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Médicos trocam postos de saúde pelo Mais Médicos no Rio Grande do Norte

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Profissionais que decidiram migrar para o programa Mais Médicos estão abandonando postos de saúde, no Rio Grande do Norte.

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Esta quarta-feira (5) foi o terceiro dia de trabalho da doutora Kássia Galvão em Santa Maria, a 66 quilômetros de Natal. Ela deixou um programa do Ministério da Saúde em outro município do Rio Grande do Norte e assumiu a vaga deixada por uma médica cubana no Mais Médicos. O salário mais alto contribuiu para mudança.

“É um dinheiro que vem líquido e também nós não declaramos o imposto de renda com ele. Ele é considerado como uma bolsa. E, além de tudo, o programa ainda oferta uma educação continuada”, destaca Kássia.

O programa tem algumas regras e leis que as prefeituras devem cumprir para que permaneçam dentro do programa. Por exemplo: uma unidade básica. A estrutura básica dela tem que ser de acordo com os itens do Ministério da Saúde. Toda atenção a equipe, os materiais. Acaba dando para o profissional e para população melhores condições”, diz Kássia.

Mas nas unidades de saúde onde a doutora Kássia atendeu nesta quarta falta água para lavar a mão, para beber. A geladeira das vacinas não pode ser usada porque a unidade nunca teve energia elétrica. “Para gente aqui ficou melhor. Apenas não tem água, não tem luz no posto, né?”, fala uma moradora da cidade.

No Rio Grande do Norte, 110 médicos do programa de estratégia de saúde da família foram para o Mais Médicos. Isso representa a metade dos profissionais que atuavam no programa. As vagas deixadas pelos cubanos no Mais Médicos estão sendo ocupadas, mas aí surgiu um problema. Está faltando médico nos municípios mais distantes.

Em todo os país, segundo o Conselho de Secretários Municipais de Saúde, 2.844 médicos trocaram programas básicos de saúde pelo Mais Médicos. Na zona rural de Janduís, a 300 quilômetros de Natal, o posto de saúde está sem médico há dez dias, depois da saída do profissional para o Mais Médicos.

“Quando o médico não vem para cá, a gente tem que pagar o transporte para ir para cidade. Aí fica complicado, porque muitas vezes é urgência”, explica a dona de casa Jailma Alves.

O secretário de Saúde do município, Marinaldo da Silva, está pensando numa nova proposta para atrair médicos. “O Mais Médicos está pagando R$ 11.800 sem desconto, líquido. Ou seja, não tem desconto de Imposto de Renda nem de INSS. Que é o contrário do município. A gente paga R$ 10 mil, mas tem desconto de INSS, Imposto de Renda. Muitos municípios vão ter que aumentar as propostas, né?”

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte vai pedir ajuda federal pra diminuir a diferença de salários entre o Mais Médicos e os outros programas.

O Ministério da Saúde declarou que o profissional que já atua na atenção básica só pode migrar para o Mais Médicos se for para um município ainda mais carente do que aquele em que atua.

A prefeitura de Santa Maria declarou que vai pedir o fornecimento de água e luz para a unidade de saúde assim que terminar de pagar dívidas que herdou da gestão anterior.

Fonte: G1

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