Clientes da Drogaria UltraPopular de Jales ganham casa e motos

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Três clientes sortudos das duas unidades da Drogaria Ultrapopular de Jales começaram 2021 com o pé direito! A “Promoção Farmarcas” entregou mais de R$ 1 milhão de reais em prêmios para a enorme rede de farmácias espalhadas por todo Brasil.

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Todos os clientes que compravam a partir de R$ 1 (um real) nas unidades da Drogaria Ultrapular de Jales em produtos não-medicamentos poderiam fornecer o CPF no balcão para o cadastro na promoção. De imediato o sistema gerava números da sorte e os clientes, automaticamente, passaram a concorrer a 60 motos, 10 carros e 1 casa.

No sorteio realizado através da Loteria Federal no último dia 30 de janeiro, três prêmios saíram para as unidades de Jales, incluindo o maior deles: uma casa no valor de R$ 300 mil reais. Os outros dois sortudos vão sair motorizados, com uma moto para cada no valor de R$ 11.250,00.

O ganhador da casa no valor de R$ 300 mil reais é Hugo Guedes Filho, morador em Aspásia. Duas pessoas de Santa Saleta e Ouroeste, Maristela Varconti e Nathan Cristian da Silva Machado faturaram uma motocicleta Honda/Biz cada um.

A festa movimentou o comércio de Jales no último sábado, dia 20, com a participação da equipe das duas unidades da Ultrapopular de Jales e um caminhão trio-elétrico que animou a festa.

Para a direção das unidades, o resultado valoriza o grande público que confia na qualidade do atendimento e dos produtos fornecidos pela Drogaria Ultrapopular, que recentemente reinaugurou a segunda unidade em Jales, na Rua 8. A rede também conta com a tradicional Ultrapopular da Avenida Francisco Jalles, no coração da cidade.

Fonte: Região Noroeste

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Pfizer diz que não venderá vacina ao Brasil se governo não aceitar condições

A Pfizer e a Johnson & Johnson informaram nesta 2ª feira (22.fev.2021) que as farmacêuticas não aceitam as exigências feitas pelo governo federal para vender suas vacinas contra covid-19 ao Brasil.

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A informação foi transmitida por executivos das empresas em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Também participaram do encontro representantes da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) e da Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).

O principal entrave nas negociações para disponibilização da vacina da Pfizer, que já é aplicada em 69 países, é a cláusula que repassa ao governo brasileiro a responsabilidade por eventuais disputas na Justiça por causa de efeitos adversos provocados pelo imunizante, desde que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenha concedido o registro ou autorizado seu uso emergencial e temporário.

Essa cláusula do contrato também determina que qualquer atrito com o governo seja resolvido na Câmara Arbitral de Nova York, e exige que o governo renuncie à soberania de seus ativos no exterior como garantia de pagamento. Também pede que o governo constitua um fundo garantidor com valores depositados numa conta no exterior.

De acordo com Randolfe, o presidente da Pfizer para a América Latina relatou que, em toda a região, apenas Brasil, Venezuela e Argentina não concordaram com os termos da farmacêutica para a aquisição das vacinas. “É um empecilho burocrático. Se ele já tivesse sido superado, nós já teríamos vacina da Pfizer disponível desde dezembro. […] Pela circunstância excepcional que o planeta está vivendo, todo o planeta está aceitando, assumindo essa responsabilidade”.

Em nota, a Pfizer disse que não comenta as negociações com o governo brasileiro, mas reforçou que “as cláusulas que estão sendo negociadas estão em linha com os acordos fechados em outros países do mundo – inclusive na América Latina”. Eis a íntegra do comunicado (245 KB).

A Pfizer pediu à Anvisa o registro emergencial da vacina contra a covid-19 em 6 de fevereiro. As negociações com o governo brasileiro vêm desde junho do ano passado.

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Saída via Congresso

Randolfe Rodrigues disse esperar que o Congresso aprove uma emenda à medida provisória que regulamenta a importação de vacinas prevendo que o governo federal assuma responsabilidade pelas eventuais demandas judiciais decorrentes da aplicação dos imunizantes. Disse que Rodrigo Pacheco deve se reunir nesta 2ª feira (22.fev) com o ministro Eduardo Pazuello para tentar desatar os nós da negociação entre o governo Bolsonaro e as farmacêuticas.

“Pacheco ainda hoje vai se encontrar com o ministro Pazuello, relatará os empecilhos que existem e a necessidade de termos mais doses de vacinas. Em paralelo a isso, nós vamos abrir o diálogo necessário com a Câmara dos Deputados. Estará sendo preparado um projeto de lei com base em todos os condicionantes que são necessários para a entrada dessas empresas”, disse Randolfe.

Segundo o senador, esse projeto definirá um tribunal de arbitragem para resolução de divergências entre o governo e as empresas que produzem as vacinas anticovid-19.

O Ministério da Saúde informou que espera até a próxima 6ª feira (26.fev) uma orientação do Palácio do Planalto a respeito de como proceder para solucionar impasses nas negociações para aquisição das vacinas contra covid-19 dos laboratórios Janssen, do grupo Johnson & Johnson, e Pfizer.

Fonte: MSN

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Senado votará projeto para destravar compra de vacinas da Pfizer e Janssen

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Após meses de negativas do presidente Jair Bolsonaro à compra de vacinas contra covid-19 que exigem cláusulas “abusivas”, na leitura do governo federal, como da Pfizer e Janssen, o Senado assumiu a discussão com os laboratórios e deve votar mudanças na legislação para destravar esses contratos.

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O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, reuniu-se nesta segunda-feira, 22, com representantes das duas empresas. Após a reunião, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que será elaborado e votado um projeto de lei para destravar essas compras. Pacheco também deve sugerir mudanças ao parecer da Câmara sobre a MP 1026/2021, para inserir artigo que facilitaria as compras.

Desde meados de 2020, o governo negocia a compra desses imunizantes, mas trava principalmente na cobrança das farmacêuticas de que a União assuma riscos e custos de efeitos colaterais dos produtos. Como revelou o Estadão, um artigo para destravar justamente essas compras chegou a ser sugerido pelo Ministério da Saúde em discussões para elaboração da MP 1.026/2021, mas foi excluído da versão final do texto, publicada em janeiro.

O presidente do Senado deve ainda se reunir com o ministro Eduardo Pazuello nesta tarde para tratar das vacinas. Pressionado, o Ministério da Saúde divulgou nota do domingo, 21, afirmando que pediu “orientação” à Casa Civil sobre os contratos com a Pfizer e Janssen.

Durante a reunião com senadores, um representante da Pfizer disse que só Brasil, Argentina e Venezuela negaram acordo com o laboratório por rejeitarem exigências feitas pelo laboratório.

Pacheco deve sugerir que a Câmara acrescente no parecer sobre a MP 1.026/21 um artigo com a mesma redação que foi excluída pelo governo da versão final da medida. O relator da Câmara, Pedro Westphalen (PP-RS), porém, já recusou uma emenda em seu parecer com este conteúdo, afirmando que a mudança poderia criar aumento de despesa, pois a União arcaria com condenações por efeitos colaterais da vacina.

O Senado também deve votar um projeto para criar, entre outros pontos, uma espécie de tribunal de arbitragem para discutir eventuais questionamentos sobre efeitos colaterais das vacinas. A ideia é tentar resolver na esfera administrativa esses processos e evitar a judicialização. O projeto seria um complemento à emenda sugerida na MP.

A resistência do governo à compra da vacina da Pfizer foi tornada pública por Bolsonaro e pelo ministro Pazuello. Em nota de 23 de janeiro, a Saúde disse que comprar esta vacina seria uma conquista de “marketing, branding e growth” para a Pfizer, mas causaria “frustração em todos os brasileiros”, porque a oferta de doses seria pequena – o laboratório chegou a oferecer 70 milhões de vacinas, com entrega a partir de dezembro de 2020 -. Já Bolsonaro, no fim do ano passado, ironizou as condições impostas pelo laboratório. “Lá no contrato da Pfizer está bem claro: ‘Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você'”, disse o mandatário.

A reunião desta segunda-feira também foi acompanhada pelo Sindusfarma e a Interfarma, que representa os principais laboratórios nacionais e multinacionais que atuam no País. Presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini disse que “ficou claro” na reunião que Pfizer e Janssen não estão impondo cláusulas ao Brasil diferentes daquelas exigidas no resto do mundo. “Empresas transnacionais que negociam com vários países precisam padronizar contratos para evitar riscos futuros”, disse.

Fonte: Terra

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É preciso se preocupar mais com transmissão pelo ar do que por superfície, diz cientista

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O virologista da Universidade Federal de Minas (UFMG) Flávio Guimarães Fonseca tem chamado atenção para os riscos de contágio da covid-19 por meio de partículas suspensas no ar. Para o especialista, não se deve negligenciar a transmissão por contato e que atos como a higienização das mãos é fundamental, mas há meios mais significativos de contágio que devem passar a receber maior atenção para prevenção.

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A posição encontra respaldo em comunicado conjunto do órgão americano FDA (Food and Drugs Administration) e da USDA (Departamento de Agricultura do país). Pesquisadores dos Estados Unidos indicaram que a transmissão da doença por meio de alimentos e embalagens, por exemplo, é muito improvavel. A nota se soma a um grupo crescente de dados que vem apontando nessa direção.

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Para Fonseca, não se deve negligenciar totalmente a possibilidade de transmissão por contato, e que é necessário manter esse cuidado, com uso de álcool em gel e higienização das mãos, mas que é importante ter em mente que epidemiologicamente as chances de contágio são muito inferiores frente à possibilidade de transmissão por partículas suspensas no ar.

Flávio explica que os dados mais recentes apontam nessa direção. “Hoje se sabe que o novo coronavírus é um vírus predominantemente respiratório, transmitido através do ar. Então, outras formas de contágio, embora existam, são secundárias e de importância epidemiológica discutível. É isso que se tem visto.”

O virologista cita que um artigo publicado na revista científica The Lancet trata sobre o tema e avalia que esse tipo de informação é importante no uso dos recursos para frear a pandemia. “Precisaríamos gastar mais dinheiro para purificar o ar, porque as partículas em suspensão, os aerossóis, estão presentes no ar, e menos dinheiro em protocolos de limpeza. Seria o mais lógico, porque hoje se gasta muito em protocolos de limpeza e poderia ser alocado para um recurso voltado para a purificação do ar.”

No entanto, analisa positivamente que a nota do FDA não desconsidera a possibilidade de infecção por partículas em superfície, mas minimiza esse meio. “E é exatamente isso, não dá para falar que não existe risco nenhum e contágio por toque em uma superfície contaminada, mas essa possibilidade em termos epidemiológicos está se mostrando cada vez mais reduzida com o grupo de dados que a gente tem hoje”, analisa.

Em nota divulgada, a FDA afirmou: “Os consumidores podem ter a tranquilidade de que continuamos a acreditar, com base em nosso entendimento das informações científicas confiáveis atualmente disponíveis e apoiados em um consenso científico internacional, que os alimentos consumidos e as suas embalagens têm mínima probabilidade de espalhar a SARS-CoV-2 “.

Fonte: MSN

Ernesto Araújo critica lockdown ao ‘sacrificar liberdade pela saúde’

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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou ontem que as restrições impostas no mundo para conter a pandemia de coronavírus são ameaças à liberdades fundamentais. O chanceler e a ministra Damares Alves, da pasta Mulher, Família e Direitos Humanos, participaram ontem de reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).

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“As liberdades fundamentais são hoje ameaçadas por desafios crescentes, e a crise da covid apenas contribuiu para exacerbar estas tendências. Sociedades inteiras estão se habituando à ideia de que é preciso sacrificar a liberdade em nome da saúde”, disse Araújo.

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No encontro, os membros do governo defenderam a resposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) frente à pandemia de covid-19 e, segundo Damares, as doses prioritárias de vacina contra a doença estão “garantidas” no país.

“Garantimos a vacinação prioritária da população idosa, realizada em paralelo com a dos profissionais de saúde e dos povos tradicionais”, afirmou a ministra ao mencio

Fonte: Jornal Metro News

Covid-19: O que se pode aprender com a vacinação em Israel

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Em pouco mais de um mês depois do início da campanha de vacinação contra Covid-19, pelo menos 46% da população de Israel já tomou pelo menos uma dose da vacina, de acordo com dados da Our World In Data, painel feito pela Universidade de Oxford que mostra a proporção de pessoas vacinadas em cada país, sendo um dos países em que a imunização está mais avançada em todo o mundo.

Veja também: Técnica de enfermagem vira ré por simular vacinação em Niterói

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Fonte: Correio do Estado

Técnica de enfermagem vira ré por simular vacinação em Niterói

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Dez dias após simular a aplicação de uma dose de vacina contra Covid-19 em um idoso em Niterói, na região metropolitana do Rio, nesta segunda-feira, 22, a técnica de enfermagem Rozemary Gomes Pita, de 42 anos, tornou-se ré por peculato e infração de medida sanitária preventiva. A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) foi aceita pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Se ela for condenada, a pena pode chegar a até 12 anos de prisão pelo peculato e a 1 ano e 4 meses pelo outro crime. O MP-RJ também pediu a prisão preventiva da técnica de enfermagem, mas a Justiça negou.

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Na decisão, o Juízo registrou que “os fatos narrados na denúncia são graves, sobretudo porque em tese praticados por uma profissional de saúde, durante pandemia que se abate sobre o país e o mundo e contra idoso de 90 anos de idade”. Mas não considerou que a profissional representaria “riscos para a ordem pública” por “reiteração da prática criminosa”, já que a técnica de enfermagem já foi demitida pela Prefeitura de Niterói. A prisão nesta fase foi considerada medida desnecessária e desproporcional, mas a Justiça determinou que Rozemary não pode sair do Estado do Rio por mais de 15 dias, não exerça função pública e compareça mensalmente em juízo para informar suas atividades. Ela pode ser presa caso deixe de cumprir alguma dessas medidas.

O caso. O episódio aconteceu em 12 de fevereiro, no posto drive-thru de vacinação do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Gragoatá, bairro de Niterói. Acompanhado por familiares, um idoso de 90 anos foi ao local para ser vacinado. Um parente filmou toda a ação. Ao ver as imagens, a família percebeu que a vacina não havia sido aplicada. Nas imagens é possível ver que a técnica de enfermagem injeta a seringa no braço e a retira sem pressionar o êmbolo – portanto, sem aplicar a dose.

Segundo a Secretaria de Saúde de Niterói, logo depois profissionais da saúde foram à casa do idoso e aplicaram corretamente a vacina.

Resposta. Em depoimento à Polícia Civil, na semana passada, a técnica de enfermagem afirmou que estava “cansada e estressada”, mas não soube explicar por que deixou de aplicar a vacina, segundo a polícia. A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informou ter desligado a profissional de saúde de seu quadro de funcionários.

“Inicialmente, ela alegou que estava estressada e extremamente cansada. Mas como explicar o inexplicável? Como uma profissional experiente vai justificar o motivo de não ter apertado o êmbolo de uma seringa na hora de aplicar a vacina? Por isso, ela se limitou a dizer que não sabia o motivo. No vídeo, ficou registrado que o acompanhante do idoso inclusive perguntou se ela havia aplicado a vacina corretamente, e ela respondeu com ironia, confirmando que o fez. Ela sabia que o líquido estava ali. Já descartamos a hipótese de que ela esqueceu de apertar. Ela tinha plena consciência do que estava fazendo”, afirmou à imprensa na ocasião o delegado Luiz Henrique Marques Pereira, da 76ª DP (Niterói), responsável pela investigação. Para ele, a técnica de enfermagem agiu intencionalmente.

Fonte: MSN

“Vacinagate”: o escândalo dos furadores de fila do Peru

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Quase 500, incluindo figuras públicas conceituadas, passaram à frente na prioridade da vacinação contra a covid-19. Além de apuros sanitários, políticos e econômicos, peruanos enfrentam agora crise moral.O ex-presidente, sua esposa, seu irmão, a ministra do Exterior, a ministra da Saúde, seu motorista, o marido de uma congressista, dois reitores de uma universidade, agroindustriais, até o embaixador do Vaticano e arcebispo: a lista dos furadores da fila da vacinação no Peru abarca 487 nomes. Todos receberam o imunizante contra a covid-19 da empresa chinesa Sinopharm antes da hora, de forma secreta e ilegal, e um quarto deles é funcionário do Estado peruano. “Vacinagate” é o sensacionalista apelido dado pelas mídias nacionais ao escândalo. E assim como o caso Watergate, em 1972, envolvia mais do que o assalto à sede do Partido Democrata americano, em Washington, também na república andina trata-se de muito mais do que o delito trivial de passar à frente do pessoal de saúde. Pois se, mesmo antes da crise do coronavírus, a confiança dos peruanos em seus políticos já era muito baixa, devido a numerosos escândalos de corrupção, agora ela tende a zero. Isso, justamente em plena pandemia do século, e a menos de dois meses das eleições presidenciais e legislativas de 11 de abril. Desculpas deslavadas “Os peruanos estão muito decepcionados. Antes tínhamos situações mafiosas nos governos, com conexões com o narcotráfico. O povo esperava que os novos responsáveis fossem diferentes”, afirma Mayte Dongo, historiadora e cientista política da Universidade Católica do Peru, em Lima. Contudo o pior talvez seja que esses “espertalhões” servem de espelho para a população: “Muitos peruanos possivelmente teriam agido exatamente assim.” Em agosto de 2020, a farmacêutica chinesa Sinopharm realizou um amplo estudo de fase 3 de seu imunizante, em 125 países, inclusive o Peru. Embora o produto já esteja em uso na Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda está estudando a autorização. Após o estudo no Peru, sobraram 3.200 doses da vacina. E muitos políticos se aproveitaram. “É claro que a população associa o escândalo ao novo governo”, diz Dongo. Não com Francisco Sagasti, eleito chefe de Estado interino pelo Congresso Nacional, em meados de novembro. Mas sim com a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, e a do Exterior, Elisabeth Astete. Ambas já se demitiram e estão ameaçadas de até oito anos de prisão. Talvez os peruanos tivessem perdoado, até certo ponto, as furadoras de fila, mas não o descaramento com que elas tentaram se eximir da culpa. Astete argumentou que, “como ministra do Exterior, eu não podia me dar ao luxo de ficar doente”. Porém sua colega de gabinete Mazzetti foi ainda mais longe. “Nós, que encabeçamos as instituições, devemos dar o exemplo e esperar decentemente pelo nosso momento. Na verdade, minha vez é na semana que vem, mas o capitão é o último a abandonar o navio, certo?”, alegou numa coletiva de imprensa, dez dias atrás. Só que, poucos dias depois, a responsável pela Saúde teve que admitir que fora a primeira a saltar para o bote salva-vidas, vacinando-se às escondidas. Dongo não está especialmente surpresa com a conduta dos políticos: “Antes de a vacina chegar, os cidadãos já estavam dizendo: ‘Prestem atenção com a vacina, pois tem gente que vai furar a fila'”, conta a cientista política. Ela teme consequências sérias para o próximo pleito. “Muitos políticos jogaram fora a confiança depositada neles, e possivelmente já vamos sentir isso em abril, nas eleições. Como a população está farta, ela poderá eleger um candidato sem nada a ver com o establishment. E isso é perigoso, pois o populismo pode se aproveitar.” Peru não é caso isolado Cabe notar que o ocorrido no Peru também acontece diariamente pelo mundo afora. Na Alemanha e na Áustria, os prefeitos passam à frente para tomar a vacina anti-covid; na Espanha, a liderança militar e o bispo de Maiorca; na Polônia, o ex-primeiro-ministro; no Reino Unido, um parlamentar conservador. Assim como, na encomenda dos imunizantes, os países industrializados tratam de se garantir, sem consideração pelos demais. Na vacinação são os representantes das camadas superiores que usam suas conexões para receber logo a sua dose. Ainda assim, para o neurobiólogo Edward Málaga-Trillo o caso do Peru é ímpar. “Por um lado, a dimensão é muito maior; por outro, não só políticos, mas também cientistas e médicos estavam entre os vacinados, gente que deveria saber melhor que ninguém a fronteira ética que estava ultrapassando. Acima de tudo, porém, isso acontece num país que chegou a ter o maior número de mortos em relação à população, que sofreu com o vírus como poucos outros”, pondera. Até o momento, mais de 44 mil já morreram do Peru em consequência de uma infecção com o vírus Sars-Cov-2. Isso coloca o país, com seus 33 milhões de habitantes, na oitava colocação dessa triste estatística da pandemia. O “Vacinagate” é um tapa na cara também para médicos e pesquisadores. Danos à ciência Para Málaga-Trillo, que atuou como pesquisador na Alemanha por mais de dez anos e esteve no front avançado durante a primeira onda da pandemia, o caso chega a ser uma “ofensa pessoal”. Até o ano 2000, o neurobiólogo se dedicava à pesquisa de base sobre a doença de Alzheimer, com 3 mil peixes-zebra, em seu laboratório. Com a eclosão da pandemia, ele mudou de foco, desenvolvendo testes moleculares rápidos de coronavírus. Para tal, assume um grande risco pessoal, juntamente com sua equipe: enquanto a maioria dos peruanos permanece em casa, em confinamento, os jovens pesquisadores vão às ruas e trabalham dia após dia com amostras do vírus. “E aí você fica sabendo que alguns privilegiados, que não estão expostos a nenhum perigo, tomaram a vacina. Dá um sentimento de que todos os sacrifícios que se faz pelo país não são valorizados, e na verdade de nada valem.” Para Trillo, o “Vacinagate” é a quarta crise que atinge simultaneamente o Peru: à pandemia e aos apuros econômicos e políticos, junta-se agora uma crise moral. “Mesmo o Ministério da Saúde, que tem a responsabilidade pelo combate à pandemia e deveria ser um exemplo, não coloca seus interesses pessoais em segundo plano. Ou seja, as pessoas que deveria proteger a população peruana pensam primeiro em si.” As consequências são devastadoras, em especial para o centro de pesquisas do neurobiólogo: sua Universidade Peruana Cayetano Heredia era considerada instituição de elite na pesquisa da pandemia, altamente conceituada nos meios científicos. No entanto, como os testes para a Sinopharm foram realizados lá, agora ocorrem renúncias em massa, verbas de pesquisa estão retidas, possivelmente não se poderá mais realizar estudos clínicos na universidade. “Essas pessoas também sujaram a ciência, esse é um golpe duro para o futuro do combate ao coronavírus”, queixa-se Málaga-Trillo. Certo está que o “Vacinagate” serve, desde já, como uma advertência global contra os furadores de fila da vacinação. Contudo ele teme que este só seja o começo do escândalo. “A coisa ainda não acabou. Estamos todos ansiosos para saber que nomes e surpresas os próximos dias ainda vão trazer”, acrescenta. Autor: Oliver Pieper

Fonte: O Povo Online

Butantan entrega novas doses da CoronaVac nesta terça-feira

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O Instituto Butantan começa a entregar nesta terça-feira (23) novas doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Na quarta-feira (17), o governo de São Paulo anunciou que seriam entregues 3,4 milhões de imunizantes.

O governo afirmou ainda que antecipará, junto com o Instituto Butantan, a entrega das 54 milhões de doses para o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A entrega das doses estava prevista para o final de setembro deste ano, mas será realizada, de acordo com a administração estadual, até o final do mês de agosto.

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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, em coletiva de imprensa na quarta-feira (17), que serão entregues por dia para o Ministério da Saúde, 426 mil doses. “Em 8 dias, vamos chegar aos 3,4 milhões doses. Espero não parar mais porque não temos mais problemas com matéria-prima. Devemos escalar essa produção e, a partir de abril, possivelmente vamos dobrar essa produção porque teremos à disposição uma fábrica que está sendo usada para a vacina da gripe.”

Doria afirmou ainda que até até abril serão entregues ao Ministério da Saúde 46 milhões de vacinas do Instituto Butantan, e na segunda etapa, 54 milhões de doses do imunizante até o final de agosto, totalizando 100 milhões de doses. “É inaceitável que tenhamos algumas capitais e cidades que não tenham vacinas e estados que estejam na fase final de disponibilidade”, lamentou o governador.

Butantan e Ministério da Saúde

De acordo com o governo, pelo novo acordo firmado entre o Butantan e o Ministério da Saúde na segunda (15), a carga adicional de 54 milhões de doses se soma às 46 milhões que o instituto Butantan havia se comprometido a fornecer ao PNI (Plano Nacional de Imuniuzações).

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“No cronograma contratado, a última entrega seria em setembro. Nós vamos fazer todo o esforço para adiantar essa produção e entrega. Esperamos que, no máximo em agosto, tenhamos entregue o total de 100 milhões de doses”, disse Covas. “Neste momento, é a única vacina que está sendo usada em grande volume no Brasil. Isso traz uma responsabilidade muito grande para o Butantan”, acrescentou Dimas.

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram, até o momento, 9,8 milhões de vacinas ao PNI. Em janeiro, foram 6 milhões no dia 17, outras 900 mil no dia 22 e mais 1,8 milhão no dia 29. Em fevereiro, foram enviadas outras 1,1 milhão de doses no último dia 5.

A partir da próxima semana, o Butantan começa a entregar parte de uma nova carga de 17,3 milhões de vacinas fabricadas com o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) enviado neste mês pela biofarmacêutica Sinovac. O governo informou ainda que 11 mil litros de matéria-prima chegaram da China para a fábrica em São Paulo.

O Butantan diz ter pedido uma nova remessa de 8 mil litros de IFA para a Sinovac. O objetivo, segundo o governo, é acelerar ainda mais a produção de novas vacinas na capital paulista.

Fonte: Portal R7 

Fiocruz receberá sábado matéria-prima para produzir 12 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, diz Ministério da Saúde

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá nesta terça-feira (23) uma nova remessa de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford produzidas pelo Instituto Serum, da Índia. O lote seguirá para Bio-Manguinhos para passar por conferência de temperatura e integridade da carga, ser etiquetado com informações em português e ter amostras encaminhadas para análise de protocolo e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). O processo acontecerá ao longo do dia e a previsão é de que a remessa esteja pronta para ser distribuída na madrugada de amanhã.

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Tanto a Fiocruz quanto o Ministéiro da Saúde ressaltaram que a importação de doses prontas da vacina é uma estratégia paralela à produção de imunizantes a partir da chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), para acelerar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A pasta informou ainda que, neste sábado (27), o país receberá dois lotes de IFA que serão suficientes para a fundação produzir cerca de 12 milhões de doses da vacina de Oxford.

Também a partir de hoje, o Instituto Butantan (SP) começará a liberar para o Plano Nacional de Imunização (PNI) 426 mil doses por dia da CoronaVac. Ao todo, serão oito entregas diárias que, até 2 de março, somarão 3,4 milhões de vacinas. O EXTRA apurou que o instituto paulista ainda trabalha para aumentar esse volume.

A entrega faz parte do contrato firmado pelo instituto com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses — mais 32,8 milhões devem ficar prontas até abril. O governo paulista, responsável pelo Butantan, afirma já ter reservado o insumo para a fabricação dos imunizantes. Outro contrato prevê, até o fim do ano, a venda de 54 milhões de vacinas da parceria entre o Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Por enquanto, as vacinas dependem do insumo vindo da China. Mas está prevista para outubro a inauguração da fábrica que permitirá que todo o processo seja feito no Brasil.

Fonte: Yahoo Brasil