Mais de vinte medicamentos estão em falta na Farmácia de Minas atualmente, como informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais nesta quarta-feira (24). De acordo com a pasta, entre os motivos da escassez estão a espera de envio pelo Ministério da Saúde e atraso de fornecedores.
A administradora Fernanda Mafra, de 39 anos, convive com a esclerose múltipla há dez anos. Para controlar a doença, ela faz uso do medicamento “fingolimode cloridrato 0,5 mg”. De acordo com a SES, a aquisição deste item é centralizada pelo Ministério da Saúde, que então distribui às secretarias.
“Busco o remédio todo mês na Farmácia de Minas. Eles agendam o dia e eu pego a caixa para o mês. Estava agendado para o dia 10 de fevereiro, mas não tinha. É um remédio de uso contínuo e não posso deixar de tomar, mas estou sem ele agora”, disse Fernanda.
“Busco o remédio todo mês na Farmácia de Minas. Eles agendam o dia e eu pego a caixa para o mês. Estava agendado para o dia 10 de fevereiro, mas não tinha. É um remédio de uso contínuo e não posso deixar de tomar, mas estou sem ele agora”, disse Fernanda.
O governo estadual informou que o medicamento está em falta desde dezembro de 2020, mês em que o Ministério da Saúde “repassou apenas 50% da demanda pelo medicamento em Minas”. Questionada pela TV Globo sobre o motivo deste repasse menor e se há previsão para normalização, a pasta federal não havia respondido até a publicação desta reportagem.
“É de extremo alto custo. Cada caixa, que dá para um mês, custa R$ 10 mil. A esclerose não tem cura, é controlada pela medicação. O risco é ter surtos e gerar sequelas, principalmente motoras”, afirmou Fernanda Mafra.
“É de extremo alto custo. Cada caixa, que dá para um mês, custa R$ 10 mil. A esclerose não tem cura, é controlada pela medicação. O risco é ter surtos e gerar sequelas, principalmente motoras”, afirmou Fernanda Mafra.
Além do remédio “fingolimode cloridrato 0,5 mg”, outros 23 medicamentos constam como indisponíveis na Farmácia de Minas, sendo que cinco esperam “entrega pelo Ministério da Saúde”. No final desta reportagem, estão os nomes deles e os respectivos motivos de desabastecimento informados pela SES.
A reportagem também perguntou à Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela Farmácia de Minas, o que o paciente que depende destes remédios deve fazer diante da indisponibilidade da medicação. “Cabe ao médico que acompanha o paciente avaliar a possibilidade de realizar o tratamento com outro medicamento, conforme situação clínica de cada caso”, respondeu a pasta.
Fonte: G1.Globo