A criação do Hospital Santa Ana, por meio de parceria a ser firmada na segunda-feira entre a prefeitura de Porto Alegre e a Associação Educadora São Carlos (Aesc), é a melhor notícia que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderiam receber. Num Estado em que o fechamento de hospitais se tornou rotina, a abertura de 208 leitos num curto período de tempo significa um alento para quem, hoje, é forçado a perambular entre instituições públicas quando precisa de internação.
A nova instituição não vai acabar com a superlotação das emergências, que hoje mantêm pacientes, mesmo em estado grave, sem condições de atendimento. Um aspecto importante é que a ênfase do empreendimento será no aspecto da gestão. A alternativa dá condições ao poder público municipal de fazer mais, mesmo premido pela escassez de recursos.
É positivo que, diante de tantos prédios com espaços ociosos, a prefeitura tenha optado por alugar uma área sem uso do Hospital Espírita, no bairro Teresópolis. Com isso, o dinheiro da locação vai ajudar na manutenção do Espírita, especializado em atendimento na área de saúde mental. Seria melhor ainda se decisões desse tipo, num cenário dominado predominantemente por problemas, se multiplicassem, contribuindo para ampliar ainda mais o número de leitos hospitalares.
O importante, a partir de agora, é que a decisão não venha a frustrar as expectativas no que diz respeito a prazos e eficiência no atendimento. Os responsáveis pelo projeto precisam correr contra o tempo para que a decisão possa realmente contribuir para melhorar a saúde pública.
Fonte: Zero Hora
