Em pronunciamento, Bolsonaro mente sobre ações do governo e diz que 2021 será o ano da vacinação

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Bolsonaro – Pressionado pelo recorde de mortes e pela escassez de leitos de UTI, de medicamentos para intubação e de vacinas contra Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite desta terça-feira (23) que 2021 será “o ano da vacinação dos brasileiros”.

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“Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus”, afirmou Bolsonaro, que distorceu ações do governo durante o combate da pandemia e mentiu sobre a sua atuação.

O pronunciamento foi veiculado no dia em que, em apenas 24 horas, 3.158 mortes por Covid-19 foram registradas no país.

Apesar o lento ritmo de vacinação, o presidente prometeu ainda imunizar toda a população até o final de 2021.

“Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal”, afirmou.

Bolsonaro repetiu o discurso de que, desde o começo da pandemia, há um ano, tem dito que os desafios são dois, o vírus e o desemprego.

Ele afirmou que “em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome”.

O governo lançou uma série de medidas econômicas, mas Bolsonaro, durante os últimos 12 meses, minimizou a pandemia, provocou aglomerações, falou contra o uso de máscaras, brecou negociações de imunizantes e, por diversas vezes, manifestou-se contra as vacinas.

No pronunciamento, o presidente afirmou ainda que o Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo e que mais de 32 milhões de doses foram distribuídas a todos os estados “graças às ações que tomamos logo no início da pandemia”.

Bolsonaro, porém, ignorou ter acelerado as negociações para compra de imunizantes depois que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), começou a articular a compra da chinesa Coronavac.

“Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito”, afirmou Bolsonaro, omitindo que até mesmo sua principal aposta, a vacina Oxford/AstraZeneca, foi contratada antes da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O presidente disse no pronunciamento que “em julho de 2020, assinamos um acordo com a Universidade de Oxford para a produção, na Fiocruz, de 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca e liberamos, em agosto, R$ 1,9 bilhão”.

A autorização para o uso emergencial só foi concedida pela Anvisa em 17 de janeiro, junto com a da Coronavac.

No pronunciamento, Bolsonaro também cita a adesão ao consórcio Covax Facility, mas não menciona que, por opção do governo, adquiriu-se doses para apenas 10% da população por meio da iniciativa.

Documentos mostram que cada país poderia optar por doses para 20% da população ou mais.

O presidente também afirma que intercedeu pessoalmente junto a Pfizer para antecipar o calendário de entrega de 100 milhões de doses.

Ele, porém, não menciona que, como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, o governo brasileiro rejeitou no ano passado proposta da farmacêutica que previa 70 milhões de doses de vacinas até dezembro deste ano. Do total, 3 milhões estavam previstos até fevereiro, o equivalente a cerca de 20% das doses distribuídas no país até o início de março.

O pronunciamento foi gravado na tarde desta terça. É o primeiro sob a orientação do almirante Flávio Rocha como titular da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

Apenas em março, Bolsonaro cancelou três pronunciamentos que faria na cadeia de rádio e televisão. Nesses episódios, ele foi convencido a recuar diante da intenção de usar a cadeia nacional para criticar medidas de restrição de deslocamento adotadas por governadores e prefeitos.

Desde o início do ano passado, quando o coronavírus começava a se espalhar pelo mundo, o presidente Bolsonaro tem dado declarações nas quais busca minimizar os impactos da pandemia da Covid-19, que já deixou 298.843 mortos no Brasil.

Ele já usou as palavras histeria e fantasia para classificar a reação da população e da imprensa à pandemia. Tem criticado as medidas de isolamento social no país e disse que os problemas precisam ser enfrentados pela população.

“Nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades, mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, questionou no começo de março.

No início deste ano, quando os números apontavam para novo avanço da Covid-19 no país, Bolsonaro afirmou que o Brasil estava vivendo “um finalzinho de pandemia”.

Bolsonaro também distribuiu remédios ineficazes contra a doença, incentivou aglomerações, atuou contra a compra de vacinas, espalhou informações falsas sobre a Covid-19 e fez campanhas de desobediência a medidas de proteção, como o uso de máscaras.

No início do mês, o governo lançou o que ficou informalmente conhecido como “Plano Vacina”, uma tentativa de guinada no discurso contrário à vacinação que Bolsonaro, filhos e ministros vinham sustentando.

A iniciativa inclui uma campanha nacional de vacinação, que deve ser veiculada ainda neste mês, com intuito de estimular a população a se informar sobre a imunização de sua faixa etária. O material deve explorar a imagem do Zé Gotinha.

Aos 66 anos, Bolsonaro também decidiu se vacinar quando chegar o momento de imunização de sua faixa etária. Ele deve ser vacinado pelo recém-empossado ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com uma dose da Oxford/AstraZeneca, que, além de produzida no Brasil pela Fiocruz, foi a principal aposta do governo no ano passado.

O presidente entendeu que era preciso flexibilizar seu discurso radical diante da queda de popularidade e da fuga de apoio nas redes sociais, sua principal bússola.

Soma-se a isso a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à arena política. Em seu primeiro discurso, o petista atacou a condução de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia.

Pesquisa Datafolha apontou que 54% dos brasileiros veem a atuação de Jair Bolsonaro como ruim ou péssima, um recorde de rejeição.

Além de adotar uma retórica pró-vacina, Bolsonaro cedeu à pressão para sacar o general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde para dar o cargo a um médico, o cardiologista Marcelo Queiroga, empossado nesta terça.

O Palácio do Planalto espera que a mudança de ministro marque uma nova fase da gestão, embora o próprio Bolsonaro lance uma dose de ceticismo sobre qualquer mudança mais profunda já que mantém as críticas a medidas de distanciamento social e a promoção de um ineficaz tratamento precoce.

Bolsonaro também foi surpreendido com uma fissura no apoio que ainda tem no empresariado. No domingo (21), mais de 500 economistas, banqueiros e empresários do país assinaram e divulgaram uma carta aberta em que pedem medidas mais eficazes para o combate à pandemia do novo coronavírus.

A tudo isso soma-se a crescente insatisfação do centrão, que atualmente representa a principal sustentação de Bolsonaro no Congresso.

O mal-estar que começou com nomes indicados pelo bloco sendo preteridos na escolha do novo ministro da Saúde se agravou com a falta de ação do governo e o crescente número de mortos pela Covid-19.

“Qualquer pessoa responsável no Brasil não deve compactuar com a forma e a conduta que o presidente Bolsonaro tratou essa maior crise sanitária da história do Brasil. Infelizmente, o presidente foi irresponsável na condução da pandemia no Brasil”, disse o deputado Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) em entrevista à Rádio Jornal, do Recife.

Nesta quarta-feira (24), Bolsonaro receberá no Palácio da Alvorada os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux.

Também participam do encontro o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ministros do governo e alguns governadores que representarão cada uma das cinco regiões do país.

A ideia é discutir medidas de combate à pandemia do coronavírus. No Legislativo e no Judiciário, porém, o gesto é visto com ceticismo.

A intenção do presidente é usar o encontro para anunciar medidas de saúde que envolvam todo o poder público, como a criação de um gabinete de emergência. Esta é mais uma tentativa de reverter o derretimento de sua própria imagem.

Mas tanto integrantes do Congresso como do STF veem com ceticismo esta nova roupagem, já que Bolsonaro insiste em acenar para sua base radical e a atacar governadores e prefeitos que adotam medidas restritivas para tentar frear a disseminação do vírus.

Fonte: 180 graus

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Menos 10 milhões de doses em abril

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O Ministério da Saúde mudou, mais uma vez, o cronograma de entrega vacinas da covid-19 e espera, agora, receber aproximadamente 9 milhões de doses a menos em abril do imunizante Oxford/AstraZeneca envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fio-cruz). Segundo a sexta previsão apresentada pela pasta, o laboratório deve entregar, no próximo mês, 21,1 milhões de doses, em vez de 30 milhões. Mas essa quantidade pode ser ainda menor.

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Isso porque, em sessão no Senado sobre o fornecimento de vacinas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), a presidente da Fiocruz, NísiaTrindade, disse que as projeções que a Saúde apresentou tomam por base dados repassados pela fundação a partir de um cálculo de entrega de 1 milhão de doses por dia. ‘A chegada a esse patamar esbarrou em algumas questões. Primeiro, porque esse início sempre requer ajustes. Essa discrepância tem a ver com a chegada do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), que vem por etapas. Além disso, cada lote de vacina fica 20 dias em teste para avaliar a estabilidade e possibilidade de contaminação. Esta variação está ligada a esses fatores”, explicou.

 

Ela defendeu que o atual demonstrativo é “o mais próximo da realidade possível” e que a Fiocruz trabalha para acelerar a produção, o que, conforme disse, está sendo feito. O ministério, porém, manteve a nova previsão e, em nota, disse que “não é responsável pela redução no cronograma”.

 

No cronograma apresentado ontem, a Saúde também não deixa claro o total de doses esperadas em abril. Antes, previa a entrega de 57,1 milhões de vacinas para o mês, número que incluía, ainda, 1 milhão de unidades da Pfizer. Mas, agora, afirma que de abril a junho serão entregues 13,5 milhões de injeções desta farmacêutica, e não detalha o número previsto para o próximo mês.

 

Apesar da redução em abril, o ministério espera receber cerca de 100,4 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz no primeiro semestre de 2021. Prevê, também, a entrega de vacinas de empresas que sequer apresentaram dados exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial, como a Sputnik V (400 mil doses/mês) e a Covaxin (8 milhões/mês). Há dúvidas se a índia liberará os 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, fabricadas pelo Instituto Ser um, que o ministério espera receber também em abril. (Colaborou Pedro ícaro, estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi)

Fonte: Correio Braziliense

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Interfarma: “não é possível fixar prazo para vacinas”

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Foto: Depositphotos

Apesar de governos regionais e empresários se mobilizam para acelerar a aquisição de vacinas contra a covid-19, um cenário de oferta normalizada de imunizantes ainda é algo para ser visto mais à frente. A afirmação é da Associação da Indústria Farmacêutica e de Pesquisa (Interfarma) divulgada no Valor Econômico

Segundo a entidade, vacinas não são como medicamentos comuns, que têm um estoque nas fábricas para atende à demanda. Elas têm um ritmo de produção diferenciado, seguindo plantas globais e atendimento pré-determinado e que a normalidade de fornecimento demandar um tempo.

Apesar das farmacêuticas trabalharem “a todo o vapor”, elas também têm demandas de outros países e o Brasil está em fila de espera.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Combinação de imunoterapias aprimora combate ao câncer

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Foto: Reprodução portal da BP

O tratamento de câncer de pulmão pode ganhar uma importante aliada: a combinação de imunoterapias administradas antes da cirurgia de câncer de pulmão de células não pequenas em estágio inicial. É o que demonstra um ensaio clínico randomizado fase 2, idealizado pelo médico William Nassib William Júnior, diretor de Oncologia Clínica e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, e conduzido pela equipe do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas (EUA), publicado na Nature Medicine no dia 18 de  fevereiro deste ano. Os médicos Tina Cascone e Boris Sepesi, ambos da universidade norte-americana, são co-investigadores do estudo junto com o profissional brasileiro. As informações são do portal da BP.

Intitulado Neostar, o estudo mostrou que a terapia com uma dupla de drogas estimuladoras do sistema imune, o nivolumabe e o ipilimumabe, é capaz de erradicar uma maior quantidade de células tumorais quando administradas antes da cirurgia, indicando que esse pode ser um caminho para enfrentar precocemente essa doença.

“Esse é um importante passo no tratamento de câncer de pulmão, pois durante muito tempo essas medicações eram usadas apenas em pacientes com câncer avançado, de forma a oferecer aumento de sobrevida, porém de maneira limitada. Agora, estamos desenvolvendo estudos usando essas drogas em estágios mais precoces da doença, antes mesmo da cirurgia, quando existe possibilidade de se eliminar o tumor. E os resultados indicam que, no futuro, a imunoterapia possa ser usada para aumentar substancialmente a chance de erradicação do câncer de pulmão inicial e aumentar as taxas de cura”, afirma William.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de pulmão é hoje o tumor que mais mata no mundo e, por isso, detectá-lo em fases iniciais é importante para um melhor prognóstico. Assim como mulheres devem fazer a mamografia periódica para detecção precoce de câncer de mama, fumantes e ex-fumantes também devem se submeter ao rastreamento do câncer de pulmão com a realização, por exemplo, de tomografias computadorizadas de baixa dose, que podem detectar a doença quando a cirurgia ainda pode ser realizada.

Por isso, estudos como o Neostar são tão importantes, já que essas estratégias podem melhorar os resultados obtidos com a cirurgia isoladamente. “As taxas de sucesso com a cirurgia e a quimioterapia tradicional ainda estão longe do ideal, mesmo no câncer de pulmão em estágio inicial. O uso da imunoterapia pré-cirurgia está ganhando respaldo científico e deve se tornar um tratamento padrão mais eficaz para o câncer de pulmão em breve”, avalia William.

A pesquisa

O estudo Neostar foi realizado de junho de 2017 a novembro de 2018 com 44 pacientes, que foram divididos em dois grupos: um recebeu apenas o nivolumabe e o outro recebeu nivolumabe e ipilimumabe durante 6 semanas antes da operação. A idade mediana dos participantes era de 66 anos e 64% eram do sexo masculino. A maioria dos participantes tinha histórico de tabagismo: 23% foram identificados como fumantes atuais e 59% como ex-fumantes.

Os resultados do ensaio demonstraram que a terapia dupla (com nivolumabe e ipilimumabe) levou a maior estimulação da resposta imunológica, o que pode se traduzir em menor risco de recidiva do tumor a longo prazo. Os pacientes continuam sendo acompanhados para que esses resultados sejam avaliados anos após a realização das cirurgias.

Os pesquisadores também analisaram o microbioma intestinal dos participantes do estudo e descobriram que a eficácia da terapia combinada estava associada à presença de algumas bactérias específicas no intestino, demonstrando o impacto do meio ambiente e dos hábitos dos pacientes no sucesso do tratamento.

O estudo Neostar acabou se transformando em uma plataforma de pesquisa, permitindo adicionar novos esquemas de tratamento com outras combinações de drogas que possam ser rapidamente testadas. “Já estão em avaliação abordagens com o nivolumabe e ipilimumabe associados à quimioterapia, cujos resultados podem sair ainda este ano, e também com o nivolumabe sozinho associado à quimioterapia, cujas análises estão em andamento. Tudo isso é muito promissor para a evolução do tratamento dessa doença que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo todos os anos”, conclui o médico da BP

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Bayer vende fábrica de São Paulo para a União Química

Bayer

Negociação quente na indústria farmacêutica. A Bayer acaba de anunciar a venda de sua unidade produtiva de Cancioneiro, em São Paulo, para a União Química.

A planta, que ocupa uma área de 15 mil m², produz hormônios femininos, como contraceptivos e pílulas de reposição hormonal. Sua capacidade de produção de aproximadamente 70 milhões de blisters por ano.

A negociação contempla também o repasse de algumas marcas estabelecidas de contraceptivos femininos para a União Química, vendidas tanto no Brasil como em países da América Latina, o que deverá acontecer apenas após aprovação dos órgãos reguladores. Além disso, a Bayer terceirizará a produção de outros medicamentos para a farmacêutica brasileira, que manterá a fabricação dos mesmos na planta de Cancioneiro.

A transação garantirá a continuidade do funcionamento da fábrica e a manutenção dos empregos dos atuais colaboradores. Mesmo com esse desinvestimento, a Bayer vai manter sua posição de liderança em saúde feminina e continuará comercializando no Brasil e na região algumas das marcas líderes, como Yasmin, Diane, Yaz e Qlaira. A unidade Cancioneiro continuará produzindo essas marcas de contraceptivos orais para a Bayer até que a companhia faça a transição da produção para a unidade de Weimar, na Alemanha, nos próximos anos.

“A Bayer continua absolutamente comprometida com o Brasil, o segundo maior mercado para o grupo globalmente”, ressalta Marc Reichardt, presidente da Bayer no País. “Além disso, a inovação é uma prioridade para a Bayer em todo mundo e em todas as suas áreas de atuação. O Brasil é, sem dúvida, um dos principais focos das novas tecnologias e das soluções em saúde que têm sido desenvolvidas aqui e nos demais mercados onde atuamos”, afirma.

“Um dos pilares de crescimento da União Química está baseado na aquisição de novos negócios, tanto que essa é a nossa quarta aquisição fabril em um período de cinco anos. A transação com a Bayer nos permitirá expandir no segmento de prescrição médica e também no pilar de terceirização de produção para outros grupos farmacêuticos nacionais e internacionais”, explica Fernando de Castro Marques, presidente da União Química.

“A fábrica de Cancioneiro seguirá sendo parte importante para a operação da Bayer por um bom tempo, já que também fabricará nossas marcas, líderes na categoria”, explica Adib Jacob, presidente da Bayer Farma Brasil e líder da divisão na América Latina.

É a partir de Cancioneiro que são enviados produtos para mais de 20 países da América Latina, incluindo Argentina, México e Colômbia; além de alguns países asiáticos, como Tailândia e Filipinas.

História e contribuição

Inaugurada em 1959 no Bairro de Santo Amaro, em São Paulo, a fábrica da Rua Cancioneiro de Évora pertence à Bayer desde 2006. Após aquisição da farmacêutica alemã Schering, a planta passou por diversas reformas e modernizações. A última, em fase final, começou no ano passado e irá consumir R$ 40 milhões para a compra de novos equipamentos, criação de laboratórios e adequações físicas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Mercado Livre quer farmácias vendendo na plataforma

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Mercado Livre
Foto: Divulgação

Empurrado pelo boom do e-commerce na pandemia de coronavírus, o marketplace argentino Mercado Livre teve receita de US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2020, com crescimento de 97% sobre o mesmo período do ano anterior.  As informações são do InfoMoney em entrevista com o presidente de commerce para América Latina, Stelleo Tolda nesta terça-feira (23).

No Brasil, a companhia está otimista com o crescimento de seu marketplace, especialmente com a chegada de um novo segmento na plataforma de vendas on-line: o de supermercados.

Segundo Tolda, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando a possibilidade de marketplaces como o Mercado Livre venderem produtos farmacêuticos por meio de parceiros plugados em sua plataforma – uma notícia animadora diante do aumento da demanda por medicamentos e outros produtos de farmácias na pandemia de coronavírus.

“Tem alguns players grandes que conseguem fazer a logística por conta própria, mas o mercado é pulverizado e tem muitas redes menores de farmácias que poderiam ser nossos clientes neste serviço”, disse.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Elite Distribuidora suspende direitos de sócio

Marchiori

Um comunicado enviado ao mercado gerou intensa repercussão no setor de distribuição de medicamentos na manhã desta terça-feira, dia 23.

A carta assinada pela Elite Distribuidora Farmacêutica  informa que o empresário João Marchiori não faz mais parte do quadro societário. Segundo a nota, a suspensão dos direitos de sócio foi do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – 2ª Vara de Competência Empresarial, em decisão proferida no dia 16 de março.

A redação do Panorama Farmacêutico tentou contato diretamente com Marchiori, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno. Porém, fontes do setor dizem que se trata de uma divergência interna entre os sócios da distribuidora e que, em breve, o empresário conseguirá reverter a situação.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Reaberta consulta sobre canabidiol para epilepsia refratária

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Foto: Depositphotos

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) reabriu a consulta pública para receber as contribuições da sociedade sobre a proposta de incorporação do produto Canabidiol Prati-Donaduzzi para o tratamento de crianças e adolescentes com epilepsia refratária a medicamentos antiepilépticos, quando as crises de epilepsia não diminuem mesmo com o uso dos medicamentos disponíveis.

O tema já esteve em consulta, por 20 dias, mas por conta de uma falha no formulário de contribuição esse processo foi reaberto por mais 10 dias e as contribuições podem ser enviadas até o dia 31 de março. As contribuições já recebidas no processo anterior não serão desconsideradas.

A recomendação inicial do Plenário foi contrária à recomendação, por considerar que as evidências científicas existentes incluíram poucos pacientes, apresentaram benefício questionável, aumento importante de eventos adversos e descontinuação do tratamento, com resultados de custo-efetividade e impacto orçamentário elevados. Leia aqui o relatório técnico e aqui o relatório para sociedade.

Conforme relatório técnico, atualmente, 30% dos pacientes são considerados resistentes aos antiepilépticos disponibilizados no SUS. Nesses casos, as alternativas disponíveis são o tratamento cirúrgico ou estimulação elétrica do nervo vago.

A expectativa é que, durante a consulta pública, sejam trazidas informações relacionadas ao uso da tecnologia em avaliação, sejam como relatos de experiência ou evidências científicas, que possam contribuir para recomendação final da Comissão.

As contribuições enviadas podem modicar ou confirmar essa avaliação. Participe da consulta pública clicando aqui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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O HPV deve ser levado a sério

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hpv

O HPV, também conhecido como papilomavírus humano é uma doença sexualmente transmissível. E o Março Lilás conscientiza e alerta sobre o câncer do colo de útero e a importância dos exames preventivos e da vacina contra a infecção.

Existem mais de 150 variações do HPV capazes de infectar a pele e as mucosas de homens e mulheres, sendo que 40 delas afetam as regiões genitais e anais. Por isso, a imunização é de extrema importância, uma vez que protege contra tumores de colo uterino, de vulva, vagina, anus, pênis, boca e garganta.

Homens com faixa etária entre 9 e 26 anos e mulheres entre 9 e 45 anos, são autorizados a fazer uso do imunizante no Brasil, mediante avaliação médica prévia.

A vacina é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em três doses, sendo a segunda dose após dois meses da primeira e a última depois de seis meses.

Fonte: Panorama Farmacêutico

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Farmacêutico: em qual área da estética posso atuar?

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Você já é farmacêutico formado? Está interessado em ampliar seu campo de atuação, e consequentemente, seus rendimentos financeiros? Atuar no segmento de estética pode ser um excelente caminho.

Com a aprovação do Conselho Federal de Farmácia da atuação do farmacêutico em procedimentos estéticos, seu campo de atuação tornou-se muito maior. E, nesse segmento, mesmo que a crise tenha reduzido um pouco os rendimentos, os clientes não abriram mão completamente dos seus tratamentos.

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A seguir, você confere em quais áreas de estética o farmacêutico pode atuar.

Quais áreas estéticas o farmacêutico pode atuar?

De acordo com as resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) n 573/2013 e 616/2015, o farmacêutico pode atuar profissionalmente nos estabelecimentos de saúde estética, realizando procedimentos que demandem pela aplicação de técnicas de origem estética e pelo uso de recursos terapêuticos.

Desse modo, o farmacêutico pode atuar nos seguintes segmentos:

  • Avaliação e definição dos procedimentos e estratégias de tratamento do paciente;
  • Acompanhamento da evolução do tratamento e dos resultados estéticos do paciente;
  • Cosmetologia;
  • Peelings químicos e mecânicos;
  • Ultrassom estético;
  • Eletroterapia;
  • Iontoforese;
  • Radiofrequência estética;
  • Criolipólise;
  • Luz intensa pulsada;
  • Laserterapia;
  • Carboxiterapia;
  • Agulhamento e microagulhamento estéticos;
  • Toxina;
  • Preenchimentos dérmicos;
  • Intradermoterapia.

O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) elaborou uma cartilha explicativa sobre a Farmácia Estética para o farmacêutico que deseja atuar no segmento de estética.

Como o farmacêutico pode atuar na área de estética?

Se você já é um farmacêutico formado e tem interesse em atuar no segmento de estética, você já tem um bom caminho andado.

Ao decidir por trabalhar no segmento de estética, você amplia significativamente suas possibilidades de atuação no mercado. A vantagem desse segmento é que ele tem uma demanda constante por parte dos clientes, que estão sempre ávidos por novidades nos tratamentos estéticos e saúde do corpo.

Desse modo, para atuar profissionalmente nesse segmento, o farmacêutico deve se especializar na área realizando uma pós-graduação. Essa é uma boa oportunidade de manter-se atualizado das melhores práticas e procedimentos adotados pelo mercado, conferindo ainda mais conhecimento e diferencial competitivo no mercado de trabalho.

Farmacêutico possui vantagem competitiva no segmento de estética

farmacêutico possui uma vantagem competitiva ao decidir atuar no segmento de estética. Durante a sua formação profissional, o farmacêutico estuda detalhadamente a fisiologia humana, o que facilita e agrega um conhecimento prático no momento de indicar o tratamento do paciente.

Esse profissional conhece os produtos, princípio ativo dos medicamentos e as possíveis interações que podem causar no paciente. Desse modo, o farmacêutico consegue associar da melhor forma possível o cosmético ou procedimento estético mais adequado para o problema que o cliente busca por tratamento.

Além dos conhecimentos prévios, o farmacêutico que optar por atuar no segmento de estética — ao realizar uma especialização — pode, ainda, produzir suas próprias interações medicamentosas, ou até mesmo desenvolver formas de tratamentos diferenciadas, proporcionando um tratamento eficaz e exclusivo para o paciente.

Sendo assim, o farmacêutico possui um diferencial competitivo no mercado de estética, que, alinhado com seu conhecimento adquirido para atuar nessa área, pode proporcionar tratamentos e soluções diferenciadas para o mercado consumidor.

Achou interessante essa possibilidade de atuação profissional? Compartilhe conosco suas ideias deixando seu comentário.

Quer conhecer um pouco melhor sobre as opções de especialização? Entre em contato conosco. Estamos aqui para auxiliar no seu desenvolvimento profissional.

Fonte: Ibeco

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