Novartis fecha parceria com CureVac para ajudar a produzir vacina contra covid-19

O grupo farmacêutico suíço Novartis fechou um acordo preliminar para ajudar na produção da vacina experimental contra covid-19 que a biofarmacêutica alemã CureVac está desenvolvendo, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira, dia 4. A vacina está em fase final de testes, e a expectativa é que os resultados sejam anunciados já no próximo mês.

A Novartis, uma das maiores farmacêuticas do mundo em vendas, informou nesta quinta-feira que vai ampliar suas instalações em Kundl, na Áustria, para produzir até 50 milhões de doses da vacina da CureVac neste ano – e até 200 milhões de doses em 2022.

Fonte: Jornal Diário de Notícias – SP

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Seis em 10 idosos já deixaram de comprar remédio por falta de dinheiro

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Levantamento realizado pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), através do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (Ifepec), apontou que 59% entre 2.200 idosos entrevistados já deixaram de comprar medicamentos por falta de dinheiro.

Intitulado “Estudo do Mercado Sênior nas Farmácias”, a pesquisa teve como objetivo entender melhor a atual realidade desse grupo etário quando o assunto é a sua saúde, a prevenção e os seus hábitos de consumo. Um dos principais resultados registrados foi o fato desse público ter como principal fator para a definição de uma farmácia o preço, sendo que 91% dos entrevistados apontaram esse item.

Na sequência, os demais fatores foram localização, para 64%; e estacionamento, para 63% dos entrevistados, sendo que o entrevistado poderia optar por mais de uma opção. Participaram da pesquisa 2.200 consumidores com 50 anos ou mais e 300 cuidadores de idosos em todo o país.

Ponto muito relevante desse público é que a maioria (67%) costuma pagar os medicamentos que compram, prioritariamente. Já 29% retiram no SUS, posto de saúde ou Farmácia Popular e só para 4% os medicamentos são pagos por parentes.

A pesquisa também apontou que os entrevistados não possuem o costume de analisar preços, já que a maioria afirmou não ter pesquisado preços em outras farmácias, 73%.

Ainda como impacto dos preços, se observa que medicamentos genéricos, por serem geralmente mais baratos, foram os produtos mais adquirido pelos consumidores, com 66%, seguido por medicamentos de marcas (42%) e não medicamentos (27%), lembrando que os consumidores podem adquirir mais um tipo de produto por ida à farmácia.

O estudo também apontou que se tem uma relutância desse público em utilizar serviços farmacêuticos, sendo que apenas 17% dos entrevistados afirmaram ter utilizado algum serviço do tipo nos últimos 90 dias.

Além disso, mesmo com a necessidade de isolamento social, 91% desses consumidores afirmaram que realizam compras de forma presencial. Já compras por aplicativos ou WhatsApp são utilizadas por 16% dos participantes, 14% usam telefones e apenas 4% sites.

Fonte: Portal Monitor Mercantil

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Pesquisadores da UnB desenvolvem máscara que inativa coronavírus

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Pesquisadores de pós-graduação em sistemas mecatrônicos da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram uma máscara facial capaz de barrar e inativar o novo coronavírus. A ação do equipamento é devida à presença de um nanofilme de quitosana, na camada intermediária da máscara, substância derivada da casca do camarão.

Segundo a engenheira eletrônica e pesquisadora da UnB Angélica Kathariny de Oliveira Alves, o protetor facial tem ação antimicrobiana e capacidade de filtrar o vírus. “O nanofilme de quitosana, além de servir como uma barreira física para o vírus, é também uma barreira química, que tem a propriedade de inativar o vírus”, destacou.

A máscara, de fabricação 100% nacional, chamada de Vesta, é composta por três camadas de tecido que são capazes de reter até 95% de partículas sólidas, líquidas, oleosas e aerossóis. A capacidade é similar à dos protetores faciais N95 utilizados pelas equipes médicas que tratam pacientes com a covid-19 em ambiente hospitalar.

De acordo com a pesquisadora, o produto está em fase de ensaio clínico com os profissionais de saúde no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília. Após isso, o respirador deverá ser submetido à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os pesquisadores que desenvolveram o produto são bolsistas da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Fonte: Jornal Diário de Pernambuco

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Conheça a farmacogenética

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A farmacogenética tem como objetivo identificar mudanças genéticas que possam causar efeitos adversos em medicações, de forma

A farmacogenética tem como objetivo identificar mudanças genéticas que possam causar efeitos adversos em medicações, de forma a aprimorar a eficiência dos tratamentos clínicos.

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Somente nos Estados Unidos, 100 mil pessoas morrem por ano por falta de resposta a medicamentos ou efeitos colaterais. A farmacogenética atua para evitar quadros como esses.

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Como funciona a farmacogenética?

Usualmente, medicamentos são metabolizados por enzimas do citocromo p450. Essas enzimas possuem genes, e esses genes têm características que mudam de pessoa para pessoa. Essas variações podem afetar os índices de metabolização.

Isso faz com que pessoas que tenham um determinado alelo (nome dado a essas características) metabolizem o medicamento muito rapidamente, na velocidade ideal ou de forma muito lenta.

Na prática, a questão é a seguinte: se o metabolismo é rápido, o medicamento é eliminado mais rápido, precisando a dose ser maior para que o efeito desejado seja alcançado. No metabolismo lento, é o oposto. Uma dose menor deve ser fornecida, pois o remédio permanecerá mais tempo no organismo.

É a partir dos exames realizados pela farmacogenética que se consegue estudar como o organismo de cada indivíduo irá reagir aos tratamentos e, a partir dessa informação, decidir o caminho mais indicado.

Usos da técnica

Em casos de depressão, segundo pesquisa da UFMG, a taxa de sucesso nos tratamentos fica entre 40% a 70%. Ou seja, de 30% a 60% dos pacientes, mesmo tomando o medicamento indicados, não atingem o resultado almejado. Isso pode ser solucionado com o estudo genético.

Outro ponto importante no combate a essa doença é a polifarmácia – quando o paciente consome mais de um medicamento para combater a depressão. Nesses casos, a farmacogenética estuda a interação farmacocinética no organismo, para que a terapia possa ter uma maior eficácia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácia magistral: conheça mais sobre o mercado

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A farmácia magistral, também conhecida como farmácia de manipulação, é uma opção para o consumidor que necessita de algum

A farmácia magistral, também conhecida como farmácia de manipulação, é uma opção para o consumidor que necessita de algum tipo de formulação medicamentosa própria.

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No Brasil, segundo dados do Sebrae, existem mais de 7 mil farmácias magistrais, que empregam em torno de 90 mil profissionais e movimentam R$ 3,6 milhões.

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Como ter sucesso na farmácia magistral?

Transparência e ciência

O primeiro ponto de atenção é o conhecimento. Seus funcionários devem ter à disposição todos as informações sobre os compostos que podem ser usados nos medicamentos manipulados – contraindicações, validade, benefícios e etc..

E é fundamental também compartilhar esses conhecimentos com o consumidor. Ele se tornará um cliente fiel caso o estabelecimento esclareça as suas dúvidas e forneça todas as informações necessárias para um tratamento seguro e eficaz.

Divulgação

Como qualquer outro negócio no mundo, a farmácia magistral também precisa aparecer para seu público. Marcar presença em anúncios nas redes sociais ou ser uma fonte especialista em uma matéria, por exemplo, pode estender seus serviços para outros públicos e ampliar sua visibilidade junto a clientes e prescritores.

Personalização

A personalização dos produtos é o que mais chama atenção na farmácia magistral. Mas que tal elevar essa questão para um novo nível, com a personalização do atendimento?

Profissionais bem treinados, educados e dedicados ao cliente podem ser um fator determinante na hora do cliente decidir voltar à sua loja.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias dos EUA vão vacinar 100 milhões ainda em 2021

Farmácias dos EUA vão vacinar 100 milhões de pessoas contra Covid-19 ainda em 2021Enquanto o Brasil pena para imunizar 6 milhões de pessoas contra a Covid-19, ou seja 3% da população, os Estados Unidos caminham para ultrapassar a marca de 50 milhões – com um apoio exemplar do varejo farmacêutico local.

O governo de Joe Biden, por meio do Programa Federal de Farmácias para vacinação contra a Covid-19, firmou uma parceria público-privada com 21 redes, drogarias independentes e farmácias de supermercado do país, que representam mais de 40 mil lojas. A Associação Nacional de Redes de Farmácias (NACDS) informou que o setor pode garantir a imunização de 100 milhões de pessoas em 30 dias, assim que o suprimento estiver disponível. Esse, inclusive, é o número que o presidente dos Estados Unidos traçou como meta em até 100 dias.

A expectativa é que, ainda neste mês de março, a iniciativa privada finalize a aplicação de 1 milhão de doses que receberam em um primeiro momento.

Como funciona?

Nesta primeira fase do programa, cerca de 6.500 farmácias selecionadas em todo o país já estão administrando as vacinas sem nenhum custo em grupos prioritários, formados por idosos, profissionais de saúde e pessoas mais vulneráveis ​​devido a comorbidades. Entre os parceiros do programa estão redes de farmácias como a Walgreens (incluindo a Duane Reade), CVS Health, Walmart, Rite Aid, Kroger, Publix e Hy-Vee.

Tanto a distribuição das doses pelo governo como a imunização são gratuitas. Quando a imunização se estender para os demais públicos, o governo Biden e as farmácias deverão negociar uma espécie de reembolso, mas com a garantia de gratuidade para a população.

Só o Walmart mobilizou 1 mil unidades da rede Walmart e também do Sam´s Club. A Walgreens e a CVS também têm fornecido a primeira fase de vacinas em instituições de longa permanência. A expectativa é que a cobertura atinja pelo menos 60% das farmácias nos 50 estados norte-americanos, além do Distrito de Columbia, Porto Rico e as Ilhas Virgens.

Brasil em compasso de espera

Já em território nacional… A Abrafarma, que representa as 26 maiores empresas do varejo farmacêutico nacional, aguarda desde dezembro uma resposta para seu plano de imunização. A entidade entregou o projeto ao Ministério da Saúde e aos governos estaduais, no qual prevê o uso de 4.632 lojas com salas de imunização e 6.860 farmacêuticos em todos os estados e no Distrito Federal, sem custo para a União ou para a população.

Pela proposta, o atendimento ocorreria das 9h às 18h, com uma hora de intervalo para almoço e agendamento eletrônico. O plano inclui ainda o uso dos centros de distribuição das redes associadas, presentes em 45 localidades, para facilitar o processo de logística e distribuição das vacinas. “Temos a capacidade de atender até 370.560 pessoas por dia e 2.223.360 por semana. As farmácias estão com sua estrutura preparada”, comenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

“A quantidade de vacinas disponível ainda é pequena, mas esse gargalo vai ser superado quando os imunizantes entrarem em ritmo de produção, e foco será o gargalo da aplicação. Temos que aplicar 380 milhões de doses. Isso pode exigir mais de um ano, o que pode levar a mais incertezas e impacto econômico”, complementa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácia de Minas que será inaugurada nesta sexta-feira em Varginha, recebe nome de técnica de enfermagem vítima da Covid-19

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A Secretaria Municipal de Saúde de Varginha inaugura nesta sexta-feira (5) a Farmácia de Minas. A unidade receberá o nome da técnica de enfermagem Marilene do Prado Tavares, falecida em maio de 2020, vítima da Covid-19.

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Localizada na Avenida Celina Ferreira Ottoni, a Farmácia de Minas é um modelo de Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de um atendimento humanizado e com a distribuição gratuita de medicamentos.

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Quem foi Marilene do Prado Tavares?

Natural de varginha Marilene estudou na escola Irmão Mário Esdras e na escola Deputado Domingos de Figueiredo. Seu sonho era ser médica e apesar de muitos esforços não conseguiu devido as condições financeiras, mas como era uma pessoa que sempre lutou em sua vida conseguiu se formar em Técnica de Enfermagem e trilhou esse caminho por 25 anos, servindo a área de saúde. Marilene foi admitida como auxiliar de enfermagem do Hospital Bom Pastor em 02 de maio de 1995, passando para o cargo de técnica de enfermagem em 18 de novembro de 2010.

No Hospital Bom Pastor atuou nos setores de internação, centro cirúrgico, UTI, quimioterapia e desde de o ano de 2015, exerceu suas atividades no setor de Oncologia, sempre com muito carinho e respeito para com os pacientes e toda a equipe.

Marilene deixou o filho Guilherme do Prado Tavares e o neto Arthur, que nasceu tem 15 dias.

Fonte: Varginha Online

Sesa lança projeto Conversando sobre o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica

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A Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (Geaf), lança, a partir do dia 18 de março, o projeto Conversando sobre o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. O objetivo é capacitar os profissionais no atendimento aos pacientes acometidos por agravos, inseridos no Componente Estratégico.

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O Componente Estratégico é um conjunto de medicamentos utilizados para o tratamento de patologias contempladas em programas específicos do Ministério da Saúde.

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De acordo com a coordenadora do Núcleo Especial da Geaf, Erdhienne Grillo Sanchotene, a capacitação tem como público-alvo todos os profissionais de saúde inseridos no Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. ‘Nosso grande objetivo, além de destacar o componente, é capacitar e compartilhar boas práticas para os profissionais farmacêuticos e demais profissionais envolvidos’, disse.

A capacitação do projeto será realizada pelos farmacêuticos responsáveis pelos programas do Componente Estratégico da Geaf, Grazielle Massariol Mori Nascimento e Marcel Pereira Fernandes.

O projeto conta com cinco módulos que serão ministrados a cada dois meses, durante todo o ano. No primeiro módulo, serão abordados os aspectos epidemiológicos e formas de transmissão do HIV/Aids e a atuação do farmacêutico na adesão da terapia antirretroviral.

A apresentação será por meio da plataforma on-line Zoom, com duração de duas horas diárias, pela manhã, das 8h30 às 10h30.

Fonte: Site Barra

Anvisa se reúne com responsáveis por vacina indiana Covaxin

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Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do laboratório indiano Bharat Biotech, da empresa brasileira Precisa Farmacêutica e do Instituto Albert Einstein se reuniram hoje (4) para discutir os requisitos para que a vacina indiana Covaxin, contra covid-19, possa ser utilizada no Brasil.

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A reunião foi divulgada pela Anvisa, que disse tirar ‘todas as dúvidas dos envolvidos para auxiliar no andamento do processo’.

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A agência apresentou às empresas responsáveis dois caminhos: o pedido de autorização para a realização de testes clínicos no Brasil, em busca de um registro definitivo; ou a apresentação de resultados de estudos da fase 3 realizados em outros países, que pode levar ao aval para o uso emergencial da vacina.

Em relação ao uso emergencial, contudo, a Anvisa destacou que ‘a decisão sobre como e quando será feito o pedido é exclusiva da empresa’.

Nesta semana, cinco técnicos da Anvisa inspecionam as instalações da Bharat Biotech na Índia. Caso atenda a uma série de critérios, a empresa receberá um Certificado de Boas Práticas de Fabricação, documento necessário para que a vacina desenvolvida pela empresa possa ser utilizada no Brasil.

Na semana passada, o governo anunciou ter assinado um contrato para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, com entrega prevista entre março e maio. A utilização do imunizante, contudo, depende da autorização da Anvisa.

Até o momento, somente duas vacinas possuem autorização para uso emergencial no Brasil: a Coronavac, da chinesa Sinovac e produzida no país pelo Instituto Butantan; e a vacina Covishield, desenvolvida pela empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Apenas uma vacina recebeu registro definitivo da Anvisa até o momento, o imunizante desenvolvido pela norte-americana Pfizer.

Eficácia

Ontem (3), o Bharat Biotech divulgou os resultados clínicos de estudos da fase 3, segundo os quais a Covaxin possui eficácia de 81% contra a contaminação por covid-19. A Covaxin é aplicada em duas doses, a partir de vírus inativado e pode ser armazenada em temperaturas que variam de 2ºC a 8ºC, de acordo com a fabricante. O imunizante é um dos dois que foram aprovados para uso emergencial pelo governo indiano.

Fonte: Região Noroeste

Com estagnação e inflação, Bolsonaro segue rota de Dilma pré-impeachment

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está fazendo o Brasil reviver o insólito cenário de forte aceleração da inflação com queda da atividade econômica.

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A combinação, conhecida como “estagflação” -quando estagnação econômica, ou recessão, convive com preços em alta- foi a principal marca dos meses que precederam o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a partir de maio de 2016.

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Sob Bolsonaro, apesar de a economia ter encolhido 4,1% no ano passado e caminhar para uma possível estagnação neste primeiro semestre, a inflação deverá atingir 7% em meados do ano.

Raramente isso acontece, pois atividade deprimida tende a segurar os preços -a não ser que outros motivos, estruturais ou políticos, detonem o fenômeno.

O principal fator para o cenário de economia fraca hoje é a pandemia da Covid-19, que impede uma retomada mais livre e que tem causado distorções no mercado.

Mas, segundo especialistas, a postura errática do presidente em relação ao equilíbrio das contas públicas, além de suas intervenções, como no episódio Petrobras, tem pressionado o valor do dólar para além do que os fundamentos econômicos justificariam, alimentando exageradamente a inflação.

Nos últimos 12 meses, o dólar subiu quase 30% frente o real, uma das moedas que mais se desvalorizaram no mundo, tornando mais caros os produtos importados ou denominados na moeda americana.

Neste início de 2021, os valores em reais (impactados pelo dólar) de commodities internacionais agrícolas, metálicas e dos combustíveis tiveram alta conjunta inédita -pressionando preços em várias cadeias produtivas, de alimentos e bens duráveis à da construção civil.

O aumento de preços de alguns desses itens, que compõem a taxa oficial de inflação (o IPCA) já é superior ao verificado nos últimos meses do governo Dilma. Em 2015, último ano completo sob o comando da petista, a economia encolheu -3,5%; e os preços subiram 10,6%.

Hoje, um dos poucos setores em que a aceleração da inflação ainda está abaixo do período pré impeachment é o de serviços, impactado pelo isolamento social. Mesmo assim, há pressões consideráveis nesse item.

Outros preços, como de passagens de ônibus, não reajustados no ano eleitoral de 2020 (prefeitos), e dos planos de saúde, congelados no ano passado (mas que devem subir duas vezes neste ano) devem jogar mais lenha na inflação.

Para André Braz, analista do Índice de Preços ao Consumidor da FGV/Ibre, há neste momento uma tendência de maior “espalhamento” da inflação, com os preços no atacado (por conta das commodities) contaminando a economia.

Segundo ele, enquanto a inflação em 2020 ficou muito concentrada nos alimentos, a medida em que a atividade ganhar mais de tração, apesar da Covid, a tendência é que as empresas repassem outros custos a seus preços, sobretudo os trazidos pela alta do dólar.

“Embalagens que usam alumínio, construções que empregam fios de cobre e geladeiras que consomem aço, tudo isso pode sofrer repasses”, exemplifica.

Nesse cenário, e sem investimentos, Braz considera muito difícil o Brasil voltar a crescer, criando um quadro de estagnação com inflação (estagflação) que “pode piorar”, na sua opinião.

Se a economia continuar crescendo pouco -tendência que persiste desde 2014, inclusive com PIBs negativos em 2015, 2016 e 2020-, as empresas que não puderem repassar custos também tendem a cortar a produção e a demitir, deprimindo ainda mais a atividade.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, apesar de a inflação no setor de serviços ainda estar sob controle, ela está acelerando.

Segundo ele, com a vacinação ganhando força em todo o mundo e a economia global em recuperação, é possível que haja um ciclo duradouro de preços em alta das commodities, cotadas em dólar.

Com a moeda americana cara no Brasil, esses produtos -essenciais para a cadeia produtiva- continuariam pressionando a inflação.

É nesse contexto que a postura do presidente seria prejudicial. “Bolsonaro parece estar cada vez copiando a ex-presidente Dilma na economia, o que é muito ruim para as expectativas”, diz Vale, destacando a intervenção na Petrobras e os sinais trocados a respeito das contas públicas.

Para Livio Ribeiro, pesquisador da FGV/Ibre, a pandemia causou uma espécie de “torção” na inflação, deprimindo os preços dos serviços, à medida que as pessoas ficaram mais em casa, e aumentando os de alimentos e produtos domésticos, como de eletroeletrônicos.

“Conforme houver uma normalização, ocorrerá também uma ‘destorção’, com os preços dos serviços acelerando”, afirma. “A pergunta de um milhão é o quanto do aumento dos outros itens é temporário ou se tornará permanente.”

O principal problema, a excessiva valorização do dólar, no entanto, pode persistir, pressionando a inflação pela via do aumento dos preços em reais das commodities metálicas, agrícolas e dos combustíveis -sobretudo se elas continuarem se valorizando na esteira de uma recuperação mais firme no exterior.

Pelos cálculos de Ribeiro, “o fogo amigo” provocado por uma espécie de “pântano institucional” no governo Bolsonaro é hoje a principal causa da disparada do dólar -e explicaria a maior parte da desvalorização do real nas últimas semanas.

Nessa linha, outros dados mostram que e o “custo Bolsonaro” levou o chamado “risco Brasil” a deslocar-se negativamente do conjunto das demais economias emergentes, com o mercado cobrando prêmios de risco crescentes para se proteger de eventuais perdas em investimentos no país.

Para Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, esse quadro pode ganhar dimensões dramáticas caso o Brasil abandone o chamado teto de gastos (que limita o aumento da despesa pública à inflação dos 12 meses anteriores) ou insira volumes consideráveis de desembolsos “extra teto” no combate à Covid-19.

Isso não apenas aumentaria o “risco Brasil” como pressionaria ainda mais o dólar, com impactos crescentes na inflação.

Exemplo eloquente do tema, na quarta (3), só a declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de compromisso em manter o teto de gastos inverteu tendência de forte valorização do dólar e estancou queda de mais de 3% que se desenhava no pregão da Bovespa.

Se esse compromisso com o teto for mantido, Honorato avalia que a pressão sobre a inflação tende a se dissipar no segundo semestre, quando repasses da alta abrupta dos preços das commodities forem absorvidos.

A maioria dos economistas acredita, porém, que o Banco Central pode ver-se obrigado a subir a taxa básica de juros (a Selic, hoje em 2% ao ano) antes e com mais força do que o previsto no final de 2020. Tudo por conta das atuais pressões inflacionárias, do dólar e do “custo Bolsonaro”.

Isso teria impacto negativo não só sobre o crescimento, pois financiamentos ficariam mais caros, mas sobre a correção do valor da dívida pública, hoje a maior em relação ao PIB (quase 90%) entre os emergentes -o que traria mais insegurança, menos investimentos e menor crescimento.

“Infelizmente, a inflação no Brasil não é questão resolvida. A inação do Banco Central pode levar todas as expectativas para cima de forma muito perigosa”, diz Vale, da MB Associados.

Fonte: RÁDIO CULTURA FM 101,7