Durante a inauguração de uma fábrica da farmacêutica EMS, em Hortolândia-SP, Lula cobrou maior agilidade da Anvisa na aprovação de medicamentos. A crítica surgiu durante um discurso do presidente e foi provocada por uma reclamação de Carlos Sanchez, presidente da farmacêutica.
Lula não poupou palavras ao responsabilizar a agência por falta de remédios e mortes: “É preciso a Anvisa andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão lá, porque não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”.
“Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque o remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor os interesses do nosso país”, disse o presidente.
Luiz Inácio ainda aproveitou a oportunidade para defender as vacinas e atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, principalmente por sua atuação em meio à pandemia. De acordo com Lula, “pelo menos metade” das 700 mil mortes registradas no país são resultado das ações ineficazes de Bolsonaro.
Aprovação de medicamentos é afetada por greves
Duramente criticada pelo presidente, a Anvisa passa por uma crise que se arrasta há meses. Em junho deste ano, o Panorama Farmacêutico noticiou um alerta de greve da autarquia que preocupou o canal farma. Na oportunidade os servidores reivindicavam melhorias em diversos aspectos como reajustes salarias, novos planos de carreira, uma reposição do quadro de funcionários, que há anos convive com déficit.