Ainda neste segundo semestre, a Novartis vai solicitar a aprovação de um tratamento inovador contra o câncer da próstata. A terapia tem como base a medicina nuclear e pode reduzir em 38% o risco de mortes em comparação ao atual tratamento, de acordo com testes clínicos. As informações são do Valor Econômico.
O CEO da farmacêutica suíça, Vas Narasimhan, aposta nessa descoberta para abrir um mercado de mais de US$ 10 bilhões na próxima década. O pedido de homologação do medicamento será feito inicialmente para as autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da Europa. Mas a previsão é que a Anvisa receba esse pedido no primeiro semestre de 2022.
A nova terapia é aplicada por via sanguínea. Uma infusão utiliza uma molécula química composta de dois componentes, um anticorpo e um agente radioativo, que se ligam à célula cancerígena. O objetivo é destruir as células cancerígenas, mas sem atingir as células saudáveis nas proximidades. Com a nova tecnologia, o anticorpo detecta o tumor da próstata e o átomo radioativo vai destrui-lo.
A terapia é resultante de novas tecnologias que a Novartis adquiriu em 2018, a partir dos investimentos de US$ 2,1 bilhões na startup norte-americana Endocyte e US$ 3,9 bilhões na Advanced Accelerator Applications, aceleradora que reúne cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear.
Segundo projeções da consultoria Fior Markets, o mercado de tratamento para o câncer da próstata vai aumentar de US$ 7,2 bilhões em 2019 para US$ 10,6 bilhões em 2027. O rápido avanço de casos ajuda a explicar esse cenário. Só no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estima 65.840 novos casos a cada ano, no período entre 2020 e 2022. Homens acima de 55 anos, com excesso de peso e obesidade formam o público mais propenso à doença.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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