comercial da Febrafar, Karen Corridoni, elencou as soluções estratégicas oferecidas pela entidade que possibilitam a digitalização das farmácias. A gerente de trade marketing Sara Amaral, por sua vez, destacou a  relevância de manter um ambiente acessível, acolhedor e atrativo nas lojas. “Temos que ter sempre o olhar de um cliente que entra pela primeira vez no PDV. É preciso encantar o consumidor, desde a fachada até o interior da farmácia, atendentes bem treinados e gôndolas com precificação”, observou.

O presidente da Febrafar, Edison Tamascia, prosseguiu o fórum enaltecendo a força do associativismo, responsável por 16,6% do faturamento anual do mercado farmacêutico brasileiro. No entanto, alertou sobre a importância de acompanhar as transformações. “É preciso colocar em prática as novas ferramentas tecnológicas, conhecer os clientes e perceber as mudanças no perfil dos consumidores, hoje com maior número de idosos. A precificação há muito tempo não é o principal fator de concorrência, mas, sim, o investimento em mix maior de produtos, em lojas mais atrativas e vendas online”, advertiu.

O diretor de tecnologia e inovação da Febrafar, Ney Santos encerrou o fórum. Segundo ele, a inovação não nasce de soluções, mas de pessoas. “É preciso investir em captação e aperfeiçoamento de talentos, treinamentos, educação corporativa. Não adianta um software bom, se não tiver alinhado com a capacitação das pessoas. E a mudança vem agora, o futuro provém do erro, não vale ficar esperando a tecnologia do amanhã, é preciso já colocar em prática o que temos hoje”, recomendou.

Origem do Farma Trend

O Farma Trend foi criado por André Luiz Silva, à frente da Droga Rede e que,  juntamente com a Drogaria Poupa Minas e a Poupe Brasil, integra a Associação de Farmácias e Drogarias Independentes do Estado de Minas Gerais (Afiminas).

O embrião começou a se desenvolver em 2013, quando, em parceria com uma empresa de eventos, Luiz agrupou redes de farmácias no Sesc de Ouro Preto (MG) para uma feira. O projeto acabou interrompido até que, em 2018 e em parceria com a MG Farma, André Luiz realizou outro encontro. Mas o atual formato consolidou-se de fato em 2019, com a adesão de outras três redes.

Coube à advogada Paula Acirón, especialista em compliance e privacidade de dados, que assessora empresas do setor há 18 anos, a responsabilidade de estruturar o Farma Trend. O engajamento fez com que ela assumisse neste ano a coordenação geral do evento. “É uma satisfação ver a feira crescer e ser pioneira ao congregar o varejo associativista”, pontuou.

O Grupo Mineiro de Redes, que realiza a feira, é composto pelas redes Compre Certo, Droga Rede, Grupo DSG Brasil, Farmelhor, Grupo Farma, Rede Inova, Liga Farma, Mais Brasil, Rede MG Farma, Poupe Brasil, Poupa Minas e Uai Farma.

“Há três anos participamos do Farma Trend. Ajudamos ativamente na organização. É um momento incrível para nós, que somos uma rede que trata de relacionamentos, encontrar os clientes”, avalia Alan Fernandes, CEO da Inova Drogarias, rede de licenciamento de marca com sede em Varginha (MG).

Gerente geral da DSG Brasil, Rodrigo Pereira vai além. Para o empresário, as redes de farmácias de Minas Gerais tornaram-se referências no trabalho em equipe devido à realização do Farma Trend. “Ganham as redes, as indústrias e os associados”, concluiu.

Vitamedic apresenta linha de paracetamol

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Linha de paracetamol
Foto: Divulgação

A Vitamedic traz ao mercado a linha de paracetamol considerada a mais completa do setor. O medicamento está disponível em versões de comprimidos e líquidas, com diferentes gramaturas e unidades.

Ao todo, são oito itens:

  • 750 mg com 20 comprimidos
  • 750 mg com 200 comprimidos
  • 15 ml/mg
  • 32 ml/mg
  • 60 ml/mg
  • 100 ml/mg
  • 140 ml/mg
  • 200 ml/mg

Linha de paracetamol é indicada para alívio de dores e febres (H2)

O paracetamol é um famoso princípio ativo utilizado no alívio de dores musculares e de dente, febre e problemas na garganta, quando associada à gripe. Também pode ser utilizado no pós-procedimento odontológico e em situações derivadas da osteoartrite.

O medicamento não deve ser usado em caso de hipersensibilidade a seu princípio ativo ou a qualquer outro componente de sua fórmula. Menores de 12 anos não devem utilizar a apresentação em comprimidos revestidos.

M.S.: Isento

Distribuição: sistema próprio de distribuição
Marketing: marketing@vitamedic.ind.br

Vitamedic apresenta linha de paracetamol QR CODE

Lista indica medicamentos mais promissores para 2025

MEDICAMENTOS MAIS PROMISSORESFármacos, medicamentos
Foto: Canva

Uma análise da consultoria Clarivate apontou os 11 medicamentos mais promissores para o ano de 2025. A seleção inclui lançamentos já disponíveis em apenas alguns países, mas que devem expandir suas respectivas abrangências nos próximos meses. As informações são do portal Contract Pharma.

A relação foi feita com base em dados provenientes de entrevistas com mais de 160 especialistas, que avaliaram remédios posicionados para atingir o status de líderes de vendas até 2030 ou melhorar drasticamente seus efeitos nos pacientes em escala global.

Confira a lista com os medicamentos de destaque para esse ano 

  1. Awiqli (LAI 287; insulina icodec)

Farmacêutica: Novo Nordisk
Indicação: Diabetes tipo 1 e 2
Disponível em: Dinamarca, Estados Unidos, Austrália, Canadá, China, Japão e Brasil

A insulina de aplicação subcutânea apresenta-se como uma grande vantagem para os diabéticos por seu uso semanal, que reduz as complicações diárias do tratamento tradicional. Como noticiado pelo Panorama Farmacêutico, a Icodec recebeu autorização da Anvisa para ser comercializada em território nacional no início do mês, mas seu preço ainda precisa ser definido pela CMED

  1. CagriSema (cagrilintida + semaglutida)

Farmacêutica: Novo Nordisk
Indicação: Obesidade e diabetes do tipo 2
Disponível em: Dinamarca e Estados Unidos

Em processo de aprovação, o CagriSema busca se tornar o primeiro medicamento a combinar os receptadores GLP-1 e os benefícios da amilina, prometendo superar os resultados apresentados pelos fármacos de referência no mercado de emagrecimento

  1. Cobenfy (KarXT; xanomelina-trospium)

Farmacêutica: Bristol Myers Squibb
Indicação: Esquizofrenia e psicose relacionada ao Alzheimer
Disponível em: Estados Unidos

O Cobenfy foi o primeiro medicamento a apresentar um mecanismo novo para o tratamento da esquizofrenia em 30 anos

  1. Ebglyss (lebrikizumabe)

Farmacêuticas: Eli Lilly e Almirall
Indicação: Dermatite atópica
Disponível em: Espanha e Estados Unidos

Posicionado para se tornar o líder em vendas no segmento, o Ebglyss anima o mercado por assegurar um tratamento mais customizado para pacientes com dermatite atópica. Dados colhidos pela empresa apontam para a eficiência do produto na inibição da citocina IL-13

  1. Fitusiran 

Farmacêuticas: Alnylam Pharmaceuticals e Sanofi
Indicação: Hemofilia A e B
Disponível em: França e Estados Unidos

Aprovado na terceira fase de testes clínicos para o tratamento dos dois tipos de hemofilia, o Fitusiran reduz o nível de antitrombina no organismo, promovendo a produção da trombina e um rebalanceamento da hemostasia

  1. GSK-3536819 (MenABCWY) 

Farmacêutica: GSK
Indicação: Doença meningocócica
Disponível em: Reino Unido
A candidata à vacina da GSK pode chegar ao mercado com uma fórmula 5 em 1, possibilitando o combate a cinco grupos de meningite (A, B, C, W, e Y), responsáveis pela maioria dos casos registrados ao redor do mundo

  1. IMDELLTRA (tarlatamabe-dlle) 

Farmacêutica: Amgen
Indicação: Câncer de pulmão de pequenas células
Disponível em: Estados Unidos
Desenvolvido para o tratamento do câncer de pulmão de pequenas células no estado extensivo, é o primeiro medicamento da categoria. Seu efeito permite que as células T ataquem o tumor

  1. mRESVIA (mRNA-1345)

Farmacêutica: Moderna
Indicação: Vírus Sincicial Respiratório (RSV)
Disponível em: Estados Unidos
O mRESVIA foi aprovado pela FDA em maio de 2024, tornando-se uma das opções de vacina para o RSV disponíveis para idosos. O lançamento do fármaco representou um importante fator para o combate à doença entre usuários do sistema de saúde norte-americano

  1. SEL-212

Farmacêuticas: Sobi e Cartesian Theurapeutics
Indicação: Gota
Disponível em: Reino Unido e Estados Unidos
Com tratamento mensal, o Sel-212 combina a uricase peguilhada com a ImmTOR, tecnologia desenvolvida para inibir a formação de anticorpos antidrogas (ADAs)

  1. Vepdegestrant (ARV-471)

Farmacêuticas: Arvinas e Pfizer
Indicação: Câncer de mama
Disponível em: Estados Unidos
Candidato a ser o primeiro degradador de proteína Protac (PROteolysis Targeting Chimera) e desenvolvido para atingir o receptor de estrogênio do paciente, o fármaco é fruto de uma colaboração mundial entre as companhias

  1. Zanzalintinib (XL092)

Farmacêutica: Exelixis
Indicação: Câncer colorretal, carcinoma de células renais e carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço
Disponível em: Dinamarca e Estados Unidos
O Zanzalintinib está na terceira fase de testes clínicos e é considerado pela Exelixis como um inibidor oral de tirosina quinase da próxima geração. Seu principal foco é o tratamento de carcinoma de células renais não claras (nccRCC), câncer de colorretal (CRC) e carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço (SCCHN).

Mercado de diabetes tipo 1 pode gerar US$ 9,9 bi em 2033

MERCADO DE DIABETESGlobalData, medicamentos, diabetes
Medicamentos como semaglutida e tirzepatida podem transformar o tratamento da doença, diz empresa de dados e análises | Foto: Freepik

Segundo o mais recente relatório da GlobalData sobre o mercado de diabetes tipo 1, as terapias destinadas ao controle da doença podem apresentar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 13,3% nos próximos oito anos. E a explicação para esse movimento seria a diversificação de medicamentos.

Com a chegada de opções farmacológicas não insulínicas para a administração da doença, a expectativa da empresa de dados e análises é que o mercado avance dos US$ 2,2 bilhões (R$ 12,8 bilhões) registrados em 2023 para US$ 9,9 bilhões (R$ 57,6 bilhões) em 2033. Os motores desse crescimento seriam blockbusters como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, da Novo Nordisk; e a tirzepatida, presente no Mounjaro e no Zepbound, da Eli Lilly.

Mercado de diabetes tipo 1 tem tipo 2 como impulso

O mercado de diabetes tipo 1 ganha impulso graças ao tipo 2 da doença, para o qual a semaglutida e a tirzepatida vêm se mostrando eficientes. Mas outra explicação reside no uso off-label desses princípios ativos. Um estudo recém-veiculado pela publicação Diabetes Technology & Therapeutics atestou reduções significativas nos níveis de HbA1c e do peso corporal entre adultos que vivem com essa condição.

“Essas descobertas sugerem uma nova abordagem terapêutica potencial para melhorar o controle glicêmico e tratar a obesidade em DT1, uma área com poucos avanços farmacológicos além da terapia com a insulina”, afirma o analista farmacêutico Sulayman Patel.

Líderes de opinião destacam necessidade de diversificação 

Para líderes de opinião consultados pela GlobalData, é necessário que opções complementares à insulina surjam para os pacientes com diabetes tipo 1. Apenas 20% a 30% das pessoas atingem suas metas glicêmicas, ressaltando a necessidade urgente de terapias adjuvantes eficazes.

Por falar em diversificação, esse pode ser um nicho interessante para as farmacêuticas que desejam ingressar no mercado de GLP-1. “Com o crescente interesse em terapias auxiliares, as empresas farmacêuticas podem buscar ensaios clínicos formais para garantir a aprovação regulatória para esses agentes em DT1”, afirma Patel.

Mercado de obesidade e diabetes movimentará montante ainda maior

Se o mercado de diabetes tipo 1 pode crescer, o geral, incluindo o de tratamento da obesidade, terá um avanço ainda mais significativo. Até 2030, R$ 575 bilhões podem ser movimentados com as vendas de semaglutida e tirzepatida, aponta estudo da Allianz Trade.

Os medicamentos saltaram de € 4,5 bilhões (R$ 28,6 bilhões) em 2021 para € 21,2 bilhões (R$ 134,9 bilhões) em 2023. E, com um crescimento de 92%, a expectativa é que o Ozempic seja o segundo medicamento mais vendido globalmente em 2024, com € 17 bilhões (R$ 108,1 bilhões) em receita, ficando atrás apenas do Keytruda, remédio oncológico da MSD. As farmacêuticas dinamarquesa e norte-americana, que comandam o mercado, devem ver suas receitas avançarem 24% e 33%, respectivamente.