Enquanto obtinha lucros recordes com a venda de ivermectina, a farmacêutica Vitamedic ampliou de forma irregular a sua fábrica de medicamentos em Goiás, cujo investimento teria superado R$ 300 milhões. E essa situação está na mira dos senadores integrantes da CPI da Covid-19, que tem nesta quarta-feira (dia 11) o depoimento do presidente da indústria, Jailton Batista. As informações são da Rádio CBN.
Documentos enviados à CPI mostram que a empresa teve, somente com a ivermectina, um faturamento 2.900% superior em 2020 na comparação com 2019. A suspeita é que o lucro da Vitamedic seja resultado da defesa do tratamento precoce feita pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, mesmo sem nenhum estudo comprovar a eficácia contra o novo coronavírus.
Os senadores tentam relacionar esses ganhos com a excessiva agilidade na construção da fábrica, que sequer seguiu as normas da Vigilância Sanitária. Em abril, inclusive, a Anvisa chegou a fechar as instalações. No início deste ano, a farmacêutica chegou a pagar, em nome da Associação Médicos pela Vida, propagandas em jornais para o tratamento precoce.
A entidade foi recebida em eventos no Palácio do Planalto que promoviam os remédios sem eficácia.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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