Economistas erraram as projeções para a Selic em 14 dos últimos 19 anos

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Os economistas e operadores do mercado financeiro erraram as projeções para a taxa básica, a Selic, em 14 dos últimos 19 anos.

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O levantamento feito pelo Poder360 foi feito com base no Boletim Focus, que é o relatório semanal do BC (Banco Central), responsável por divulgar as estimativas dos principais indicadores econômicos do país.

O relatório é publicado às segundas-feira e resume desde 2000 as projeções estatísticas de analistas consultados pela autoridade monetária. É possível conhecer as instituições que mais acertam aqui.

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A taxa básica de juros é decidida a cada 45 dias pelo Copom (Comitê de Política Monetária). O objetivo central é controlar a inflação.

De 2002 a 2020, os economistas erram as projeções para a Selic em 14 oportunidades. O Poder360 levou em consideração a 1ª projeção da cada ano para o mesmo ano. As erradas são as que ficaram de fora do intervalo das estimativas mínimas e máximas para o período.

É provável que haja um novo erro em 2021. O 1º Boletim Focus indicava que a mediana das estimativas estava em 3,25% ao ano. A mínima era de 2% e a máxima, 5,5%.

A Selic atualmente está em 4,25% ao ano, conforme divulgou na 4ª feira o Copom.

Agora, o último Boletim Focus mostra que o mercado estima a Selic aos 6,25% no fim do ano, fora do intervalo de estimativas do 1º relatório do ano.

Os economistas erraram menos com a inflação. De 2002 a 2020, houve 7 equívocos. Nos últimos 5 anos, foram 2: em 2017 e 2020, sendo que o último durante a pandemia de covid-19. No 1º Boletim Focus de 2020, o mercado não esperava o cenário pandêmico provocado pelo coronavírus.

O número de erros para a inflação, porém, deve aumentar neste ano. A máxima das projeções deste ano sugeria que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficaria em até 4,18% neste ano. A mediana era de 3,32%. No acumulado de 12 meses até maio, o IPCA ficou em 8,06%. O mercado espera, agora, que termine em 5,82%.

O percentual também é superior ao teto da meta de inflação, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 5,25%.

Os operadores do mercado também erraram os 2 últimos anos para a previsão do PIB (Produto Interno Bruto). Nos últimos 19 anos, equivocou-se em 8 oportunidades.

Tende a acertar em 2021, já que o intervalo para este ano é de 1,93% a 5,29% de alta. O mercado estima agora crescimento de 4,85% no ano.

Fonte: Poder 360

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Confira quem não poderá se vacinar com a Sputinik V

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Em março deste ano, o governador Helder Barbalho, anunciou em suas redes sociais a assinatura do contrato para a aquisição das doses da Sputinik V, pelos estados da Amazônia Legal. Mas conforme informado na última terça-feira (15), o Pará deverá receber, até o começo de julho, 174 mil do imunizante, produzido pelo Fundo Soberano Russo. Além do Pará, as doses serão distribuídas para os estados da Paraíba, Goiás, Amapá, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Rondônia.

Veja também: SP tem 19 variantes do coronavírus em circulação, P.1 responde por quase 90% dos casos

Segundo as condições da Anvisa, a vacina não pode ser aplicada em:

Pessoas com HIV, hepatite B ou C;

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Pessoas que apresentam enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia;

Pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula do imunizante;

Mulheres que desejam engravidar nos próximos 12 meses, gestantes, lactantes;

Pessoas que receberam imunoglobulinas ou hemoderivados 3 meses antes;

Pessoas que realizaram tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação nos últimos 36 meses;

Pessoas com menos de 18 anos e mais de 60 anos de idade.

Fonte: O Liberal

Renan deve fazer lista com 10 nomes a serem investigados na CPI, incluindo Queiroga

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O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), deve apresentar nesta sexta-feira (18) uma lista com dez pessoas que vão passar da condição de testemunha para a de investigado pela comissão. As informações são da Folha.

De acordo com a reportagem, Renan tem dito a senadores do grupo majoritário que vai incluir o nome do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na lista.

Quem também deve passar para a condição de investigado são os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o ex-secretário-executivo da Saúde Élcio Franco e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.

Ainda de acordo com a Folha, oficialmente, Renan disse ainda estar analisando os fatos nesta semana e que não há nenhum nome confirmado para se tornar investigado.

A inclusão de Queiroga na lista de investigados pode representar que o senador deve incluí-lo nos pedidos de indiciamento no relatório final da comissão.

A senadores, Renan tem justificado Queiroga deve ser investigado por manter a compra da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, mesmo após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negar a concessão de certificado de boas práticas em março. A autorização do documento aconteceu apenas neste mês.

Ainda segundo a Folha, senadores abriram um novo foco de investigação na comissão, na qual apuram o favorecimento do governo federal para a Precisa Medicamentos, representante da Bharat Biotech no Brasil. Francisco Maximiano, presidente da Precisa, foi convocado a prestar depoimento na comissão, e os senadores também aprovaram a quebra de sigilos do executivo.

Renan também justifica a decisão de investigar Queiroga com base em um documento que mostra que o ministro recentemente defendeu junto à OMS (Organização Mundial da Saúde) o diálogo com médicos que defendem o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Fonte: ISTOÉ

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SP tem 19 variantes do coronavírus em circulação, P.1 responde por quase 90% dos casos

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Existem 19 variantes do coronavírus em circulação em São Paulo e a P.1, originada em Manaus, predomina no Estado, respondendo por 89,9% dos casos, de acordo com a Rede de Alertas de Variantes coordenada pelo Instituto Butantan, informou o instituto paulista nesta quarta-feira.

Segundo o Butantan, as variantes B.1.1.7, originada no Reino Unido, responde por 4,2% dos casos analisados, enquanto a B1.1.28, que deu origem à chamada variante de Manaus, teve incidência de 3,5%.

O Butantan coletou os dado de janeiro até a semana de 29 de maio. Os dados foram obtidos a partir de sequenciamento genômico de uma parcela dos testes diagnósticos positivos realizados no Butantan e nos demais laboratórios que compõem a rede coordenada pelo instituto.

‘De janeiro até o fim de maio, foram sequenciados 4.812 genomas completos de 834.114 casos positivos’, informou o Butantan em nota.

Também nesta quarta, o Butantan lançou o site de pré-cadastro de voluntários interessados em participar dos testes clínicos da Butanvac, vacina contra Covid-19 que será 100% fabricada no Brasil, com tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos, sem necessidade de importação de insumo farmacêutico ativo (IFA) do exterior.

Os estudos clínicos com a potencial vacina foram autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os testes de Fase 1 terão a participação de 418 voluntários com mais de 18 anos de idade e serão realizados inicialmente pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, interior do Estado.

‘Outros centros de pesquisa de excelência já manifestaram interesse e serão anunciados em breve. As Fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários’, afirmou em nota o governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

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Governo promete concurso até final do ano e servidores da Saúde encerram greve no Acre

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Após três dias de paralisação, os servidores da Saúde do Acre chegaram a um acordo com o governo e suspenderam a greve no estado. A categoria se reuniu o secretário de Saúde, Alysson Bestene, nesta quarta-feira (16), e teve algumas das reivindicações atendidas.

De acordo com o documento assinado por ambas as partes, o governo se comprometeu a pagar insalubridade de 20 % de julho a dezembro de 2021 para os servidores que trabalham em ambiente insalubre; a implementação do novo laudo técnico das condições do ambiente de trabalho, publicação de concurso público efetivo até o fim deste ano, abonar falta dos servidores grevistas, entre outras demandas da categoria.

Também nesta quarta, os grevista fizeram um ato em frente ao prédio da Sesacre. O movimento ocorreu também no interior do estado como forma de pressionar uma posição do governo.

Em meio à pandemia, os servidores da saúde estavam em greve desde a segunda-feira (14), quando decidiram para as atividades com cerca de 30% do quadro. Os outros 70% seguiram trabalhando para não prejudicar os atendimentos emergenciais e também os casos de Covid-19.

Ainda na segunda, os representantes sindicais foram recebidos pelo governador Gladson Cameli, mas rejeitaram a proposta do governo e protestaram na terça-feira (15) e chegaram a fechar a Avenida Getúlio Vargas, no centro da capital acreana

Ao G1, o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed), Guilherme Pulici confirmou que os grevistas suspenderam o movimento. Após a conversa, foi emitido um ofício assinado pelos participantes e com a lista dos pedidos atendidos até o momento pelo governo.

“Houve um acordo, foi um meio termo. Os assuntos não esgotaram, mas vamos continuar discutindo mantendo uma comissão permanente de negociação para tratar dos demais assuntos que demandam mais tempo, por exemplo, o PCCR. Não dá para a gente discutir em uma semana, a restruturação de alguns serviços vamos cobrar algo individualmente cada situação que a gente vivencia nos hospitais e unidades para ver o que podem resolver”, destacou.

Pedidos atendidos

No ofício, elaborado após a reunião, o governo se comprometeu:

Fazer um concurso público até o final do ano;

Reposição de perdas inflacionárias do período de 2020 e 2021/22

Pagar insalubridade em grau máximo até a implantação do novo laudo técnico em janeiro de 2022

Abonar as faltas dos servidores que estavam em greve;

Análise da possibilidade da correção inflacionária pelos índices do IPCA de 2019/2020 até 30 de setembro;

Sindicato da Saúde vai participara da elaboração do Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT) para 2022;

Definição da etapa alimentação até 30 de setembro e encaminhada para a Aleac ainda no primeiro trimestre de 2022;

Avaliação do impedimento para a concessão da licença prêmio e 6ª parte aos irregulares se comprometendo a finalizar a reanálise da impossibilidade em 60 dias.

Fazer um concurso público até o final do ano;

Reposição de perdas inflacionárias do período de 2020 e 2021/22

Pagar insalubridade em grau máximo até a implantação do novo laudo técnico em janeiro de 2022

Abonar as faltas dos servidores que estavam em greve;

Análise da possibilidade da correção inflacionária pelos índices do IPCA de 2019/2020 até 30 de setembro;

Sindicato da Saúde vai participara da elaboração do Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT) para 2022;

Definição da etapa alimentação até 30 de setembro e encaminhada para a Aleac ainda no primeiro trimestre de 2022;

Avaliação do impedimento para a concessão da licença prêmio e 6ª parte aos irregulares se comprometendo a finalizar a reanálise da impossibilidade em 60 dias.

“A gente vai participar dessa análises da LTCAT, nosso sindicato vai contratar uma equipe para acompanhar essas visitas para a gente apontar cada detalhe que a gente verifica para contestar esse laudo depois”, acrescentou Pulici.

Greve

A categoria pedia melhorias tanto no quadro de profissionais com novas contratações, como na estrutura dos hospitais. Guilherme Pulici, disse que são várias as reivindicações da categoria, entre as principais, está a falta de médicos.

“São tantas reivindicações que é difícil falar qual é a principal. Uma categoria que tralha sob condições adversas, num ambulatório, por exemplo, que não tem uma iluminação adequada, onde o teto está desabando, onde tem fio exposto, onde o ar-condicionado está quebrado, onde tem buracos no teto. São tantas condições adversas que gente conta com a sensibilidade do judiciário, do Ministério Público para que compreendam que esse é um movimento responsável’, disse.

Ainda na segunda, representantes dos sindicatos da saúde foram recebidos pelo governador Gladson Cameli no Palácio do governo. À Rede Amazônica, o governador disse que tenta achar uma saída jurídica para atender a categoria.

Sem aceitar o que foi proposto pelo governo, a categoria voltou a protestar em frente ao Pronto Socorro e logo depois fechou a avenida para pressionar o governo.

Reivindicações

Com problema nas escalas e falta de médicos em hospitais do Acre, o Estado virou alvo de uma ação movida pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-AC) ajuizada ainda em 2019, que pede a regularização das escalas no Pronto-Socorro e recebeu um parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), na última semana. E o Sindmed-AC anunciou que vai entrar na justiça para obrigar o estado a fazer concurso público.

‘A gente se propôs a paralisar sem comprometer o atendimento à Covid e os atendimentos de urgência e emergência, mas que se a gente não tomar uma atitude enérgica, enfrentadora, a nossa saúde vai por água abaixo. A gente sabe que a maior parte da nossa população depende do SUS e se a gente não lutar pelo SUS quem vai lutar?’, questionou Pulici.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/mpf-pede-suspensao-da-vacinacao-contra-covid-para-servidores-da-saude-fora-da-linha-de-frente/

Betim não aprovou vacinação contra a Covid de adolescentes em conselho, diz governo

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A Prefeitura de Betim, na Grande BH, não só contrariou recomendação do Ministério da Saúde, ao decidir vacinar adolescentes de 12 a 14 anos contra a Covid-19, como também tomou esta decisão sem que ela fosse antes aprovada pelo Conselho Intergestores Bipartite.

Esse conselho é composto pelo representante de Saúde do estado e do município e qualquer decisão fora das normas do Plano Nacional de Imunização deve passar por ele, segundo o Ministério da Saúde.

Contra orientação do Ministério da Saúde, Betim começa a vacinar adolescentes antes de terminar adultos

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O G1 perguntou à Prefeitura de Betim e à Secretaria de Estado de Saúde (SES) se essa decisão foi aprovada pelo conselho. Até a última atualização desta reportagem, a prefeitura ainda não havia respondido. Já a SES disse que “a decisão da prefeitura de Betim em vacinar adolescentes não foi apresentada em reunião do Conselho Intergestores Bipartite (CIB) para aprovação”.

Nesta terça-feira (15), o secretário municipal de Saúde de Betim, Augusto Viana, disse à TV Globo que a decisão foi tomada após uma “discussão interna” na prefeitura (leia mais ao final da reportagem).

A prioridade em todo o país, neste momento, é terminar de vacinar todos os grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) — ou seja, idosos, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidade, professores, dentre outros. A lista completa dos grupos prioritários está no site do Ministério da Saúde e na tabela abaixo.

Em seguida, a recomendação da pasta é imunizar toda a população acima de 18 anos.

Mas a Prefeitura de Betim ainda não vacinou toda a população adulta: atualmente, está imunizando pessoas com 59 anos, pessoas com deficiência permanente e pessoas de 40 a 49 anos com comorbidade — além dos adolescentes de 12 a 14 anos, que começaram a receber a primeira dose da Pfizer nesta quarta-feira (15).

Segundo o Ministério da Saúde, embora os gestores locais do SUS tenham “autonomia para seguir com a própria estratégia de vacinação”, a orientação é que estados e municípios sigam o recomendado pela pasta e, caso não o façam, tenham suas medidas aprovadas pelo conselho:

“O ministério ressalta que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é o responsável por direcionar as normas básicas da vacinação da população brasileira. Cabe aos gestores municipais a decisão de seguir essas orientações. Porém, qualquer decisão fora das normas deve ser aprovada pelo Conselho Intergestores Bipartite — composto pelo representante de saúde do estado e do município.”

“O ministério ressalta que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é o responsável por direcionar as normas básicas da vacinação da população brasileira. Cabe aos gestores municipais a decisão de seguir essas orientações. Porém, qualquer decisão fora das normas deve ser aprovada pelo Conselho Intergestores Bipartite — composto pelo representante de saúde do estado e do município.”

“Vale esclarecer que cabe ao gestor municipal a responsabilidade por qualquer efeito adverso na população que vier a ser vacinada fora da orientação”, disse ainda.

Segundo o Ministério da Saúde, “nenhum município ou estado informou sobre o início da vacinação em adolescentes de 12 a 14 anos”. A Secretaria de Estado de Saúde também disse, nesta quarta-feira, que “não há registro de outro município que esteja vacinando adolescentes”, além de Betim.

Governo de Minas divulga calendário de vacinação contra Covid por idade; veja datas

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Até o momento, apenas a Pfizer tem aprovação da Anvisa para ser aplicada em adolescentes a partir de 12 anos. Segundo o Ministério da Saúde, o tema vai ser discutido na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis na próxima sexta-feira (18).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualmente é contra a vacinação de crianças no atual momento e diz que os países ricos deveriam adiar seus planos de imunizar crianças e doar as vacinas para o resto do mundo.

Vacinação começou nesta quarta

A Prefeitura de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começou a vacinar estudantes de 12 a 14 anos contra a Covid-19 a partir desta quarta-feira (16).

A medida foi anunciada em Betim após a chegada de 6.047 doses de vacinas da Pfizer, que recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada em pessoas a partir de 12 anos.

Na primeira etapa, segundo a prefeitura de Betim, serão vacinados alunos dos 7°, 8° e 9° ano do ensino fundamental. A expectativa é vacinar 19 mil estudantes, sendo 13.519 da rede municipal. Um cadastro será aberto ao longo da semana para que escolas estaduais e privadas façam adesão dos alunos.

Nesta primeira semana, receberão o imunizante apenas alunos de escolas da rede municipal, seguindo o cronograma abaixo:

Quarta-feira (16): bairros Icaivera, Citrolândia, Vianópolis e Petrovale

Quinta-feira (17): regiões PTB e Teresópolis

Sexta-feira (18): região Norte de Betim

Quarta-feira (16): bairros Icaivera, Citrolândia, Vianópolis e Petrovale

Quinta-feira (17): regiões PTB e Teresópolis

Sexta-feira (18): região Norte de Betim

A vacinação é realizada a partir das 8h nas próprias escolas municipais de cada localidade.

Secretário municipal defende medida e critica PNI

O secretário municipal de Saúde de Betim, Augusto Viana, disse à TV Globo nesta terça-feira (15) que, após a Anvisa autorizar a vacinação de adolescentes com doses da Pfizer, a prefeitura realizou uma “discussão interna” e optou por imunizar os estudantes de 12 a 14 anos.

“Existem já algumas orientações de que este público é o que mais está sofrendo do ponto de vista de não ter acesso ao ensino de forma presencial. O município já vem avançando para termos o retorno às atividades escolares de forma gradual e, no nosso entendimento, este público, nós temos condições de levar para a sala de aula com segurança e planejamento”, afirmou.

“Existem já algumas orientações de que este público é o que mais está sofrendo do ponto de vista de não ter acesso ao ensino de forma presencial. O município já vem avançando para termos o retorno às atividades escolares de forma gradual e, no nosso entendimento, este público, nós temos condições de levar para a sala de aula com segurança e planejamento”, afirmou.

Segundo ele, nesta segunda-feira (14), a cidade concluiu a vacinação de todos os trabalhadores da educação. A expectativa é de que os estudantes vacinados, do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, retornem às salas de aula das escolas municipais de forma integral a partir de julho. Os demais devem voltar, de maneira semipresencial, a partir de agosto.

As escolas privadas que já se adequaram aos protocolos municipais já podem retomar as atividades presenciais. Até o momento, duas voltaram. Os pedidos de outras 11 instituições de ensino estão em análise na prefeitura.

Questionado sobre por que a prefeitura optou por vacinar adolescentes, em vez de priorizar os adultos por ordem decrescente de idade, o secretário disse que o grupo com idade a partir de 12 anos é um dos principais vetores do vírus.

“Nós estamos procurando cumprir esse protocolo do mais velho para o mais novo, mas, ao mesmo tempo, vários estudos apontam cientificamente que este é o grupo de maiores vetores, os adolescentes são os grandes vetores. Estamos dando um passo no sentido de procurar imunizar os principais vetores do vírus”, pontuou Viana.

“Nós estamos procurando cumprir esse protocolo do mais velho para o mais novo, mas, ao mesmo tempo, vários estudos apontam cientificamente que este é o grupo de maiores vetores, os adolescentes são os grandes vetores. Estamos dando um passo no sentido de procurar imunizar os principais vetores do vírus”, pontuou Viana.

Covid e crianças: saiba o que os estudos mais recentes dizem sobre volta às aulas, transmissão e gravidade da doença

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Ele ainda criticou o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 e destacou que a cidade tem as próprias “percepções” do que está “sofrendo no dia a dia”.

“O que temos de novidade que a ciência já nos apresentou é a possibilidade de imunizar adolescentes a partir de 12 anos, que são um dos principais vetores. No nosso entendimento, tem que ter vacina para todo mundo e, dentro desta escassez de vacinas, devemos ter capacidade de manuseá-las”, concluiu.

“O que temos de novidade que a ciência já nos apresentou é a possibilidade de imunizar adolescentes a partir de 12 anos, que são um dos principais vetores. No nosso entendimento, tem que ter vacina para todo mundo e, dentro desta escassez de vacinas, devemos ter capacidade de manuseá-las”, concluiu.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/guarapuava-abre-cadastro-online-para-vacinacao-contra-a-covid-19-de-profissionais-da-saude/

Queiroga não dá previsão para chegada de doses da Janssen ao Brasil: ‘Só quando embarcarem dos EUA’

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As 3 milhões de vacinas da Janssen contra a Covid-19, adquiridas pelo governo federal, estão sem data prevista para chegar ao Brasil. Ao ser questionado sobre o recebimento dos lotes, que deveriam aterrissar nesta quarta-feira (16) no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não confirmou uma nova data.

“A confirmação eu só darei a vocês quando as doses embarcarem dos Estados Unidos”, afirmou.

“A confirmação eu só darei a vocês quando as doses embarcarem dos Estados Unidos”, afirmou.

Johnson publica dados de vacina em revista científica; eficácia contra casos graves de Covid é de 85%

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O ministro falou sobre o tema no início desta tarde, no Hospital Regional do Guará, no Distrito Federal, onde aplicou doses contra o coronavírus no ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes; e no presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Expectativa de chegada

A declaração ocorre após expectativas frustradas da chegada do imunizante da Janssen nesta semana. Inicialmente, o governo federal informou que os lotes chegariam entre domingo (13) e terça-feira (15), o que não ocorreu.

Ainda na terça, Queiroga também foi questionado sobre o recebimento dos lotes. “Ainda não sei detalhes. Mas quarta deve chegar”, disse, na ocasião.

No mesmo dia, o Ministério da Saúde divulgou uma nota afirmando que “aguarda confirmação da data por parte do laboratório, mas a expectativa é de que as doses cheguem ainda esta semana ao país em três remessas”.

No início da tarde desta quarta, o ministro também não confirmou se o recebimento ocorrerá até o fim de semana.

Prazo curto

A chegada das doses da Janssen impactam nas estratégias de vacinação de todo o país. Isto porque os lotes terão prazo de validade até agosto.

A validade inicialmente analisada pelo governo federal era de até 27 de junho. No entanto, uma avaliação técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou que os imunizantes podem ser utilizados até 8 de agosto, desde que armazenados em temperatura de 2° a 8°C.

Como o imunizante é aplicado em dose única, uma aplicação da vacina da Janssen equivale a duas doses das demais vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca).

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/vacina-da-janssen-nao-tem-data-para-chegar/

Brasil precisa confiar nas vacinas para superar a pandemia da Covid, dizem especialistas no Painel RBS Notícias

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A chegada das primeiras vacinas contra a Covid e as primeiras aplicações no RS completam cinco meses no próximo dia 18. A vacinação como estratégia para superar a doença e retomar à normalidade pré-pandemia foi o tema da quarta edição virtual do Painel RBS Notícias, realizada nesta quarta-feira (16). O evento foi transmitido ao vivo pelo G1 RS e mediado pelo jornalista Elói Zorzetto.

Enquanto a campanha de vacinação avança nos estados brasileiros, especialistas se debruçam sobre estudos a respeito de novos imunizantes, estratégias de aplicação, tempo de imunização e desigualdade vacinal. Todos concordam, no entanto, que é preciso lembrar que a vacinação é um esforço coletivo.

“As pessoas têm que confiar nas vacinas”, afirmou a diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS), entidade que lidera os esforços no combate à pandemia em todo o mundo, Mariângela Simão.

“As vacinas que estão autorizadas pela Anvisa passaram por todas as etapas. O que se fez foi acelerar. Elas são seguras, são eficazes e têm qualidade na produção. É importante, não tenha medo da vacina. A melhor vacina é aquela que está disponibilizada para você”, completou a diretora da OMS.

“As vacinas que estão autorizadas pela Anvisa passaram por todas as etapas. O que se fez foi acelerar. Elas são seguras, são eficazes e têm qualidade na produção. É importante, não tenha medo da vacina. A melhor vacina é aquela que está disponibilizada para você”, completou a diretora da OMS.

Também participaram do encontro o chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e coordenador da pesquisa de Oxford, Pfizer e da Clover no RS, Eduardo Sprinz, o presidente da Sociedade Riograndense de Infectologia, Alexandre Vargas Schwarzbold, e diretor do Centro de Farmacovigilância, Segurança Clínica e Gestão de Risco do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso.

A vacinação, lembram os especialistas, deve ser acompanhada de cuidados com a higiene, o distanciamento e a ventilação para evitar o vírus respiratório.

“Qualquer epidemia viral, em geral, a gente precisa de uma produção de imunidade de rebanho. Um dos aprendizados é que essa imunidade não viria de forma natural, uma vez que a reinfecção é muito grande. A gente só vai reduzir [os números da pandemia] com vacinação em massa, 70% da população com as duas doses”, apontou Schwarzbold.

“Qualquer epidemia viral, em geral, a gente precisa de uma produção de imunidade de rebanho. Um dos aprendizados é que essa imunidade não viria de forma natural, uma vez que a reinfecção é muito grande. A gente só vai reduzir [os números da pandemia] com vacinação em massa, 70% da população com as duas doses”, apontou Schwarzbold.

Eduardo Sprinz lembrou que, um ano e três meses desde que a pandemia foi decretada pela OMS, os especialistas e a sociedade ainda lidam com uma nova doença.

“As previsões são difíceis de serem acertadas. A gente está aprendendo dia a dia sobre isso”, disse.

O desafio das variantes

A mutação é um processo que faz parte do desenvolvimento natural dos vírus, e a propagação de novas variantes do Sars-Cov-2 deixa o mundo em alerta.

Mariângela Simão lembrou que a OMS adota dois conceitos: o da variante de preocupação, que são transmitidas com mais facilidade, e as de interesse, que têm um potencial a ser observado. Independentemente do tipo de variante, é preciso monitorar a presença delas entre os infectados.

“É extremamente importante que os países reforcem estruturas para sequenciamento genético do vírus. O Brasil tem capacidade enorme de especialistas para fazer um monitoramento muito bom das variações que estão circulando no país. Essa é uma questão que está no centro das atenções globais e a OMS está dirigindo enorme esforço”, lembrou a diretora-geral da OMS.

Um repositório de variantes foi criado pela organização na Suíça, para ajudar a concentrar as informações que vão auxiliar nas pesquisas. O acompanhamento constante sobre novas variantes, inclusive, é fundamental para detectar modificações que possam colaborar com desenvolvimento das vacinas.

Eduardo Sprinz coordena um estudo sobre o imunizante desenvolvido pela empresa chinesa Sichuan Clover Biopharmaceuticals no RS, juntamente com Schwarzbold, e que pode representar um passo adiante no desenvolvimento de imunizantes.

“É uma vacina que teoricamente funciona contra as variantes. As vacinas que a gente têm hoje possuem o vírus inativado ou RNA mensageiro, que instruem o nosso organismo a fabricar defesa de um ponto específico da proteína do vírus”, afirmou Sprinz.

A vacina da Sichuan é diferente porque consegue combater toda a estrutura que se anexa à célula para contaminar o organismo.

“O vírus tem que ser muito mutante para essa vacina deixar de funcionar. A gente pode misturar ou associar àqueles imunizantes que vão conseguir fazer com que nosso organismo fabrique diferentes defesas para mutações”, afirma.

“O vírus tem que ser muito mutante para essa vacina deixar de funcionar. A gente pode misturar ou associar àqueles imunizantes que vão conseguir fazer com que nosso organismo fabrique diferentes defesas para mutações”, afirma.

Terceira dose?

A maioria das vacinas em uso no mundo necessita da aplicação de duas doses para garantir a imunidade completa. No entanto, à medida em que as campanhas de imunização avançam, começam a surgir as discussões sobre por quanto tempo a população se manterá protegida após a vacinação.

Schwarzbold afirmou que, antes de tudo, é necessário garantir a vacinação em massa. “Quando determinado número [da população] estiver vacinado e, passado determinado tempo para avaliar a cobertura e o tempo de imunização, aí sim teremos dados para aprofundar questões se precisará de reforço ou de mudar o esquema de vacinação”, assinala.

Mariângela ressaltou que as desigualdades na vacinação que já podem ser observadas entre os países são um ponto sensível no controle da pandemia e na definição dos próximos passos.

“Países ricos estão com 60%, 70% de cobertura vacinal, enquanto [países] pobres estão com 9%”, estimou.

“Países ricos estão com 60%, 70% de cobertura vacinal, enquanto [países] pobres estão com 9%”, estimou.

Segundo ela, o Brasil está em uma situação relativamente boa devido à produção do Instituto Butantan. Nações que já tenham avançado na imunização se articulam para enviar doses aos que necessitam, e o consórcio Covax Facility deve ajudar no acesso de países empobrecidos à vacina, lembrou Mariângela.

Como atingir a imunidade de rebanho

A chegada à imunidade de rebanho, ou seja, quando a maior parte de população está com os anticorpos e o vírus passa a circular com menos intensidade, é discutida entre as autoridades de saúde de todo mundo. Mariângela lembrou, durante o Painel RBS Notícias, que o índice estimado gira em torno de 70% da população.

“Comprovar isso só vamos saber com o tempo. Eu diria que, apesar de a ciência ter tido avanços fenomenais nesse um ano e meio, há tem muitas perguntas que a gente sabe e que não sabe”, ressalta.

“Sempre depende do organismo, porque eles vão ter comportamentos diferentes, e também da saúde pública porque depende da taxa de transmissão”, recordou Schwarzbold.

“Sempre depende do organismo, porque eles vão ter comportamentos diferentes, e também da saúde pública porque depende da taxa de transmissão”, recordou Schwarzbold.

Alexandre também lembrou que há estudos que demonstram que o marco para a imunidade de rebanho pode ser maior do que o esperado, em torno de 80%, resultado da desobediência aos protocolos sanitários.

“Não estamos praticando o que devemos praticar, evitar aglomeração, fazer distanciamento. Cada vez que a gente não cumpre essa etapa, parece que essa cobertura tem que ser maior”, salientou.

Eduardo Sprinz citou que já se sabe, no entanto, que a vacina produz mais imunização do que a própria infecção. “Essas vacinas foram feitas pra durar mais do que a vacina da gripe. E a gente sabe que em ao menos um ano, as vacinas [da gripe] protegem”, aponta.

Resistência da população

Os participantes do Painel RBS Notícias concordaram que há resistência contra a aplicação de vacinas da Covid, seja por um movimento organizado que cresce em todo o mundo, seja por convicção particular. Porém, reforçam que somente com a imunização coletiva será possível garantir a redução na circulação do vírus.

“Se você tiver oportunidade de ser vacinado, vai ajudar a si e as outras pessoas”, aponta Mariângela.

“Se você tiver oportunidade de ser vacinado, vai ajudar a si e as outras pessoas”, aponta Mariângela.

O Brasil possui tradição e experiência em vacinações coletivas, e Eduardo Sprinz acredita que a vacinação contra a Covid é uma “uma oportunidade única de estimular mais ainda” a confiança da população em buscar os postos de vacinação.

“A gente sempre diz que medicamento salva vidas, mas a vacina salva populações”, disse.

“A gente sempre diz que medicamento salva vidas, mas a vacina salva populações”, disse.

Alexandre lembrou que manifestações contrárias à vacinação por lideranças nacionais têm causado impacto negativo na cobertura vacinal. “É muito triste o que estamos vendo. Embora essa hesitação e movimentos contra a vacina não seja tão estruturado e forte no Brasil, infelizmente a gente tá observando um crescimento”, lamenta.

A vacina, reforça o especialista do Butantan, é um direito de toda a população. “Não é só uma responsabilidade individual. O local é global. O que nós deixamos de fazer tem repercussão no mundo inteiro”, concluiu.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/vacinas-brasileiras-contra-a-covid-patinam-por-falta-de-dinheiro-e-interesse-do-governo/

Vacina contra Covid: como serão feitos os estudos da ButanVac

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Anunciada no final de março como mais uma candidata a vacina contra a Covid-19, a ButanVac deve começar a ser testada em seres humanos nas próximas semanas.

Os estudos clínicos com o imunizante receberam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 11 de junho.

Os detalhes de como isso será realizado na prática foram divulgados na quarta-feira (16/6) em uma coletiva de imprensa do Butantan e do governo de São Paulo, ao qual o instituto é ligado.

“Lançamos o programa com orientações e pré-cadastro para voluntários com mais de 18 anos que desejam participar dos testes”, informou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

A estimativa inicial era que a ButanVac já estivesse testada e aprovada pelas agências regulatórias em julho de 2021, mas o prazo era realmente apertado e foi impactado por uma série de entraves burocráticos.

Agora, a expectativa é concluir as três etapas de pesquisa necessárias em cerca de 17 semanas, pouco mais de quatro meses.

“É preciso destacar que as fases de estudo são progressivas e, portanto, o avanço depende dos resultados que tivermos em cada uma delas”, destacou Dimas Covas, diretor do Butantan, que ficou responsável por parte do desenvolvimento da vacina e de sua fabricação no Brasil.

Embora o anúncio não tenha apresentado todas as minúcias de como vão ocorrer os testes, já é possível ter uma boa ideia de como eles se desenvolverão a partir das próximas semanas.

Primeiros passos

Com o sinal verde da Anvisa, o Butantan e os centros de pesquisa parceiros estão quase liberados para iniciar as fases 1 e 2 da pesquisa com a ButanVac.

Há ainda um último entrave para que tudo comece para valer: o estudo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A expectativa o Butantan é que isso aconteça nos próximos dias.

Nesse estágio inicial, a meta definir se a vacina é segura e não provoca efeitos colaterais preocupantes.

Outro objetivo aqui é determinar a dosagem ideal. Será que precisa de uma ou duas doses? Quantos mililitros do produto devem ser aplicados nas pessoas? Se for necessário fazer duas aplicações, qual o intervalo mínimo entre elas?

De acordo com as informações divulgadas hoje, a fase 1 da ButanVac envolverá um total de 418 voluntários.

O trabalho do Butantan neste momento é fornecer as doses para os estudos. O instituto não é responsável pela pesquisa em si: quem faz todo o processo são os centros parceiros.

“Esse ensaio clínico será realizado pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto”, detalhou Doria.

Quem pode participar?

Nesse primeiro momento, a ButanVac será testada em voluntários com mais de 18 anos.

Diferentemente do que ocorreu com a CoronaVac, outra vacina contra covid-19 estudada no país com apoio do Butantan, os candidatos não precisarão ser profissionais de saúde para participarem.

O governo de São Paulo lançou hoje um site em que as pessoas interessadas em se voluntariar podem realizar um pré-cadastro.

Esses dados serão direcionados para os responsáveis diretos pela pesquisa para que eles façam o recrutamento posteriormente.

Sem entrar em detalhes, Covas adiantou que a fase 3 do estudo deve incluir grupos com perfis específicos.

A taxa de eficácia do imunizante só será determinada justamente nessa etapa, que costuma envolver milhares de indivíduos.

“A progressão do estudo prevê a inclusão não apenas de pessoas que ainda não foram vacinadas, mas também de indivíduos já imunizados e aqueles que tiveram covid-19 anteriormente”, detalhou.

“O objetivo é comparar a resposta imune em diferentes perfis e situações.”

Prazos, resultados e perspectivas

Ainda segundo Covas, a tendência é que o estudo inteiro, que engloba as fases 1, 2 e 3, demore ao redor de 17 semanas.

Na prática, isso significa que, se tudo correr conforme o planejado, os resultados de eficácia estarão disponíveis a partir do final de novembro.

“Quando tivermos essas informações, poderemos submeter o pedido de aprovação para uso da ButanVac na Anvisa“, explicou o diretor do Butantan.

Essa futura aprovação regulatória depende, claro, do desempenho do imunizante na pesquisa: para ser aceito, o produto deverá apresentar uma eficácia mínima de 50%, como preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Até o momento, essa taxa foi superada por todas as vacinas disponíveis hoje no país.

O cronograma estipulado hoje na coletiva de imprensa parece ser um pouco mais realista do que os prazos anteriores, quando a ButanVac foi anunciada.

No dia 26 de março, Doria assegurou que seria possível entregar ao Programa Nacional de Imunizações um total de “40 milhões de doses, se possível, em julho”.

À época, especialistas em imunização ouvidos pela BBC News Brasil destacaram que a estimativa era irreal.

O imunologista Gustavo Cabral, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), calculou que era possível terminar as fases 1 e 2 até julho, mas o estudo completo demoraria um pouco mais para ficar pronto.

O que a ButanVac traz de novo?

Um dos principais pontos fortes dessa vacina é o fato de ela não depender da importação de insumos para ficar pronta.

O Butantan possui toda a tecnologia e o equipamento necessários para produzi-la 100% em território nacional.

O aparato é o mesmo utilizado pelo instituto na fabricação das 80 milhões de doses do imunizante contra a gripe, que são entregues todos os anos ao Ministério da Saúde.

Tanto a vacina contra o vírus influenza como essa nova, que promete barrar o coronavírus, são fabricadas a partir de ovos de galinha embrionados.

A técnica é bastante conhecida e garante uma produção rápida e barata – Doria estimou que cada dose da Butanvac sairá por R$ 10, um valor de cinco a sete vezes mais baixo que os imunizantes importados.

A candidata a vacina se baseia na tecnologia do vetor viral: os cientistas pegam o vírus da doença de Newcastle (que não provoca nenhum problema em seres humanos) e usam a engenharia genética para colocar dentro dele a proteína S.

O “S” vem de spike, ou espícula em português: essa é a parte do coronavírus responsável por se conectar aos receptores na superfície de nossas células para dar início à infecção.

A ideia é que, após a vacinação, nosso sistema imune reconheça a proteína S e passe a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19. Esse mecanismo será testado e validado nos estudos clínicos.

Um novo nível de exigências

Há ainda um detalhe interessante em relação à fase 3 do estudo da Butanvac: ao contrário das outras vacinas testadas até agora, ela não será comparada com placebo.

Como não existiam opções de imunizantes contra o coronavírus, a primeira geração de imunizantes foi confrontada com essas substâncias inertes, sem nenhum efeito no nosso organismo.

Nesses estudos, metade dos voluntários recebia a vacina de verdade, enquanto a outra parcela tomava o placebo. Depois de algum tempo, os cientistas avaliaram quantos participantes de cada grupo tinham covid-19. A partir daí, era possível definir a taxa de eficácia de cada produto.

Só que a barra de exigências subiu um pouquinho: não é considerado justo (e nem ético) dar placebo a uma parte dos voluntários quando se sabe que há imunizantes testados e aprovados no mercado.

A ButanVac, portanto, será avaliada diante das melhores alternativas que temos até o momento.

“Nós faremos agora um estudo de comparação da resposta imune. Vamos avaliar a ação desta vacina em relação às outras já disponíveis”, assegurou Covas.

Outro desafio que os testes clínicos terão que responder é o poderio desta candidata a vacina contra as variantes do coronavírus.

Por ser um produto novo, é importante que ela seja capaz de conter as linhagens mais preocupantes, que mostram uma maior taxa de transmissibilidade ou a capacidade de “driblar” uma resposta imune prévia.

A vacina é brasileira?

Outro detalhe bastante evidente na coletiva de quarta-feira foi a origem da Butanvac: nos anúncios de março, o governo paulista e o Butantan reforçaram a ideia de que ela seria uma vacina 100% brasileira.

Mas reportagens publicadas naquele mesmo dia apontaram que o desenvolvimento da fórmula aconteceu no exterior, mais especificamente na Icahn School of Medicine de Mount Sinai e na Universidade do Texas em Austin, ambas nos Estados Unidos.

Após a criação “molecular” da vacina, ela foi oferecida pelo Centro Path de Inovação e Acesso à Vacina a potenciais parceiros internacionais.

Foi aí que o Butantan entrou na história e se tornou um dos responsáveis por realizar os estudos clínicos e, caso dê tudo certo, pela futura fabricação e distribuição em larga escala.

Além do centro brasileiro, o imunizante também será testado e desenvolvido pelo Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e pela Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia.

“A ButanVac é produto do desenvolvimento de um consórcio internacional, que pode fornecer um grande quantitativo de vacinas 2.0 contra a covid-19”, esclareceu Covas.

Por que testar mais candidatas?

Outro ponto reforçado durante a coletiva foi a necessidade de criar novos imunizantes contra o coronavírus, mesmo que o Brasil já tenha uma gama deles à disposição.

Se os testes apresentarem bons resultados e a Anvisa aprovar, a ButanVac será mais uma opção para o Programa Nacional de Imunizações, que hoje depende das remessas ou insumos que vêm do exterior.

Com um produto fabricado inteiramente em território nacional, essa dependência é bem menor e fica mais fácil planejar e dar previsibilidade aos esforços brasileiros contra o coronavírus.

Covas ainda antecipa um possível problema a ser enfrentado a partir de 2022: a necessidade de aplicar doses de reforço nas pessoas que já foram imunizadas nesses últimos meses.

“Tudo indica que precisaremos fazer campanhas de vacinação contra a covid-19 de tempos em tempos, então vamos necessitar de mais doses no futuro”, adianta.

De acordo com Doria, o Butantan já terá fabricado 40 milhões de doses da Butanvac até outubro deste ano.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/butanvac-vai-ser-testada-com-tres-doses-diz-diretor-do-instituto-butantan/

Vacinação contra a gripe não deslancha em BH: cerca de 35% do público-alvo foi vacinado

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Pouco mais de dois meses após início da Campanha de Vacinação Contra a Gripe, Belo Horizonte vacinou apenas 35% do público-alvo, que totaliza 1,1 milhão de pessoas. A cobertura indicada para garantir a proteção da população é de 90%.

Na última semana, houve ampliação dos grupos que podem receber o imunizante. Agora, fazem parte do público-alvo:

Pessoas com comorbidades – incluindo os hipertensos leves;

Pessoas com deficiência permanente;

Forças de segurança, de salvamento e armadas;

Caminhoneiro;

Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros;

Trabalhadores portuários;

Funcionários de prisões e unidades de internação;

Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação;

População privada de liberdade.

Pessoas com comorbidades – incluindo os hipertensos leves;

Pessoas com deficiência permanente;

Forças de segurança, de salvamento e armadas;

Caminhoneiro;

Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros;

Trabalhadores portuários;

Funcionários de prisões e unidades de internação;

Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação;

População privada de liberdade.

Idosos e pessoas com comorbidades acima de 12 anos- que comprovem a condição com laudo ou exames – podem receber a dose em unidades da Droga Clara e Araújo, além dos centros de saúde. A medida é para evitar aglomerações.

Nas drogarias são distribuídas senhas, sendo uma por usuário. O horário é das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados o horário será das 8h às 12h. Os endereços estão disponíveis no portal da Prefeitura.

As crianças a partir de 6 meses com comorbidades podem se vacinar nos centros de saúde.

Quem tem direito a receber a vacina e foi vacinado contra a Covid-19, deve respeitar um intervalo de 14 dias para tomar a dose contra a gripe.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/grupo-dpsp-tera-vacinacao-contra-a-gripe-para-empresas-e-condominios/