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Mulher emociona CPI ao criticar Bolsonaro por imitar pessoas com falta de ar: “Muito doloroso”

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CPI – Durante a audiência pública da CPI da Covid com familiares de vítimas da doença, que já deixou mais de 600 mil mortos no Brasil, o depoimento de Kátia Shirlene Castilho dos Santos emocionou os integrantes da comissão. Após perder o pai, sua mãe foi internada na Prevent Senior, em São Paulo, e recebeu tratamento com base no ‘kit Covid’. Ela também faleceu.

Kátia Shirlene é a representante da região sudeste. Ela passou um ano sem ver os pais, e faltando uma semana para o pai se vacinar, em março deste ano, ele foi internado com Covid.

Em seu momento de fala, Katia lembrou quando esteve auxiliando no tratamento da sua mãe. “O oxigênio dela estava em 15L, a saturação não melhorava e ela pedia pra mim ‘filha estou com sede, eu quero água’ e a enfermeira dizia que não podia nem tirar a máscara para dar água para ela, porque ela estava tomando água espessa, um material que eles colocam para deixar ela mais grossinha para ela não engasgar. A enfermeira falou que a situação dela estavam complicada, eu peguei uma gaze e molhei a boca dela para aliviar a sede”, relatou.

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Logo depois, a depoente disse ter ficado abalada após ver o presidente Jair Bolsonaro, no pior momento da pandemia de coronavírus no Brasil, simular uma pessoa com falta de ar. A mulher também falou que só quem viu um ente querido morrer aos poucos, com falta de ar, sabe a dor que sentiu “ao ver esse ato inadmissível” do presidente da República.

“Por isso que eu falo, quando a gente vê um presidente da República imitando uma pessoa com falta de ar, isso para nós é muito doloroso. Se ele tivesse a ideia do mal que ele faz para nação, além de todo o mal que ele já fez, ele não faria isso”, lembrou.

A imitação ocorreu num momento em que houve superlotação de UTIs e escassez de medicamentos necessários para intubação em partes do País. Bolsonaro disse que aqueles que criticam o que ele chama de ‘tratamento inicial’ contra o coronavírus, com remédios que não possuem eficácia contra a doença comprovada cientificamente, deveriam procurar um hospital caso sentisse algum sintoma de coronavírus, como orientava o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

“O apelo que eu faço a quem é contra, sem problemas. Se você começar a sentir um negócio esquisito lá, você segue a receita do ministro Mandetta. Você vai para casa, e quando você estiver lá? (sons de sufocamento) com falta de ar, aí você vai para o hospital’, disse. E seguiu: ‘Na época eu perguntei pro Mandetta: o cara com falta de ar vai para o hospital para fazer o quê?’, disse, dando a entender que a resposta do ex-ministro foi ‘para ser entubado’.

BRASIL

Chegaremos à 300 mil mortes pela #COVID19 na próxima semana.

Em 20 dias, poderemos ter o estoque de “kit intubação” zerado e mortes em massa nas UTI’s.

Estados como MG já alertam, e algumas cidades menores sofrem, falta de oxigênio.

E Bolsonaro “imitando” falta de ar pic.twitter.com/5UWxyLVto6

– Contagem coronavírus – Brasil (Notícias 24 horas) (@contagemcorona1) March 19, 2021

A CPI da Covid realiza, a partir das 10h30min desta segunda, uma audiência pública com familiares de vítimas da Covid-19. Na sessão, os senadores ouvirão Mayra Pires Lima, Giovanna Gomes Mendes da Silva, Katia Shirlene Castilho dos Santos, Rosane Maria dos Santos Brandão e Arquivaldo Bites Leão Leite, cada um representando uma região do país.

Em depoimento à CPI da Covid do Senado, outros familiares contestaram posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus. Antonio Carlos Costa, fundador da ONG Rio da Paz, que perdeu um filho para a doença no ano passado, recordou que Bolsonaro minimizou o poder do vírus e promoveu aglomerações.

“Impressionante a falta de empatia. Que nunca mais sejamos governados da mesma maneira por quem quer que seja”, disse o depoente. As críticas foram reforçadas por Jarquivaldo Birques Leite, morador de Goiás, que contraiu a doença e sobreviveu, mas sofre com sequelas: “O presidente cometeu um genocídio premeditado ao atrasar a vacina”.

Fonte: O Povo

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