Metrô em SP passa a coletar embalagens de cosméticos

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Como descartar corretamente embalagens de produtos de beleza, perfumaria e cosméticos? Para contribuir com a reciclagem pós-consumo, a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação da Linha 4-Amarela, instalou, na Estação São Paulo-Morumbi, um posto de coleta especialmente para esse fim. A ação, realizada em parceria com a Reciclo Beleza Sustentável, consiste em armazenar os resíduos descartados até a chegada de uma cooperativa para realizar a devida retirada.

O equipamento ficará à disposição do público até dezembro. A ideia é gerar impacto social por meio da logística reversa, economia circular e da reciclagem de embalagens, além de ajudar na percepção de valor dos passageiros quanto aos compromissos ambientais assumidos pela concessionária.

A ação visa também avaliar impactos ambientais pelos dados e indicadores mensais do volume coletado. Outro objetivo da iniciativa é retirar de aterros sanitários e lixões resíduos provenientes do segmento de beleza.

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A máquina despertou a atenção da influencer da área de cosméticos Isabella Prado. ‘Para quem trabalha com beleza, ter um equipamento como esse nas proximidades de casa, como acontece comigo, é algo muito bom’. Segundo ela, muitas embalagens que a Reciclo Beleza aceita não são possíveis de serem descartadas em outros locais. ‘Saber que elas terão um destino adequado, sem poluir o meio ambiente, é muito tranquilizador para quem trabalha no setor e usa maquiagem diariamente’, diz Isabella.

Paola Tatto, fundadora da loja Banôh Cosmética Consciente, também comemorou a iniciativa. ‘É um projeto de logística reversa realmente incrível e o fato de o posto de coleta estar em uma estação de metrô é um dos aspectos mais positivos, pois atinge muitas pessoas’.

Na sua opinião, outra questão importante é que o equipamento facilita o descarte direto no ponto. ‘Isso faz com que sejam reduzidas etapas do processo de reciclagem, como a de coleta, por exemplo, o que também diminui impactos ambientais que seriam gerados no transporte e nas possíveis perdas desses materiais’, observa. A iniciativa, diz Paola, gera visibilidade e conscientização. ‘Aproxima as pessoas com os materiais e lixos que geram, o que nos faz repensar o consumo e nossas práticas’.

Segundo seus idealizadores, a proposta tem impacto socioeconômico positivo, gerando trabalho e renda por meio da parceria com cooperativas e associações de reciclagem e colabora ainda com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).

O equipamento é feito com placas provenientes de aparas de tubo de creme dental, sendo que sua composição é 75% plástico e 25% alumínio. O material que for arrecadado será retirado pela cooperativa responsável.

‘Esta iniciativa mostra o compromisso da ViaQuatro com as questões ambientais e vai ao encontro dos nossos objetivos de oferecer aos clientes mais do que um transporte seguro e eficiente. Queremos sensibilizar o público para a importância de cuidar do meio ambiente’, diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro.

Posto de coletora de embalagens de produtos de beleza

Local: Estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela

Data: Até dezembro de 2022

Fonte: Ciclo Vivo

Promoções têm forte peso no resultado do varejo no início de 2022, diz IBGE

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Campanhas de promoções em segmentos varejistas ajudaram o resultado mais favorável nas vendas no comércio varejista nos dois primeiros meses de 2022, afirmou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve contribuição também de uma base de comparação fraca, uma vez que as vendas no varejo tiveram desempenho predominantemente fraco no segundo semestre de 2021. Além disso, há um número maior de pessoas trabalhando, e a desvalorização recente do dólar ante o real ameniza a pressão sobre itens importados, enumerou o pesquisador.

Na passagem de janeiro para fevereiro, o volume vendido cresceu 1,1%, melhor desempenho para o mês desde 2016, quando também houve expansão de 1,1%. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas aumentaram 2,0% em fevereiro ante janeiro.

‘O resultado foi positivo pelo segundo mês. Esse crescimento nesse momento também vem com uma distribuição bastante grande entre os setores’, observou Santos.

Seis das oito atividades que integram o comércio varejista registraram crescimento nas vendas em fevereiro ante janeiro: livros e papelaria (42,8%), combustíveis (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e supermercados (1,4%). A única queda ocorreu em artigos farmacêuticos e perfumaria (-5,6%). O setor de informática e comunicação ficou estável (0,0%). No comércio varejista ampliado, o segmento de veículos registrou alta de 5,2%, enquanto material de construção caiu 0,4%.

A PMC de fevereiro trouxe uma atualização no modelo de ajuste sazonal, com reflexos sobre a série histórica. O resultado das vendas em janeiro ante dezembro foi revisto de uma alta de 0,8% para um avanço de 2,1%. No varejo ampliado, a taxa passou de queda de 0,3% para elevação de 0,2%.

‘Não há nenhum tipo de quebra metodológica pela atualização que a gente fez’, afirmou Santos, lembrando que a forte revisão sobre o desempenho de janeiro ‘é natural do modelo de ajuste sazonal’.

A melhora no desempenho do varejo em janeiro e fevereiro fez o volume de vendas ficar 1,2% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, embora ainda 4,9% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020. No varejo ampliado, as vendas operam 0,8% acima do pré-pandemia, mas em nível 5,5% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

‘O patamar de vendas ainda está abaixo do que já esteve em 2020. Nesses primeiros dois meses do ano, não há um cenário de recuperação relativa ao que foi o máximo da série, mas sim em relação ao patamar bastante baixo de dezembro de 2021’, afirmou Santos.

Segundo ele, o fim de ano fraco em 2021 levou empresas de determinados setores a fazerem promoções estratégicas no início de 2022, com peso significativo no resultado das vendas deste início de ano.

‘Nem novembro nem dezembro foram bons para o comércio varejista. Isso fez com que empresas de determinados setores fizessem promoções estratégicas’, contou. ‘Tecidos e vestuário, móveis e eletrodomésticos, e outros artigos de uso pessoal e doméstico foram atividades que fizeram esse tipo de estratégia’, disse ele.

No geral, avalia Santos, a base de comparação baixa ajudou o desempenho do varejo no início de 2022. Apesar da mudança na trajetória neste primeiro bimestre, o setor ainda não recuperou todas as perdas do segundo semestre de 2021. Após um segundo semestre ruim, o varejo chegou a dezembro de 2021 em patamar 7,2% abaixo do registrado em julho daquele ano. Mesmo com a melhora recente, as vendas ainda estão 4,2% abaixo do nível de julho de 2021.

O resultado obtido pela receita nominal de empresas de alguns setores ainda se torna mais modesto quando descontada a inflação do período. Em supermercados, por exemplo, a inflação de alimentos impediu um avanço maior no volume vendido.

Já em combustíveis, a deflação observada em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, também do IBGE, que apurou queda de 0,92% nos preços dos combustíveis em fevereiro) impulsionou o desempenho do volume vendido.

‘Os combustíveis acabam sendo o principal protagonista nesse crescimento de 1,1% no varejo na passagem de janeiro para fevereiro, porque houve diminuição da pressão inflacionária’, disse Santos.

Se por um lado a melhora da pandemia e a maior circulação de pessoas aumenta a receita do setor de combustíveis, a alta de preços em março pode reduzir o volume de vendas. Entre os ingredientes que ajudam o varejo no primeiro bimestre deste ano estão o aumento na ocupação e o câmbio.

‘A massa de renda real tem caído, mas o número de ocupados tem crescido, o que coloca mais gente com possibilidade de consumo de produtos no comércio varejista’, lembrou Santos. ‘O dólar já foi bastante responsável pela queda em alguns setores em 2021, ao longo do segundo semestre. A partir deste ano tem menos pressão sobre produtos importados’, completou.

Fonte: Isto é Dinheiro Online 

Governo Bolsonaro decide dar reajuste de 5% a servidores

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Medida custaria R$ 6,5 bilhões apenas no Executivo federal e exigiria corte de R$ 4,6 bilhões em outras áreas. Percentual proposto está abaixo da inflação em um ano e foi criticado por associações do funcionalismo.O governo Jair Bolsonaro decidiu nesta quarta-feira (14/04) dar um reajuste linear de 5% a todos os servidores do Executivo a partir do mês de junho, que começaria a ser pago no contracheque de julho, menos de quatro meses antes das eleições presidenciais.

A medida terá custo estimado de R$ 6,5 bilhões apenas no Executivo federal, acima da reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022 para reajustes aos servidores do governo federal.

Para cobrir a diferença, será necessário realizar cortes no valor de R$ 4,6 bilhões em outras áreas para respeitar o teto de gastos. O governo estuda cortar despesas de custeio e investimento dos ministérios ou de emendas parlamentares de bancada.

Outros R$ 1,6 bilhões serão necessários para pagar o reajuste de 5% às careiras do Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Defensoria, mas esses órgãos têm folga nos seus tetos de gastos, o que não exigiria cortes adicionais de outras despesas.

A medida ainda precisa ser enviada pelo governo por meio de projeto de lei e aprovada pelo Congresso, pois depende de modificações no Orçamento.

A lei eleitoral proíbe a concessão de reajustes ao funcionalismo que excedam a recomposição do poder de compra no período de seis meses antes do primeiro turno da disputa presidencial. Como o reajuste proposto seria abaixo da inflação, a regra não seria infringida.

Paralisações e operações padrão

O reajuste de 5% fica abaixo da inflação medida pelo IPCA nos últimos doze meses, que acumula alta de 11,3%. Diversas categorias vinham fazendo nos últimos meses paralisações ou operações padrão em campanha pela recomposição salarial.

Os servidores do Banco Central estão em greve desde 28 de março, o que interrompeu a divulgação de relatórios estatísticos e indicadores econômicos. Servidores da Receita Federal estão em operação padrão desde 27 de dezembro, e nesta quarta-feira auditores do Tesouro Nacional iniciaram uma paralisação. Outras categorias, como servidores da área de Planejamento e Orçamento e analistas de comércio exterior, também organizam paralisações.

O objetivo inicial declarado de Bolsonaro era conceder reajuste somente aos servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários, o que provocou a reação das demais categorias.

Servidores criticam percentual

A proposta de reajuste de 5% foi considerada insuficiente por diversas categorias, mas algumas indicaram que o gesto do governo poderia fazer as negociações avançarem.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a proposta de aumento de 5% era ‘inaceitável’ e ‘revoltante’, apontando que a defasagem salarial dos servidores federais estaria entre 30% a 40%.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, afirmou à CNN Brasil que o reajuste é ‘muito pequeno diante da inflação acumulada’, mas ‘pode significar o início de negociação’.

A Federação dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU (Fenajufe) também criticou o percentual de reajuste de 5% anunciado. ‘A proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste salarial de 5% aos servidores públicos federais aprofunda o processo de corrosão da renda da categoria, com o achatamento de salários em momento de crescimento dos preços do aluguel e a inflação dos alimentos e combustíveis’, afirmou Thiago Duarte Gonçalves, diretor da entidade.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

Vendas do comércio crescem 1,1% em fevereiro, segunda alta seguida

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As vendas do comércio cresceram 1,1% em fevereiro, na comparação com janeiro, cravando a segunda alta seguida, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com fevereiro de 2021, a alta foi de 1,3%.

“No acumulado no ano, o varejo teve variação de -0,1%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,3% até janeiro para 1,7% em fevereiro, o setor mostrou aumento de intensidade de crescimento”, destacou o IBGE.

“No acumulado no ano, o varejo teve variação de -0,1%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,3% até janeiro para 1,7% em fevereiro, o setor mostrou aumento de intensidade de crescimento”, destacou o IBGE.

Com o resultado, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, mas ainda 4,9% abaixo do pico da série, registrado em outubro de 2020.

O IBGE também revisou o resultado de janeiro para uma alta de 2,1%, ante leitura inicial de avanço de 0,8%.

O resultado veio acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de alta de 0,1% na comparação mensal e queda de 1,1% sobre um ano antes.

O que puxou a alta

Seis das 8 atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de janeiro para fevereiro.

Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).

Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).

Em meio à pressão inflacionária, a venda dos supermercados registrou alta menor, de 1,4%, e foi registrada queda expressiva em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,6%).

‘O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos. Esse avanço, porém, não foi suficiente para recuperar os níveis anteriores, já que algumas atividades didáticas continuam no ambiente online’, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas cresceu 2% em fevereiro, foi influenciado pelo avanço de veículos, motos, partes e peças (5,2%). Já as vendas de material de construção tiveram variação negativa de -0,4%.

Veja o desempenho de cada um dos segmentos

Perspectivas para o ano

“A economia segue lutando para sair da letargia, mas se tratando de dados de fevereiro quando ainda não estavam claros todos os efeitos do conflito no leste europeu, sugerimos cautela com os dados”, avaliou o economista da Necton, André Perfeito.

Na véspera, o IBGE mostrou que o setor de serviços caiu 0,2% em fevereiro, acumulando perda de 2% nos dois primeiros meses do ano. Já a produção industrial cresceu 0,7% em fevereiro, após recuar 2,2% em janeiro, e segue abaixo do patamar pré-pandemia.

A confiança dos empresários do comércio ficou praticamente estável em março e segue em nível considerado baixo, segundo sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O ritmo de atividade econômica em 2022 segue fraco, prejudicado pela inflação persistente, perda do poder de compra da população, aumento da inadimplência e juros em alta.

Em março, o resultado da inflação veio acima do esperado, com o IPCA atingindo 11,30% em 12 meses, o que colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio, aumentando as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.

A greve dos funcionários do Banco Central segue atrasando a divulgação de dados como a pesquisa Focus, com as projeções do mercado para inflação, juros, PIB e câmbio. Os analistas já falam em uma inflação acima de 7% no ano. Para o PIB (Produto Interno Bruto), as estimativas são de alta ao redor de 0,50% em 2022.

Fonte: G1.Globo

Alta de preços no país está disseminada e atinge 76% dos itens

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A saúde da economia pode ser medida por índices. A inflação é um deles. Tem outro, que pouco se fala, mas todo mundo tem sentido pesar no bolso: o que mostra se são poucos ou muitos a alta de preços. Em outras palavras, o quanto a inflação está espalhada.

E já faz meses que esse índice, chamado de difusão, tem preocupado os economistas.

E já faz meses que esse índice, chamado de difusão, tem preocupado os economistas.

Antes da pandemia, costumava ficar na faixa que vai de 50% a 60% por mês, algo como metade ou pouco mais dos itens pesquisados pelo IBGE aumentavam de preço. Desde setembro de 2020, a difusão não baixa de 60%.

E hoje já está acima do patamar de 70%, chegando em março ao maior percentual em seis anos: 76%.

‘O índice de difusão de 76% do IPCA indica que 76% de todos os itens que compõem o IPCA sofreram aumento no último mês, tiveram aumento no mês de março. Isso é preocupante. Por quê? Apresenta uma inflação mais generalizada, ou seja, uma inflação que não é focalizada, localizada em um item ou em produto. Uma inflação que tem atingido quase tudo que os brasileiros consomem de produtos e serviços’, afirma Joelson Sampaio, professor de Economia da FGV.

Os economistas dizem que o contágio da inflação tem algumas origens. A mais importante agora é a alta dos combustíveis, que não pesa só no custo do nosso transporte, mas também no do frete.

Os economistas dizem que o contágio da inflação tem algumas origens. A mais importante agora é a alta dos combustíveis, que não pesa só no custo do nosso transporte, mas também no do frete.

No Brasil, a maior parte das mercadorias viaja de um lugar para o outro de caminhão, e esse custo, maior, é repassado para o preço de todo tipo de mercadoria.

‘A gente teve dois grupos agora no caso de março que puxaram mais a inflação, que foram transportes e alimentação e bebidas. São os grupos que têm o maior peso no índice oficial. No entanto, a gente observou também aceleração de preços em outros grupos, como a parte de vestuário, a parte também de saúde e cuidados pessoais. E também tem outro fator que vem desde lá o começo da pandemia, que houve um desarranjo nas cadeias globais de produção’, explica Pedro Kislanov, gerente do IPCA.

‘Quando nós temos uma inflação mais localizada em um produto, em um serviço, é uma inflação mais passageira. Quando a gente tem uma inflação mais espalhada, mais generalizada, que é o que o índice de difusão nos traz, essa é uma inflação mais difícil de ser controlada. Por isso que o governo tem uma política monetária mais firme, restritiva, com o aumento da taxa de juros, para conseguir conter essa inflação e fechar o ano com a inflação pelo menos abaixo de dois dígitos’, diz o professor de Economia da FGV.

Fonte: G1.Globo 

Bula digital: Anvisa diz que ‘vê com preocupação’ aprovação de projeto de lei

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, disse nesta quarta-feira (13) que “vê com preocupação” a aprovação do projeto de lei que cria a bula digital de medicamentos e revoga a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). O PL foi aprovado pelo Senado na última terça (12).

O SNCM tinha como prazo inicial de operação o ano de 2012, mas mudanças na legislação adiaram diversas vezes a implementação do projeto. A última previsão era de que ele seria implementado este ano.

Agora, com a aprovação do Projeto de Lei, o texto estabelece que as farmacêuticas deverão possuir um “mapa de distribuição de medicamentos com identificação dos quantitativos comercializados e distribuídos para cada lote, bem como dos destinatários das remessas”, que deverá conter ainda o número do lote, a data de fabricação e a data de validade dos remédios.

Fora isso, as embalagens dos medicamentos também virão com um código QR CODE, em substituição ao código de barras bidimensional atual. A ideia é que essa “bula digital” facilite o acesso às informações do produto tanto em texto como em formato audiovisual, mas isso não substituirá a necessidade da bula impressa.

O que diz a Anvisa?

Segundo a agência regulatória, o Sistema, que teria como o objetivo acompanhar todas as etapas da cadeia de produção de medicamentos em circulação no país, é uma importante estratégia para evitar riscos a saúde de pacientes, pois combate falsificações e garante a segurança da distribuição de medicamentos no país.

O texto da lei que aprovou o SNCM, estabelece que a rastreabilidade de medicamentos produzidos, distribuídos, comercializados, dispensados ou prescritos no território nacional sujeitos ao SNCM é justamente uma prerrogativa da autoridade sanitária nacional, ou seja, a Anvisa.

Por isso, a Agência considera que esse sistema atual traz “benefícios significativos” e uma maior segurança a pacientes e profissionais quanto aos medicamentos utilizados.

“São 13 anos de trabalho da Agência sobre o tema, discussão essa superada em poucos meses pela aprovação, nesta terça-feira (13/4), do Projeto de Lei”, disse a agência, em nota.

“São 13 anos de trabalho da Agência sobre o tema, discussão essa superada em poucos meses pela aprovação, nesta terça-feira (13/4), do Projeto de Lei”, disse a agência, em nota.

Para a Anvisa, se aprovado, o PL dificultará ainda os controles sanitários qualidade e fiscalização, resultando nos quatros pontos abaixo:

? Risco para a saúde pública, ao inviabilizar o controle de unidades medicamentos e garantia da integridade da cadeia de abastecimento;

? Desalinhamento do modelo de rastreabilidade brasileiro àquele adotado nas principais agências internacionais, que adotam o modelo de controle de produtos serializados;

? Desperdício de recursos públicos já investidos no desenvolvimento do SNCM;

? Prejuízo para as empresas que já serializaram seus produtos e desenvolveram os sistemas de informação para atender às normas vigentes.

A Agência ainda ressaltou que a rastreabilidade é um processo obrigatório para uma variedade de produtos, desde eletrônicos, produtos de cozinha, brinquedos e até vacinas bovinas. Por isso, a autarquia sanitária considera que não há justificativa para que os importadores e fabricantes de medicamentos “negligenciem a rastreabilidade de um bem que se propõe a salvar vidas”.

“Sem a adoção do SNCM, a eficaz supervisão da cadeia de abastecimento fica enfraquecida, aumentando o risco de entrada de medicamentos com qualidade inferior e falsificados no mercado nacional, aumentando a probabilidade de ineficiências emergentes, rupturas de estoque ou disponibilização de produtos vencidos”, disse a Agência.

“Sem a adoção do SNCM, a eficaz supervisão da cadeia de abastecimento fica enfraquecida, aumentando o risco de entrada de medicamentos com qualidade inferior e falsificados no mercado nacional, aumentando a probabilidade de ineficiências emergentes, rupturas de estoque ou disponibilização de produtos vencidos”, disse a Agência.

Fonte: G1.Globo

Saiba quem é de onde vem a fortuna de Françoise Bettencourt, herdeira da L’Oréal

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A francesa Françoise Bettencourt Meyers, 68 anos, herdeira da L’Oréal, é a mulher mais rica do mundo pelo segundo ano consecutivo, de acordo com levantamento da Forbes.

Françoise tem uma fortuna estimada em US$ 74,8 bilhões (R$ 354 bilhões) e ficou cerca de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,6 bilhões) mais rica do que era no ano passado, segundo dados da revista. Com isso, ela é a 14ª pessoa mais rica do mundo. Veja abaixo quem são as 10 mais ricas de 2022.

Ela é a vice-presidente do conselho da L’Oréal, a maior empresa de cosméticos e beleza do mundo, com atuação em 130 países. Os principais mercados da L’Oréal são os Estados Unidos, França, China, Alemanha e o Brasil onde chegou em 1939.

Françoise é filha única e herdeira de Liliane Bettencourt e neta do químico Eugène Paul Louis Schueller, que fundou a empresa em 1909.

A primeira vez que ela figurou na lista de mais ricas do planeta foi em 2018, depois da morte da mãe, em 2017.

Fortuna triplicada

Após a morte de Liliane, Françoise triplicou a sua fortuna com investimentos que valorizaram ações da L’Oréal na bolsa de valores.

Em 2021, segundo dados da Bloomberg, a empresa se recuperou da pandemia graças à oferta diversificada de produtos. A empresa informou um crescimento de vendas de 13% no terceiro trimestre.

Atualmente, ela é presidente da holding familiar e representa a fatia de 33% que a família Bettencourt Meyers possui em ações da empresa. Françoise também é presidente da fundação filantrópica da família, que incentiva e participa de projetos na ciência e na arte na França.

Françoise é membro do conselho da empresa desde 1997, do qual seus dois filhos, Jean-Victor Meyers e Nicolas Meyers, também fazem parte. A L’Oréal possui mais de 35 marcas de cosméticos e cuidados com a pele.

Em 2019, a família fez doações de 200 milhões de euros para recuperação da Catedral de Notre-Dame de Paris, destruída por um incêndio.

Conflitos familiares

Françoise e a mãe Liliane brigaram durante quase dois anos nos tribunais franceses por causa de uma queixa apresentada por Françoise contra um fotógrafo de celebridades que teria recebido de Liliane cerca de 1 bilhão de euros em presentes ao longo de 20 anos.

O caso envolvendo herdeira da L’Oréal virou escândalo nacional. Em 2010, Liliane Bettencourt se reconciliou com a filha, encerrando uma série de processos na Justiça, de acordo com um advogado.

As 10 mulheres mais ricas do mundo:

Brasileiras mais ricas

A lista de bilionários da revista Forbes incluiu oito brasileiras na edição deste ano.

A mulher mais rica do Brasil é Lucia Maggi, de 89 anos, com uma fortuna avaliada em US$ 6,9 bilhões (cerca de R$ 32,3 bilhões). Ela ficou à frente, inclusive, da dona do Magalu, Luiza Trajano. Na lista dos mais ricos do mundo, Lucia ocupa a 350ª posição. Leia aqui quem é Lucia Maggi.

Ligada ao setor do agronegócios e confundadora do grupo Andre Maggi (Amaggi), em 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR), que nasceu com o nome de Sementes Maggi. Lucia e o marido, André, iniciaram juntos a empresa que se tornaria uma das maiores exportadoras de soja do mundo. Ela é mãe de Blairo Maggi, que foi governador de Mato Grosso e ministro da Agricultura no governo Michel Temer.

Fonte: G1.Globo

Planos de saúde podem ter maior reajuste da história este ano, com alta de 16%

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Os planos de saúde individuais devem subir 16,3% em 2022, segundo projeção da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar). Caso a projeção se confirme, este será o maior reajuste já feito pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), de acordo com a série histórica, iniciada em 2000.

Entre os fatores considerados para a estimativa, a federação destaca, principalmente, a variação das despesas assistenciais com atendimento aos beneficiários dos planos, variação por faixa etária e a eficiência da operadora.

Também foi levado em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que incide sobre os preços administrados, que são os serviços e os produtos com reajustes definidos por contratos ou regulados.

Segundo a FenaSaúde, a atual metodologia usada para definição do reajuste, que está em vigor desde 2019, torna os cálculos mais transparentes e previsíveis.

Devido à pandemia, a ANS, responsável por regular o setor de saúde privada no Brasil, suspendeu em setembro de 2020 a cobrança do reajuste anual dos planos de saúde até o fim do ano. A decisão aliviou o bolso de mais de 25,5 milhões de brasileiros em um período tomado por infecções pelo novo coronavírus.

Meses depois, o órgão definiu que os planos de saúde individuais ou familiares teriam percentual de reajuste negativo de maio de 2021 até abril deste ano. O índice negativo de 8,19% refletiu a queda das despesas assistenciais ocorrida no setor.

Agora, com o aumento no preço de diversos itens, como medicamentos e insumos médicos, a retomada de procedimentos eletivos e o impacto de tratamentos de pacientes com Covid, além da incorporação de novas coberturas obrigatórias, os planos de saúde este ano devem ter reajustes maiores.

A FenaSaúde também ressaltou o efeito da inflação nos diversos setores da atividade econômica brasileira, incluindo o mercado de planos de saúde, para o provável aumento recorde da cobertura este ano.

Fonte: CNN Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/stj-vai-decidir-se-planos-de-saude-devem-pagar-por-tratamentos-nao-previstos-em-contrato/

Conitec abrirá consulta pública para incorporação de remédio contra Covid no SUS

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O Ministério da Saúde deve abrir nesta quarta-feira (13) uma consulta pública para receber contribuições da sociedade civil e especialistas pra utilização do Paxlovid pelo Sistema Único de Saúde (SUS), remédio contra Covid-19 da Pfizer. A consulta pública feita pela internet ficará disponível pelo período de 10 dias.

Na última terça-feira (12), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) deu o parecer favorável à utilização do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS), mas esse é só o primeiro passo para a assinatura do contrato com a farmacêutica.

Como o medicamento não está no rol de terapias e tratamentos do SUS, após a aprovação preliminar na Conitec e audiência pública, o uso do Paxlovid pelo SUS precisará ser aprovado pelo plenário da Conitec e a avaliação final será feita pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE), que é comandada por Sandra de Castro Barros.

A CNN apurou com fontes do Ministério da Saúde que, se o uso do medicamento no SUS for aprovado em todos esses trâmites, o contrato com a Pfizer deve ser fechado até final de abril.

O quantitativo que deve ser adquirido pelo Ministério da Saúde ainda será definido, mas a estimativa é de comprar de 400 a 500 milhões de unidades para atender principalmente o grupo de pacientes com alto risco de ainda contrair a doença da forma grave mesmo após a esquema vacinal completo.

O antiviral Paxlovid, fabricado pela Pfizer, previne o agravamento da doença. A indicação de uso é voltada para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de agravamento da doença.

Em março, a Anvisa aprovou o uso emergencial do medicamento.

Fonte: CNN Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/venda-de-medicamentos-do-kit-covid-continuaram-em-alta-em-2021/

Falta de medicamentos está prejudicando pacientes com câncer, alertam médicos

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A comissão especial da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar as ações de combate ao câncer no Brasil ouviu, nesta terça-feira (12), críticas de médicos e representantes de entidades da sociedade civil sobre a falta de medicamentos para a doença no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia, Paulo Hoff, disse aos deputados que é preciso usar as ferramentas disponíveis para que os desperdícios não convivam com a falta de medicamentos, como acontece atualmente. Segundo ele, uma compra centralizada e bem planejada faria com que as novas tecnologias estivessem disponíveis para toda a população.

‘O poder de compra, o poder de negociação do governo federal poderia ser utilizado para conseguir um custo menor dessas terapias de alto custo e o governo poderia disponibilizar créditos desses produtos para as unidades federadas para que isso pudesse chegar aos pacientes então’, sugeriu o médico.

Burocracia

A representante do Instituto Lado a Lado pela Vida Denise Blaques, por sua vez, criticou a burocracia que impede o acesso dos pacientes aos medicamentos.

‘Os hospitais hoje não podem comprar medicamentos para futuros pacientes mesmo sabendo que tem 200 cadastrados com um tipo de câncer e que a cada mês ele vai atender 20, 30 novos casos desse mesmo câncer”, exemplificou. “Os hospitais têm que esperar a próxima compra para incluir esses novos pacientes na lista e só então comprar o tratamento. E o pior: não há data prevista para essa próxima compra’, reclamou.

Denise Blaques lembrou que anualmente 600 mil brasileiros desenvolvem câncer, e os tratamentos muitas vezes não são eficientes porque demoram a começar.

Pandemia

A representante do Ministério da Saúde no debate, Clariça Soares, afirmou que já existe dentro do ministério a divisão de medicamentos comprados pelo governo federal e pelas secretarias estaduais, mas admitiu que, com a pandemia, a compra e distribuição de remédios foi prejudicada.

‘A gente teve o impacto muito grande da pandemia, que gerou uma escassez dos insumos farmacêuticos ativos e uma dificuldade na logística, porque as fronteiras foram fechadas. Até pouco tempo atrás muitos medicamentos importados tinham que ser trazidos de navio, o que deixava a logística ainda mais demorada”, explicou. Ela ressaltou ainda que o preço dos medicamentos sofreu um impacto muito significativo. “Então algumas situações que ocorrem aí nesse processo acabam impactando o tratamento desse paciente.’

Gestão dos recursos

A deputada Silvia Cristina (PL-RO) , que pediu a realização da audiência, destacou que o papel da comissão é justamente apontar soluções para que novas tecnologias de tratamento do câncer estejam disponíveis para os pacientes do SUS dentro do prazo adequado.

‘A gestão do serviço público precisa existir porque existe um protocolo de tratamento de uma doença que é tão traumática na vida de tantas pessoas. Nós não temos mais espaço e nem tempo de ainda receber reclamações de que estão faltando medicamentos‘, disse Silvia Cristina.

O vice-presidente da Interfarma, Eduardo Calderari, lembrou ainda que há prazo para usar os medicamentos. Ele ressaltou que as terapias têm hora certa para serem utilizadas, e que por isso é preciso garantir aos pacientes um diagnóstico precoce.

Fonte: Câmara dos Deputados

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