Saiba porque o mercado de cosméticos veganos vem crescendo em Belém

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Cosméticos veganos -A crescente preocupação com a sustentabilidade do planeta e a vida dos animais tem criado mudanças dentro do mercado. Muitos consumidores abandonaram os cosméticos tradicionais e aderiram aos veganos, ou seja, os que não possuem ingredientes de origem animal e que também não são testados neles. De acordo com a consultoria Reds, a procura por esse tipo de produto cresceu 50% no último ano.

Uma pesquisa da Grand View Research indica que o mercado global de cosméticos veganos deve atingir US$ 20,8 bilhões até 2025 – para os produtos cruelty free (livre de crueldade animal), a previsão é de alta de 6% entre 2017 e 2023. No total, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) diz que o mercado de cosméticos possui 189 produtos em sua lista, com selo vegano, tendo aumentado essa quantidade em 16% entre 2019 e 2020 no país.

Tanto empreendedores locais como consumidores veem neste mercado um enorme potencial. A administradora e empresária Cecília Rascovschi é uma delas. Comandando uma empresa de perfumes que existe há pouco mais de um ano, ela aplica no trabalho sua paixão pelo universo da perfumaria e mercado da beleza como um todo, e adotou uma linha vegana para seus produtos. No total, a empresa já fornece 18 fragrâncias, divididas em seis famílias olfativas: frutais, florais, orientais, frescas, aromáticas e amadeiradas, elaboradas por perfumistas internacionais premiados mundialmente.

O foco do negócio são produtos de alta qualidade com preço justo, e a linha Nizuc é a ‘queridinha’ dos consumidores, segundo Cecília. ‘Foi com ela que nasceu a vontade de incorporar produtos veganos ao nosso portfólio. Sou muito ligada nas tendências de mercado e nos desejos dos consumidores. Há algum tempo, o movimento vegano vem crescendo, as pessoas estão cada vez mais dispostas a minimizar o impacto de suas ações no meio ambiente, buscando rotinas de beleza em que possam exercitar o autocuidado com a consciência limpa. Sou apaixonada por este universo e gosto de conhecer e consumir marcas de qualidade e com propósito’, declara.

Foi por isso que a empresária resolveu criar uma linha livre de substâncias como parabenos, petrolatos, parafina, óleo mineral e silicone, rotuladas pelos consumidores como ‘proibidões’. Composta por brumas perfumadas e hidratantes, a nova linha foi desenvolvida levando em consideração os pedidos dos clientes da marca, inclusive veganos, pois não contém ingredientes de origem animal. Lançada no fim do ano passado, a Nizuc já virou sucesso e se tornou carro-chefe nas vendas de Natal – inclusive, agora a intenção é aumentar a linha.

O mercado de beleza vegano exige sustentabilidade, faz parte da cadeia. Para além do produto, existe a preocupação com os recipientes usados, com o descarte das embalagens, com os processos de reciclagem. Para essa nova geração de consumidores, produtos cosméticos e um planeta saudável devem andar de mãos dadas. O que se espera é que os produtos sejam eficazes e atraentes, mas também sustentáveis e livres de crueldade’, avalia Cecília.

Outra empreendedora é a acadêmica de ciências sociais Laura Fernandes, que possui, desde 2017, uma marca um pouco menor, mas cheia de opções de cosméticos veganos, entre eles shampoo, condicionador, sabonete de argila verde, rosa e branca, sabonete de babosa e de camomila, desodorante, vela para massagem, sérum e tônico faciais, e outros. Segundo a jovem, que gosta de produtos naturais e artesanais, a ideia surgiu de uma vontade dela de usar cosméticos que não tenham impactos negativos no planeta.

‘Eu já era vegetariana, mas não conseguia consumir produtos veganos porque eram muito caros e eu não tinha dinheiro. Então decidi fazer minhas próprias coisas. Tinha um quintal da minha avó que era bem grande e comecei a fazer lá. As pessoas começaram a se interessar, era algo pequeno entre amigos, depois fiz o Instagram e comecei a participar de feiras, foi crescendo. Uso todos os produtos que vendo’, diz.

Na opinião de Laura, os cosméticos veganos são muito importantes porque o mercado tradicional de produtos de beleza utilizam produtos químicos que prejudicam a saúde e a qualidade de vida das pessoas, segundo ela. ‘Vários desodorantes têm alumínio, petróleo, já vi sabonete íntimo com petróleo. Não faz mal agora, mas ao longo do tempo prejudica a saúde. Além do mais, os produtos veganos duram bem mais que os industriais, então todo mundo sai ganhando’. Outra vantagem, para ela, é fomentar o uso da matéria-prima e o trabalho de pessoas locais, dando sustento e gerando renda para diversas comunidades.

Um dos diferenciais do negócio da estudante é o impacto positivo na sustentabilidade, já que a maioria dos produtos não leva plástico e a empreendedora utiliza vidros retornáveis em troca de descontos. Dessa forma, há menos lixo gerado e produtos descartados no meio ambiente. Para o futuro, ela espera que a Amazônia consiga produzir seus próprios insumos, porque, para fazer os cosméticos, a empreendedora precisa pedir uma série de materiais do Sudeste. As metas de Laura são ter uma loja física para os cosméticos prontos e a matéria-prima, e realizar workshops para ensinar as pessoas a fazerem seus próprios itens.

Consumidora aderiu aos produtos veganos

Fonoaudióloga, saboeira e cosmetóloga natural, Dany Neves, começou a fazer a transição dos seus cosméticos para os naturais e veganos entre 2017 e 2018, quando iniciou estudos sobre saboaria natural e biocosmética e começou a ter mais consciência sobre consumo. Até então, ela diz que era extremamente consumista em relação aos cosméticos. Como estava entrando também em um processo de adaptação à alimentação vegetariana, não fazia sentido para ela não repensar o consumo em relação a tantos outros produtos que usava diariamente.

Hoje, fazem parte do seu dia a dia produtos veganos relacionados a sabonetes, shampoos e condicionadores sólidos, desodorantes, manteigas corporais, cremes faciais, cremes dentais e outros. A consumidora reduziu drasticamente o uso de maquiagem nos últimos anos, mas até as básicas passam por essa análise antes da compra.

‘Passei a questionar mais de onde vêm as coisas que consumo, qual o impacto do meu consumo, o que coloco no meu corpo e a me preocupar com o que eu apoio enquanto consumidora. Os cosméticos veganos poupam vidas e acho que essa vantagem já deveria ser suficiente para começarmos a optar por eles, né? Mas eles trazem muitos outros benefícios, também. Precisamos lembrar que temos disponível, em todos os biomas, uma infinidade de ativos vegetais extremamente poderosos. Ingredientes riquíssimos podem ser retirados da natureza de forma sustentável, sem desmatamento, sem crueldade animal e com muito mais benefícios para a pele. A gente precisa se atentar ao fato de que um cosmético nunca precisou de ingredientes de origem animal para ser eficaz’, aponta a consumidora.

Hoje, Dany já acha muito mais fácil encontrar os produtos nas lojas, até mesmo nos supermercados e farmácias de Belém e outras cidades. Ela, no entanto, prefere priorizar as pequenas marcas locais, movimentando a economia da região. O mercado, na opinião de Dany, está em ascensão. Ela mesma tem uma saboaria natural, a Koa, onde são produzidos sabões e cosméticos veganos, naturais, biodegradáveis e livres de substâncias tóxicas. Seu público se divide entre veganos e não veganos. ‘Acho isso bem interessante, porque tem gente que procura o produto por ser vegano, e tem quem esteja focado em outras questões: ambientais, transição das químicas tóxicas da grande indústria para produtos naturais ou simplesmente buscando cosméticos mais saudáveis e eficazes’. Dany espera que o mercado seja cada vez mais ético, com mais espaço para o veganismo, bioeconomia e valorização da transparência nos processos de produção.

Fonte: O Liberal PA

 

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Brasil registra 49 mil casos confirmados de covid-19 em 24 horas

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casos confirmados – Rio – O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou que registrou, até este sábado, 22.499.525 casos confirmados e 619.937 óbitos por coronavírus no estado. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 49.303 novos casos e 115 mortes.

A taxa de letalidade da covid-19 no país está em 2,8%. O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal. Os resultados positivos dos testes de detecção da covid-19 realizados em farmácias tiveram um salto na última semana de 2021, em comparação à semana anterior. Segundo os dados nacionais da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), 283.763 testagens foram realizadas entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro, número 50% superior aos 188.545 atendimentos ocorridos de 20 a 26 de dezembro. A quantidade de resultados positivos pulou de 22.283 (11,8% do total) para 94.540 (33,3%).

‘As celebrações de Natal certamente colaboraram para esse avanço surpreendente. Embora os números ainda estejam distantes do pico que observamos de maio a junho, os dados são preocupantes e exigem mais medidas preventivas e de contenção’, disse o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.

Fonte: O Dia RJ Online

 

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Estética responsável: cosméticos em barra levam sustentabilidade para a beleza

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sustentabilidade  – Antes de começar a ler este texto, entre no seu banheiro (ou pense nele) e conte quantas embalagens estão ali. Xampu, creme de barbear, loção hidratante. O número de cosméticos que usamos no dia a dia é alto, porém maior ainda é a quantidade de lixo produzido.

A estética e a sustentabilidade devem caminhar juntas. Ao menos é nisso que acreditam as empresas que apostam em produtos em barra. Durante a pandemia, os consumidores passaram a se interessar mais pelos valores das empresas, além de seus produtos. O fenômeno ganhou o nome de clean beauty, uma beleza que preza por produtos naturais e diminuição dos industrializados.

Mais do que prometer algo milagroso, esses produtos valorizam uma rotina de beleza consciente, livres de químicas pesadas, sem testes em animais e com embalagens recicláveis. Além disso, economizam água em sua produção e gastam menos CO2 na entrega dos produtos que, por serem mais concentrados, rendem mais.

No início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, a nutricionista e influenciadora digital Luana Friedrick descobriu o mundo dos cosméticos sólidos e teve uma mudança de vida. “Sempre busquei produtos não testados em animais, com uma formulação mais natural, mas até bem pouco tempo atrás não havia tantas opções no mercado e o preço, muitas vezes, tornava esses produtos de difícil acesso”, lembra. “Nessa busca, encontrei a Amokarité. Olhei a composição: pigmento de fruta, óleo de rícino, cera. Tudo é natural. Precisava testar”, recorda. “Mas, o que me chamou a atenção é que, além de tudo, é uma maquiagem de tratamento. Nunca tinha ouvido falar de um produto que quanto mais se usa, mais ele trata a pele. Achei incrível.”

A descoberta a levou a testar outros produtos com o mesmo apelo. “Experimentei e passei a utilizar diariamente os xampus e condicionadores em barra também. Ainda não é o cenário ideal, gostaria de fazer isso com muitas outras coisas, mas estou caminhando”, comemora.

Um dos atrativos dos produtos da Amokarité, marca criada por Estephanie Racy em 2019, é a multifuncionalidade. “Me dei conta que não era mais preciso ter sombra, blush, batom… Podia fazer um produto para todas essas aplicações num só potinho – ainda de plástico, mas a quantidade de embalagens era significativamente menor”, conta Estephanie. Hoje, a maquiagem sólida da marca vem envolta em celofane vegetal biodegradável que a mantém fechada, segura, estável e com proteção térmica. Também foram criadas maquiagens multifuncionais pastosas, que usam embalagem de papel.

Vegana há três anos, Estephanie se viu sem alternativas na hora de escolher maquiagens. “Fiz uma limpa nos meus cosméticos e eliminei tudo que tinha origem animal ou era feito por empresas que faziam testes em animais. Fiquei sem nada”, conta. “Foi então, observando e ajudando minha mãe, que tinha aprendido a fazer sabonetes artesanais, que eu me perguntei: Por que não produzir minhas próprias maquiagens?.”

Assim, ela começou a pesquisar. Com a primeira leva de matéria-prima, ela fez batons só com ingredientes naturais: ceras vegetais (carnaúba, coco) manteiga de Karité (que virou o nome da marca, porque a manteiga de karité vai em quase todos os produtos), óleos vegetais e pigmentos extraídos de rochas (óxido de ferro e mica) e de cascas de frutas.

Em seis meses, a empresa de Estephanie já tinha uma linha de maquiagem completa. Mas, apesar do sucesso, a empresária não estava satisfeita. “Me dei conta da quantidade de embalagens e de plástico que isso demandava e comecei a procurar soluções”, lembra. Isso chamou a atenção de Clara Klabin. A administradora e expert em sustentabilidade se apaixonou pela marca e entrou na sociedade há um ano agregando sua experiência no ramo de embalagens.

Não é incomum ver empreendedores que tinham um incômodo pessoal com o mercado de cosméticos e decidem criar sua própria empresa. Foi assim com uma das pioneiras no Brasil, a B.O.B (Bars Over Bottles, ou barras em vez de garrafas).

Amigos de infância, Andreia Quercia e Victor Falzoni uniram forças para criar uma marca que ajudasse a reduzir o impacto ambiental. “Começamos a analisar o quanto de pegada deixavam os produtos de uso rotineiro. E nos deparamos com a poluição plástica, um dos maiores desafios da nossa e das próximas gerações”, lembra Andreia.

Nesse processo, eles descobriram que em uma embalagem de xampu, por exemplo, cerca de 80% do produto é água. “Começamos a calcular o impacto de transportar essa água por toda a cadeia produtiva e a necessidade do uso de plástico descartável que esse produto líquido exige para ser armazenado e transportado”, pontua Andreia. “Entendemos que essa era uma oportunidade: tirar a água dos produtos cosméticos.”

A dupla resolveu apostar na waterless beauty (beleza sem água). A ideia por trás da tendência é encontrar formas alternativas de cuidado, que envolvam menor uso e consumo de água, seja na produção ou na forma como são utilizados. “Separando o sólido do líquido é possível embalar o produto em papel, um material biodegradável, que se decompõe em até seis meses, ambientalmente amigável.”

ACESSÍVEL

“Quando a gente embarca nesse mundo dos cosméticos naturais, entra em toda reflexão que está por trás desses cosméticos“, diz Cláudio Marques, cocriador da Kurandé Cosméticos, ao lado de Felipe Garcia. “Começamos a questionar o que estamos consumindo, o que eu realmente preciso, o que é necessário consumir para ter uma beleza, uma pele saudável e bem-estar.”

Criada em julho de 2019, a Kurandé propõe levar fórmulas de autocuidado e amor por meio de receitas caseiras que valorizam o saber ancestral. “A gente via muitas vezes a sustentabilidade em pautas que não contemplavam nosso jeito de viver, o lugar onde a gente mora”, conta. “Nossos ancestrais sempre foram sustentáveis e não precisavam dessas palavras e nem desse discurso. Era de fato um estilo de vida no qual eles conheciam as ervas e o poder dos produtos naturais.”

A empresa, fundada no Complexo do Alemão, no Rio, tem como missão a promoção e o fortalecimento da autoestima de pessoas negras e indígenas, mostrando que para ser sustentável basta querer.

“Tem muito insumo aqui no Brasil, tem muita matéria-prima brasileira, nacional. Da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, que tem um preço muito acessível e às vezes um poder de ação até melhor para o nosso corpo, para o clima no qual a gente está. Investimos muito também em pesquisas sobre o que temos aqui e como transformar isso num cosmético de uso diário para as pessoas”, diz.

Por serem criadas por um público jovem e majoritariamente consumidas pela mesma faixa etária, as marcas são fortes nas redes sociais e possuem lojas virtuais intuitivas. A B.O.B usou a força online para explicar ao público os benefícios da compra de produtos em barra. “O brasileiro é aberto a novidades, gosta de testar, aceita essa troca, desde que você explique bem e dê argumentos convincentes”, explica Andreia.

O site da marca indica a quantidade de embalagens que deixam de ser consumidas na compra de cada produto. De acordo com os sócios da B.O.B., desde 2019, quando a empresa foi fundada, seus produtos de formulação sólida foram responsáveis pela eliminação de 2,5 milhões de embalagens plásticas.

FOCO NO FUTURO

Apesar de parecer tentador transformar todos os cosméticos em barra e acabar de vez com as embalagens de plástico, isso ainda não é possível. A Ollie, por exemplo, marca brasileira que traz proteção solar em seus produtos, ainda busca por uma solução em embalagens recicláveis. Enquanto não encontra, foca em outras atitudes para ajudar o planeta.

“A gente quis trazer um produto que fosse o mais clean possível. Não é testado em animais, é totalmente livre dos ingredientes que são taxados como prejudiciais aos corais, não tem água em sua formulação, são livres de parabenos”, enumera a criadora da marca, Tarsila Mendonça. Além do cuidado com o planeta, a empresa foca no cuidado pessoal. “A ideia é exatamente conscientizar as pessoas da importância do uso do FPS, ao mesmo tempo que tem um autocuidado com a pele, sem modificar quem você é.”

De acordo com o Caderno de Tendências 2019-2020, estudo feito pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a beleza com foco em ingredientes de origem natural cresce entre 8% e 25% ao ano no mundo todo. O relatório ainda mostra que 41% dos brasileiros têm interesse em maior variedade de produtos de beleza e cuidados pessoais com ingredientes de origem natural.

Conheça outras marcas de cosméticos sustentáveis

Cha´ Dao

Inspirada nas cerimônias do chá da China, as criadoras da marca combinam ervas com aromas, sabores e texturas únicas em chás, cosméticos e produtos naturais. “Temos, em nossa essência, o contato íntimo e ritualizado com a natureza”, contam elas no site. Instagram: @cha.dao.

The Green Concept

Luizi, CEO e fundadora da marca, se queixava do fato de o mercado da beleza ser liderado por multinacionais que nem sempre levam em conta os impactos ambientais e sociais derivados de sua produção e comercialização. Assim, ela passou a produzir cosméticos que fossem na contramão dessa proposta.

UNeVie

A empresa tem em seu portfólio mais de 120 itens autorais, com responsabilidade animal e sustentável. Além de maquiagem, sabonete e xampu sólidos, a marca oferece desodorante, espuma de barbear e até pasta de dente sólidos. Instagram: @uneviecosmeticos

Natura Biome

Recém-lançada pela Natura, a marca conta com xampu de uso diário e de hidratação, condicionador, sabonete comum e esfoliante em barra. A novidade está à venda na loja-conceito da marca na Rua Oscar Freire, em São Paulo, mas em breve também estará disponível no e-commerce próprio. Instagram: @naturabiome.

Relax Cosméticos

No coração da Avenida Paulista fica a marca que hoje tem a missão de criar meios para o consumo ético e sustentável de cosméticos revitalizadores. Seu diferencial é oferecer produtos sustentáveis para todos os tipos de pele e cabelo. No site, é possível optar por “pele sensível”, “com manchas” ou “maduras”, por exemplo. Já para o cabelo, oferece produtos em barra para os danificados, coloridos e até com queda. Instagram: @relaxcosmeticos.

Simple Organic

De Florianópolis para o mundo. Séruns, hidratantes, xampus, batons, bases: a marca afirma que sua matéria-prima é cruelty-free, vegana, natural e orgânica, retirada da natureza por meio do manejo sustentável. Diz ainda neutralizar o CO2 de toda a da cadeia de produção e conta com sistema de logística reversa para cuidar do produto mesmo após o seu descarte. Instagram: @simpleorganic.

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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PoderData: 38% querem fazer grandes compras nos próximos meses

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Pesquisa PoderData realizada de 2 a 4 de janeiro de 2022 mostra que 38% dos brasileiros planejam fazer alguma grande compra nos próximos meses -carro, casa, apartamento ou eletrodoméstico, por exemplo. A taxa é 24 pontos percentuais superior à registrada em janeiro de 2021 , quando somente 14% dos entrevistados diziam planejar este tipo de compra em um futuro próximo.

Agora, 50% não pretendem realizar nenhuma compra grande -no ano anterior, eram 76%. Outros 12% não sabem como responder.

Homens (47%), jovens de 16 a 24 anos (46%) e os que moram no Norte (46%) e Nordeste (46%) são os que mais querem fazer compras grandes em 2022.

As projeções econômicas para este ano indicam que o mercado financeiro estima o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice utilizado para medir a inflação, em 5,03% para 2022. O valor é superior à meta de 3,5% .

Intenção de consumo X Avaliação de Jair Bolsonaro

Entre os que avaliam o governo de Jair Bolsonaro como ‘ótimo’ ou ‘bom’, 48% dizem que têm intenção de realizar uma grande compra. Para 56% dos que consideram o trabalho do presidente como ‘ruim/péssimo’, não há intenção disso nos próximos meses.

A pesquisa PoderData foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 501 municípios, nas 27 unidades da Federação, de 2 a 4 de janeiro de 2022.

Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto .

PODERDATA

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter , no Facebook , no Instagram e no LinkedIn .

Fonte: Poder 360

 

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Políticos reagem à nota de Barra Torres contra fala de Bolsonaro

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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 

Políticos reagem – Políticos utilizaram as redes sociais neste sábado (8.jan.2022) para comentar a nota divulgada pelo diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres , sobre as declarações de Jair Bolsonaro (PL) a respeito da autorização para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra covid.

Bolsonaro sugeriu na 5ª feira (6.jan) que a Anvisa poderia ter algum interesse por trás da autorização. No documento, Barra Torres pediu ao presidente que abra uma investigação caso tenha indícios de corrupção na agência ou que, caso não tenha, se retrate.

O pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) deram ‘parabéns’ à Barra Torres pela manifestação.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) caracterizou a declaração de Barra Torres como ‘uma defesa justa à ciência, à verdade’. Ele também se disse favorável à saída de Bolsonaro do cargo.

Os deputados Orlando Silva (PC do B-SP) e Paulo Teixeira (PT-SP) também comentaram a nota de Barra Torres:

Íntegra da nota de Barra Torres

‘Em relação ao recente questionamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 05 a 11 anos, no qual pergunta ‘Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?’, o Diretor Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, responde:

Senhor Presidente, como Oficial General da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos. Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra. Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário.

Como médico, Senhor Presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente.

Como cristão, Senhor Presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho.

Vou morrer sem conhecer riqueza Senhor Presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter.

Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar.

Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.

Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente.

Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário.

Fonte: Poder 360

 

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61% apoiam liberação da maconha medicinal, mostra PodeData

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Pesquisa PoderData realizada de 2 a 4 de janeiro de 2022 mostra que 61% dos brasileiros acreditam que o Brasil deveria liberar o uso da maconha em tratamentos médicos. Os que discordam são 26%. Outros 13% não souberam responder. Essa é a 1ª vez que o PoderData faz essa pergunta aos entrevistados.

A pesquisa PoderData foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 501 municípios, nas 27 unidades da Federação, de 2 a 4 de janeiro de 2022.

Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto .

Na 6ª feira (7.jan.2021), a Anvisa aprovou um novo medicamento à base de cannabis -o Extrato de Cannabis Sativa Greencare 79,14 mg/ml, da farmacêutica Greencare Pharma. É o 10º produto feito a partir da maconha autorizado pela Anvisa no Brasil. Leia aqui sobre os outros produtos vendidos sob prescrição médica.

O Poder360 conversou com pais que utilizam o CBD no tratamento de seus filhos . A reportagem completa pode ser conferida aqui .

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

O apoio à liberação da cannabis para fins medicinais é maior entre pessoas que cursaram o ensino superior (86%) e os que têm renda mensal de 2 a 5 salários mínimos (78%) ou de mais de 5 salários mínimos (81%). Cai na região Norte (35%) e entre os que tem 60 anos ou mais (46%).

Leia abaixo os recortes por sexo, idade, região, escolaridade e renda.

LIBERAÇÃO X AVALIAÇÃO DE BOLSONARRO

O apoio à liberação é maioria mesmo entre os que consideram Bolsonaro ‘bom’ ou ‘ótimo’ (51%). Entre os que avaliam o trabalho do presidente como ‘ruim’ ou ‘péssimo’, vai a 67%.

PODERDATA

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter , no Facebook , no Instagram e no LinkedIn .

Fonte: Poder 360


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Vacinação, gripários e testagem: o que pode ser feito para evitar um colapso na saúde após explosão de casos de Covid no país

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O Brasil está vivendo uma nova onda de infecções de Covid-19, com vários estados registrando casos de superlotação nas unidades de pronto atendimento. Nesta sexta-feira (7), o país registrou 53,4 mil casos por Covid em 24 horas.

Na cidade de São Paulo, uma estimativa da prefeitura aponta que o número de casos de síndrome gripal com confirmação laboratorial para Covid-19 pode ser o dobro do registrado no pico da pandemia de coronavírus, em abril de 2021, recorde até então. Em Belo Horizonte, os leitos de enfermaria para Covid-19 no SUS chegaram à lotação máxima.

Além da Covid, o país vive um aumento de casos de gripe. No Distrito Federal, unidades de saúde seguem lotadas de pessoas com sintomas gripais, em busca de testes e tratamento. A situação se repete em outras regiões. Em Mossoró (RN), a procura por atendimento cresceu mais de 300%. Em Florianópolis, há relatos de pessoas que passaram até 24 horas na fila para atendimento.

O Consórcio Conectar, que representa mais de duas mil cidades brasileiras, pediu apoio ao Ministério da Saúde para reforçar a estrutura de atendimento na rede de saúde.

Mas o que o governo precisa fazer para evitar novos colapsos no sistema de saúde? Especialistas apontam cinco pontos importantes para que o SUS não fique sobrecarregado com a nova onda de infecções:

“Nessas últimas quatro semanas estamos vendo que a taxa de conversão de um paciente ambulatorial [com Covid] para hospitalizado caiu muito. Quando as outras variantes estavam circulando [cepa original, gama e delta], a chance de hospitalização e até óbito era muito maior”, explica o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do departamento de Infectologia da Unesp de Botucatu.

Naime acredita que essa “mudança” na história da pandemia no Brasil se deu por dois fatores: a vacinação em massa e a ômicron – mais de 67% da população está totalmente imunizada (duas doses ou dose única).

Gerson Salvador, infectologista do Hospital Universitário da USP, alerta que a ômicron também é grave. Entretanto, parece ser menos grave em quem tomou a vacina. “Quem não está imunizado ou está parcialmente imunizado pode evoluir para caso grave.”

Por isso, a primeira coisa a ser feita neste momento é TOMAR A VACINAR. “Quem não tomou a segunda dose, deve tomar. Quem precisa de reforço, deve procurar o reforço. E precisamos vacinar as crianças o quanto antes. Quando liberar para a idade do seu filho, leve ele para vacinar”, diz Salvador.

Ampliar testagem e criar gripários

Para os especialistas ouvidos pelo g1, não existe outra alternativa para o governo: é preciso investir no atendimento em massa da população, criar gripários (tendas para síndrome gripal) e ampliar a testagem, que sempre foi baixa no país.

“Os casos de síndrome gripal explodiram no Brasil. Estamos vendo uma superlotação no atendimento primário e pronto atendimento. O que podemos fazer? Investir no atendimento em massa da população, aumentar a capacidade de pronto atendimento das UBSs, criar gripário para esse tipo de atendimento”, alerta Naime.

Gerson Salvador lembra que é preciso também ampliar a testagem no país. “As unidades de saúde estão cheias porque existe uma burocratização com a testagem no Brasil. Em diversos países existe o autoteste. Precisamos liberar o autoteste [o autoteste precisa ser liberado pela Anvisa], para a pessoa fazer o diagnóstico em casa, sem se deslocar para uma farmácia ou unidade de saúde.”

“O país avançou muito na vacinação, mas falhou na testagem. Somos um exemplo de distribuição de vacinas, mas um exemplo negativo de testagem. Testamos muito pouco”, completa Salvador.

“O país avançou muito na vacinação, mas falhou na testagem. Somos um exemplo de distribuição de vacinas, mas um exemplo negativo de testagem. Testamos muito pouco”, completa Salvador.

Os governos também devem criar tendas para atender pessoas com síndrome gripal. Isso ajuda muito a desafogar o sistema de saúde, que deve estar liberado para outras emergências ou casos graves de Covid.

“Precisamos criar tendas, gripários, locais temporários para esse tipo de atendimento. A síndrome gripal é desagradável, tem sintomas chatos, mas não necessariamente é grave. A ideia é tirar esses pacientes do pronto atendimento, para deixar esse espaço para casos graves, e tentar mobilizar isso para UBS, tendas”, analisa Naime.

“A emergência precisa estar reservada para quadros graves. Estamos passando por um momento de influenza, casos crescentes de Covid, as unidades de emergência estão lotadas de pacientes graves. Passamos por um período de maior tranquilidade, mas sabemos que em alguns estados, os setores de emergência estão no limite de capacidade”, comenta Salvador.

Telemedicina pode ser alternativa

Logo após os primeiros casos da Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde autorizou o uso temporário da telemedicina no país. Esse novo modelo serve para atendimento clínico, consultas, diagnósticos e acompanhamento de pacientes.

Para Naime, ela pode ser uma aliada para desafogar os sistemas de saúde. “A telemedicina também é válida. Você consegue traçar um panorama clínico do paciente, mesmo à distância, para verificar se o quadro do indivíduo está evoluindo para um caso mais grave, por exemplo”.

Salvador concorda. “Municípios e gestores do SUS deveriam ampliar a oferta de telemedicina para atender pessoas com quadros leves, assim como os setores privados. O serviço hospitalar precisa ser focado nos quadros graves.”

Comunicação clara

Para evitar fake news que assustam a população, a comunicação dos órgãos municipais, estaduais e federais deve ser clara.

“A grande falha em relação à campanha de vacinação é a falta de comunicação. O governo precisa usar os recursos do PNI para fazer campanhas maciças de vacinação. Não tem campanha de comunicação por parte do governo. O Estado tem que assumir sua função”, ressalta Salvador.

O infectologista da PUC-Rio Fernando Chapermann ressalta que a pandemia mostrou como vivemos em uma bolha. ‘Grande parte da população ainda não pegou a informação. Precisamos de informes mais claros: está com febre, dor de garganta e tosse? Procure ajuda’.

‘Se a pessoa testar positivo, ela deve ser isolada. Também precisamos frisar a importância da higiene, etiqueta respiratória. Se você está gripado ou com febre, não circule, não vá para o trabalho’, completa Chapermann.

‘Se a pessoa testar positivo, ela deve ser isolada. Também precisamos frisar a importância da higiene, etiqueta respiratória. Se você está gripado ou com febre, não circule, não vá para o trabalho’, completa Chapermann.

Mortes não devem acompanhar explosão de casos

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) divulgou na quinta-feira (6) que o índice de resultados positivos para a Covid-19 em testes de farmácia triplicou na última semana do ano em comparação aos sete dias anteriores, saltando de 11,8% para 33,3%.

Apesar da explosão de casos de Covid-19 em todo o país, as mortes não devem acompanhar essa curva. “Não há dúvidas que teremos um aumento de mortes, mas não será proporcional ao número de casos e nem ao que aconteceu com o vírus original e muito menos com o que aconteceu com a gama [quando o país chegou a bater 4 mil mortes diárias]. Teremos até uma desproporcionalidade entre casos e mortes”, diz Alexandre Naime.

“Tudo indica que o aumento de casos graves e mortes deve ser proporcionalmente menor porque a nossa população está amplamente imunizada. As hospitalização e mortes vão se concentrar, principalmente, nas pessoas que não estão imunizadas. E o que nos preocupa são as crianças”, completa Gerson Salvador.

Fonte: G1.Globo

Fiocruz: 1º lote de vacina com produção 100% nacional será entregue em fevereiro

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O primeiro lote da vacina contra covid-19 com produção 100% nacional deve ser envasado ainda este mês e entregue ao Ministério da Saúde em fevereiro, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Nesta sexta-feira, 7, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido pela instituição. O item é matéria-prima para fabricação do imunizante, e o aval do órgão regulador garante que todas as etapas de produção sejam realizadas no País.

+Fiocruz pede atenção à oferta de leitos diante do avanço da ômicron

Os imunizantes serão disponibilizados “assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, disse a Fiocruz em comunicado enviado à imprensa ontem.”

+Anvisa esclarece que vacinas contra covid-19 não são terapia genética

A pandemia de Covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com essa aprovação hoje pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) para essa vacina”, afirmou a instituição na nota.

A Fiocruz iniciou a fabricação em solo brasileiro da vacina de Oxford ainda em julho do ano passado, após a assinatura do contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca, mas dependia de insumos importados.

Fonte: Época Negócios


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Anvisa e Butantan se reúnem e discutem aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes

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Anvisa e Butantan – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária promoveu nesta sexta-feira 7 uma nova reunião com o Instituto Butantan . Em pauta, o pedido de indicação da vacina Coronavac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.

‘A reunião contou com a participação da equipe técnica da Agência, da equipe técnica do Butantan e de um especialista chileno que apresentou dados da vacinação naquele país, inclusive com a Coronavac’, informou a Anvisa em nota.

Atualmente, o único imunizante liberado para crianças e adolescentes é o da Pfizer, em uma versão pediátrica. A aplicação dessa vacina foi autorizada pela Anvisa em 16 de dezembro, mas o governo de Jair Bolsonaro demorou 20 dias para anunciar as diretrizes da campanha.

Em agosto do ano passado, a Anvisa rejeitou um pedido do Butantan para uso emergencial da Coronavac em crianças e adolescentes. Na ocasião, a agência pediu a apresentação de mais dados clínicos, a fim de assegurar a segurança e a eficácia do imunizante.

Fonte: Carta Capital Online

 

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A combinação de fatores que deixa Brasil e América do Sul mais protegidos contra a ômicron

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Enfermarias e pronto-socorros lotados de pessoas com problemas respiratórios retratam um momento preocupante da pandemia de covid-19 no Brasil, simultaneamente a uma epidemia de influenza.

Mas, em meio ao avanço global da variante ômicron, que demonstra ser muito mais transmissível, faz o mundo bater recorde de novos casos de covid-19 e já causou mortes por aqui, os dados e os especialistas sinalizam que o Brasil – junto a boa parte da América do Sul – tem atualmente barreiras de proteção mais robustas para evitar que a explosão de infecções resulte em altos números de casos pacientes graves e óbitos.

Em parte, isso se dá tanto por motivos positivos – como a alta adesão da população brasileira às vacinas – quanto por razões trágicas e ao menos parcialmente evitáveis, como a devastação causada no país por ondas e variantes prévias do coronavírus.

“Fomos a região do mundo que mais sofreu: temos o maior excesso de óbitos (em relação às mortes registradas em anos normais, pré-pandemia). Mas também somos a região que mais vacinou até agora. Esses dois eventos geram algum tipo de proteção”, diz à BBC News Brasil o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

A revista britânica The Economist combinou dados de duas universidades britânicas que estão monitorando a pandemia pelo mundo: o Imperial College London e a Universidade de Oxford, que produz a plataforma Our World in Data.

Atraso para vacinar crianças é ‘negação inacreditável da ciência’ diante de aumento de casos de covid, diz médico da Fiocruz

E, a partir de dados de vacinação e estimativas de porcentagem de populações já infectadas pela covid-19, colocou Chile, Brasil e Uruguai junto a Israel e Reino Unido (dois países com alta taxa de vacinação e rastreio de casos) como os que parecem estar mais protegidos contra a ômicron.

Isso nem de longe quer dizer dizer que é o momento de relaxar nas medidas preventivas. Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a ômicron não deve ser tratada como uma variante branda, porque já está provocando mortes e saturação em sistemas de saúde pelo mundo – embora estudos indiquem que ela tem menos probabilidade de causar casos graves do que as variantes anteriores do coronavírus.

A OMS disse que o número de casos globais aumentou em 71% na última semana – e, nas Américas, subiu 100%. A entidade afirma que, entre os casos graves em todo o mundo, 90% são em pessoas que não foram vacinadas.

Mas o argumento de Croda e outros especialistas é de que temos, no Brasil, mais ferramentas para nos protegermos desta vez – desde que consigamos ampliar a vacinação para os públicos que ainda não a receberam (como as crianças) e avançar com a aplicação das doses de reforço.

A alta vacinação

Os três países sul-americanos citados pela The Economist têm altas taxas de vacinação: no Chile, 86% da população está plenamente vacinada – um dos maiores índices do mundo, segundo o Our World in Data. E o governo chileno anunciou que começará a aplicar uma quarta dose da vacina no mês que vem, para grupos considerados prioritários ou vulneráveis.

O Uruguai tem 76% da população com o esquema vacinal completo.

O Brasil, por sua vez, vive o rescaldo de um apagão de dados oficiais, o que tem deixado no escuro pesquisadores e profissionais da saúde que tentam monitorar o rumo que a pandemia tem tomado por aqui.

Mas, de modo geral, o país tem registrado uma alta adesão à vacinação. A estimativa mais recente, provavelmente desatualizada, é de que em torno de 67% da população esteja com o esquema vacinal completo e que 15,4 milhões de doses de reforço já tenham sido aplicadas.

Embora o Brasil esteja, em relação a outros países, mais protegido contra a ômicron, precisa levar em conta a desigualdade regional na aplicação de vacinas, explica à BBC News Brasil o microbiologista Átila Iamarino.

“Nem todo lugar tem acesso à vacinação dessa forma: temos regiões do interior dos Estados do Norte onde a vacinação não chega a 40% da população de alguns municípios, e são regiões que estão enfrentando falta de leitos agora, por causa de ondas de casos causados ainda pela (variante) delta, antes mesmo da ômicron. Pela falta de vacinação, elas estão suscetíveis a qualquer uma das variantes”, diz o especialista.

“Pelo menos não temos aqui a concentração de grupos antivacina, como nos Estados Unidos e Europa, que montam focos onde a doença consegue circular muito bem”, agrega.

No cenário mais amplo, a América do Sul terminou 2021 como o continente com os mais altos índices do mundo de vacinação contra o coronavírus, com 63,4% de sua população imunizada com duas doses ou vacina de dose única, segundo dados divulgados no final de dezembro pela Organização Mundial da Saúde.

Se levarmos em conta quem tomou ao menos uma dose da vacina, esse índice sobe para 74,3% dos 434 milhões de habitantes sul-americanos.

Esse é o lado positivo dessa história.

O lado negativo é que a região chega a esse patamar depois de ter sido o epicentro mundial da covid-19 e acumulado os maiores índices de mortes pela pandemia em todo o planeta, a um enorme custo social, econômico e de saúde que deixou cicatrizes irreversíveis em milhões de famílias.

Imunidade por contágio

Não sabemos ao certo o quanto da população brasileira foi em algum momento infectada pelo coronavírus, já que o país nunca conseguiu estabelecer um programa amplo de testagem e rastreamento de casos.

Mas tudo indica que os números de infecções são bem maiores que os 22,3 milhões de casos confirmados oficialmente.

Julio Croda estima que entre 30 milhões e 60 milhões de brasileiros tenham pego covid-19 em algum momento, mesmo que assintomáticos. Iamarino acha que esse índice pode passar de 50% dos brasileiros – ou seja, mais de 100 milhões de pessoas.

É importante destacar que, apesar de infecções prévias oferecerem algum tipo de proteção contra a ômicron, essa proteção diminui com o tempo. Além disso, a nova variante tem se mostrado muito mais capaz de driblar a imunidade prévia.

Em dezembro, o Imperial College London estimou que o risco de reinfecção com a ômicron é mais de cinco vezes maior do que com a delta.

A nova variante também é mais eficiente em driblar a vacina – o que explica o recente aumento de testes positivos de covid-19 mesmo entre vacinados.

Mas isso não significa que a vacina não funciona, pelo contrário: a imunização faz com que a maior parte dessas infecções limitem-se a sintomas leves.

Apesar da superlotação no atendimento emergencial em hospitais e UPAs de várias cidades, ainda mais pressionada pela epidemia de influenza, “aqui no Brasil, a explosão da ômicron tem sido sem um impacto importante em hospitalizações e mortes – o que é efeito dessa combinação de fatores (de alta infecção prévia e alta taxa de vacinação)”, agrega Croda.

A ausência de dados oficiais atualizados torna mais difícil avaliar o atual cenário, mas a média móvel de óbitos por covid-19 tem se mantido estável no país, apesar do aumento de casos.

Doses de reforço e vacinação de infectados

O que, então, podemos aprender para tirar proveito dos pontos fortes do Brasil neste momento?

“A lição é que a vacina é essencial, e talvez com uma dose de reforço – é natural que a gente precise (de doses extras da vacina) para manter a resposta imune elevada”, explica Julio Croda.

“Quanto mais pessoas tiverem exposição (ao vírus) protegidas com a vacina, mais provavelmente teremos formas mais leves da doença e menos casos severos, mesmo com novas variantes”, diz ele.

Por sinal, uma pesquisa feita por Croda (e em processo de revisão por pares) aponta que, para pessoas que já haviam contraído o coronavírus, as quatro vacinas aplicadas no Brasil (CoronaVac, Janssen, Pfizer e AstraZeneca) propiciam um alto grau de proteção adicional contra sintomas de covid-19 ou contra formas graves da doença.

Para essas pessoas previamente infectadas, tomar duas doses de uma dessas vacinas (ou dose única, no caso da Janssen) traz uma proteção semelhante à de quem já recebeu a dose de reforço.

E, para quem não foi previamente exposto ao coronavírus, tudo indica que as doses de reforço serão cada vez mais importantes, já que elas recuperam a proteção perdida com o passar do tempo e com a evolução natural do vírus, em variantes que podem se tornar mais perigosas.

Os pontos fracos do Brasil: grupos vulneráveis

Ao mesmo tempo, o que deixa especialistas em alerta é a vulnerabilidade de alguns grupos diante de variantes mais infecciosas, em particular as crianças.

“É um grupo que nos preocupa, porque as crianças não têm acesso à vacina e não tiveram muita exposição à doença, já as escolas ficaram fechadas. Então é um grupo altamente exposto agora”, explica Croda.

Em dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, o que tem enfrentado resistência do governo de Jair Bolsonaro, crítico da vacinação infantil.

Na quinta-feira (6/1), o presidente criticou a aprovação da Anvisa e disse desconhecer casos de mortes por covid-19 nessa faixa etária – apesar de os números do próprio governo confirmarem que 301 crianças de 5 a 11 anos já morreram da doença no país.

Foi só no dia 5 que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que está prevista a chegada de 20 milhões de doses da vacina infantil da Pfizer ao Brasil neste primeiro trimestre, e mais 20 milhões no segundo trimestre.

Além da vulnerabilidade desse público, Átila Iamarino lista também outros obstáculos enfrentados pelo Brasil no momento: em meio à nova explosão de casos de covid-19, será mais difícil – e impopular – implementar medidas de isolamento social, em um momento em que a crise e o desemprego seguem altos no país.

“Vai ser mais difícil ter o distanciamento, apesar de haver a demanda. A pressão econômica e social é muito maior para as pessoas continuarem na rua, e com isso o vírus vai circular muito mais e atingir os mais suscetíveis, que são principalmente as crianças”, afirma.

Outra dúvida, diz ele, é qual será o desempenho da principal vacina que deu início ao programa de imunização contra covid-19 no Brasil: a CoronaVac.

Isso porque os países por onde a ômicron passou com mais força até agora, como África do Sul, Reino Unido e EUA, usam outro regime vacinal, explica Iamarino. E é desses países que saíram as principais lições e os principais estudos científicos sobre a ômicron até agora.

“Nosso alto índice de vacinação é com a CoronaVac, o que é ótimo – ela garantidamente salvou dezenas de milhares de vidas por aqui, quando a vacinação começou. Mas a gente ainda não tem um panorama tão claro de como ela se sai em relação à ômicron na população. É muito provável que ela previna a maioria das hospitalizações como as outras vacinas, mas a gente não sabe”, prossegue.

“É um ponto que eu não diria que é inseguro, mas é incerto. E a gente tem algumas populações de idosos que receberam só a CoronaVac, com duas ou três doses. Quem estudou resposta imune recomenda que essas pessoas recebam doses de reforço de vacina de RNA (no caso, a vacina da Pfizer). Esse é um ponto preocupante que pode fazer diferença aqui no Brasil”, conclui Iamarino.

Croda também ressalta que, no caso de doses de reforço, a resposta imune tem se mostrado maior quando se aplica uma vacina diferente daquela que foi aplicada nas doses iniciais.

Fonte: BBC Brasil

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