Superbactérias e antibióticos:  os riscos do uso indiscriminado do medicamento

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OMS estima que até 2050 a resistência bacteriana causará até 10 milhões de óbitos anualmente em todo o mundo, a um custo de US$ 100 trilhões.1 11

Uma das maiores ameaças à saúde pública contemporânea, tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, estima-se que a resistência antimicrobiana cause cerca de 700 mil mortes todos os anos.1 2 O fenômeno ocorre quando bactérias, fungos, vírus e parasitas sofrem mutações genéticas e acabam adquirindo resistência a medicamentos aplicados para combatê-los.1 2 6 Com isso, esses remédios se tornam ineficazes; as infecções, persistentes e até incuráveis; e o tratamento não funciona.1 3 A previsão é de que, até 2050, 10 milhões de óbitos anuais serão atribuídos à resistência antimicrobiana, o que significa mais mortes do que o câncer, e o efeito para a economia global será de aproximadamente US$ 100 trilhões.1 11

A ascensão da resistência bacteriana se dá pelo uso excessivo de antibióticos, uma das classes de medicamentos mais prescritas e dispensadas para uso terapêutico e profilático em todo o mundo.1 2 6 Algumas causas são a intensificação da prescrição desse tipo de medicamento a pacientes, inclusive em situações em que poderia haver um tratamento alternativo7 8, e a facilidade de acesso da população a eles, diante da ausência de medidas de restrição e controle de receituário em alguns países.1 7 Por outro lado, em países onde o acesso aos serviços de saúde e fornecimento de medicamentos é limitado, a automedicação e o consumo de remédios oriundos do mercado informal, com preservação ou origem suspeita, também é uma ameaça.4 Diante desses cenários, desenha-se uma era pós-antibióticos, em que infecções comuns e ferimentos leves com tratamentos já dominados pela medicina moderna podem voltar a matar.6 7

“É a bactéria que se torna resistente ao antibiótico e não o indivíduo. O impacto é sobre toda a sociedade, por isso, é fundamental o engajamento de todos com a causa. Usar antibiótico somente quando o médico recomendar e seguir a prescrição corretamente são medidas que ajudam a evitar que surjam as chamadas ‘superbactérias’”, explica  Elisama Baisch, otorrinolaringologista, gerente médica da GSK.

A médica destaca ainda cuidados simples, mas importantes, que todos podem tomar para prevenir:

• Respeitar a dosagem do medicamento recomendado pelo médico;
• Cumprir os dias de uso prescritos – mesmos que os sintomas tenham desaparecido, deve-se completar o ciclo;
• Observar validade e estado de conservação do medicamento;
• Atentar para a qualidade do antibiótico;
• Não compartilhar receitas ou medicamentos.

Impactos do mau uso dos antibióticos

Pneumonia, tuberculose, sepse, amigdalite, infecções urinária, alimentar, respiratória, sexualmente transmissíveis, entre outras: é extensa a lista de doenças tratadas atualmente com antimicrobianos, mas que podem se tornar intratáveis com aumento da resistência dos agentes causadores.1 6 9 Tais medicamentos significam ainda otimização da recuperação de pacientes que passaram por transplantes de órgãos, quimioterapia e cirurgias como a cesárea – procedimentos que podem voltar a se tornar mais perigosos.7 O grande impacto da resistência bacteriana é colocar as conquistas da medicina moderna em risco, uma vez que o fenômeno é mais rápido do que o desenvolvimento de novos fármacos.7 10

“No escopo da saúde, as principais consequências de bactérias resistentes são o aumento da morbidade e da mortalidade. As internações hospitalares se prolongam, as terapias profiláticas se tornam menos efetivas, e os custos de tratamento se elevam, gerando impacto financeiro considerável aos sistemas de saúde e às pessoas. Veremos algumas doenças com o tratamento dominado pela medicina voltarem a afetar a qualidade de vida das famílias e a fazer vítimas”, pontua Elisama.
Antibióticos e Covid-19

Com o surgimento recente e pouco conhecimento sobre a Covid-19, tratamentos experimentais e automedicação com antibióticos foram aplicados contra a doença, porém sem o aval científico.12 Atenta à chance de alta nas taxas de resistência de bactérias durante a pandemia, a OMS orienta que esse tipo de medicamento não seja fornecido a pacientes com sintomas leves de Covid-19, em casos suspeitos ou confirmados, a menos que haja uma indicação clínica para fazê-lo.8

“A Covid-19 é causada por um vírus, o coronavírus (SARS-CoV-2), e não por uma bactéria. Por isso não há indicação de tratamento para a doença com antibióticos. Eles não terão efeito. Situações como essa propiciam o fortalecimento de superbactérias e comprometem a saúde pública. Uma evidência da gravidade do cenário é que estudos indicam que, já este ano, a resistência a antimicrobianos somará 130 mil mortes a mais do que a Covid-19 causará”, alerta a Elisama.

A administração de antibióticos é prescrita por médicos a pacientes com a Covid-19 somente em casos graves, quando há uma coinfecção bacteriana.13 Se não, se revelam um tratamento ineficaz, além do risco de poderem não funcionar devidamente numa eventual infecção bacteriana futura, por a bactéria já ter adquirido resistência àquele medicamento.13 14
Outros cuidados

Além da prescrição e uso consciente de antibióticos por parte de médicos e cidadãos para evitar a resistência bacteriana, os cuidados de assepsia em hospitais também são importantes, já que são locais propícios para esse tipo de fenômeno, onde de 50% a 60% dos medicamentos utilizados são antibióticos.2 O cumprimento de medidas de controle de infecção hospitalar – como a lavagem das mãos, uso de EPIs, e esterilização de instrumentos – ajudam a minimizar a emergência de bactérias resistentes.2

Outras indicações da OMS aos países para evitar a resistência a antibióticos são expandir a rede de saneamento básico; consumir apenas água potável; lavar bem os alimentos; vacinar-se; e racionalizar o uso de antimicrobianos no setor agropecuário.3 6 7

“As indústrias farmacêuticas também precisam contribuir na busca por alternativas aos antimicrobianos já existentes. Temos frentes de pesquisas para desenvolvimento de uma nova geração de antibióticos que possa substituir os que são usados hoje, mas que encontram resistência de algumas bactérias ou outros microrganismos. Na GSK, temos equipes exclusivas para os estudos, que contam com a colaboração de outros cientistas, e desenvolvemos programas de conscientização e monitoramento do uso racional de antibióticos”, indica Elisama.

Referências
1 Estrela T S. Resistência antimicrobiana: enfoque multilateral e resposta brasileira. Saúde e Política Externa: os 20 anos da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1998-2018). Rio de Janeiro. 2018.
2 SANTOS, N.D.Q. A Resistência Bacteriana No Contexto Da Infecção Hospitalar. Rev. Texto e Contexto Enferm. v.13, n°esp, p.64-70, 2004.
3 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. News Room. An update on the fight against antimicrobial resistance Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
4 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de Notícias. Novo relatório da OMS revela diferenças no uso de antibióticos entre 65 países. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
5 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Campaigns. World Antimicrobial Awareness Week. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
6 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. News Room. and events. Antibiotic resistance. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
7 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de notícias. Folha informativa – Resistência aos antibióticos. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
8 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Banco de notícias. Número recorde de países contribui com dados que revelam taxas preocupantes de resistência antimicrobiana. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
9 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Antibióticos: resistência de microrganismos é grave ameaça à saúde global. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
10 Grillo VTRS, Gonsalvez TG, Júnior JC, Paniágua NC, Teles CBG. Incidência bacteriana e perfil de resistência a antimicrobianos em pacientes pediátricos de um hospital público de Rondônia. Ref. Ciênc. Farm. Básica Apl., 34(1): 117-123, 2013.
11 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Notícias. Resistência antimicrobiana é ameaça global, diz OMS. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
12 UNIVERSIDADE ABERTA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Covid-19. Fiocruz no ar: Covid-19 e a automedicação de antibióticos: uma combinação perigosa. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
13 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Documents. Infográfico: Resistência Antimicrobiana e COVID-19. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.
14 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Antibióticos são eficazes na prevenção ou tratamento de Covid-19? Disponível em: . Acesso em: 23 out. 20.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Startup BiomeHub atinge faturamento dez vezes, para R$ 12 milhões, com pandemia

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Healthtech desenvolveu um método preciso e seguro de testagem em massa para a Covid-19, que agiliza e reduz custos com o procedimento. Em 2021, mira o mercado de soluções baseadas no microbioma humano.

Com a pandemia de coronavírus, a startup de biotecnologia catarinense BiomeHub viu o seu faturamento saltar para R$ 12 milhões em 2020 – valor dez vezes maior do que o registrado no ano anterior, o seu primeiro de atuação. A healthtech é pioneira no Brasil no desenvolvimento de um método preciso e seguro -— comprovado cientificamente -— de testagem em massa para a Covid-19. A metodologia, conhecida como testagem em pool, agiliza e reduz custos com o procedimento. Desde o início da pandemia, a BiomeHub já testou cerca de 100 mil pessoas, 30 mil delas só na capital Florianópolis, onde fica sua sede.

Em 2021, mira o mercado de soluções tecnológicas baseadas no microbioma humano, onde também já atua. No último semestre, a empresa teve uma retomada de crescimento nessa sua fatia dos negócios e, mesmo em meio a pandemia, registrou em 2020 um aumento de 50% na demanda por estes serviços. Neste ano, a empresa pretende manter o aumento de 20% ao mês com suas soluções baseadas no microbioma humano e lançar dois novos produtos.

— A demanda por testes para a Covid-19 foi responsável por 75% do nosso faturamento em 2020. Mas, mesmo se a pandemia não tivesse acontecido, teríamos dobrado o valor em relação ao ano anterior, com a procura por nossos outros serviços. Este ano, vamos compensar a natural redução de testes de coronavírus, em razão do início da vacinação, com o incremento vindo de nossas soluções de microbioma humano e lançamento de novos produtos — explica Luiz Felipe Valter de Oliveira, CEO da startup e doutor em Genética e Biologia Molecular.

A empresa pretende colocar no mercado, até o fim deste primeiro semestre, um teste de microbioma cérvico-vaginal, chamado de HerBiome, hoje em fase de validação. Também está de olho no mercado odontológico, para o qual também lançará um teste. O Probiome, um teste do microbioma intestinal que ajuda médicos a entenderem melhor a relação do microbioma intestinal dos seus pacientes com a condição clínica que está sendo analisada, já está no mercado, e sua procura cresceu mais de 50% em 2020. — Um dos pontos que fazem com que tenhamos uma alta capacidade de inovação é a qualidade e quantidade de colaboradores com mestrado e doutorado que fazem parte da nossa equipe —diz Oliveira.

A BiomeHub é uma spin-off da empresa de biotecnologia catarinense Neoprospecta. Fundada em 2019, em Florianópolis (SC), a startup desenvolve tecnologias relacionadas à análise de microbioma com foco em saúde humana. É uma das únicas healthtechs a desenvolver soluções tecnológicas baseadas no microbioma humano no Brasil e, com menos de dois anos no mercado, já é reconhecida nacionalmente como referência em tecnologia e conhecimento sobre o tema para a promoção da medicina preventiva e de precisão. Focada na aplicação de tecnologia de NGS ( sequenciamento genético de nova geração), a empresa fornece apoio essencial à investigação de doenças complexas, que incluem distúrbios metabólicos, diabetes e doenças inflamatórias intestinais, entre outros.

— Todos os produtos que desenvolvemos têm o foco, de alguma forma, em promover a saúde ou proteger o indivíduo. Nosso foco é fornecer tecnologias de ponta em análise de microbioma para o desenvolvimento de conhecimento, diagnósticos e novos tratamentos baseados em microbiomas — destaca o CEO.

No ano passado, com o surgimento da pandemia de coronavírus, investiu no desenvolvimento de um método de testagem em massa de assintomáticos, chamado de triagem molecular para SARS-CoV-2, pautado em três pilares: escalabilidade, resultado rápido e baixo custo. A economia em relação aos preços praticados pelo mercado de testes RT-PCR individuais pode chegar a 60% – quanto maior o número de pessoas testadas, menor o valor.

Para dar conta da demanda pelos testes — que desde o início da pandemia já foram aplicados em trabalhadores da indústria, comércio e serviços, em servidores públicos, militares e jogadores de futebol —, a startup antecipou a ampliação de seu laboratório, em Florianópolis. A obra, que estava prevista para ser feita em 2021, teve investimento de R$ 2 milhões e foi realizada em 40 dias, entre abril e maio de 2020. Hoje, a capacidade atual de testagem no laboratório é de 500 mil testes por mês.

— Sabe-se que o spray de gotículas que liberamos através da respiração, da tosse e do espirro, é o fator mais relacionado à capacidade de contaminar as pessoas. Quanto mais alta a carga viral de um indivíduo, mais essas gotículas expelidas têm chance de contaminar outras pessoas. Como estudos mostram que a carga viral de sintomáticos e assintomáticos é basicamente a mesma, é fundamental também identificar e isolar os portadores do vírus que não apresentam sintomas e são vetores importantes na transmissão do vírus — explica Oliveira.

Como funciona a testagem em pool — Ela é realizada em grupos de 16 pessoas por meio de testes do tipo RT-PCR – os mais precisos para detectar a presença do vírus ativo num indivíduo. Nesse modelo de testagem em grupo, são coletadas duas amostras da nasofaringe (nariz) de cada indivíduo assintomático. Um dos materiais coletados fica reservado em um tubo individual, enquanto a outra amostra é testada no modo coletivo no método RT-PCR em tempo real. Os resultados saem em até 24 horas. Caso alguém do grupo esteja contaminado, são realizados os testes individuais e os mesmos ficam isolados até a descoberta de quem do grupo está infectado pela doença. Em caso de o “grupo testar negativo”, todos são liberados com um único teste.

A metodologia é semelhante à utilizada pela cidade chinesa de Qingdao, em outubro do ano passado, para evitar um novo surto de coronavírus no país. Após identificar 12 casos ligados a um hospital que trata pacientes vindos do exterior, as autoridades testaram todos os seus 11 milhões de habitantes em cinco dias, em lotes de 10 pessoas. Dessa forma, as autoridades locais conseguiram rastrear e isolar os casos positivos rapidamente.

Fonte: Portal Fator Brasil

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O primeiro bilhão da Apsen

O laboratório Apsen Farmacêutica, especializado em produtos funcionais e voltados à prática esportiva, vai atingir seu primeiro bilhão em vendas em 2021, segundo a herdeira e vice-presidente Renata Spallicci. No atual ritmo, o crescimento vai chegar a 25% sobre 2019.

A executiva projeta alcançar R$ 2 bilhões em 2026. Em paralelo a sua atuação na companhia da família, ela cresce como militante feminista. “Desde muito cedo eu senti o chamado para apoiar as mulheres, a fim de que cheguem onde querem chegar, trabalhando para aumentar a representatividade feminina.”

Fonte: Portal Isto é Dinheiro

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Projeto de lei prevê monitoramento de medicamentos já registrados

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O senador Otto Alencar (PSD-BA) apresentou um projeto de lei, o PL 589/2021, para regulamentar as inspeções sobre a efetividade terapêutica de medicamentos já registrados. Esse projeto também prevê que os estudos de equivalência farmacêutica e de bioequivalência de medicamentos comercializados no Brasil serão obrigatoriamente realizados em centros credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ao explicar por que apresentou a proposta, o senador afirma que “pairam dúvidas sobre a qualidade dos medicamentos comercializados no país, tanto no que tange à efetividade terapêutica quanto em relação aos riscos de eventos adversos por desvios da sua qualidade”. Otto também argumenta que, “enquanto as solicitações de registro de novos medicamentos são submetidas a rigoroso escrutínio por parte da autoridade sanitária, isso não ocorre quando se trata do controle da qualidade dos medicamentos já registrados no país, no chamado período pós-registro”.

“Essa dúvida advém de relatos de médicos, de queixas de pacientes, de estudos que analisaram amostras de alguns medicamentos e de reportagens da imprensa. O problema também foi apontado por auditoria operacional do Tribunal de Contas da União [TCU], motivada por denúncias de profissionais de saúde e de consumidores sobre a possível ineficácia de certos tipos de medicamento”, ressalta Otto, que é médico.

Programa de monitoramento

O projeto prevê que a autoridade sanitária terá de estabelecer um programa de monitoramento de medicamentos, com abrangência nacional, para avaliar aspectos que possam afetar a efetividade terapêutica desses medicamentos e detectar possíveis desvios de qualidade. Também prevê que os detentores de registro terão de comunicar à autoridade sanitária os possíveis riscos relacionados a eventos adversos e os desvios de qualidade.

Além disso, o texto determina que a Anvisa terá de dar “ampla publicidade” aos resultados dessas inspeções e desse monitoramento. Ainda não há data prevista para a apreciação dessa matéria.

Fonte: Portal Agência Senado

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Brasil tem que produzir insumos para a vacina

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Em um momento no qual as restrições em capitais e cidades do Brasil afora são as maiores já vistas desde o início da pandemia, com 15 estados com sistemas hospitalares perto do colapso, a esperança de milhões é a vacina. Mas ela chega, literalmente, em doses ou em insumos, seja da Europa ou da China.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), em parceria com estados e municípios, busca os idosos como os preferidos na vacinação. Contudo, a lentidão tem sido grande. Depois de brigas virtuais por conta de qual seria a melhor vacina, envolvendo o Palácio do Planalto, o Ministério da Saúde e governadores, eis que se chega à conclusão de que o Brasil poderia ter fabricado sua própria vacina para combater a Síndrome Respiratória Aguda Grave, a Covid-19. O País tem duas instituições que produzem os mais diversos tipos de imunizantes, inclusive fornecendo para países da África.

Uma é o Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, a Bio-Manguinhos/Fiocruz, que garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde. Está voltado à produção de vacinas para moléstias e infecções como febre amarela, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), meningite A e C, pneumocócica 10-valente, poliomielite oral (VOP), poliomielite inativada (VIP), rotavírus humano, tríplice viral e tetravalente viral.

O Bio-Manguinhos é reconhecido internacionalmente como fabricante da vacina da febre amarela, a antiamarílica. As preparações vacinais são obtidas em seus laboratórios, desde 1937.

Acordo de transferência tecnológica entre Biomanguinhos e a empresa GlaxoSmithKline, em outubro de 2003, resultou na produção da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, chamada Tríplice Viral, até então o único imunobiológico presente no calendário básico de vacinação ainda importado pelo Ministério da Saúde.

Também produz a imunização contra a varicela, a catapora, além de sarampo, caxumba e rubéola, já contempladas na Tríplice Viral. Outra referência em vacinas no Brasil é o Instituto Butantan, produzindo, desde 1901, imunizantes contra vírus e bactérias, gerando produtos de qualidade, segurança e eficácia, com oito tipos de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde.

Em razão da pandemia, o Brasil precisa de mais doses de vacinas contra a Covid do que nenhuma outra vacina na história para imunizar as pessoas e alcançar a imunidade coletiva. As restrições nos estados ajudam a segurar a propagação do coronavírus, mas a vacina imuniza as pessoas, em quase 100%. É preciso uma ação federal urgente neste sentido.

Fonte: Jornal do Comércio – RS

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Apsen abre 160 vagas para ampliar força de vendas

apsen industria farmaceutica

A farmacêutica Apsen dá início a um processo seletivo para recrutar 160 propagandistas farmacêuticos, por meio de um processo seletivo digital interativo – intitulado Brilhe na Apsen. O modelo, criado em parceria com a startup Taqe, terá uma plataforma com testes comportamentais, quiz ao vivo, além de utilizar a inteligência artificial para a seleção dos candidatos.

“Apesar do cenário desafiador no Brasil, com índice de desemprego de 14%, nós, aqui na Apsen, estamos otimistas, pois fechamos 2020 com ótimos resultados. Com isso, estamos abrindo 160 vagas e expandindo nossa força de vendas (propagandista farmacêutico), o que reforça nosso compromisso com o mercado nacional de trazer produtos de alta qualidade para beneficiar a saúde e qualidade de vida dos pacientes. E para atrair esses novos talentos, quisemos inovar. O processo será 100% digital, com dinâmicas de vídeo interativas, para que possamos conhecer melhor os nossos futuros colegas de trabalho da nação azul”, explica Márcio Castanha, vice-presidente comercial da farmacêutica.

Os candidatos passarão por dinâmicas online, testes de raciocínio lógico e conhecimentos gerais. Haverá também interatividade com o público interno, em que os próprios colaboradores da companhia participarão da seleção dos profissionais por meio de um comitê. E um detalhe: não será necessário ter experiência em vendas na indústria farmacêutica para concorrer às vagas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Marketing farmacêutico: primeiros passos e outras dúvidas

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Você pratica o marketing farmacêutico? Não? Mas deveria. Essa é considerada uma das melhores formas para aumentar suas vendas

Você pratica o marketing farmacêutico? Não? Mas deveria. Essa é considerada uma das melhores formas para aumentar suas vendas e se destacar perante a concorrência.

Veja também: Quais as tendências para o mercado farmacêutico em 2021?

Nesse texto iremos explicar o que é, como começar a aplicar e quais as leis e regulamentações que regem o marketing farmacêutico.

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O que é o marketing farmacêutico?

O marketing farmacêutico consiste em um conjunto de estratégias que você deve utilizar para fazer a sua farmácia se destacar da concorrência.

O marketing farmacêutico é construído em torno de três pilares:

  • Atrair novos clientes
  • Aumentar as vendas de cada cliente, ou seja, agregar produtos por meio de vendas cruzadas
  • E fidelizar clientes por meio de planos de benefícios

Quais os primeiros passos?

Antes de pensar no marketing farmacêutico, você deve estar estabelecido na sua região. Invista na fachada e deixe sua farmácia sempre organizada. Ter funcionários bem treinados e preços competitivos é um grande diferencial também.

Busque informações sobre o tema e, se possível, realize um curso. Mesmo que você deseje terceirizar esse serviço, é muito importante ter conhecimentos na área.

Sabendo os princípios e estratégias, você poderá planejar junto à empresa escolhida os próximos passos, e também fazer algum trabalho mais “mão na massa”.

Quais leis interferem no marketing farmacêutico?

Na hora de projetar a sua loja, seja na mídia ou nas redes sociais, você deve se ater a algumas leis.

  • Divulgue apenas os medicamentos isentos de prescrição caso você deseje usar imagens ou ilustrações
  • Estude as leis que regem as publicidades sobre o programa Aqui te Farmácia Popular
  • Antes de investir no e-commerce ou delivery, saiba os detalhes da RDC 44-09 da Anvisa

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Canabidiol: O que é e para que serve?

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O Canabidiol é um dos princípios ativos da Cannabis sativa. O composto também pode ser conhecido pela sigla CBD. Esse extrato

O Canabidiol é um dos princípios ativos da Cannabis sativa. O composto também pode ser conhecido pela sigla CBD. Esse extrato pode ser utilizado no combate a diversas doenças, como epilepsia e fibromialgia.

Veja também: Anvisa aciona Justiça para impedir produção de canabidiol …

Apesar do preconceito que permeia o Canabidiol por ser um derivado da maconha, o composto tem vários usos e pode ser um grande aliado dos pacientes. Tire suas dúvidas no texto abaixo.

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O que é Canabidiol?

Presente em 40% dos extratos da erva, o Canabidiol age nos receptores canabinóides do cérebro. Diferentemente do THC, esse composto não possui ação psicoativa.

Na farmacologia, o Canabidiol é utilizado no combate de diversas doenças, como já citado. Isso devido aos seus efeitos anticonvulsivantes, ansiolíticos, neuroprotetores, anti-inflamatórios e antitumorais.

Para que pode ser usado?

Com os efeitos já citados, o Canabidiol é usado nas seguintes situações:

  • Para reduzir episódios de convulsão
  • Reduzir ansiedade
  • Reduzir dor e náusea
  • Aumentar apetite

Esses dois últimos usos são comuns em pacientes que realizam quimioterapia, para aliviar os efeitos colaterais do tratamento para câncer.

Como ele age?

O cérebro humano tem receptores próprios para algumas substâncias. O Canabidiol, como outros medicamentos, atua exatamente neles.

O Canabidiol liga-se aos receptores CB1 e CB2, e impede que outras substâncias os afetem. Já no caso do 5-HT1A, que é um receptor de serotonina, a conexão do CBD pode trazer efeitos antidepressivos.

Quais os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais do Canabidiol são considerados leves. O fármaco pode causar:

  • Queda de pressão
  • Interação medicamentosa com remédios hepáticos
  • Tontura
  • Boca seca
  • Sonolência

Contraindicações

O Canabidiol é contraindicado para grávidas e alérgicos ao princípio ativo. Pacientes que consomem medicamentos de metabolização hepática, ou seja, no fígado, devem informar o profissional de saúde antes de utilizar o CBD.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Quais as tendências para o mercado farmacêutico em 2021?

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O mercado farmacêutico teve um ano de 2020 complexo. Enquanto o varejo registrou o maior crescimento em três anos, segundo a

O mercado farmacêutico teve um ano de 2020 complexo. Enquanto o varejo registrou o maior crescimento em três anos, segundo a IQVIA, a indústria iniciou a corrida pela vacina para Covid-19 e a distribuição e propaganda médica tiveram que adotar novos formatos e protocolos para uma jornada de trabalho segura.

Veja também: COOP Cooperativa de Consumo inaugura sua 63ª Drogaria em Diadema

Nesse 2021, veremos ainda algumas mudanças derivadas da pandemia, que ainda está presente, no mercado farmacêutico. Por isso, veja algumas tendências para o setor nesse ano.

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MERCADO farmacêutico

Esse trocadilho tem um porquê. Nesse momento em que vivemos, em que várias cidades adotam medidas de restrição que afetam o comércio, mais e mais as farmácias têm se mostrado serviços essenciais, mesmo quando o assunto não é a compra de medicamentos.

Por isso, uma tendência para o mercado farmacêutico, principalmente o varejo, é ter um estoque diverso de itens sempre à mão. Um exemplo da força do segmento dos não medicamentos nas farmácias é o crescimento que essa divisão apresentou em 2020, uma alta percentual de 21,4.

Com menos opção de pontos de venda abertos e um maior isolamento social, as idas a farmácia tendem a cair, mas, por outro lado, a lista de compras tende a ser maior também.

Por isso, mantenha-se atento para suprir as necessidades de seu cliente.

Contato virtual

Essa tendência para o mercado farmacêutico afeta diretamente o trabalho dos propagandistas. Esses profissionais, que têm contato direto com os médicos, já vivenciam uma realidade que tende a se solidificar: o contato por videoconferência.

Apesar de amplo apoio à retomada da visitação presencial, há uma aceitação ao engajamento digital, o que pode permitir uma maior flexibilização de horários.

Farmácia clínica em alta

A agilidade de realizar exames básicos em uma farmácia perto de casa pode ficar ainda mais presente no mercado farmacêutico. Com a possibilidade de aplicação de vacinas, testes como aferição de pressão e glicose e, em alguns casos, até mesmo consultas por telemedicina, a farmácia clínica deve ganhar evidência.

Também segundo a IQVIA, somente durante a pandemia, a procura por testes para aferição de glicemia e pressão apresentou um crescimento de 24%.

Mais genéricos

Devido ao impacto financeiro causado pela pandemia, a renda das famílias apresentou uma queda. Com menos dinheiro no bolso, os pacientes tendem a buscar opções mais baratas de tratamento.

Essa procura já pode ser sentida em 2020. Dentre o segmento OTC, a procura por genéricos cresceu 17,2%. Esse crescimento foi ainda maior no caso de medicamentos tarjados (23,9%).

Mercado farmacêutico realocado

Com o menor fluxo de pessoas nos grandes centros empresarias, devido ao home office, aquele ponto bem no centro da cidade pode não ser mais a melhor ideia.

A tendência no mercado farmacêutico é que o varejo esteja cada vez mais próximo das residências.

SNC em foco

Medicamentos para o Sistema Nervoso Central (SNC) podem apresentar um crescimento nas vendas. É o que indica a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Insumos para o mercado farmacêutico

No Brasil, a pandemia escancarou uma realidade que já era de conhecimento do mercado farmacêutico. O país é muito dependente de insumos e IFAs fabricados no exterior.

Mas esse “choque” inicial pode levar a mudanças no setor. A tendência é que, cada vez mais, a produção dessas matérias primas se espalhe pelo mundo e saia de grandes centros como China e Índia.

E-commerce mais forte

As compras pela internet já são realidade no mercado farmacêutico a anos. Mas a pandemia fez com que elas atingissem um novo patamar. Apenas esse formato de compra movimentou o valor de R$ 3,4 bilhões no último ano, valor recorde. A tendência é que não haja uma diminuição no uso desse modal.

A comodidade de receber os medicamentos em casa veio para ficar. E mesmo farmácias menores, que não possuem um site próprio, podem realizar suas vendas pelo WhatsApp ou em aplicativos de entregas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Euryale® C, a renovação em dermocosméticos

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Euryale® C, a renovação em dermocosméticosEspecialista em produtos dermatológicos, a farmacêutica TheraSkin apresenta o Euryale® C, o primeiro sérum anti-idade desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial.

O dermocosmético é multifuncional e auxilia na redução de rugas finas, linhas de expressão e controle da oleosidade. Além disso, aumenta a elasticidade da pele, melhora o viço e a luminosidade.

O Euryale® C combina vários ativos, como vitamina C pura estabilizada, vitamina E e ácido hialurônico com o topicaroteno. É indicado para todos os tipos de pele e pode ser utilizado no rosto, colo e pescoço.

Distribuidora: a fabricante atua com os principais distribuidores do país e com redes do varejo que têm CDs próprios
Gerente de produto: Alexandre Narumia – alexandre.narumia@theraskin.com.br

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico