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Mais homens passaram a se preocupar com a própria beleza

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Os tempos são outros, e os homens, também. Eles não têm mais medo de cuidar da beleza. Segundo uma pesquisa Cosmentology, feita no Brasil pelo Grupo Croma, em parceria com a Netquest, 39% dos entrevistados passaram a se preocupar com beleza e cosméticos nos últimos cinco anos.

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Na avaliação de Edmar Bulla, diretor executivo do Grupo Croma, um dos fatores que explicam esse novo é o culto da beleza, impulsionado pelas redes sociais.

— É uma profunda mudança de hábitos, com jovens que têm grande necessidade de expressão — avaliou ele, acrescentando que o país é o segundo maior mercado de cosméticos masculinos do mundo (perde apenas para os EUA).

E isso se reflete nas empresas, que passaram a lançar itens específicos para esse público, que não se contenta mais em usar os produtos que já estão no banheiro, como o xampu da mãe ou namorada. Assim nasceu a Sobrebarba. Em 2014, Samuel Tonin, que vinha deixando a barba crescer há alguns anos, não encontrava produtos nacionais para este tipo de pelo, e as opções importadas eram caras.

— Eu usava produtos para cabelo, mas eles ressecavam a barba. Experimentei um xampu em óleo, e funcionou, mas era muito caro. Eu já queria empreender, e percebi que compraria esse produto se tivesse dele no Brasil — disse o sócio fundador da Sobrebarba.

De lá para cá, vários produtos foram lançados, sempre trabalhando com sugestões de clientes e fazendo adaptações a partir do feedback deles, explicou.

Para Tonin, no entanto, não foram os homens que ficaram mais vaidosos. Eles passaram a ter mais acesso aos produtos que queriam:

— Antes, eles usavam os produtos que tinham no banheiro. Eu já tirei a barba por ela estar feia, porque eu usava um xampu para cabelos nela, e não ficava bom.

Embalagem parece de cerveja

Camila Ribeiro, diretora de Redken no Brasil, conta que essa foi a primeira marca profissional com produtos para o público masculino, em 1967. Em, 2018, a empresa, que pertence à L’Oréal, reformulou a linha, com embalagens inspiradas em garrafas de cerveja e fórmulas com malte artesanal.

— Saímos da era em que o público masculino só pensava no desodorante e no perfume e entramos para a fase em que cuidar dos cabelos, aparar e estilizar a barba, além de escolher produtos para os cuidados com o corpo, fazem parte da rotina diária — explicou.

Mesmo com desafios e crises do país, os cosméticos masculinos do Boticário cresceram nos últimos cinco anos, conta Aline Mori, gerente de Perfumaria:

— Os homens querem entender o que tem na composição, quais são os benefícios e resultados de cada produto. Toda comunicação precisa ser muito direta, esclarecendo rapidamente o benefício do e o modo de aplicação.

Felippe Fonseca, ator: ‘Preços ainda são muito altos’

Uso a barba cheia desde 2013, com 19 anos. No ano seguinte, já habituado, comecei a ter mais cuidados com ela. Sou vaidoso desde a adolescência, e a profissão pede isso.

Acho que o cuidado com a aparência nasce de uma relação consigo mesmo, mais do que para o outro. Ou, ao menos, deveria ser assim. Então, para mim, é importante estabelecer o cuidado com a aparência como um ato de autocuidado, de autoestima. A vaidade me ajuda a ser mais seguro de mim, por ser meio tímido.

Hoje, uso xampu para barba e perfume. Eu gostaria de usar mais produtos, mas confesso que sou meio preguiçoso e também há a questão orçamentária, já que os preços são muito altos para a maioria das marcas.

Edmar Bulla, diretor executivo do Grupo Croma: tem muito a ver com o pós-crise

Para empreendedores, lugares específicos para cuidar da beleza masculina têm muito para crescer. Isso tem muito a ver com o pós-crise: as pessoas querem voltar a cuidar da beleza, retomar a autoestima.

As novas barbearias estão surgindo até nas pequenas cidades, porque o homem está carente de espaço para cuidar da beleza.

Fonte: Extra

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/07/02/reposicionamento-de-mips-ampliaem-13-receita-de-associativistas/

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