Pesquisa inédita avalia alta de preços de medicamentos

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Entre os meses de maio e junho, o Brasil registrou um aumento de 0,50% nos preços de medicamentos. Mas o Rio Grande do Sul, vítima de severas enchentes no período, destoou da média e teve elevação de 1,38%. É o que apontou uma pesquisa inédita da Proffer, startup especializada em precificação para o varejo farmacêutico e integrante do ecossistema da Farma Ventures.

Ao analisar o cenário por categorias, o estudo revela que o setor de cuidados pessoais apresentou uma variação de 0,78%, enquanto a maior diferença negativa foi observada no setor de higiene e beleza, com recuo de 0,30%. Já os medicamentos tarjados e os OTCs/ MIPs apresentaram variações similares de 0,31% e 0,20%, respectivamente.

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Fonte: Proffer

“Observa-se uma leve inflação dos preços, que mostra um movimento mais recente em comparação ao começo do ano, com destaque para a aceleração nos valores praticados pelas farmácias do Rio Grande do Sul. Isso faz total sentido, uma vez que a região vem passando por um momento muito difícil e o medicamento é um produto essencial”, afirma Paulo Sergio Soares, cientista de dados da Proffer.

Principais variações dos preços de medicamentos

Entre os itens que registraram as maiores variações de preço entre os meses de maio e junho de 2024 na área de OTC e MIPs estão os medicamentos para alergia, com alta de 11,16%, ansiedade e estresse (4,95%); e dor e febre (4,60%). Já as categorias que apresentaram menor diferença foram gripe e resfriado, com variação negativa de 9,45%; vitaminas e minerais (-8,44%) e tosse (-7,86%).

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Fonte: Proffer

Na categoria de medicamentos tarjados, as maiores variações de preço foram para aparelho respiratório (3,55%), sistema cardiovascular (6,97%) e órgãos dos sentidos (10,63%). As menores ficaram por conta dos anti-infecciosos (-10,08%), sistema osteomuscular (-0,35%) e oncologia (-6,89%).

“O mês de maio apresentou o avanço mais acentuado de todo o semestre, devido ao reajuste anual de preços ocorrido em abril e outros fatores externos como a pressão inflacionária”, explica Paulo Henrique Botelho, gerente de produto e precificação da Proffer e especialista em pricing com dez anos de experiência no varejo farmacêutico.

Para o executivo, que foi coordenador de pricing na Drogaria Araújo, o shopper também dedicou mais tempo à pesquisa de preços na hora de comprar medicamentos. “Em função desse comportamento, algumas estratégias fundamentais para os varejistas do canal farma incluem promoções que fomentem o aumento de volume de vendas, como Leve X e Pague Y para clientes que buscam preços mais baixos. Também são cruciais o alinhamento da equipe de vendas e o foco nos medicamentos genéricos. São caminhos não perder volume de vendas e, ao mesmo tempo, preservar a rentabilidade”, argumenta.

As variações de preços em não-medicamentos

As categorias de não-medicamentos analisadas incluem higiene e beleza, cuidados com a saúde, cuidado pessoal e mundo infantil.

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Fonte: Proffer

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Fonte: Proffer

Cesta de junho

Os MIPs que se destacaram com os maiores aumentos de preços foram o Neosoro adulto, com variação de 2,77%; a pomada Vick Vaporub (2,28%) e o Sonrisal (1,12%). Já entre os medicamentos de prescrição, as principais altas envolveram o Nimesulida de 100 mg em comprimido (7,60%) e a Losartana de 500 mg (também comprimido).

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Fonte: Proffer

Já entre os não medicamentos, os itens que mais colaboraram para a inflação nas farmácias incluem artigos de bomboniere e xampus infantis. “Neste momento, os gestores de farmácia devem observar como esse aumento de preços vai refletir na demanda pelos produtos. O momento exige prudência na estocagem de itens e um olhar atento aos impactos dos fatores econômicos na jornada e decisão de compra do consumidor”, finaliza Botelho.

Nova vacina contra o HIV promete 100% de proteção às mulheres

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Nova vacina contra o HIV
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Um estudo publicado pela farmacêutica Gilead Sciences na última quinta-feira, 20/06, revela a descoberta de uma nova vacina contra o HIV. Esse é o primeiro medicamento de profilaxia pré-exposição (PrEP) que garante eficácia total contra a doença para as mulheres.

 A vacina, desenvolvida a partir de lenacapavir, passou por testes clínicos em Uganda e na África do Sul, apresentando uma eficácia maior em relação aos medicamentos disponíveis no mercado atualmente.

“Depois de todos os nossos anos de tristeza, especialmente com vacinas, isso é realmente surreal”, afirmou a pesquisadora Linda-Gail Bekker, em entrevista ao jornal The New York Times.

Nomeado como Purpose 1, o teste clínico analisou dados de 5,3 mil mulheres entre 16 e 25 anos, divididas em três grupos. No primeiro, nenhuma das 2.134 voluntárias que receberam a vacina contraiu HIV. No segundo, 39 das 2136 (1,8%) que se trataram com o comprimido Descovy foram infectadas. Entre as pacientes designadas para o tratamento com o fármaco Truvada, 16 das 1068 (1,5%) registraram a doença.

Os bons resultados nas primeiras fases do estudo incentivaram a formação de um comitê independente. A iniciativa permitiu que a farmacêutica disponibilizasse o lenacapavir para todos os grupos, incluindo o de placebo, finalizando a fase de testes cegos.

Nova vacina contra o HIV é importante alternativa

A nova vacina contra o HIV, cuja recomendação clínica é ser utilizada a cada seis meses, apresenta-se como alternativa no combate ao vírus principalmente por sua praticidade. “Para uma jovem que não pode ir a uma consulta em uma clínica na cidade ou não pode guardar comprimidos sem enfrentar estigma ou violência, uma injeção apenas duas vezes por ano é a opção que poderia mantê-la livre do HIV”, afirma Lillian Mworeko, líder da Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV na África Oriental.

 

Marca de genéricos da Eurofarma retorna à América Central

genéricos da Eurofarma
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A Genfar, marca de genéricos da Eurofarma, regressa à América Central depois de cinco anos fora desse mercado. A comercialização dos medicamentos dessa categoria na região contemplará, inicialmente, Guatemala, Panamá, Costa Rica e Honduras.

 “A Guatemala, onde já temos uma fábrica, é um ponto estratégico para a nossa expansão continental”, comenta Francisco Pérez, gerente geral da Eurofarma na América Central e Caribe.

 Naquele que foi o maior investimento de sua história, a Eurofarma adquiriu 100% das ações da Genfar com a intenção de torná-la seu braço de genéricos em até 22 países do continente, com exceção do Brasil.

Líder do mercado de genéricos puros na Colômbia, onde conta com uma planta de produção em Cali, a Genfar opera também no Peru e Equador. Para 2025 a companhia estima um novo crescimento, desembarcando na República Dominicana, El Salvador e Nicarágua.

Marca de genéricos da Eurofarma mira aumento em portfólio

Com o retorno da marca de genéricos da Eurofarma à região, será possível triplicar o portfólio de produtos da categoria, segundo afirmou Agustin Vincent, gerente geral da Genfar

Atualmente o catálogo da farmacêutica abrange medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, anti-infecciosos, dermatológicos e sistêmicos, e produtos para os sistemas nervosos e cardiovasculares, além de isentos de prescrição.

Fábrica com energia limpa é nova aposta da Haleon

Fábrica com energia limpa
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Contar com um fábrica com energia limpa a partir de 2025 é o objetido da Haleon no Brasil.  Em substituição ao gás natural, a multinacional passará a utilizar biometano em sua planta de Jacarepaguá (RJ).

Por meio de um contrato com a Gás Verde, a farmacêutica adquiriu 830 mil metros cúbicos do combustível renovável. “Aprimorar o processo produtivo e tornar a unidade mais eficiente e ecologicamente limpa é um passo fundamental de nossa missão”, comenta o presidente da companhia no Brasil, Yanir Karp.

O contrato, que entra em vigor ainda no segundo trimestre de 2024, tem prazo de seis anos. Segundo estimativas da empresa, anualmente, a energia limpa poderá evitar a emissão de 1.718 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. A fábrica é a maior mantida pela companhia na América Latina e produz, todos os anos, cerca de 90 milhões de unidades como cremes dentais e multivitamínicos.

Fábrica com energia limpa conta com outras ações ESG 

Além do biometano, a fábrica com energia limpa desenvolvida pela Haleon também conta com outras iniciativas sustentáveis. “Nossa unidade no Brasil conta com um sistema de reuso e tratamento de efluentes que permite o reaproveitamento de 22 milhões de litros de água por ano”, comenta a diretora industrial da unidade, Graziela Soares.

A planta também adota metas de redução e circularidade de resíduos e embalagens, além de implantar uma série de medidas para garantir que os resíduos gerados na fábrica sejam reaproveitados.

Pacientes valorizam impacto social da indústria farmacêutica 

Uma pesquisa divulgada em janeiro analisou a reputação da indústria farmacêutica e revelou um insight importante: os pacientes valorizam o impacto social do setor.

O estudo teve como objetivo analisar como a indústria é vista nesse sentido e quais pontos são os mais importantes para o consumidor. Para 67% dos entrevistados, as ações sociais das farmacêuticas são muito importantes.

Os demais braços, governança e meio ambiente, foram considerados muito importantes por, respectivamente, 60% e 34% dos respondentes. O estudo colheu 832 respostas entre julho e outubro de 2023. 173 áreas terapêuticas foram cobertas em 79 países diferentes.

Halex Istar promove CFO

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Halex Istar, Tiago Salina
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A farmacêutica brasileira Halex Istar, especializada no desenvolvimento de medicamentos inovadores, promoveu o CFO Tiago Salinas, ao cargo de CEO. O executivo respondeu pelo gerenciamento da área de finanças do laboratório nos últimos quatro anos.

Em seus 23 anos de carreira, o executivo atuou em importantes grupos de outros segmentos, entre os quais Whirpool, PepsiCo e Pátria Investimentos. Graduou-se em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas, onde também se tornou mestre em economia de negócios. Além disso, fez outro mestrado em finanças corporativas e investimentos bancários na Fundação Instituto de Administração.

Contato: tiago.salinas@halexistar.com.br

MedLevensohn amplia portfólio em produtos hospitalares

Produtos hospitalares
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Para fortalecer sua oferta de produtos hospitalares, a MedLevenhson foi ao mercado e adquiriu o controle acionário da Seroplast. A companhia é conhecida por sua atuação na comercialização de extensões, infusores, perfusores, drenos, frascos e coletores.

Até o fim do ano, a expectativa da companhia é dobrar seu faturamento. A ideia é que, por mês, mais de 1 milhão de produtos, entre infusores, perfusores, kit lactente, extensões e drenos, sejam distribuídos em todo o país.

“A aquisição traduz a nossa posição reafirmando o compromisso com a saúde e o bem-estar dos brasileiros. Queremos nos tornar a solução completa para os diversos canais de saúde”, afirma o CEO José Marcos Szuster.

Produtos hospitalares e CD de R$ 70 milhões 

Para alicerçar essa operação com foco em produtos hospitalares, antes da aquisição da Seroplast, a MedLevenhson já havia ampliado sua capacidade logística. No ano passado, a empresa realizou um aporte de R$ 70 milhões para a aquisição e construção de um novo centro de distribuição.

A pedra fundamental do Centro Integrado Medlevensohn foi laçada há um ano e, com o espaço, a empresa passou a contar com uma área de mais de 56 mil m², que permitiu a nacionalização de dois produtos do portfólio.

Venda de genéricos cresce 15% nas grandes redes de farmácias

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Venda de genéricos
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De acordo com a Abrafarma, a venda de genéricos vem ganhando protagonismo na operação das grandes redes de farmácia. Entre janeiro e abril de 2024, a comercialização desses medicamentos cresceu 15,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do Estadão Conteúdo.

A alta é maior do que a registrada na venda de remédios em geral no ano de 2023 (5,6%) e também do que o volume de genéricos comercializados em todo o varejo farmacêutico (5%), segundo dados da PróGenéricos.

“A venda de genéricos avançou 15,8%, enquanto o faturamento geral de medicamentos avançou 14,9%. Isso significa que vendemos muito mais genéricos, pois o valor em dinheiro das unidades é menor”, afirma, em entrevista ao Broadcast, Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Mas nem tudo são flores. O executivo também afirmou que apenas 70% do que é encomendado pelas farmácias realmente chega às lojas. Quando se fala das farmácias independentes, esse cenário é ainda mais preocupante. “Enquanto grandes redes recebem cerca de 70% do que encomendam, as redes independentes chegam a receber apenas 50% e convivem com a falta de produtos”, aponta.

Alta venda de genéricos vs. desabastecimento 

Apesar da alta demanda, o executivo alerta que os problemas de abastecimento apontados não são de fácil resolução. Segundo ele, aumentar a produção de medicamentos genéricos geraria uma saturação das marcas. Além desse entrave, as patentes ainda ativas também podam esse mercado.

Barreto destaca que, com uma produção interna de princípios ativos ainda baixa, a compra de matéria-prima no Exterior freia a fabricação de fármacos no país.

Com todos esses fatores causando dificuldades para as drogarias estabelecerem seu mix, quem sofre são as pequenas empresas. Nos últimos 24 meses, 87,6% das farmácias que fecharam eram independentes.

Franquias da Farma Conde podem triplicar número de lojas

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Com 30 lojas abertas em uma semana no mês de maio, o sistema de franquias da Farma Conde será a grande aposta da rede de farmácias em 2024. O objetivo da varejista, revelado em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico, é totalizar 1 mil lojas até o fim do ano por meio da conversão de bandeira de PDVs de pequeno e médio porte.

Atualmente, a companhia conta com 500 PDVs no estado de São Paulo. “A meta é arrojada. Mas se pararmos para pensar que existem 13,5 mil farmácias independentes só em São Paulo, não estamos falando nem de 10% desse montante”, argumenta o presidente do grupo Manoel Conde Neto.

Segundo Conde Neto, as franquias da Farma Conde devem ter como principal impulso a experiência da varejista. “O consumidor já nos conhece. São três décadas de mercado. E o resultado é prático, não teórico. Os primeiros empreendedores que compraram nossa ideia já registram um avanço de até 40% em suas vendas”, relata.

Franquias da Farma Conde apostam em poder de negociação

Além de uma marca reconhecida, o executivo afirma que, por ser um conglomerado farmacêutico, o franqueado consegue ter acesso a melhores condições comerciais.

“Compramos junto à indústria em grandes quantidades e repassamos por meio de nossos centros de distribuição em Caçapava e São José dos Campos. Além disso, os produtos fabricados por nosso laboratório próprio também chegam com condições mais competitivas para os nossos franqueados”, afirma.

Investimentos a partir de R$ 100 mil 

A Farma Conde opera no sistema de franquias e também com licenciamento de marca. O presidente afirma que o perfil de empreendedores procurado é amplo. “Como atuamos com ambos os formatos, abrangemos um universo grande de empreendedores, desde aqueles experientes que desejam dar um gás para seu negócio até os que almejam estrear no varejo farmacêutico”, explica.

De acordo com a companhia, os investimentos mínimos para o licenciamento de marca ficam na casa dos R$ 100 mil, enquanto para as franquias o aporte deve ficar em cerca de R$ 1 milhão. A taxa de royalties é de 1%. “Hoje, a expectativa de retorno mensal é de 8 a 10% do lucro líquido. No caso do licenciamento, essa margem pode ser ainda maior, uma vez que o custo da operação é menor”, aponta Conde Neto.

Expansão começará por São Paulo 

Em um primeiro momento, os esforços da Farma Conde em capilarizar sua franquia ficarão concentrados em São Paulo, onde mantém sua sede, laboratórios e CDs. Mas o projeto não ficará restrito ao estado. “Ainda temos que estudar as particularidades de cada um dos estados para estender esse modelo a todo território nacional”, comenta.

Conheça os CEOs mais bem pagos da indústria farmacêutica

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Levantamento do portal FiercePharma relacionou os 10 CEOs mais bem pagos da indústria farmacêutica em 2023. A lista revela uma hegemonia de executivos baseados nos Estados Unidos, com apenas um líder europeu e uma indiana. Outros detalhes são a presença de apenas uma mulher no ranking e a disparidade em relação aos valores médios a que têm direito os colaboradores das empresas.

O salário dos CEOs da indústria totaliza um montante superior a R$ 1,2 bilhão, considerando também ganhos variáveis como participação nos lucros. Embora alguns executivos tenham registrado queda na remuneração, outros não se queixaram dos incrementos alcançados.

Top 10 – CEOs mais bem pagos de 2023

1 – Joaquin Duato
Empresa: Johnson & Johnson
Remuneração total em 2023: US$ 28,4 milhões (R$ 154,89 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 13,1 milhões (R$ 71,45 milhões)
Variação:  +116%

Depois de assumir o comando da J&J no início de 2022, Joaquin Duato recebeu US$ 28,4 milhões (R$ 154,89 milhões). Esse panorama vem se refletindo na fabricante desde o antecessor Alex Gorsky, que liderou a lista de CEOs mais bem pagos entre 2017 e 2021. Em média, os colaboradores da companhia ganharam US$ 84 mil (R$ 458,1 mil) no ano passado. A proporção em relação ao salário de seu líder foi de 338 para 1.

2 – David Ricks
Empresa: Eli Lilly
Remuneração total em 2023: US$ 26,6 milhões (R$ 145,08 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 21,4 milhões (R$ 116,72 milhões)
Variação: +24%

Desde que David Ricks assumiu o comando da Eli Lilly em 2017, a companhia viu a receita aumentar em torno de 61%. Como resultado, os vencimentos de seu líder avançaram US$ 121 mil (R$ 659,9 mil) por ano. Sua remuneração é 168 vezes superior à média dos colaboradores – US$ 158 mil (R$ 861,7 mil)

3 – Richard Francis
Empresa: Teva Pharmaceuticals
Remuneração total em 2023: US$ 25,71 milhões (R$ 140,22 milhões)
Remuneração total em 2022:  Não revelada
Variação: Não revelada

A Teva recompensou Richard Francis com um pacote salarial robusto de US$ 25,7 milhões (R$ 140,22 milhões). O executivo, que assumiu o comando em janeiro de 2023, contabilizou grande parte do valor como fruto de incentivos para aceitar a oferta de emprego. O montante é 398 vezes maior do que a média de US$ 64,5 mil (R$ 351,7 mil) destinada à equipe do laboratório

4 – Richard Gonzalez
Empresa: AbbVie
Remuneração total em 2023: US$ 25,7 milhões (R$ 140,17 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 26,3 milhões (R$ 143,44 milhões)
Variação: -2%

Primeiro e único CEO da AbbVie, Richard Gonzalez planeja aposentar-se após 11 anos no cargo. E esse fim de ciclo vem sendo generoso, graças a um ganho de US$ 25,7 milhões (R$ 140,17 milhões), 169 vezes maior que o salário dos funcionários – US$ 152 mil (R$ 829 mil)

5 – Daniel O’Day
Empresa: Gilead Sciences
Remuneração total em 2023: US$ 22,5 milhões (R$ 122,71 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 21,6 milhões (R$ 117,81 milhões)
Variação: +5%

Enquanto a Gilead Sciences trabalha para reforçar a sua presença na oncologia, o CEO Daniel O’Day teve direito ao maior salário desde seu primeiro ano no cargo, em 2019. O valor supera em 110 vezes os vencimentos médios de US$ 205,9 mil (R$ 1,12 milhão) dos colaboradores

6 – Robert Bradway
Empresa: Amgen
Remuneração total em 2023: US$ 22,6 milhões (R$ 123,26 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 21,4 milhões (R$ 116,72 milhões)
Variação: +6%

Em viés de alta nos últimos dez anos, as ações da Amgen impulsionaram as remunerações de seu líder. Robert Bradway figurou no rol dos 15 CEOs mais bem pagos do setor farmacêutico de 2018 a 2022. Em 2021, chegou a ocupar o top 5. Com salário 136 vezes menor, os funcionários receberam US$ 166,3 mil (R$ 907 mil) no ano passado

7 – Albert Bourla
Empresa: Pfizer
Remuneração total em 2023: US$ 21,56 milhões (R$ 117,59 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 33 milhões (R$ 179,98 milhões)
Variação: -35%

A remuneração de Bourla acompanhou o esfriamento da demanda por medicamentos e vacinas contra a Covid-19, que alçou a farmacêutica norte-americana à liderança em vendas na indústria farmacêutica. Mas os valores a que ele teve direito em 2023 ainda foram 291 vezes maiores que os dos colaboradores, cujos ganhos médios alcançaram US$ 74 mil (R$ 403,6 mil)

8 – Pascal Soriot
Empresa: AstraZeneca
Remuneração total em 2023:  US$ 21,3 milhões (R$ 116,17 milhões)
Remuneração total em 2022:  US$ 19,3 milhões (R$ 105,26 milhoes)
Variação: +11%

Único europeu no ranking, o executivo francês deve parte da remuneração do ano passado aos incentivos vinculados ao desempenho da farmacêutica britânica em áreas como inovação e sustentabilidade ambiental. A proporção foi de 182 para 1 em comparação aos US$ 117 mil (R$ 638,3 mil) recebidos, em média, pelos funcionários.

9 – Reshma Kewalramani
Empresa: Vertex Pharmaceuticals
Remuneração total em 2023: US$ 20,6 milhões (R$ 112,35 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 15,9 milhões (R$ 86,72 milhões)
Alteração: +30%

A indiana Reshma Kewalramani, da Vertex Pharmaceuticals, embolsou quase US$ 20,6 milhões (R$ 112,35 milhões) no ano passado. Coincidência ou não, a empresa liderada por uma mulher apresenta a menor diferença salarial entre CEO e colaboradores. A média obtida pela equipe totalizou US$ 247,5 mil (R$ 1,34 milhão), valor 83 vezes menor

10 – Robert Davis
Empresa: MSD
Remuneração total em 2023: US$ 20,3 milhões (R$ 110,72 milhões)
Remuneração total em 2022: US$ 18,7 milhões (R$ 101,99 milhões)
Variação:  +8%

Os bons serviços prestados por Robert Davis na diretoria financeira da MSD lhe renderam a ascensão ao cargo máximo da companhia em 2021. Sua remuneração em 2023 superou em 183 vezes os ganhos de médios de US$ 110,8 mil (R$ 604,3 mil) dos funcionários

Suplementos irregulares estão em 48% das infrações da Anvisa

SUPLEMENTOS IRREGULARESSuplementos, Anvisa, fabricantes de suplementos
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Os suplementos irregulares dominam a lista de produtos que foram alvos de fiscalização da Anvisa no ano passado. De acordo com levantamento do portal JOTA, a categoria foi responsável por 48% dos alimentos que sofreram medidas cautelares e preventivas aplicadas pela agência.

Em 2023, a autarquia registrou 126 infrações envolvendo alimentos com inconformidades ou suspeitas de falsificação. Deste total, 60 ocorrências compreendiam artigos de suplementação. Como parâmetro, o sal apareceu na segunda colocação e totalizou somente 15 penalizações.

Entre os principais motivos para as infrações estão a divulgação de benefícios à saúde de forma indevida e sem comprovação técnica, a utilização de ingredientes proibidos e até a venda sem autorização. Em nota enviada à reportagem, a Anvisa afirmou que só necessitam de registro na autarquia os produtos que contêm enzimas e/ou probióticos. Os demais, devem apenas comunicar o início da fabricação à vigilância sanitária da região.

Desde 2018, a comercialização desse gênero de produtos é regulamentada pela Anvisa por meio da Instrução Normativa – IN 28. Para conferir a relação de suplementos irregulares, clique aqui.

Devido às incertezas quanto à sua composição e concentração, os suplementos alimentares não regularizados são um grave perigo a saúde. “O uso de uma dosagem inadequada de vitaminas por tempo prolongado pode levar a doenças hepáticas”, alerta o médico nutrólogo do hospital Albert Einstein, Celso Cukier.

Suplementos irregulares ganham espaço no varejo online

Os suplementos irregulares encontram no varejo online um canal promissor para sua difusão. Desde a adoção da Instrução Normativa, a agência já encaminhou 55,2 mil notificações para fabricantes e plataformas de e-commerce, exigindo a retirada de anúncios de produtos não regularizados.

Nesse quesito, os suplementos respondem por 33% das notificações emitidas. O percentual é quase o triplo da categoria que está na segunda colocação. Os emagrecedores totalizam 12%.

25 marcas de creatina foram reprovadas

A notícia representa mais um sinal de alerta envolvendo a categoria. Em maio, o Panorama Farmacêutico veiculou um estudo da Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri). Segundo a entidade, 25 marcas não respeitaram em sua composição o valor de creatina previsto na embalagem. A situação revelou-se ainda mais grave porque 40% desses produtos simplesmente não continham o composto de aminoácidos na formulação.