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Novartis mira agora em medicamentos inovadores

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O presidente da Novartis, Renato Carvalho, assumiu o cargo em um momento de restruturação. Depois de conseguir a inclusão do abeparvovec no Sistema Único de Saúde (SUS) e finalizar o spin-off da Sandoz, a farmacêutica lança seu olhar para os medicamentos inovadores. As informações são do NeoFeed.

Entre as principais áreas terapêuticas almejadas estão:

  • Cardiologia
  • Imunologia
  • Neurologia
  • Oncologia
  • Terapia gênica

Essa “aposta”, na verdade, é balizada pelo sucesso que a divisão de medicamentos inovadores já tem no laboratório. Segundo o relatório anual da Novartis, as vendas globais cresceram 4% em comparação com 2021, somando US$ 41,3 bilhões, 81,7% do total de vendas.

No que diz respeito a investimentos, a companhia aporta entre US$ 9 bilhões e 10 bilhões, anualmente, em inovação. “No Brasil, nos últimos anos, a média tem sido em torno de R$ 250 milhões”, completa Carvalho.

Medicamentos inovadores passam pelo crivo da Anvisa

No último dia 3, a Anvisa aprovou um novo medicamento para colesterol ruim (LDL) na forma injetável. A Inclisirana, da Novartis, é indicada para adultos com hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica ou não familiar) e dislipidemia mista.

É uma novidade para a redução do LDL, especialmente em pacientes de muito alto risco cardiovascular – ou seja, que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC isquêmico).

De nome comercial Sybrava, esse medicamento se utiliza do small interfering RNA, um mecanismo de ação, até então, inédito. Inicialmente, o paciente tomará três injeções no primeiro ano e, nos subsequentes, apenas uma por semestre.

“Os estudos nos levam a crer que esse é o primeiro passo de uma revolução”, comenta o executivo. Por hora, a prescrição é apenas para casos de muito alto risco e em associação com outros medicamentos.

Spin-off da Sandoz: “busca por mais foco”

Apesar da Sandoz ser uma das maiores fabricantes de genéricos do mundo, a Novartis optou por realizar o spin-off da farmacêutica. O motivo: tornar o portfólio mais enxuto e direcionado.

“Nosso portfólio era bastante amplo e, para continuar avançando de forma acelerada, precisaríamos ter mais foco”, explica.

Medicamento de R$ 5,9 mi “chegou” ao SUS

Outro desafio que Carvalho liderou foi a inclusão na lista de tratamentos oferecidos pelo SUS do onasemnogene abeparvovec, também conhecido como Zolgensma.

Foram três anos de negociação até o “sim” do Governo Federal, que veio apenas no último mês de dezembro. Destinado a crianças portadoras de atrofia muscular espinhal (AME), o medicamento é de dose única, mas o que dificulta o acesso a terapia é seu custo: R$ 5,9 milhões.

Para garantir sua distribuição, a Novartis segue, junto ao governo, o modelo de risco compartilhado. Assim, a farmacêutica recebe um pagamento menor se não atingir metas de eficácia com o fármaco.

“A gente se expõe enquanto indústria farmacêutica, mas entendemos que é o coreto para o Brasil e para a sociedade”, afirma Carvalho.

Depois da aprovação da Anvisa, o governo tinha um prazo de 180 dias para começar a distribuição. O limite em questão já terminou, só que a distribuição ainda não foi iniciada.

De acordo com o executivo, a Novartis trabalha junto ao poder público para resolver esses entraves.

Novartis é uma das cinco maiores farmacêuticas

Dentro do seleto grupo das cinco maiores farmacêuticas do mundo, a Novartis é avaliada, atualmente, em US$ 207,1 bilhões. Em 2022, o laboratório acumulou um lucro operacional de US$ 9,2 bilhões.

De acordo com o relatório anual, o montante representa uma queda de 13% em relação a 2021. Os motivos foram os custos da reestruturação da empresa.

Falando de Brasil, das vendas líquidas apuradas em 2022, US$ 50,5 bilhões, ou seja 2% do total, vieram do país.

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