Conhecidos medicamentos para emagrecer, como Ozempic e o Wegovy, podem ter um “grave efeito colateral” – só que não para o paciente, e sim para o varejista. De acordo com um levantamento do Walmart, os pacientes compram menos comida durante o tratamento. As informações são da Folha de S. Paulo.
A declaração, no mínimo curiosa, foi dada em entrevista à Bloomberg na última quarta-feira, dia 4. Segundo John Furner, CEO da companhia, o impacto dos medicamentos para emagrecer já pode ser sentido nos carrinhos.
O executivo afirmou que as compras desse tipo de consumidor costumam ter “menos unidades” e são compostas por uma dieta com “ligeiramente menos calorias” do que em comparação com o comprador comum.
O Walmart consegue fazer tal balanço pois atua em ambas as frentes: no varejo alimentar e farmacêutico.
Fast food que se cuide
E não é só o varejo alimentar que tem sentido esse “efeito colateral” dos medicamentos para emagrecer. As redes de fast food também já se preocupam com a popularização desses remédios.
De acordo com um relatório da instituição financeira inglesa Barclays, essa cadeia deve ser uma das mais impactadas pela diminuição da demanda.
Além desse mercado, o banco também apontou que setores da indústria alimentar, de bebidas e até mesmo de tabaco podem “perder clientes” com o advento da semaglutida.
Medicamentos para emagrecer diminuem o apetite
A explicação para o carrinho mais enxuto é simples. Um dos efeitos desses remédios, principalmente aqueles à base de semaglutida, é uma maior saciedade e um menor apetite.
Aliás, quem está com apetite bem aberto é a Novo Nordisk, fabricante dos dois mais famosos medicamentos para emagrecer. A farmacêutica assumiu a ponta na Bolsa europeia, superando o conglomerado de luxo LVMH, dono da Louis Vuitton.