Farmácias Digitais já atendem mais de 4.700 PDVs

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Estrutura da plataforma inclui opções de automação de rede social e disparo de e-mails | Foto: Divulgação

Marcia Arbache, especial para o Panorama Farmacêutico

O ecossistema Farmácias Digitais já atende 1 mil municípios e está transformando a integração de vendas online e físicas em casos de sucesso. O ecossistema faz parte do núcleo de tecnologia e inovação do GrupoSC, maior distribuidora de medicamentos do país. Foi concebido a partir da aquisição gradual de startups, que hoje funcionam como um hub farmacêutico focado no omnichannel, sob medida para PDVs independentes e de pequeno porte.

O ambiente virtual agrega um conjunto de funcionalidades, inclusive as do Farmácia App, marketplace líder do setor farmacêutico e que também é administrado pelo grupo. Por meio dessa ferramenta, os clientes visualizam, comparam e compram produtos online.

Com suporte da plataforma, mais de 4.700 farmácias conseguiram incorporar artigos de HPC e suplementos ao seu mix de vendas digitais. A estimativa é que esse número salte para 11 mil até o fim do ano. Outros 500 estabelecimentos têm contratos fechados para estrear a operação de e-commerce. A meta é que esse contingente chegue a 9 mil.

“O empreendedor pode transformar seu negócio em uma loja virtual em até 24 horas. Oferecemos integração com sistemas de pagamento, campanhas promocionais personalizadas e conexão direta com ferramentas de marketing, como o Google Meu Negócio, ampliando a exposição da farmácia e aumentando a conversão de clientes”, comenta Henrique Mazza, gerente de marketing do Canais Digitais do GrupoSC.

Farmácias Digitais têm IA como base

A inteligência artificial permeia toda a arquitetura do ecossistema Farmácias Digitais. A prevenção de rupturas e encalhes no estoque, um dos pontos críticos do varejo farmacêutico, é gerenciada com a solução Farmácias TX4. Um assistente de IA ajuda a regular o volume de produtos armazenados, monitorar gôndolas, fazer compras em tempo real e sugerir reposição de produtos automaticamente, garantindo uma gestão eficiente do negócio.

As aplicações podem ser usadas de maneira complementar. Com o recurso Farmácias Docas Virtuais, o lojista vende sem dispor de estoque. O acesso a mais de 16 mil produtos e ofertas de indústrias, também conectadas ao sistema, contribui para que a farmácia amplie seu catálogo. E para aumentar sua visibilidade, o Farmácias Ads direciona anúncios ao público-alvo, chegando a mais de 2 milhões de usuários.

Formato pioneiro no país

Já por meio do Farmácias Delivery, negócios de variados portes interligam-se a uma rede de entregas rápidas, mesmo para lojistas que não possuem frota própria. Os pedidos chegam ao destino com uma média de entrega de 33 minutos (a depender da localização), assegurando ao consumidor uma experiência ágil e confiável. A logística de distribuição reduz custos de cerca de 4,8 milhões de itens com rastreamento em tempo real, que perfazem 70 mil entregas diárias. ‘’Temos quase 40 centros de distribuição em todo o país’’, relata Mazza.

O objetivo, segundo ele, é suprir os gaps que ainda persistem na cadeia – indústria, distribuição e varejo farmacêutico. O formato do Farmácias Digitais oferece a solução completa, diferente dos competidores. ‘’Cada um é direcionado a uma expertise, seja delivery ou ponto físico. Não existe nada parecido na escala em que operamos’’, frisa Mazza. Montado no final do ano passado, o Farmácias Digitais começou a ser implementado em março último.

A proposta é formar uma estrutura com um número cada vez maior de farmácias parceiras. A divulgação compreende rodadas de demonstração junto a lojistas e entidades setoriais. Na mais recente ação, para mais de 500 associados da Fecofar, os pedidos de conexão multiplicaram-se. ‘’As farmácias nos trarão o feedback sobre o efetivo atendimento às suas necessidades’’, diz.

Dinamismo do mercado acelera evolução

Mazza acrescenta que a ideia do sistema surgiu durante um evento Farma & Negócios do GrupoSC, no qual foi exposto um totem físico dotado de funcionalidades. ‘’Pensamos que ele poderia, de fato, virar um produto do qual o varejista poderia se apropriar. É apenas um exemplo para ilustrar o dinamismo e a acelerada evolução desse mercado’’, pontua.

O executivo valoriza a experiência somada do time que gerencia o dia a dia desse projeto. “O GrupoSC acumula 70 anos no setor de saúde e bem-estar. Com toda essa bagagem, entendemos bem as dores do mercado e vimos uma oportunidade de suprir as necessidades do fabricante, do PDV e do consumidor. Não criamos essa demanda, apenas oferecemos meios para supri-la’’, argumenta.

Projeto-piloto de autoatendimento

Em outra frente com foco na digitalização do setor, o GrupoSC mantém um projeto de loja autônoma desde o fim de 2024, em parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP). O totem interativo funciona como uma prateleira digital em que os produtos são exibidos na mesma disposição das estantes físicas para facilitar a localização dos itens. O cliente escaneia o produto, informa seu CPF, paga e retira a mercadoria em um ambiente, nesse caso específico, de segurança controlada.

O totem, aliás, tem sido encomendado por diversos estabelecimentos farma em todo o país. O equipamento, em fase de produção, começa a ser instalado no varejo farmacêutico a partir de junho. O cliente poderá navegar e obter informações de um mesmo produto com diversas apresentações. ‘’O consumidor vai saber as diferenças, por exemplo, entre as 15 opções de leite infantil’’, conclui Mazza.

Conectividade e digitalização

O ecossistema tem um investimento recorrente e expressivo em mídia digital – abrangendo Google, Facebook, Instagram e TikTok –, o que atrai um grande volume de consumidores para as farmácias participantes, criando oportunidades reais de crescimento.

A estimativa é que mais de 11 mil farmácias estruturem sua operação de e-commerce com apoio da plataforma, que funciona como um hub farmacêutico focado no omnichannel, sob medida para PDVs independentes e de pequeno porte.

Medicamentos da Fujifilm migram para EUA por R$ 17 bi

medicamentos da Fujifilm
Produção em larga escala está prevista para 2027 – Foto: Canva

A Regeneron Pharmaceuticals, companhia listada na Nasdaq, anunciou nesta terça-feira, dia 22, um acordo para adquirir uma série de medicamentos da Fujifilm, que passarão a ser produzidos nos Estados Unidos. As informações são do Valor Econômico.

A parceria entre as empresas é válida pelos próximas dez anos, está avaliada em mais de US$ 3 bilhões (R$ 17,05 bilhões) e envolve medicamentos biológicos derivados de organismos vivos.

A negociação é uma espécie de resposta às políticas tarifárias impostas por Donald Trump, que têm forçado as farmacêuticas americanas a investirem pesado na oferta doméstica. O acordo é o maior contrato de fabricação de biofármacos já registrado.

A Lei de Biossegurança, projeto bipartidário que pode impedir empresas chinesas de biotecnologia de obter contratos federais, também pode afetar as cadeias de produção das farmacêuticas, que tem optado por evitar as até então populares terceirizações para companhias asiáticas.

Medicamentos da Fujifilm serão produzidos nos EUA

A produção terá como base a fábrica da companhia japonesa no estado americano da Carolina do Norte. A construção da unidade fabril foi anunciada em 2021, contou com um investimento de 380 bilhões de ienes (R$ 15,15 bilhões) e deve ser inaugurada no quarto semestre de 2025.

É esperado que a produção em larga escala seja iniciada apenas no segundo ano de operação da fábrica, que contará com oito biorreatores de 20 mil litros e ingredientes extraídos e cultivados no local.

Prejuízo da Hypera no Q1 supera R$ 140 milhões

prejuízo da Hypera
Resultado financeiro do trimestre foi um prejuízo de R$ 195,2 milhões – Foto: Divulgação

O prejuízo da Hypera no primeiro trimestre de 2025 fez com que seus controladores perdessem mais de R$ 140 milhões no período, revertendo o lucro de R$ 392,2 milhões registrado nos primeiros meses do ano passado. As informações são do Valor Econômico.

O resultado líquido das operações continuadas gerou uma dívida de R$ 138,8 milhões, enquanto o balanço financeiro desse primeiro trimestre criou um revés de R$ 195,2 milhões, valor 10,4% melhor no comparativo anual.

Na mesma comparação, entre janeiro e março, a companhia teve uma receita de R$ 1,08 bilhão, apresentando uma queda de 40,8% em relação aos 1,82 bilhão de 2024.

O índice de sell-out, no entanto, apresentou resultados positivos, crescendo 6,9% assim como as vendas no mercado institucional (+20,6%) e no varejo farmacêutico (+6%).

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia no último trimestre ficou negativo em R$ 148,5 milhões, revertendo o resultado positivo de R$ 647,8 milhões no primeiro trimestre de 2024.

Prejuízo da Hypera tem explicações

Os resultados negativos, de acordo com a Hypera, refletem o processo de otimização de capital de giro vivido pela empresa. A situação ainda é potencializada pela redução de estoques em clientes, que também levou a uma queda no indicador de contas a receber, e pela redução na margem bruta por conta da alteração do “mix” de produtos vendidos.

Farmacêutica capta R$ 30 mi para produção de cannabis

cannabis medicinal
Gustavo Palhares, co-CEO de Negócios e Relações Institucionais da Ease Labs / Foto: Divulgação

A farmacêutica brasileira Ease Labs, especializada em produtos à base de cannabis medicinal, acaba de concluir uma nova rodada de captação de recursos no mercado de capitais no valor de R$ 30 milhões. As informações são do portal Sechat.

A operação, coordenada pelo Itaú BBA e estruturada por meio da emissão de uma Nota Comercial (NC), foi direcionada exclusivamente a investidores profissionais e contou com a assessoria jurídica dos escritórios Cescon Barrieu e Costa Ferreira Advogados.

O novo aporte representa mais um passo estratégico da empresa para fortalecer sua presença no mercado brasileiro e latino-americano de cannabis medicinal, além de consolidar sua trajetória de crescimento sustentável.

Os recursos serão aplicados na ampliação da linha de produção, em ações de marketing e vendas, e na aceleração de estudos científicos que reforcem a base de evidências sobre a eficácia da cannabis como opção terapêutica.

“A emissão da Nota Comercial é um passo significativo para a Ease Labs, pois nos insere no mercado de capitais e evidencia nossa capacidade de atender às exigências desse ambiente. Estamos nos preparando para operações com emissão de valores mobiliários ainda mais relevantes no futuro, visando a consolidação da nossa posição como referência nesse setor e a expansão da nossa operação para outros mercados”, afirma Gustavo Palhares, co-CEO de Negócios e Relações Institucionais da Ease Labs.

Este é o segundo grande aporte captado pela farmacêutica nos últimos dois anos. Em 2023, a Ease Labs já havia levantado R$ 25 milhões por meio de fundos como Airborne, RJ Capital, Bullside e investidores anjo, além de receber recursos via equity investment e venture debt, totalizando R$ 40 milhões.

Segundo Guilherme Franco, co-CEO de Competitividade e Desenvolvimento Científico da empresa, o novo investimento permitirá intensificar as pesquisas e fortalecer a confiança da comunidade médica na cannabis medicinal. “Este novo aporte permitirá ampliar ainda mais nossas operações, consolidar nossa estratégia comercial e acelerar pesquisas científicas que fortaleçam a base de evidências sobre a cannabis medicinal, a fim de ampliar a confiança nesta opção terapêutica para profissionais da saúde e pacientes”, destaca Franco.

Pioneira na produção de cannabis medicinal

Criada em 2018, a Ease Labs tem sede em Belo Horizonte (MG) e é pioneira na produção e distribuição de produtos à base de canabinoides no Brasil. A empresa atua de forma verticalizada, controlando todas as etapas do processo produtivo, do cultivo ao produto final e conta com mais de 4 mil pontos de venda em 25 estados brasileiros, incluindo redes como Drogasil, Drogaria São Paulo, Pague Menos e DrogaRaia.

A Ease Labs é a primeira farmacêutica especializada em cannabis com produção nacional aprovada pela Anvisa. A empresa também fornece canabidiol para a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, após vencer a maior licitação pública do país voltada a produtos de cannabis.

No cenário internacional, a aquisição da Colômbia Cannabis Company, renomeada para Ease Labs Colômbia, e posteriormente da Plena Colômbia, marcou a entrada da empresa no cultivo e desenvolvimento genético da planta. Com isso, a farmacêutica passou a ser reconhecida como a maior da América Latina no setor, tornando-se a primeira empresa brasileira com atuação internacional relevante no mercado de cannabis.

Anvisa aprova medicamento para retardar o Alzheimer

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Medicamento para retardar o Alzheimer
Foto: Freepik

Um novo medicamento para retardar o Alzheimer traz esperança para pacientes no Brasil. A Anvisa aprovou nesta terça-feira, dia 22, o primeiro fármaco indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo brando ou demência leve em estágio inicial.

Com o nome comercial de Kinsula, o donanemabe, da farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado nos Estados Unidos em julho do ano passado. Na época, segundo a fabricante, as injeções da droga reduziram em 61% as placas amiloides – que destroem neurônios quando acumuladas em excesso- durante seis meses de tratamento, em 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses.

Fora isso, o medicamento também se mostrou eficaz em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% (em comparação com placebo) durante 18 meses de tratamento. O donanemabe foi avaliado em um estudo principal envolvendo 1.736 pacientes. O medicamento já pode ser distribuído e utilizado em território nacional, dentro das indicações e limites aprovados pela agência.

Como funciona o medicamento para retardar o Alzheimer

O Kisunla é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide. Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. A droga atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença. 

O uso do medicamento é contraindicado para pacientes que estejam tomando anticoagulantes (incluindo varfarina) ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) na ressonância magnética antes de iniciar o tratamento, pois os riscos nesses pacientes são considerados maiores que os benefícios.

As reações adversas mais comuns do medicamento são relacionadas à infusão (que podem causar febre e sintomas semelhantes aos da gripe), dores de cabeça e anormalidade relacionadas à proteína amiloide.

“O Kisunla demonstrou resultados muito significativos para pessoas com doença de Alzheimer sintomática precoce, que precisam urgentemente de opções de tratamento eficazes. Sabemos que esses medicamentos têm o maior benefício no tratamento precoce e estamos trabalhando arduamente para melhorar a detecção e o diagnóstico”, afirma Anne White, vice-presidente executiva e presidente da Lilly Neuroscience e da Eli Lilly.

Maxinutri prevê acelerar lançamentos em 2025

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O CEO Fernando Ferdinandi: “O alto grau de inovação e a expertise do time comercial impulsionam visibilidade e conversão em vendas’’/ Foto: Divulgação

Marcia Arbache, especial para o Panorama Farmacêutico

A consolidação da venda de suplementos nas farmácias respalda os planos de expansão da Maxinutri. A fabricante paranaense prevê acelerar o ritmo de novos produtos, com os quais pretende reforçar sua posição de protagonismo no mercado de OTC.

Para este ano estão previstos 35 novos lançamentos, que se somarão aos mais de 200 SKUs da empresa. Especializado em suplementação alimentar, o laboratório aproveitou a Abradilan Conexão Farma como vitrine para difundir essas novidades. O objetivo é elevar presença em todas as unidades da Federação, valendo-se do apoio e da capilaridade das distribuidoras regionais.

Um dos mais recentes carros-chefes do portfólio é o Dermup Beauty Whey, versão em pó com cinco sabores – cacau, iogurte de morango, pistache, baunilha e neutro. A fórmula é uma combinação de whey isolado e hidrolisado, colágeno verisol, ácido hialurônico, vitaminas A e C, biotina e zinco. “O produto destaca-se por sua formulação completa, com sabor único e marcante, além de sua ótima dissolução que não deixa resíduos”, observa Fernando Ferdinandi, CEO da Maxinutri.

Na linha de creatinas em pó, quatro novos itens passaram a integrar o mix. Uma delas é pura e as outras três estão associadas a substâncias que atuam nas articulações (Creatina Artro), no pré-treino (Creatina Fire) e no cérebro (Creatina intelectum).

Maxinutri projeta lançamentos em 20 mil PDVs neste ano

A forte conexão com o atacado é um dos trunfos da Maxinutri para abastecer o varejo. A parceria com cerca de 200 distribuidoras permite uma positivação em mais de 80 mil pontos de venda em todo o Brasil. Essa é a estratégia para os atuais lançamentos, cuja expectativa é que estejam nas gôndolas de 20 mil farmácias já no primeiro ano.

‘’Nosso objetivo é ambicioso e estamos preparados para assegurar ampla presença no varejo farmacêutico. A venda indireta representa 93% do nosso volume de negócios”, observa Lucas Franco, gerente nacional de vendas.

Ele acrescenta que o planejamento inclui expressivos investimentos no treinamento do time das distribuidoras e, principalmente, dos balconistas – estes, segundo Franco, desempenham papel essencial quanto à recomendação do produto. ‘’Além disso, teremos uma ação intensa de degustação e experimentação para que o consumidor conheça de perto a qualidade e os benefícios de nossos lançamentos’’, pontua.

Inovação é premissa para lançamento de produtos

O catálogo da fabricante ficou ainda mais revigorado com o Ascorvit C Argi. Fonte de vitamina C, auxilia no funcionamento do sistema imune e está disponível em comprimidos. Já o Thermo Coffee contém em sua composição café arábica, cacau, Taurina, L-Carnitina, cromo, cafeína, pimenta vermelha entre outros ativos,. Contém dois sabores – Mocaccino e Latte Vanilla. “Inclusive, a linha teve excelente repercussão entre os participantes da Abradilan Conexão Farma”, reforça Franco.

Mensalmente, a Maxinutri atende 40 mil PDVs em média e a meta é ampliar ainda mais a capilaridade. A inauguração, até dezembro, da terceira fábrica em Arapongas (PR), onde já opera duas unidades, dará mais fôlego a esse objetivo. “O alto grau de inovação e a expertise do time comercial são aval para impulsionar a visibilidade e a conversão em vendas’’, conclui Fernando Ferdinandi.

Referência no mercado de suplementação, a Maxinutri já sinalizava, em junho passado, que atingiria um recorde histórico de vendas no varejo brasileiro. Além do mercado nacional, a empresa também exporta para 19 países de todos os continentes. No Brasil, também se destaca na terceirização, atendendo grandes players da indústria de prescrição

Ideia de Trump é “maior ameaça” à indústria farmacêutica dos EUA

indústria farmacêutica
Alta nos preços do setor preocupa presidente – Foto: Reprodução Wikimedia Commons/Gage Skidmore

Uma matéria veiculada pela agência internacional de notícias Reuters na última terça-feira, dia 22, aponta que uma das ideias avaliadas pelo governo Trump para combater a alta nos preços da indústria farmacêutica foi classificada como a maior “ameaça existencial” ao segmento no país.

A proposta, tão temida por executivos do setor, busca reduzir os valores praticados pelo mercado por meio de uma equiparação aos preços mais baixos pagos por outros países desenvolvidos.

As informações foram enviadas ao portal por duas fontes distintas, que não puderam se identificar. A primeira afirmou ter conversado diretamente com oficiais de saúde do governo, que revelaram estar avaliando essa alternativa em um ritmo classificado pelos mesmos como de “prioridade média”.

A fonte revelou ainda que o Medicare deve lançar um teste piloto do programa, impactando apenas alguns fármacos. “Acho que o governo não entende completamente o impacto que essa política pode ter nas inovações americanas. Seria disruptivo para todo o mercado de saúde, não apenas para a indústria farmacêutica”, afirma.

Os Estados Unidos chegam a pagar até três vezes mais que outras nações desenvolvidas por medicamentos, cenário que incomoda Donald Trump. O republicano já afirmou que gostaria de reduzir essa diferença, mas nunca especificou como planeja alcançar o feito.

Na visão da segunda fonte a ideia é “mais preocupante” do que as tarifas de importação implementadas pelo presidente sobre produtos importados.

Indústria farmacêutica dos EUA vive momento de instabilidade

O mercado farmacêutico dos Estados Unidos está fragilizado. Desde de que assumiu o comando do país, Trump iniciou uma grande reforma no setor público de saúde, apontando Robert F. Kennedy Jr. como secretário de saúde e reestruturando quadros de funcionários. Mais de 300 pessoas deixaram o Medicare nos últimos três meses e outras 10 mil foram desligadas por meio de aposentadorias precoces ou exonerações.

“Implementar uma mudança como essa exigiria um esforço considerável da mão de obra, que os órgãos públicos sofreriam para disponibilizar atualmente”, avalia Anna Kaltenboeck, economista especializada no segmento de saúde na Verdant Research.

Unidade da Merck tem novo diretor

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Merck, Fernando Borges Alem
Foto: Acervo pessoal

O gerente sênior de marketing da divisão de Neurologia & Imunologia e Fertilidade da Merck Healthcare, Fernando Alem, foi promovido à direção da unidade. Na companhia desde 2021, atuou também nos departamentos de obesidade, endocrinologia e oncologia.

Formado em administração pela Universidade Estadual de Maringá, cursou uma especialização em estratégias e operações de marketing na London School of Business and Finance e mestrados em marketing pela ESPM e pela EADA Business School, de Barcelona.

Contato: fernando.alem@merckgroup.com

Farmácias da CVS nos EUA podem ser fechadas por nova lei

Farmácias da CVS
Mais de 500 trabalhadores podem perder seu emprego ao final do ano – Foto: Divulgação

Uma nova legislação pode levar ao fechamento de 23 farmácias da CVS no estado americano de Arkansas. O texto, aprovado pela governadora republicana Sarah Huckabee Sanders no último dia 16, foi duramente criticado pela companhia, que pediu um maior diálogo antes de sua efetivação, em janeiro de 2026. As informações são do portal Drug Store News.

O HB 1150 proíbe que empresas que gerenciem PBMs (Programas de Benefícios de Medicamentos) sejam donas de farmácias. Durante sua tramitação, a proposta foi defendida pela NCPA (National Community Pharmacists Association), que citou os conflitos de interesse e as práticas anticompetitivas dessas companhias como principais impulsionadores da legislação.

“A APA (Arkansas Pharmacists Association) é a voz dos farmacêuticos do Arkansas, que trabalharam duro para garantir que o HB 1150 e outros esforços de reforma dos PBMs fossem aprovados. A NCPA, que representa a comunidade independente de farmácias comunitárias do país, defendeu persistentemente que os legisladores federais e estaduais interferissem nos conflitos de interesse e nas práticas de negócio anticompetitivas impostas pela crescente integração dos PBMs com as seguradoras de saúde e as farmácias”, diz um trecho do pronunciamento da entidade

“Essas práticas incluem termos contratuais que restringem o acesso de competidores aos pacientes, grandes cláusulas de reversão, que acabam afastando os clientes das farmácias comunitárias e reembolsos abaixo do custo. Ao proibir que as gestoras de PBM sejam donas de farmácias (por meio do HB 1150) colocamos um fim a essas táticas e promovemos o acesso aos cuidados farmacêuticos de qualidade no estado de Arkansas”, conclui.

Impactos negativos do fechamento das farmácias da CVS

Após sua oficialização a CVS emitiu uma nota cobrando maiores discussões acerca do tema e alertando para os possíveis malefícios da implementação da nova regra.

“A CVS Health é favorável a discussões de boa-fé com os legisladores de Arkansas e de todo o país em busca de maneiras de tornar a medicina mais acessível. Infelizmente, o HB 11550 é uma política ruim e que nos leva ao oposto, tirando o acesso aos medicamentos das comunidades locais e elevando os gastos no estado em milhões de dólares anualmente”, diz o primeiro trecho da publicação.

Especificamente, a legislação de Arkansas e a governadora estão escolhendo fechar 23 farmácias instaladas em comunidades locais, incluindo algumas das poucas abertas 24 horas. Além disso, o fato contribuirá para a demissão de mais de 500 trabalhadores do sistema de saúde local e prejudicará o acesso de 10 mil pacientes com sérias condições de saúde a atendimentos farmacêuticos de qualidade.

Farmácias devem se preparar para entrega da DECLAN-IPM

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Foto: Freepik

Farmácias do estado do Rio de Janeiro têm até 20 de maio para entregar a Declaração Anual para o Índice de Participação dos Municípios (DECLAN-IPM) ano-base 2024. Trata-se de uma obrigação acessória anual imposta pela legislação estadual.

Mais do que obedecer a uma exigência fiscal, o preenchimento correto da declaração reflete diretamente na quantidade de recursos que retornam aos municípios por meio do ICMS recolhido pelas empresas locais. Segundo a analista fiscal plena da ProcfitPriscila Carvalho, por lei, 25% do valor arrecadado com o imposto no estado do Rio de Janeiro é distribuído entre os municípios

Sua importância técnica está no cálculo do chamado Valor Adicionado Fiscal (VAF), definido pela diferença entre as vendas realizadas e as compras feitas por cada estabelecimento comercial ou prestador de serviços. A soma desses valores, aliada a outros critérios estabelecidos pelo governo fluminense, determina o percentual do repasse financeiro que retorna ao município. Esses recursos são revertidos em áreas fundamentais como saúde, educação, infraestrutura urbana, segurança e programas sociais.

“A declaração envolve todas as entradas e saída que foram apuradas em 2024 e classificadas por meio do Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP). Isso inclui uma venda para o consumidor; um produto que a empresa vai utilizar; compras e transações para fora do estado ou algum ativo imobilizado, tais como imóveis, veículos, máquinas, equipamentos, móveis, softwares, entre outros”, explica Priscila.

Não entrega da DECLAN-IPM gera multa

O preenchimento da DECLAN-IPM não acarreta em nenhuma cobrança adicional às empresas, pois o ICMS já foi integralmente recolhido ao longo do ano. Entretanto, a não apresentação da declaração ou sua entrega após o prazo estabelecido, bem como a constatação de dados incorretos e/ou de omissão de informações, sujeitará o contribuinte a penalidades.

“A multa equivale a 1.000 UFIR-RJ, que hoje corresponde a R$ 4.750. Se a empresa for intimada por alguma infração, a penalidade varia de 1.500 a 10.000 UFIR-RJ (R$ 7.125 a R$ 47 mil)”, ressalta Erick Abenza, assistente fiscal da Procfit.

Segundo ele, a empresa pode ter a inscrição estadual cassada e ser impedida de emitir nota fiscal ou fazer transações e participar de licitações com municípios ou com o governo do estado do Rio de Janeiro.

Farmácias devem se preparar para evitar problemas de inconsistências

É importante que a farmácia inicie o quanto antes o levantamento das apurações que ocorreram no decorrer do ano passado, para que a área contábil faça os lançamentos a fim de entregar a declaração da forma mais exata possível. Caso seja detectada alguma inconsistência, problema de digitação ou preenchimento errado, a retificação deve ser realizada até o dia 27 de maio.