Para que esse momento tão esperado e registrado em fotos e vídeos se multiplique é preciso que essa outra imagem, a dos aviões carregados de matéria-prima, também ganhe ritmo. É ainda a matéria-prima vinda do outro lado do mundo que dita a velocidade da produção das vacinas no Brasil – e esse ritmo tem aumentado.
Na primeira semana de março, em média, 235 mil pessoas receberam a primeira dose por dia no país. O ritmo é irregular, como mostra o gráfico acima. Mas, na última semana, a média de vacinados quase dobrou, chegando a 524 mil pessoas por dia com a primeira dose da vacina. E, nesta segunda (29), foram mais de 782 mil pessoas vacinadas com a primeira dose.
‘A gente está vacinando com uma velocidade máxima para o que nós temos de material disponível. Mas se a gente tivesse as vacinas da Pfizer, ou outro produtor, nós poderíamos estar em uma velocidade muito maior’, comentou o epidemiologista da Faculdades São Leopoldo André Ribas.
‘A gente está vacinando com uma velocidade máxima para o que nós temos de material disponível. Mas se a gente tivesse as vacinas da Pfizer, ou outro produtor, nós poderíamos estar em uma velocidade muito maior’, comentou o epidemiologista da Faculdades São Leopoldo André Ribas.
Até aqui, a vacinação brasileira foi garantida principalmente com a produção da CoronaVac e com a ajuda das doses da Oxford/AstraZeneca, produzidas pela Fiocruz para o Brasil. Já há estoque de matéria-prima para produzir 27 milhões de doses. Serão 18,8 milhões doses da Fiocruz e 8,2 milhões de doses do Butantan. Se o Butantan receber matéria-prima da China já contratada, consegue subir essa entrega para 13 milhões de doses e, assim, cumprir o contrato com o Ministério da Saúde. Semana que vem, o instituto espera receber uma parte desse insumo.
Já a Fiocruz recebeu matéria-prima para fazer todas as doses prometidas para abril e ainda sobra. O Ministério da Saúda ainda conta também com mais 8,4 milhões de doses de duas vacinas: a indiana Covaxin e a russa Sputnik, ambas ainda sem aprovação da Anvisa, nem produção local.
Nesta terça (30), a agência negou o certificado de boas práticas da fabricante indiana da Covaxin, e os testes de eficácia, em parceria com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ainda nem começaram.
A chance de encomendar vacinas com muita antecedência aconteceu. A Pfizer, por exemplo, ofereceu ao país, em meados de 2020, 70 milhões de doses com entregas previstas a partir de dezembro de 2020. Criticando os termos do contrato, o governo brasileiro recusou a oferta e só fechou acordo agora em março.
Para os epidemiologistas, o Brasil tem condições de acelerar a vacinação em massa assim que tiver vacinas disponíveis.
‘Se a gente vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia, a gente consegue, em seis meses, ter toda a população brasileira elegível vacinadas. Quando eu digo elegível, estou falando as pessoas com 18 anos ou mais. Então essa deve ser a nossa meta: 1,5 milhão de vacinas por dia e a nossa situação vai começar a melhorar, assim como já tem melhorado em outros países. Se houver disponibilidade de vacinas e se as vacinas estiverem disponíveis, o sistema de saúde brasileiro é capaz de vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia. Então o problema é a disponibilidade de vacinas. No momento em que tivermos as vacinas aqui, certamente o sistema dá conta de vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia. “, explicou o epidemiologista da UFPel Pedro Hallal.
‘Se a gente vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia, a gente consegue, em seis meses, ter toda a população brasileira elegível vacinadas. Quando eu digo elegível, estou falando as pessoas com 18 anos ou mais. Então essa deve ser a nossa meta: 1,5 milhão de vacinas por dia e a nossa situação vai começar a melhorar, assim como já tem melhorado em outros países. Se houver disponibilidade de vacinas e se as vacinas estiverem disponíveis, o sistema de saúde brasileiro é capaz de vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia. Então o problema é a disponibilidade de vacinas. No momento em que tivermos as vacinas aqui, certamente o sistema dá conta de vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia. “, explicou o epidemiologista da UFPel Pedro Hallal.
Fonte: G1.Globo
Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/31/anvisa-pode-liberar-mais-vacinas/