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Medicamento contra o câncer pode prolongar a expectativa de vida

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Expectativa de vida

Estudo liderado pela Universidade de Auckland revela que um medicamento contra o câncer aumentou de um para até três anos a expectativa de vida em camundongos de meia-idade. A pesquisa foi publicada na revista Nature e financiada pelo Health Research Council.

Os camundongos foram divididos em dois grupos. Os do primeiro grupo foram alimentados com uma dieta de controle. Já os do segundo receberam a mesma dieta, mas com a adição do medicamento alpelisib, utilizado no tratamento de câncer de mama avançado ou metástico, vendido pelo nome comercial Piqray, de fabricação da Novartis.

Os camundongos alimentados com a dieta contendo a droga não apenas viveram mais, como mostraram alguns sinais de serem mais saudáveis ​​na velhice, como coordenação e força aprimoradas.

No entanto, os pesquisadores são cautelosos sobre a aplicação em humanos, uma vez que os camundongos tratados com a droga também apresentavam alguns marcadores negativos de envelhecimento, como menor massa óssea.

“O envelhecimento não é apenas sobre o tempo de vida, mas também sobre a qualidade de vida. Portanto, ficamos satisfeitos em ver que esse tratamento medicamentoso não apenas aumentou a longevidade dos camundongos, mas também mostrou muitos sinais de envelhecimento mais saudável”, afirma o co-autor do estudo e pesquisador Chris Hedges.

Não use o medicamento para aumentar a expectativa de vida

A equipe agora estava trabalhando para entender como isso aconteceu. “Não estamos sugerindo que alguém deva tomar este medicamento por um longo prazo para prolongar a expectativa de vida, pois há alguns efeitos colaterais”, disse o pesquisador principal e professor associado Troy Merry.

“No entanto, este trabalho identifica mecanismos cruciais para o envelhecimento que serão úteis em nossos esforços de longo prazo para aumentar a expectativa de vida e a saúde.

“Também sugere várias maneiras possíveis pelas quais os tratamentos de curto prazo com esta droga podem ser usados ​​para tratar certas condições metabólicas de saúde e estamos acompanhando isso agora”.

O alpelisibe teve como alvo uma enzima específica chamada PI 3-quinase. “Há mais de 20 anos trabalhamos no desenvolvimento de medicamentos para atingir a PI 3-quinase, pois as evidências indicam que elas seriam úteis para tratar o câncer, já que muitos cânceres têm uma ativação excessiva dessa via”, disse o coautor do estudo, o professor Peter Shepherd.

“Portanto, é ótimo ver que essas drogas podem ter uso em outras áreas e revelar novos mecanismos que contribuem para doenças relacionadas à idade. Também mostra o valor do investimento de longo prazo em pesquisas em áreas como esta”, finaliza.

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