Uma suposta fraude na compra de medicamentos pode levar a Hypera Pharma a pagar uma indenização de R$ 100 milhões ao governo de São Paulo. As informações são da Folha de S.Paulo.
O Ministério Público do Estado entrou na Justiça contra a farmacêutica, alegando que um laboratório absorvido pelo negócio teria usado prescrições falsas para aumentar as compras do poder público. O processo em questão segue em aberto.
O caso seria o seguinte: em 2008, a Mantecorp, que foi comprada pela Hypera em 2010, participou de um esquema em que foram abertas ações judiciais para garantir o fornecimento do Infliximabe para o tratamento da psoríase. O ponto é que as receitas utilizadas para o pedido seriam falsas.
Fraude na compra de medicamentos causou prejuízo ao Estado
De acordo com o promotor José Carlos Blat, a possível fraude “acarretou um grande prejuízo ao Estado”. A Hypera se defende afirmando não participar da administração da Mantecorp na época do suposto crime.
A farmacêutica também argumenta que seria “fantasioso” afirmar que a companhia poderia forçar os médicos “ a adotar esse ou aquele medicamento com base em supostos benefícios financeiros”. A reportagem pediu um comentário à empresa, que preferiu não se pronunciar.
Um caso entra, outro caso sai
Enquanto o Ministério Público de São Paulo pede uma indenização milionária a Hypera, a farmacêutica vê outro caso de seu passado caminhando para o arquivamento. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou que o inquérito que investiga um suposto caso de propina envolvendo senadores deve ser arquivado.
A conclusão de Gonet diverge da Polícia Federal que, como noticiado pelo Panorama Farmacêutico no final de setembro, decidiu indiciar os políticos por favorecer interesses da então Hypermarcas (hoje Hypera) no Congresso Nacional.