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Mais de 60% dos industriais acreditam que haverá racionamento, aponta CNI

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Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 63% dos empresários do setor industrial acreditam que o racionamento de energia elétrica é uma possibilidade para o Brasil, diante da baixa dos reservatórios e da bandeira vermelha na conta de energia elétrica.

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A pesquisa aponta ainda que nove em cada dez empreendedores estão preocupados com o cenário atual de crise hídrica, e 98% acreditam que haverá aumento de preços. O maior temor dos industriais ouvidos pela CNI está no aumento do custo da energia: 83% apontaram essa como a principal preocupação.

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A crise hídrica ocorre por causa da baixa nos reservatórios das usinas hidroelétricas, que representam 60% da produção de energia renovável no país e são a fonte mais barata. Segundo o Ministério de Minas e Energia, em julho, os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul operavam abaixo de 50% da capacidade: 25,97 e 47,87%, respectivamente. Nordeste e Norte estavam um pouco melhor: 54,81% e 79,11%. No entanto, a previsão é que os quatro subsistemas apresentem queda em agosto. Assim, o Nordeste cairia para 49% e seria o terceiro a operar abaixo de 50%.

Há duas semanas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertou que o nível dos reservatórios no Brasil pode chegar ao limite em meados de novembro.

Vilão da inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi pressionado pelo setor. A inflação ficou em 0,96% em julho, maior valor para o mês desde 2002, e acima da taxa de junho, que foi de 0,53%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). A energia elétrica, que saltou 7,88% em julho, teve o maior impacto individual no índice.

O especialista em energia da CNI, Roberto Wagner Pereira, alertou para os desdobramentos da crise hídrica e energética, que pode atingir o setor industrial.

‘Há uma preocupação clara com o risco de racionamento e do aumento de custo da energia. Isso pode ter impacto na retomada da produção do segmento industrial, em um momento em que a indústria começa a recuperar a sua produtividade’, afirma Pereira.

Entre os empresários consultados pela confederação, 22% afirmam que pretendem mudar o horário de funcionamento de suas empresas para reduzir o consumo de energia em horário de pico, em resposta à crise hídrica. No entanto, quase dois terços das empresas consideraram que implementar essa alteração de horário é difícil ou muito difícil.

A CNI ouviu 572 empresas, sendo 145 pequenas, 200 médias e 227 grande porte, no período de 25 de junho a 2 de julho.

Fonte: CNN Online (Brasil)

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