Anvisa se reunirá nesta terça para a compra de remédios para intubação

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) remarcou para às 9h30, desta terça-feira (23), a reunião para tratar da compra de remédios usados no procedimento de intubação. O encontro será entre representantes da agência sanitária, do Sindusfarma – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos -, dos ministérios da Saúde e da Economia, e dos conselhos nacionais dos secretários municipais e estaduais de Saúde.

A reunião estava prevista para esse domingo (21), mas uma falha no envio do e-mail que agendava o encontro, deixou de fora os fabricantes de remédios.

Mesmo assim, ao longo do fim de semana, os técnicos da Anvisa fizeram três reuniões sobre a compra desse kit de intubação: duas no sábado (20) e outra no domingo (21), com a participação de representantes de ministérios, entre eles os da Saúde e da Casa Civil.

Para esta segunda e terça-feira estão na agenda reuniões com as maiores fabricantes dos medicamentos para intubação. De acordo com a Anvisa, as medidas podem facilitar a produção e a disponibilização de produtos e remédios no país.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Estoques sob alta vigilância

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Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizar as regras para aquisição de medicamentos usados em intubação de pacientes, o governo federal tem solicitado à indústria farmacêutica a colaboração para manter as unidades de saúde abastecidas. Apesar de atribuir aos estados e municípios a responsabilidade das aquisições, o Ministério da Saúde afirmou que monitora “em toda a rede SUS, semanalmente, desde setembro de 2020, a disponibilidade em todo território nacional e envia informações da indústria e de distribuidores para que estados possam realizar a requisição”.

A pasta realiza reuniões, hoje, com representantes dos fabricantes dos medicamentos, a fim de garantir assistência às unidades da Federação. Com o mesmo intuito, o Itamaraty iniciou contatos no exterior para facilitar a compra de insumos.

Por estarem cansados de esperar pela coordenação do governo federal para a compra, distribuição e estratégia de vacinação da população contra a covid-19, a Frente Nacional dos Prefeitos sacramentou, ontem, o consórcio que pretende suprir a lacuna deixada pela Saúde. O grupo reúne 2.598 municípios interessados em obter imunizantes.

“Diante dessa inércia, dessa dificuldade de chegar vacina nos municípios, nós nos unimos”, disse o presidente da FNP, Jonas Donizette, durante assembleia que marcou a oficialização do consórcio. (BL)

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/anvisa-se-reunira-nesta-terca-para-a-compra-de-remedios-para-intubacao/

Anvisa muda modelo para requisições de patente

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Foto: Depositphotos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que os procedimentos relacionados ao exame de anuência prévia de pedidos de patente de produtos e processos farmacêuticos passaram a ser realizados, desde 1º de março, por meio do sistema de peticionamento Solicita.

Foi instituído um período de transição e, a partir desta segunda-feira (22), a emissão de exigências será feita exclusivamente em formato eletrônico, via caixa postal do Solicita. O prazo para manifestação ou recurso terá início somente após a visualização do ofício no sistema. 

Com relação ao peticionamento, a partir de 10 de maio os pedidos também serão processados somente em formato eletrônicoO objetivo é dispensar o envio de comunicações pelos Correios, estabelecendo uma comunicação mais ágil entre a Agência e os depositantes de pedidos de patentes – ou seus procuradores. 

Cadastramento

Para ingressar no Solicita, os depositantes ou procuradores devem se cadastrar no Sistema de Cadastramento de Empresas da AnvisaO cadastro permitirá acesso aos pareceres da Agência relacionados aos pedidos de patente que foram objeto de exigência. É por ele que serão designadas as pessoas autorizadas a acessar as informações e apresentar manifestações e recursos.  

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Laboratórios fecham acordo sobre kits de intubação

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Após reuniões individuais com o Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (22), os laboratórios Eurofarma e Cristália afirmaram que disponibilizarão ao governo parte da produção de medicamentos necessários para a intubação de pacientes de covid-19 em estado grave. As informações são do jornal Valor Econômico.

Segundo a reportagem, ainda nesta terça-feira (23) o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, terá tem encontros individuais com a União Química e o Aché para tratar do mesmo assunto.

Nessas reuniões, são discutidas as condições para viabilizar, de comum acordo, as requisições feitas às empresas pelo governo. Diante da crise, o ministério determina a disponibilização de parte do estoque dos laboratórios e só depois faz uma pesquisa de preços e os paga. As empresas não gostam desse tipo de iniciativa, vista como autoritária.

Uma reunião com representantes do Sindusfarma com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar da compra de remédios usados no procedimento de intubação também está ocorrendo na manhã desta terça-feira.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Eurofarma é questionada por não cumprir recall de medicamento para perda de peso

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O Ministério da Justiça instaurou um processo administrativo contra a Eurofarma por indícios de violação ao Código de Defesa ao Consumidor. As informações são do Estadão. A investigação será feita pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor para apurar a conduta do laboratório diante da necessidade de recall de um medicamento suspeito de causar câncer.

Segundo a assessoria do ministério, a Eurofarma, mesmo tendo conhecimento do cancelamento do registro do remédio Belviq (lorcasserina), usado para emagrecimento, não formalizou a apresentação da campanha de recall do produto.

A averiguação preliminar do caso teve início após comunicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à pasta, “determinando o recolhimento do medicamento lorcasserina em decorrência, notadamente, de suspeita de risco de câncer associada ao uso do medicamento”. Se as infrações forem constatadas, o laboratório poderá ser punido com multa de até R$ 11 milhões.

A Eurofarma alega que, em caráter preventivo, tomou todas as providências para a suspensão da comercialização e distribuição do medicamento desde fevereiro de 2020, logo depois de alerta feito pelo FDA, órgão regulador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos.

“O órgão americano divulgou à época, em 13 de fevereiro de 2020, que após avaliação de dados complementares do estudo Camellia – TIMI 61, os benefícios do medicamento não superavam os potenciais riscos. A recomendação era que pacientes em uso do medicamento procurassem seus médicos para alternativas terapêuticas”, citou a empresa, em nota enviada à reportagem.

“Diante deste cenário e em caráter preventivo, a Eurofarma manteve contato permanente com a Eisai, empresa farmacêutica japonesa e detentora da patente do produto, para obter mais informações sobre a decisão. Adicionalmente, a Eurofarma manteve contato com a Anvisa para alinhar conduta e imediatamente suspendeu a comercialização e distribuição do medicamento em todo o território nacional, bem como informou a classe médica e orientou pacientes para a busca de alternativas terapêuticas”, acrescentou a companhia, ressaltando que o medicamento contestado ficou disponível nas farmácias somente de outubro de 2019 a fevereiro de 2020.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa aprova adalimumabe para tratamento de pacientes diátricos com retocolite ulcerativa

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Abbvie

A AbbVie anuncia que a Anvisa aprovou o Humira (adalimumabe) para o tratamento de colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave em pacientes pediátricos (a partir dos seis anos). Com esta aprovação, o medicamento é a primeira opção de terapia anti-TNF subcutânea para retocolite ulcerativa pediátrica. Ele  é administrado sob prescrição médica após avaliação do paciente pelo profissional de saúde.

“Esta aprovação representa um importante marco para pacientes pediátricos com retocolite ulcerativa e seus cuidadores, que geralmente têm um desafio para controlar esta condição crônica, uma vez que os pacientes pediátricos tendem a ter a doença numa forma mais extensa”, disse Marco Paschoalin, diretor médico, AbbVie Brasil.

A retocolite ulcerativa é caracterizada pela inflamação do intestino grosso, com sintomas que variam de leves a graves na urgência e na incontinência intestinal, como também perda de peso e fadiga. É uma condição crônica que não é controlada adequadamente em muitos pacientes, o que indica a necessidade de mais opções de tratamento.

O Humira é indicado para o tratamento dede colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave em pacientes pediátricos (a partir dos seis anos) que apresentaram resposta inadequada à terapia convencional, incluindo corticosteroides e/ou 6-mercaptopurina ou azatioprina, ou que são intolerantes ou têm contraindicações médicas para essas terapias.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Importância do descarte correto das embalagens

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Na luta contra a Covid-19, empresas de tecnologia investem no fornecimento de embalagens especiais para reduzir os impactos ambientais durante a pandemia.

Usar o álcool em gel, usar a máscara, higienizar bem as mãos, manter o distanciamento social e o isolamento total em situações de lockdown. Essas são algumas das orientações mais comuns e mais importantes para conter o avanço da pandemia provocada pelo Novo Coronavírus no mundo inteiro. São orientações que, no senso comum, estão ao alcance de todos. Basta cada um querer e fazer a sua parte.

Mas esses, com certeza, não são os únicos cuidados para desacelerar o nível de contaminação pela Covid-19. Existem outras iniciativas que são de uso mais restrito e que envolvem diretamente a tecnologia como, por exemplo, o armazenamento, transporte, monitoramento e o descarte de embalagens de produtos que são diariamente utilizados junto à população no combate à doença.

Atualmente, uma das grandes preocupações do governo federal, dos governos estaduais e municipais, além da compra das vacinas, é com a logística dos insumos utilizados no processo de vacinação em todo o país. Cuidados extremamente necessários para evitar riscos de proliferação do Novo Coronavírus. De olho nessa fatia do mercado, algumas empresas, especialistas no setor, investiram e continuam investindo pesado em pesquisas e no aperfeiçoamento dos serviços prestados às administrações públicas, hospitais e laboratórios. “Estamos contatando e em tratativas com governos em todas as instâncias. Aqui não temos descarte, todas as nossas embalagens são 100% reutilizáveis, feitas com componentes totalmente recicláveis e gerando mínimo impacto ambiental”, comenta David Bueno, CEO da Shield Company que é uma empresa de tecnologia, armazenamento, transporte e monitoramento de termolábeis.

Um dos produtos armazenados, transportados e distribuídos nos estados brasileiros é a CoronaVac, vacina utilizada, inclusive, no Ceará, desde o início do Plano Nacional de Imunização. David Bueno, que vem conduzindo as tratativas da empresa, para o uso das embalagens termolábeis nesses casos, esclarece que esse é um produto de fácil manuseio. Mas ainda assim, é preciso estar atento aos cuidados que devem ser adotados em todo o processo, segundo ele. A Shield Box é uma embalagem termolábil cujas experiências comprovaram que é adequada para o transporte e armazenamento de insumos e materiais com ranges de temperatura de 2 a 8ºC e 15 a 25ºC por até 200 horas.

Os especialistas em logística alertam que do armazenamento e transporte, até a distribuição às secretarias de saúde estaduais e municipais, é muito importante garantir o total controle da temperatura e geolocalização em tempo real sobre o transporte de medicamentos e vacinas. “Este fator é de extrema importância, principalmente quando observamos os atrasos nos voos para os estados com as vacinas. Com as informações corretas e precisas, evitamos possíveis desperdícios destes medicamentos”, finaliza David Bueno.

Saúde e Meio Ambiente

Quanto mais tecnologia melhor. A Shield Company, por exemplo, criou uma plataforma que conecta laboratórios, operadores logísticos, centros de pesquisa e pacientes, o viabiliza o monitoramento em tempo real no armazenamento e transporte de medicamentos e vacinas. Nessas circunstâncias, o monitoramento viabiliza intervenções em caso de excursão de temperatura, variação de umidade, abertura da embalagem ou danos físicos em decorrência de choques, cruciais para que a qualidade do produto não seja comprometida. As embalagens são 100% recicláveis, portanto, não geram resíduos para a natureza. Além disso, apostando na sustentabilidade, a empresa de tecnologia firmou uma parceria com a SOS Mata Atlântica, na campanha “Todos por um mundo melhor”, na qual cada embalagem utilizada gera o plantio de uma muda nativa.

Caixa inovadora

A Pfizer, farmacêutica norte-americana, também disputa esse mercado no Brasil. Ela apresentou ao governo federal um plano logístico e ferramentas para apoiar o transporte, o armazenamento e o monitoramento da temperatura da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech. A vacina exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70ºC.

No plano apresentado ao governo brasileiro, a Pfizer destacou a possibilidade de realizar o transporte da vacina em uma “embalagem inovadora” com caixas capazes de armazenar a vacina a -75ºC por 15 dias, em gelo seco. Assim, segundo a empresa, o imunizante pode ficar em um refrigerador comum (entre 2º e 8º) por até 5 dias, viabilizando a distribuição e vacinação.

Parceria antiga

Em Santa Catarina, outra empresa, a Termotécnica de Joinville, já vem operando com o governo federal desde outras campanhas de vacinação nacional. Em agosto do ano passado a empresa lançou a nanotecnologia do SafePack – EPS antiviral, para redução do risco e velocidade da contaminação por vírus e iniciou a fase final de testes das unidades conservadoras em EPS para o transporte de vacinas em temperaturas extremamente baixas. Quando a Anvisa liberou a distribuição da CoronaVac, para os estados, o transporte do primeiro lote da vacina foi feito pela Termotécnica. Naquela ocasião, foram utilizadas 3 mil conservadoras em EPS de 130 litros.

A complexidade da distribuição das vacinas contra a Covid-19 tem sido, desde início da pandemia, uma grande preocupação dos governos e empresas. A preocupação tem sentido. A cadeia logística é fundamental no processo de vacinação para garantir a efetividade e eficácia da imunização de toda a população brasileira em todas as regiões do país, independente da distância a ser percorrida para a entrega da vacina nos locais de imunização.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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Vacinas contra a Covid-19 “não vão ser o El Dorado” da indústria farmacêutica

Embora os títulos das empresas que desenvolveram as vacinas contra a covid-19 tenham tido altas em alguns momentos dos últimos meses, o negócio das vacinas não tem trazido transformações significativas às suas cotações.

Até agora, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu luz verde ao uso de quatro vacinas contra a Covid-19: os fármacos desenvolvidos pela Pfizer, Moderna, AstraZeneca e, mais recentemente, pela Janssen, empresa da Johnson & Johnson.

De acordo com os analistas ouvidos pelo DV, o peso de desenvolver uma vacina contra a Covid-19 foi mais transformador para a Moderna do que para as restantes farmacêuticas. Já as suspensões da vacina da AstraZeneca, desde a semana passada em alguns países da Europa, não trouxeram uma volatilidade considerável aos títulos da empresa anglo-sueca.

Filipe Garcia, economista da IMF, explica que, “tirando a Moderna, que se dedica àquela tecnologia em particular, que tem uma concentração grande de negócio, as outras [farmacêuticas] não estão a ser particularmente beneficiadas do ponto de vista de cotação com tudo isto – porque há a percepção de que não é propriamente para ganhar dinheiro [com as vacinas]”.

Paulo Rosa, economista e Senior Trader do Banco Carregosa, sublinha que, apesar da importância para a população, “o negócio das vacinas não é assim tão importante como o resto do negócio” para estas empresa. O economista explica que a medicação associada a doenças crónicas, que implica maior regularidade na toma, “é o que está na base da indústria farmacêutica”.

“Não é por aqui que a indústria irá ter o seu El Dorado. É o que digo a quem me pergunta se as vacinas vão ser o El Dorado para as farmacêuticas – não, não vão. E isto nota-se na própria cotação, que segue o seu caminho de acordo com algo como o medicamento X que foi aprovado para o Alzheimer ou medicamento Y foi rejeitado para o Parkinson”, exemplifica. “O negócio das vacinas, pelo menos no final do ano passado, pesava à volta de 2,5% da indústria farmacêutica.”

Entre as quatro farmacêuticas, a Moderna foi aquela que “sofreu uma transformação grande e é uma das vencedoras, digamos assim, da pandemia”, diz Filipe Garcia. Os títulos da empresa “tiveram uma subida que acelera no início de novembro e tem grande clímax de compra no início de dezembro. Desde então tem tido volatilidade mas está a cotar hoje [sexta-feira] mais alto do que em 2020. Antes da pandemia, andava na casa dos 25 dólares e estamos agora a 141 dólares.”

Henrique Tomé, analista da XTB, contabiliza que “as ações da Moderna chegaram a disparar mais de 840% e, por consequência, atingiram também máximos históricos”.

Com uma capitalização de 56,6 mil milhões de dólares (cerca de 47,6 mil milhões de euros), Filipe Garcia explica que esta transformação da Moderna está ligada ao próprio negócio da empresa.

“A tecnologia que a Moderna usa [na vacina], o mRNA, os medicamentos à base dessa tecnologia eram, até agora, tida como experimental e agora toda a gente está a usar, é percecionado como algo que é importante para a empresa”, resume.

“Nota-se mais volatilidade porque a Moderna é uma empresa mais pequena, do que as outras”, detalha Paulo Rosa, do Banco Carregosa. “Aqui a vacina já tem maior peso. Numa empresa que seja mais pequena a vacina pode ter mais peso do que numa empresa com mega capitalização, que tem muitos medicamentos”.

A título de comparação, a capitalização da Pfizer rondava os 200 mil milhões de dólares, da Johnson & Johnson 422,5 mil milhões de dólares e a da AstraZeneca 93,86 mil milhões de libras – cerca de 140 mil milhões de dólares, à atual conversão.

Em relação à AstraZeneca, que esta semana viu a vacina ser suspensa em vários países europeus, Paulo Rosa explica que “não se vê impacto na cotação” após as suspensões, com os títulos “a até recuperar nos últimos dias”. “Recupera desde o dia 3 de março [6794 cêntimos de libra], mas continua com a sua tendência de queda iniciada em julho do ano passado”, algo que estará “mais ligado ao Brexit e à pandemia no Reino Unido”, aponta.

“Não se nota a vacina no gráfico da AstraZeneca”, resume Filipe Garcia. Desde dia 8 de março “que as ações não têm tido uma volatilidade por aí além nem tiveram nenhuma queda extraordinariamente relevante. Também aqui não vemos um impacto por aí além na cotação, os movimentos acontecem por outros motivos devido a outras áreas de negócio.”

No caso da Pfizer, Filipe Garcia nota que “a vacina teve efetivamente um impacto na cotação das ações no momento da sua descoberta, mas depois esse efeito esvaneceu-se”. As ações da empresa tiveram “uma alta importante em novembro”, quando dispararam até aos 43 dólares. A 8 de dezembro, registavam um máximo do último ano e meio, quando atingiram os 42,56 dólares. Desde então têm vindo a corrigir, nota Paulo Rosa.

No caso da gigante Johnson & Johnson, “que faz um pouco de tudo na indústria farmacêutica”, tem sido registada uma “subida praticamente desde o início de abril de 2020”, diz Paulo Rosa.

“Nessa altura chegou a cotar nos 111 dólares, no dia 23 de março. Tem alguma lateralização – chega a 23 de abril nos 155 dólares; lateraliza até ao início de novembro, no início desse mês está a cotar nos 138,69 dólares”. Os títulos da J&J registaram um “máximo histórico no dia 26 de janeiro, nos 170,48 dólares”, recorda Paulo Rosa, notando que, a 4 de março, as ações cotavam nos 153 dólares. “Depois começa a encetar uma subida nos últimos dias, nas últimas duas semanas.”

Fonte: Portal Dinheiro Vivo – Portugal

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Farmácias testam mais e mais barato

O presidente da Associação Brasileira de Farmácias, Sergio Mena Barreto, lançou um painel do trabalho das afiliadas na testagem de Covid-19 pelo País. Até 15 de março, em 3.510 farmácias pelo Brasil, houve 4.077.754 de testes, com média de resultados positivos em 19,26% (785.567).

No Ceará, média maior: 23,44%.  Segundo Sergio, no início, um teste era comprado caro, em dólar, com problemas de fretes e poucos fornecedores. Com o aumento da oferta, ele diz que o preço caiu de R$ 190, em média, para R$ 90 – R$ 120.

Fonte: Jornal O Povo – CE

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Blau Farmacêutica prevê R$ 2,1 bilhões com IPO em abril

Blau Farmacêutica líder na área hospitalar quer crescer no varejo 1

O próximo IPO do mercado farmacêutico já tem data marcada. No dia 6 de abril, deve ocorrer a precificação das ações da Blau Farmacêutica, indústria brasileira especializada na produção de medicamentos para tratamentos complexos. As informações são do Valor Econômico.

A expectativa da farmacêutica é movimentar R$ 2,1 bilhões com o IPO. A companhia definiu a faixa de preços entre R$ 44,60 e R$ 50,60. A oferta será primária (31.393.940 ações), quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária (13.454.545 ações), quando os acionistas atuais vendem parte de suas ações

A companhia busca recursos para viabilizar um processo de expansão pela América Latina. Com sede em Cotia (SP), a farmacêutica especializada em produtos para tratamento de câncer, doenças sanguíneas e dos rins tem cinco fábricas no Brasil e cinco subsidiárias no continente – localizadas na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.

A Blau também pretende usar os recursos das vendas de ações para investir em centros de coleta de plasma nos Estados Unidos, acelerar investimentos em pesquisa e desenvolvimento e pagar dívidas. O CEO e único acionista da empresa, Marcelo Hahn, venderia sua participação no negócio.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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