O farmacêutico responsável por aplicar medicação errada em um bebê de dois anos, que morreu no município goiano de Formosa, pode sofrer cassação do registro profissional.
É o que aponta uma análise preliminar do Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO. Segundo o diretor-secretário da entidade, Daniel Jesus, uma apuração em andamento está apurando se a venda do medicamento partiu de um atendente, do balconista ou do próprio farmacêutico. Mas a responsabilidade técnica, independentemente das conclusões, é do profissional farmacêutico e caberia a ele o treinamento adequado dos demais funcionários.
O dirigente também ressalta que a confusão das embalagens que provocou a entrega do medicamento errado foi fruto da inexperiência do profissional. “A receita estava legível, então não dava para errar”, declarou Jesus, em entrevista ao jornal O Popular.
Ainda segundo ele, uma apuração do conselho detectou que a farmácia envolvida no caso contava com um farmacêutico disponível em apenas 75% das fiscalizações efetuadas nos últimos dois anos.
Entenda o caso que pode cassar farmacêutico
O caso envolvendo o farmacêutico ocorreu no último dia 5 de março. O bebê Ravi Lorenzo morreu na madrugada após suspeita de ingerir um colírio que teria sido vendido por engano. De acordo com a Polícia Civil, a família procurava atendimento para solucionar um problema de saúde decorrente de enjoo e vômito.
O avô da criança comprou o medicamento e, ao saber da piora no quadro do bebê, solicitou uma foto do remédio. A farmácia vem colaborando com as investigações e se dispôs a bancar custos do velório do bebê.