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Natura lança política para enfrentar a violência de gênero

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Agora as empresas do grupo Natura&Co na América Latina (Avon, Natura, The Body Shop e Aesop) passaram a contar com uma política de enfrentamento à violência de gênero. Assim, a iniciativa visa a adoção de procedimentos e recursos para apoiar as colaboradoras que estiverem em situação de violência. Antes dessa unificação, as principais empresas do grupo, Natura e Avon, já possuíam protocolos locais de apoio às colaboradoras em situação de violência em alguns países. Agora, os protocolos serão ampliados para toda a região, reforçando o compromisso com a causa e a equidade de gênero na América Latina.

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A ação, que marca o início da campanha anual internacional “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” – no Brasil, com duração de 21 dias – reitera o compromisso do grupo com a erradicação da violência de gênero. Além disso, o plano estabelece ações para abordar, dentro dos próximos dez anos, algumas das questões mais urgentes do mundo: enfrentar a crise climática, proteger a Amazônia, garantir a igualdade e a inclusão.

Dados da violência

No mundo, segundo indicadores da ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada três mulheres já sofreu algum tipo de violência física ou sexual. De acordo com dados do Atlas da Violência 2020, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Somente em 2018 uma mulher foi assassinada a cada duas horas no Brasil. Além disso, atualmente, com o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o cenário se torna ainda mais dramático. Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve um aumento de 431% em relatos de brigas de casal por vizinhos em redes sociais entre fevereiro e abril deste ano. Já outro estudo da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, durante a quarentena, registrou um crescimento de cerca de 18% no número de denúncias desde que as políticas de confinamento entraram em vigor.

A violência também gera elevados custos para os serviços de atendimento de saúde, segurança e justiça. A ONU estima que o custo da violência contra as mulheres represente 2% do produto interno bruto global, ou seja, cerca de 1,5 trilhões de dólares. No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, feita pela UFC (Universidade Federal do Ceará) em convênio com o Instituto Maria da Penha, vítimas de violência doméstica faltam em média 18 dias de trabalho por ano, o que gera uma perda anual de aproximadamente R$ 1 bilhão ao país. Além disso, essas mulheres enfrentam problemas de concentração e estresse relacionados ao ambiente laboral.

“A violência de gênero, em suas diferentes formas, impacta negativamente a saúde, o desenvolvimento interpessoal, a segurança e a vida de milhares de mulheres. Nesse sentido, as organizações empresariais têm um papel fundamental na promoção de mecanismos de equidade de gênero”, afirma Josie Romero, Chief Operating Officer da Natura &Co e membro do Comitê de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, grupo formado por lideranças de diferentes áreas da organização. “É por essa razão que a Natura &Co América Latina tem o compromisso de estabelecer protocolos e políticas que proporcionem um espaço de trabalho que contribua para a erradicação de qualquer forma de violência contra mulheres e meninas”, acrescenta.

#IsoladasSimSozinhasNão

Com uma abordagem interseccional, a política regional incluirá processos educativos para aumentar o reconhecimento das inúmeras formas de violência vivenciadas pelas mulheres e ferramentas de conscientização que promovam mudança de comportamento. Também estão previstos procedimentos de acolhimento e acompanhamento integral de colaboradoras que se encontrem em situação de violência com o apoio de equipes multidisciplinares.

No início da pandemia, as empresas de Natura &Co já haviam unido esforços diante desse desafio. O movimento #IsoladasSimSozinhasNão, liderado pelo Instituto Avon e criado pela Fundación Avon, foi endossado pelo grupo para combater o aumento da violência doméstica durante o período de isolamento. Agora unidas, as empresas podem ampliar, de maneira integrada, o potencial de proteger toda sua rede de relações, entre consultoras, colaboradores e consumidores, cada uma seguindo suas próprias ações no combate à violência de gênero.

“Para a Natura, cada pessoa importa. O lançamento da política regional de apoio a colaboradoras em situação de violência de gênero reforça o nosso pacto social com a redução da desigualdade e da intolerância, que só pode ser alcançada através de ações efetivamente transformadoras que incluam toda a nossa rede de relações, incluindo consultoras, consumidoras e parceiros”, diz Cida Franco, diretora de vendas da Natura Brasil.

Empoderamento feminino

Desde 2019, a empresa realiza um programa de conscientização com sua força de vendas focado em violência de gênero e vem ampliando a oferta de mecanismos de apoio. Um exemplo é o aplicativo Tina, canal de acolhimento psicossocial disponível para todas as consultoras da Natura que acolhe, orienta, informa e direciona mulheres que estejam passando por algum tipo de violência. Por trás da plataforma, um time multidisciplinar de mulheres especializadas no tema, composto por assistentes sociais, advogadas e psicólogas, realizam o atendimento de forma humanizada, individualizada e confidencial, criando um ambiente acolhedor e seguro. Até o momento, o aplicativo já acolheu 81 mulheres em situação de violência.

Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, que desde 2008 articula com empresas públicas e privadas, organizações sociais e órgãos públicos no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, relembra que todos os países afetados pela pandemia, começando com China e Itália, observaram um aumento nos índices de violência doméstica. E no Brasil, infelizmente, não foi diferente. “É urgente reforçar o apoio a estas mulheres, já que o lar, que deveria ser um lugar seguro, é, na verdade, o espaço no qual estão ainda mais expostas ao risco. Não há possibilidade de termos uma sociedade justa construída com violência contra mulheres e meninas, que se agravou à sombra do confinamento. Agora, como o quarto maior grupo de beleza do mundo, a Natura &Co possui uma poderosa plataforma para unir esforços e mudar essa realidade”, afirma a executiva.

Em 2019, o Instituto Avon lançou a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres, com chancela da ONU Mulheres e apoio técnico da Fundação Dom Cabral. Com mais de cem empresas signatárias, entre elas Natura Brasil e The Body Shop, a coalizão formaliza a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, criado pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global, e tem o objetivo de engajar empresas do setor privado na causa de combate à violência contra meninas e mulheres.

Campanha “16 dias de ativismo”

O “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma campanha anual e internacional que começa no dia 25 de novembro (Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher), e vai até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização abrange o período de 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) a 10 de dezembro, totalizando 21 dias de ativismo.

Iniciada por ativistas no Instituto de Liderança Global das Mulheres, em 1991, a campanha envolve governos, sociedade civil, escolas, universidades, empresas, associações esportivas e as pessoas que individualmente manifestam solidariedade às mulheres em situação de violência, às ativistas, aos movimentos de mulheres e às defensoras dos direitos humanos das mulheres para pôr fim à violência contra mulheres e meninas. Todas as empresas do grupo Natura &Co farão ações globais de apoio à causa.

Sobre Natura &Co

Natura &Co é um grupo global de cosméticos multicanal e multimarcas que inclui Avon, Natura, The Body Shop e Aesop. O Grupo registrou receita líquida de R$ 14,4 bilhões em 2019 e R$ 32,9 bilhões em base proforma, incluindo a Avon. As quatro empresas que compõem o grupo estão empenhadas em gerar impactos econômicos, sociais e ambientais positivos. Há 130 anos, a Avon é sinônimo de mulher: oferecendo produtos de beleza inovadores e de qualidade que são vendidos principalmente para mulheres, pelas mulheres.

Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira do segmento de cosméticos e higiene pessoal, líder em vendas diretas. Fundada em 1976 em Brighton, na Inglaterra, por Anita Roddick, The Body Shop é uma marca global de beleza que busca fazer uma diferença positiva no mundo. A marca de beleza australiana Aesop foi fundada em 1987 com o objetivo de criar uma linha de produtos superlativos para a pele, o cabelo e o corpo.

Fonte: Portal Expansão

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/11/23/ex-ceo-da-drogarias-conceito-lidera-projeto-de-incubadora-de-farmacias/

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